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Província

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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

     No dia 13 de maio de 2023 às 18h , ocorreu a celebração de instalação  da Basílica  Menor São Francisco de Assis em Brasília.

     Na ocasião, a Santa Missa foi presidida pelo Cardeal Dom Paulo César, Arcebispo da Arquidiocese de Brasília e foi concelebrada pelo bispo auxiliar, Dom Denilson, o Ministro Provincial Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), Frei Joao Benedito  Ferreira de Araújo (OFMConv) e frades da Província São Maximiliano M. Kolbe, padres diocesanos, religiosos e religiosas.

     A celebração  foi festiva e ao final aconteceu um grande show de música católica e um jantar com presenças de religiosos e religiosas e toda comunidade. Que Deus abençoe a Basílica Menor de São Francisco de Assis e que ela que seja um lugar de oração e santidade ao povo de Deus.

     Nascido em 1195 na cidade de Lisboa, em Portugal, Santo Antônio de Pádua (ou de Lisboa) é um dos santos mais conhecidos da Igreja. Filho de Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, ambos de famílias ricas e muito religiosas, Antônio recebeu, ainda na pia batismal, o nome de Fernando. Aos 15 anos, se dirigiu ao Convento dos cônegos de Santo Agostinho, nas proximidades de Lisboa. Ficou por lá dois anos e alguns meses e, como recebia muitas visitas de parentes, resolveu então pedir a transferência para o mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra. Com isso entrou em contato com frades franciscanos, hóspedes neste convento. Estes frades acabaram sendo martirizados em Marrocos e seus restos mortais vieram para Coimbra, onde então morava o Rei de Portugal.

     Fernando pôde assim contemplar os corpos daqueles mártires e isto o tocou de tal forma, que decidiu se tornar franciscano. Foi para o Convento de Olivais e lá adotou o nome de Antônio. Seu desejo era pregar o Evangelho em terra de missões. Após o curto noviciado, foi para Marrocos, onde acabou adoecendo e, resignado, teve que voltar para Portugal. Em 1221, se daria o Capítulo da Ordem Franciscana. Na assembleia, compareceram cerca de três mil frades e foi lá que Antônio esteve pela primeira vez com São Francisco, em Assis. Ainda mal conhecido dos franciscanos foi trabalhar num pequeno eremitério em Portugal. Nele permaneceu numa vida de oração por nove meses. Houve, na cidade de Forli, ordenações sacerdotais e pediram a Antônio para fazer o sermão de improviso. Todos ficaram deslumbrados. Era o início de sua missão de pregador no sul da França e na Itália.

     Até hoje seus sermões são lidos e estudados. Foi em Montpellier que se deu o fato que fez de Santo Antônio ser invocado como o protetor das causas perdidas: um noviço que resolvera sair da Ordem Franciscana levou consigo o livro de salmos com comentários escritos por Antônio. Este noviço acabou sendo roubado e passou então a orar para que o ladrão lhe devolvesse o livro. Arrependido, o ladrão voltou e devolveu o livro. A partir daí, Antônio começou a ter na França a fama de taumaturgo, martelo dos hereges, terror dos demônios, trombeta do Evangelho.

     Só uma alma que reza pode realizar progressos na vida espiritual: este foi o objeto privilegiado da pregação de Santo Antônio. Ele conhecia bem os defeitos da natureza humana, a tendência a cair no pecado; por isso, exortava continuamente a combater a inclinação à cobiça, ao orgulho, à impureza e incentivava a praticar as virtudes da pobreza e da generosidade, da humildade e da obediência, da castidade e da pureza. No começo do século XIII, no contexto do renascimento das cidades e do florescimento do comércio, crescia o número de pessoas insensíveis às necessidades dos pobres. Por este motivo, Antônio convidou os fiéis muitas vezes a pensar na verdadeira riqueza, a do coração, que, tornando-os bons e misericordiosos, leva-os a acumular tesouros para o céu. “Ó ricos – exorta – tornai-vos amigos (…); os pobres, acolhei-os em vossas casas: serão depois eles que os acolherão nos eternos tabernáculos, onde está a beleza da paz, a confiança da segurança e a opulenta quietude da saciedade eterna” (Ibid.).

     Veio trabalhar na Itália, pregando por toda a parte. Em 1227, se deteve pela primeira vez em Pádua, cidade à qual ficaria indelevelmente ligado e onde, após mais quatro anos de incansáveis pregações em terras italianas, viria a ser enterrado, tendo morrido a 13 de junho. Tão grande era a fama de seus prodígios que, onze meses depois de sua morte, foi canonizado pelo papa Gregório IX.

     Em 1263, quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta e, até hoje, numa redoma é venerada por paduenses e milhares de outros peregrinos vindo de diferentes lugares do mundo. A fama de casamenteiro veio após uma jovem, à sua intercessão, ter conseguido um ótimo casamento. Em 1946, o papa Pio XII proclamou Santo Antônio, Confessor e Doutor da Igreja. Os devotos deste santo devem imitar sua fé, sua piedade, sua humildade, sua dileção aos pobres e seu imenso amor à evangelização. Grande a devoção de Santo Antônio a Jesus Infante e cumpre repetir sempre: Menino Jesus por nós encarnado, livrai-nos da mancha de todo pecado. Como Santo Antônio foi sepultado numa terça-feira este dia da semana lhe é consagrado. Uma senhora de Toulon na França, por ter alcançado uma grande graça por intercessão de Santo Antônio, resolveu distribuir pães aos pobres em sua homenagem, daí surgiu a benção do pão de Santo Antônio, lembrando a caridade que se deve ter para com os mais necessitados. Este pão tem restituído a saúde a muitos doentes. Santo, realmente, extraordinário que merece todos os louvores. Que ele leve sempre seus devotos a um grande amor a Jesus, nosso único Salvador!

 

Santo Antônio e o Franciscanismo

     Santo Antônio contribuiu de maneira significativa para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com seus fortes traços de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico. Antônio, na escola de Francisco, sempre coloca Cristo no centro da vida e do pensamento, da ação e da pregação. Este é outro traço típico da teologia franciscana: o cristocentrismo. Alegremente, ela contempla e convida a contemplar os mistérios da humanidade do Senhor, particularmente o do Natal, que suscitam sentimentos de amor e gratidão pela bondade divina.

 

Trezenas de Santo Antônio

     As devotas e os devotos de Santo Antônio que desejam honrar o santo ou alcançar alguma graça, costumam realizar ou participar da Trezena de Santo Antônio: um conjunto de orações e solenidades que acontecem durante 13 dias ou 13 terças-feiras (dia dedicado a ele). A tradição costuma acontecer entre 30 de maio a 13 de junho, o dia de sua celebração litúrgica. A origem desta devoção remonta a cidade de Bolonha, na Itália, no ano de 1617.

 

Basílica de Santo Antônio em Pádua

Basílica de Santo Antônio em Pádova, Itália

     A construção da Basílica iniciou em 1232 com apenas uma nave para guardar a tumba do franciscano Antônio, morto no ano anterior. Passou por uma grande reforma até 1310, com a participação do pintor Giotto, e, desde então, artistas de diferentes épocas querem honrar o Santo com suas obras. Por isso, hoje é grandiosa composta por estilos diferentes como: cúpulas bizantinas, fachada românica, estrutura gótica e decoração barroca no interior.

     A maior curiosidade fica na Capela das Relíquias, ali estão expostas a língua, cordas vocais e a mandíbula de Santo Antônio. No ano de 1263 abriram a tumba do Santo para acomodar as relíquias na igreja e, para surpresa de todos, apenas a língua e as cordas vocais estavam intactas enquanto o resto era apenas osso. Alguns dizem que foi um sinal de Deus confirmando os dons de pregação e ensino de Santo Antônio. A língua e cordas vocais são de cor preta e nem dá pra ver direito. Mas a mandíbula exibe todos os dentes bem conservados, raro para uma época em que ninguém cuidava dos dentes.

     Como não é permitido tirar fotos no interior, só se pode entender o sentimento visitando a Basílica. É um passeio imperdível em Pádova.

O Claustro no interior
O Claustro no interior

 

(Fontes: Canção Nova, Territórios Franciscanos)

Quinta, 01 Junho 2023 20:03

Área Missionária de Cacau Pireira (AM)


     A Província São Maximiliano M. Kolbe Assumiu, desde abril de 2022, a Área Missionária de CACAU PIRERA, em Manaus (AM), para exercer o apostolado missionário.

     Hoje estão presentes nesta Área Missionária três frades: Frei Geraldo Leite (OFMConv), o pároco e responsável pela Casa Filial; Frei Mario Pruzak (OFMConv) e Frei Maykon Anderson (OFMConv). Esta Área missionária esta localizada no subúrbio de Manaus, região de Iranduba, área bastante populosa.
     Os frades exercem o trabalho pastoral na paróquia Nossa Senhora Aparecida, mas a maior parte do trabalho acontece junto à comunidade ribeirinha, necessitando transporte de barco.
     A Província São Maximiliano M. Kolbe do Brasil já se fazia presente no estado do Amazonas desde 2005, por iniciativa do então Bispo Emérito de Luziânia, Dom Frei Agostinho Stefan (OFMConv.) Juruá foi o primeiro lugar da nossa Missão Amazonas.
     A Área Missionária de Cacau Pirera foi apresentada no Capítulo Extraordinário Provincial, em novembro de 2021. A proposta também foi aprovada em Definitório, realizado no mês de dezembro de 2021. Essa presença dos frades Conventuais em Cacau Pirera, amplia o trabalho missionário da Província São Maximiliano M.bKolbe no Amazonas. Os frades que ali residem são conscientes da importância deste trabalho junto aos mais pobres de Manaus, bem como o testemunho evangélico que possibilita serem solidários, respondendo a essa necessidade da Igreja a exemplo de São Francisco de Assis.

     Ontem (31), aconteceu a festa de aniversário da Província São Maximiliano Maria Kolbe. O frades se reuniam de forma solene no Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidentao (GO) para a celebração dos 20 de província, que fora erigida no dia 31 de maio de 2003. Celebramos, em 2023, 49 anos de jurisdição pois Dom Agostinho Stefan, como primeiro missionário, chegou ao Brasil em 16 de outubro de 1974. A Celebração fez memória aos frades falecidos, mas reconheceu o dom da vocação dado por Deus como grande sinal de sua misericórdia. O Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv) presidiu a Santa Missa, concelebrada pelos confrades. Na oportunidade, os frades mais antigos, Frei Eusébio Wargulewski (OFMConv) e Frei Mieczyslaw Tlaga (OFMConv) falaram dos primeiros anos da missão e dedicação no crescimento da Província.

Feliz aniversário!

 

“Deve-se fazer o possível para unir sempre mais estreitamente a sua vontade a vontade da Imaculada" (São Maximiliano EK382).

     A Província nasceu de uma ação de graças da Província Mãe de Varsóvia. Um ato objetivo de entrega em razão da beatificação de São Maximiliano em 1971.

     A Província Mãe oferece a Deus o que lhe é mais caro: a vida de homens consagrados, os frades para a missão nesse belo ato da Província Mãe.

     Mas, o que adianta apresentar o projeto de uma missão e fazer o marketing se não houver missionários e frades dispostos?

     No caso de nossa Província São Maximiliano, houve frades corajosos, consagrados dispostos a darem a vida pela missão. O próprio Dom Frei Agostinho Stefan foi um exemplo disso.

     Neste aniversário da Província São Maximiliano, poderíamos ressaltar nossas estruturas institucionais construídas ao longo dos anos como, por exemplo?

  • O Jardim da Imaculada, como uma nova Niepokalanów. São Maximiliano desejava criar uma em cada canto do mundo;
  • A redação do Cavaleiro da Imaculada;
  • A sede da Milícia da Imaculada;
  • Os 15 conventos, 3 casas filiais e 2 casas de missão;
  • A delegação do nordeste e a missão no Amazonas;
  • Recordar que temos 82 frades professos solenes, 4 casas de formação e 37 formandos;
  • O Instituto São Boaventura, o Colégio Santo Antônio, as paróquias, santuários e a Basílica Menor – conquista adquirida após longos 49 anos de existência.

     Mas o que seria isso, se Deus não desse aos corações as doses de carisma a cada religioso consagrado, do mais velho ao mais novo?

     Nesta festa de visitação de Nossa Senhora, aprendemos muito com a Virgem Maria. Ela recebeu o dom grandioso de Deus que foi a maternidade de Deus, que infundiu a graça do Espírito Santo a Nossa Senhora, tornando-a pura e sem manchas, imaculada, em previsão dos méritos do Redentor.

     Deus insere Maria no plano da salvação, mas Ele quis ouvir a sua decisão pascal, a sua resposta.

     Na anunciação (Lc 1,26), o anjo chama Maria “Ave cheia de graça”, sinal da eleição de Deus, da escolha do Senhor e apresenta a maria a missão de sua vocação. Maria responde com toda força de sua alma, com inteligência e vontade “Sim”. O sim de Maria é sinal da fé, sinal da consagração a Deus que ali fazia diante do anjo. “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a sua palavra.” (Lc 1,38)

     O sim de Maria é sinal de sua fé e ela mostrou essa fé em sua vida humana. A fé da Virgem Santa a fez viver a pobreza, como no natal do Senhor, que nasce em um estábulo, entre os animais numa manjedoura.

     A fé de Maria a faz caminhar com o Cristo que carrega a cruz, sendo crucificado, humilhado e morto na Paixão. Sua fé fez com que ela tivesse a alegria de ver Cristo ressuscitado na glória. Sua fé possibilitou que a igreja fragilizada pudesse ser fortificada pelo Espírito Santo em Pentecostes.

     Maria provou sua fé e seu sim através de uma vida de desafios, de altos e baixos, mas perseverou com humildade no projeto do Senhor.

     A Província também é fruto de consagração da Província Mãe, como obra de Deus. Ela está inserida no plano de salvação para muitas almas. Os frades, através de seu ‘sim’ vocacional, realizam o projeto de salvação de Deus.

     Devemos observar dois movimentos que Deus nos apresenta como Província:

     1º Somos instrumentos de salvação para muita gente, através dos meios de comunicação, da revista, do apostolado mariano, apostolado missionário, apostolado paroquial e na dimensão educativa. Que através dos nossos dons e carismas nos tornemos sinais de vida para muitos irmãos. Para isso, precisamos acolher e aceitar um segundo movimento dado por Deus;

     2º Que internamente os religiosos façam uma oferta oblativa ao Senhor, se consagrando a Ele. Deus nos cobra um sacrifício e essa penitência pessoal na vida fraterna, na vida particular, na doação à fraternidade, no convívio, na oração e consagração pessoal como hóstia viva ao Senhor até a morte.

     Pedimos a Deus que abençoe tudo que foi realizado pelos confrades poloneses e brasileiros, os falecidos Dom Frei Agostinho Stefan (OFMConv.), Frei Edmundo Grabowiecki (OFMConv.), Frei Francisco Kramek (OFMConv.), Frei José Stankiewicz (OFMConv.), Frei Gastone Pozzobon (OFMConv.) e Frei João Benedito (OFMConv.).

 Pedimos ainda que, como Província, Deus abençoe para que possamos saborear respostas, o futuro no trabalho pastoral, fazendo com que o Reino de Deus cresça.

 

FREI GILBERTO DE JESUS

Ministro Provincial

     No último domingo, 28 de maio, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, presidiu a missa de encerramento da Semana Laudato si’, na Basílica Menor São Francisco de Assis, na capital Federal.

     Na homilia, dom Ricardo destacou o encerramento das atividades e a mobilização ocorrida em comemoração aos oito anos do lançamento da Carta Encíclica Laudato si’, do papa Francisco, sobre o cuidado da casa comum. “Deus é infinitamente cheio de vida para nos dar, diferente uma da outra, mas se não harmonizarmos para o bem da humanidade, não vamos dar às futuras gerações um Planeta viável, uma família unida, uma herança que vai além dos bens materiais” ressaltou o bispo.

     “Você quer deixar uma herança para seus filhos? Conquiste a paz que é a harmonia da vida entre tudo o que foi criado: entre nós e Deus, entre nós e o outro e entre nós e a natureza”, desafiou o secretário-geral ao utilizar a alusão do Evangelho da missa do dia, do evangelista São João (Jo 20, 19-23), dia que a Igreja celebra a festa de Pentecostes: “Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: ‘A paz esteja convosco’”.

     Por fim, dom Ricardo acenou para o versículo 20 do Evangelho de São João, que fala das chagas de Jesus: nas mãos e no coração, devido o ato sofrido da crucifixão. O versículo diz: “Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado”, o bispo falou que hoje “as chagas abertas de Cristo,      seu lado aberto, estão exatamente na exploração de toda a natureza e das pessoas”, sobretudo, disse ele: “quando isso traz uma chaga para o Planeta e no coração dos mais vulnerabilizados”. E, ao concluir a fala, convidou: “Vamos louvar a Deus por tudo o que recebemos, mas vamos nos comprometer a cuidar do Planeta, a cuidar da nossa vida, a cuidar do outro e a cuidar do futuro para as próximas gerações”.

     Ao final da missa, Odair José Alves de Souza, mais conhecido como Dadá Borari, cacique da Aldeia Novo Lugar, localizada na Terra Indígena Maró, área habitada pelos povos Arapium e Borari, em Santarém, no oeste do Pará, e um dos quatro protagonistas do filme A Carta, que é inspirado na Encíclica Laudato Si’, fez sua súplica: “Nós enquanto indígenas, que defendemos a floresta, pedimos apoio de cada um de vocês: homens e mulheres, crianças e jovens; pedimos apoio em oração; pedimos apoio e coração limpo, para que a mensagem do papa Francisco possa inspirar em nossos corações, todos os dias, o cuidado da casa comum”, pediu.

     “Defender o Planeta e principalmente a Mãe-terra é uma reponsabilidade não só de quem mora na Amazônia, mas é responsabilidade de cada um nós que acreditamos, na fé. De cada um que inspiramos do mesmo Espírito. Que esse espírito de oração, de cada um de vocês: senhores e senhoras, possa ser oferta para quem está defendendo a Amazônia e que hoje está sendo criminalizado pelo chamado desenvolvimento sustentável, mas que para nós seres, que vivemos na floresta, é um desenvolvimento do cala-boca. Muitas vezes o desenvolvimento da morte”, rogou Dadá.

     “Quero pedir encarecidamente a todos: que possamos honrar esta lembrança que Francisco de Assis nos deixou, essa chamada de atenção na Laudato Si’ que o papa Francisco nos faz pensar”, finalizou o cacique.

     A Laudato si’ é uma encíclica do papa Francisco, na qual o pontífice faz sérias críticas ao consumismo desenfreado e predatório e ao desenvolvimento irresponsável. O Papa, no Documento, faz um apelo à mudança e à unificação global para combater a degradação ambiental e as alterações climáticas que provocam danos socioambientais irreversíveis.

     A Semana Laudato si’ 2023 marcou o oitavo aniversário da Encíclica histórica papa Francisco sobre o cuidado da criação, numa mobilização global. Promovida pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, o evento teve início no último domingo, 21 de maio, e terminou neste domingo, 28, dia de Pentecostes. A celebração foi global,

     No Brasil, a programação contou com uma série de atividades em nível nacional, regional e local e promoveu em todas as regiões do Brasil um circuito de exibições do filme A Carta. Realizou encontros com lideranças religiosas, políticas e de movimentos sociais; audiência pública; oficinas para juventude um ato inter-religioso para a promoção da eco-espiritualidade, de estilos de vida com respeito à toda a criação e mobilização para o cuidado da casa da comum.

     A ação foi mobilizada pela CNBB, Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), Movimento Laudato Si’ (MLS), Casa Galileia e contou com parceria com diversas organizações.

 

Com informaçõesOsnilda Lima | 6ªSSB-CNBB e Cepast-CNBB

Via: CNBB

     A Província Franciscana de São Maximiliano Kolbe do Brasil mantém no estado do Amazonas quatro presenças – nas cidades de Cacau Pirera, Juruá, Manaus e Tefé – em especial, queremos destacar hoje a presença em Juruá.

     A missão em Juruá tem por finalidade anunciar o Evangelho ao povo daquela região, em sua maioria, ribeirinhos e indígenas. Desde 2005, com a chegada do 1º missionário, o bispo emérito de Luziânia (GO), Dom Frei Agostinho Stefan, os frades Conventuais de Brasília decidiram colaborar com a Igreja na Amazônia. Em Juruá, a Província Franciscana de São Maximiliano, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, tendo dois frades: Frei Francisco Ferreira e Frei Paulo Arante.

     Os frades cuidam e zelam de um museu dedicado a Dom Agostinho. O museu, sempre visitado pelo povo da região, guarda elementos importantes da vida e missionaridade de Dom Agostinho, enquanto esteve por lá.

     Frei Francisco apresenta o Centro Pastoral da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, lugar onde acontecem os eventos religiosos e culturais da cidade.

     Outra parte significativa da missão em Juruá são os presépios, que foram montados nos anos anteriores com Frei Flavio Amorim e hoje são uma grande atração na Igreja de Juruá

     Um dos trabalhos mais importantes com os jovens são os times de futebol da Pastoral do esporte da paróquia que anima a vida da juventude.

     Em Juruá, Frei Francisco e Frei Paulo atendem pastoralmente a cidade com as celebrações diárias e dominicais, zelando com o povo pela vida sacramental. Também têm uma atenção especial às visitas aos ribeirinhos. Os frades se deslocam ao encontro das comunidades ribeirinhas através de barcos. De fato, é um trabalho intenso e dedicado realizado pelos confrades.

     Como São Francisco, o trabalho é extremamente evangélico e profundamente dedicado ao bem do povo de Deus. Que o Senhor suscite sempre nos corações dos frades o ardor missionário, seguindo a vocação como São Francisco de Assis!

 

Você pode ajudar a missão colaborando com qualquer quantia:

FUNDO MISSIONÁRIO
BANCO DO BRASIL
AGÊNCIA 0452-9
CONTA CORRENTE: 35.820-7

 

Quinta, 25 Mai 2023 12:20

A manifestação Franciscana

     O século XXI chegou apresentando uma nova forma de interpretar o mundo exclusivamente pelo caminho da razão. Para alguns cientistas, um novo Iluminismo estava chegando e com isso a liberdade total dos seres humanos se aproximava. Mas essa expectativa não se concretizou e acabou produzindo um efeito contrário, pois aumentou o grau de ansiedade e do vazio existencial. Todo indivíduo deve crer em alguma coisa. É uma necessidade fundamental para o ser humano.

     O mundo da ciência e da tecnologia precisa olhar para a pessoa de Francisco de Assis e entender que ele foi um homem livre porque acreditou na força do amor, mas também acompanhou o desenvolvimento do seu tempo sem agredir as instituições de seu tempo. Quando percebia que os homens estavam desviando-se dos valores procurava orientar no sentido de garantir que o seu povo não se afastasse o coração da Graça de Deus.

     Na realidade, o Franciscano secular tem como missão garantir essa graça nas realidades de sua vivência. Claro que dentro de um espírito de diálogo, comunica a graça de ser filho de Deus, de seguir os passos de Jesus a maneira de Francisco de Assis e promovendo a dignidade humana em todos os seus aspectos.

     Com os valores ensinado por Francisco de Assis, o Terceiro Franciscano contribuirá para que, neste mundo egoísta, marcado pelos grandes conflitos, sabendo que Francisco foi um promotor da Paz, assume com todo o vigor o compromisso de promover a justiça e o cuidado com toda criação. Sendo assim, será um sinal de esperança.

     O espírito do mundo é de conquistar a fama, o poder e o ter. Todos esperam engrandecer-se assim mesmo, ocupar sempre os primeiros lugares. Na dinâmica da pequenez evangélica, o serviço é a principal conquista, e servir principalmente aos mais humildes, aos pobres como fez Francisco ao cuidar dos leprosos.

     O chamado mundo da hipermodernidade precisa do fermento da simplicidade evangélica. Simplicidade que abre as portas para uma realização pessoal e comunitária. Essa simplicidade é apresentada na mística Franciscana nos símbolos que marca a identidade da chamada Escola Franciscana. É uma mística voltada para o Presépio, a Cruz e a Eucaristia. Esses valores aquecem os diversos corações que se identificam cada dia com a pessoa de Jesus Cristo.

     A grande manifestação Franciscana para o mundo é a alegria. São Francisco soube alegrar-se e fazer da alegria uma virtude altamente evangélica. Sua maior alegria era comunicar o Evangelho e perceber que a ação de Deus guiava os seus projetos para o bem de todos. Alegria também pela sua vocação de cristão e membro da Igreja. É nessa direção que o Franciscano Secular manifesta para o mundo o dom de sua vocação Franciscana e alegrar- se por viver e transmitir uma vida simples, humilde, tendo como exemplo a família de Nazaré.

 

Pesquisado e escrito por Frei Fernando de Araújo,OFMconv

O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática sobre a Igreja , indica que a participação na glória de Deus se realiza, entre outras coisas, caminhando segundo o Cristo pobre (cf. LG 41).

“Deus abençoa aqueles que ajudam os pobres e repreende aqueles que se recusam a fazê-lo. (...) Jesus Cristo reconhecerá os seus escolhidos naquilo que fizeram pelos pobres” (Catecismo da Igreja Católica, 2443). Também o Catecismo da Igreja Católica sublinha este facto: ““O amor da Igreja pelos pobres… pertence à sua tradição constante”. (...) É também uma das razões do dever de trabalhar, para "envolver os necessitados" (Ef 4, 28)" (Catecismo da Igreja Católica, 2444).

O fato de que o amor aos pobres é uma tradição constante da Igreja foi atestado, entre outros, por São Francisco de Assis. Uma vida evangélica pobre e humilde, que fala mais com testemunho do que com palavras, pareceu-lhe o primeiro sintoma de uma vida missionária, porque visava bens espirituais muito mais preciosos do que materiais [1]. O espírito missionário franciscano tinha, portanto, muito em comum com as bem-aventuranças, e os próprios franciscanos, neste grande claustro tão amplo quanto o mundo inteiro, tiveram que optar em sua missão pelos pequenos, pelos perdidos, pelos pobres. Em sua ideia de vida, de trabalho, de estar entre as pessoas "marginalizadas da sociedade" abandonadas pela lepra, passaram a servi-los não tanto para mostrar pena, mas para ser um deles [2] . Nesse sentido, Francisco deseja que a prioridade na vida dos irmãos seja “aquelas atividades e campos de trabalho que outros negligenciam e que são mais adequados para uma vida de pobreza e fraternidade com pessoas humildes e pobres”. [3]

A vida após a conversão de São Francisco, ou pelo menos um elemento dela, consistia em mostrar misericórdia. Pode-se dizer, então, que a pobreza que ele tanto valorizava estava a serviço do amor, porque esse amor o ajudava a compreender as pessoas excluídas e cheias de sofrimento, "que inclui tanto a alma (lepra da alma) quanto o corpo". [4] Francisco quis que os frades fossem homens com o coração aberto a todos, mesmo e principalmente àqueles que não são aceitos pelos outros. A este respeito, escreve a Regula no bulada : "E devem divertir-se quando convivem com pessoas de condição inferior e desprezadas, com os pobres e fracos e doentes e leprosos e mendigos nas estradas" (1 Rnb IX 2) [5] .

E que o Seráfico Pai foi bastante radical na ajuda aos pobres é demonstrado por pelo menos dois fatos, como aquele em que ele dá o Novo Testamento a uma mãe pobre para que ela o venda conforme sua necessidade. “Creio certamente que o presente agradará mais a Deus do que a leitura” – disse Francisco (2 Cel 91). Por outro lado, para satisfazer os necessitados, permitiu que o altar da Virgem fosse despojado e os pertences vendidos: “Acredite: a Virgem verá com mais boa vontade observar o Evangelho de seu Filho e despojar seu altar, do que adornando seu altar e desprezando seu Filho” (nos pobres) (2 Cel 67) [6] .

O eco desta abordagem dos pobres é claramente visível no ensinamento contemporâneo dos Papas. São João Paulo II, no Sollicitudo rei socialis , fala explicitamente do "amor preferencial" aos pobres. Este amor e «as decisões que nos inspira não podem deixar de abranger as imensas multidões de famintos, mendigos, sem abrigo, sem cuidados médicos e, sobretudo, sem esperança num futuro melhor» (SRS 42). O mesmo Papa sublinha também que "a Igreja no mundo inteiro (...) quer ser a Igreja dos pobres" (Redemptoris Missio 60) e que "os pobres são os primeiros destinatários da missão, e a sua evangelização é por excelência sinal e prova da missão de Jesus” (RM 60).

Além disso, o Papa Francisco diz que os pobres, não tendo nada para dar em troca, devem ser os destinatários privilegiados da missão da Igreja (cf. Evangelii gaudium 48). Têm também o direito de se sentirem, nesta Igreja, "em casa" (EG 199) e de serem rodeados de uma especial atenção espiritual (cf. EG 200), pois a opção de se declarar a favor dos pobres é multifacetada, pois requer a solução não só dos problemas materiais, mas também culturais e sobretudo religiosos (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2444).

Irmão Dariusz MAZUREK
Delegado Geral para a Animação Missionária

[1] Cf. M. Hubaut, Francisco e seus irmãos, um novo rosto da missão, SelFr 34 (1983), 11-13.
[2] Cf. J. Garrido, O modo de vida franciscano, ontem e hoje , Oñate (Guipúzcoa) 1993, 111-112.
[3] L. Iriarte, Powolanie franciszkańskie. Synteza ideałów św. Franciszka iśw. Klary, Cracóvia 1999, 294.
[4] R. Manselli, Św. Franciszek z Asyżu, Niepokalanów 1997, 38.
[5] Cf. K. Esser, Spiritual Themes , Oñate (Guipúzcoa) 1980, 199.
[6] Cf. W. Egger, L. Lehmann, A. Rotzetter, Franciszkaśska solidarność z ubogimi , w: Duchowość franciszkańska, Wrocław 1992, fasc. 20, 4.

       A Basílica fora construída por volta de 1228, logo após a canonização do pobrezinho. O Papa Gregório IX quis que, em honra ao santo, fosse elevado um magnífico templo e ali seus restos mortais fossem preservados.

       O mesmo Pontífice abençoou a pedra fundamental em 17 de Julho de 1228 e, na festa de Pentecostes, 25 de maio de 1230, ordenou que o corpo do santo foi transportado da igreja de São Jorge para a nova basílica, a igreja-mãe da Ordem dos Ordem dos Frades Menores. Inocêncio IV a consagrou solenemente em 1253, elevando à basílica patriarcal e capela papal por Bento XIV em 1764.

       São Francisco queria morrer perto da Porciúncula, onde havia iniciado a vida religiosa. Mas aquele que havia escolhido a pobreza como um caminho para amar e deixava-a como herança a seus filhos. A construção da basílica superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. Sua arquitetura é uma síntese do Românico e do Gótico Italiano. As igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de Roma, Toscana e Úmbria. A igreja inferior tem afrescos de Cimabue e Giotto; na igreja superior está uma série de afrescos com cenas da vida de São Francisco, também atribuída a Giotto e seus seguidores. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais (OFM Conv). Os Frades Franciscanos Conventuais são os guardiães dos restos mortais do Santo de Assis.

       No dia 26 de setembro de 1997, Assis foi atingida por dois fortes terremotos que danificaram severamente a basílica (parte do teto dela ruiu durante o segundo tremor, destruindo um afresco de Cimabue), que passou dois anos fechada para restauração. A Basílica inferior, que representaria a penitência, consiste em uma nave central com várias capelas laterais com arcos semicirculares. A nave é decorada com os afrescos mais antigos da igreja, criados por um artista chamado Mestre de São Francisco. Eles mostram cinco cenas da Paixão de Cristo à direita, e à esquerda, cenas da vida de São Francisco. Esses afrescos foram finalizados em 1260-1263. São considerados os melhores exemplos da pintura mural da Toscana, antes de Cimabue.

       Como a popularidade da igreja aumentou, capelas laterais para famílias nobres foram adicionadas entre 1270 e 1350, destruindo os afrescos na paredes. A primeira capela à esquerda é decorada com dez afrescos de Simone Martini. Esses estão entre os maiores trabalhos de Martini e os melhores exemplos da pintura do século XIV.

       A nave termina em uma abside semicircular ricamente decorada, precedida por um transepto. Os afrescos no transepto direito mostram a infância de Cristo, feitos parcialmente por Giotto e seus aprendizes e a Natividade pelo anônimo Mestre di San Nicola. O nível inferior mostra três afrescos representando São Francisco ajudando duas crianças. Esses afrescos de Giotto foram revolucionários para a época, pois mostravam pessoas reais com emoções em uma paisagem realista.

       Na parede do transepto, Cimabue pintou uma de suas obras mais famosas: Nossa Senhora com São Francisco, Anjos e Santos (1280). Esse é provavelmente o retrato mais assemelhado a São Francisco. A pintura estática em estilo gótico contrasta com as pinturas dinâmicas de Giotto. O transepto esquerdo foi decorado pelo pintor Pietro Lorenzetti e seus aprendizes entre 1315 e 1330. Os afrescos mostram seis cenas da Paixão de Cristo, sendo a mais impressionante a Descida da Cruz, onde se percebe a sombra em uma pintura pela primeira vez desde a Antiguidade.

 

Cripta com túmulo de São Francisco de Assis

       Pela nave se pode descer para a cripta através de uma escadaria dupla. Esse local, que guarda o túmulo de Francisco foi descoberto em 1818. O túmulo tinha sido escondido por Frei Elia para evitar que suas relíquias se espalhassem pela Europa medieval. Por ordem do Papa Pio IX, uma cripta foi construída embaixo da Basílica inferior. Foi projetada por Pasquale Belli com mármore fino em estilo neoclássico, mas foi redesenhada em pedra crua em estilo neo-Românico por Ugo Tarchi entre 1925 e 1932.

       Ao lado da Basílica, fica o Sacro Convento, que se assemelha a uma fortaleza e que já era habitado em 1230. O Convento agora abriga uma vasta biblioteca (com obras medievais), um museu com obras de arte doadas por peregrinos pelos séculos e também 57 obras (principalmente das Escolas Florentina e Sienesa) da Coleção Perkins.

 

Nave da Basílica superior

       A entrada da Basílica superior (que representa a glória) é pela arcada do convento dos frades. O estilo dessa área é completamente diferente da Basílica inferior. Grandes janelas de vidro colorido banham com luz as obras de Giotto e Cimabue. A parte final ao oeste do transepto e a abside foram decoradas com vários afrescos de Cimabue e seus aprendizes (1280). Infelizmente, devido ao material usado na obra, os afrescos logo sofreram os efeitos da umidade. Estão hoje muito deteriorados e foram quase reduzidos a meros negativos fotográficos.

       A parte superior, em ambos os lados da nave, muito danificada pelos terremotos de 1997, foi decorada em duas filas com um total de 32 cenas do Velho Testamento e do Novo Testamento. Como levava cerca de seis meses para que se pintasse apenas uma parte da nave, diferentes artistas romanos e toscanos, seguidores de Cimabue, trabalharam na obra, tais como Giacomo, Jacopo Torriti e Pietro Cavallini.

       Mas a obra mais importante da Basílica é, sem dúvida, a série de 28 afrescos atribuídos a um jovem Giotto na parte baixa da nave. Giotto usou a Legenda Maior, a biografia de Francisco para reconstruir os maiores eventos da vida do santo. As pinturas são vívidas, como se Giotto tivesse sido uma testemunha ocular da história. Os afrescos foram executados entre 1296 e 1304. Contudo, a autoria da obra ainda é debatida. Alguns críticos acreditam que a série tenha sido feita por um grupo de artistas inspirados em Giotto.

(Via: Franciscanos)

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