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08 Agosto 2018

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima e Dom Frei Agostinho são homenageados em Juruá

Escrito por  OFMConv-Notícias

Neste fim de semana, entre os dias 03 e 05 de agosto, aconteceu em Juruá (AM), o VII Festival Folclórico que, na edição deste ano, homenageou a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Foram momentos de muita alegria e emoção na festa que celebrou os 47 anos de fundação da paróquia, relembrando a obra de Dom Frei Agostinho e de todo o trabalho realizado durante a Missão Amazônia na região.

O Frei Flávio Amorim, pároco e missionário da Amazônia, contou que o festival foi muito significativo para a obra da missão e de Dom Frei Agostinho, “ele que teve coragem de vir e compartilhar o carisma franciscano por estas terras. Se estamos aqui e já podemos colher alguns frutos, foi graças aos frades que vieram, mas principalmente por Dom Frei Agostinho. E aqui está o grande significado dessa festividade para a nossa missão: o reconhecimento do trabalho de tudo o que frades conventuais fizeram em Juruá”, explicou o Frei Flávio.  

E, para solenizar não somente os 13 anos da presença franciscana em Juruá, mas também os 70 anos de entrada na ordem e os 60 anos de ordenação do Cavaleiro da Imaculada (clique aqui e leia mais sobre estas datas noticiadas no site), foram preparadas diversas homenagens e apresentações pelos Grupos Folclóricos Encanto Azul e Cheiro da Mata e pela Pastoral da Juventude (PJ) da comunidade.

Grupos homenagearam os 47 anos de fundação da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e a obra de Dom Frei Agostinho.

 

Em um verdadeiro espetáculo, o assunto escolhido pelo grupo Encanto Azul foi “Celebração”, tema esse que foi posto em prática numa grande solenidade que tratou da memória da Paróquia desde a sua fundação, ainda em 1971. Iniciando a sua apresentação com uma pequena procissão guiada pela imagem de Nossa Senhora de Fátima e ao som do brado “Viva Nossa Senhora de Fátima”, eles ainda fizeram uma demonstração da luta por território entre os macacos Guariba e Prego, finalizando com o Ritual Indígena.

O grupo folclórico Encanto Azul cantou o brado "Viva Nossa Senhora de Fátima" em ação de graças à Padroeira da Paróquia.

 

Já o grupo Cheiro da Mata expôs o tópico “Juruá: minha terra, minha gente”, fazendo uma crônica sobre toda a história da cidade e de seu povo: dos ribeirinhos que são compostos, principalmente, por seringueiros que vieram dos estados do Nordestes durante o ciclo da borracha; e dos indígenas, em especial às tribos dos Kanamari, que viveram na região, e dos Madija Kulina que, até hoje, lutam por sua sobrevivência.

Para versar estas narrativas, os integrantes do Cheiro da Mata contaram a lenda do Sapo e do Boto-Cor-deRosa, tendo como ponto de partida a chegada do cavaleiro da Imaculada. Em um relato emocionante, o jovem Sabóia recordou, com muito carinho e gratidão, a trajetória do frade pioneiro e missionário até sua vinda para a cidade. Foram utilizados quadros da padroeira e de Dom Frei Agostinho como cenário, sendo acompanhados pela Paróquia ao fundo.

Tratando de tradições e lendas folclóricas, o grupo Cheiro da Mata contou a história de seu povo e da Paróquia.

 

Em sua apresentação, a quadrilha da PJ fez a trouxa a montagem “Juruá: terra de festa e fé”, em que fez uma abordagem sobre a história da Paróquia com enfoque à chegada do missionário da amazônia. Para compor esta narrativa, assim como o grupo anterior, os jovens e as jovens utilizaram como cenário a quadros do frade de Nossa Senhora de Fátima, tendo ao fundo a própria igreja. O pessoal da pastoral preparou também poema sobre a temática, que segue:

Juruá: terra de festa e de fé

Venho aqui neste lugar, para poder lhes apresentar o amor a minha terra, o meu chão e o meu lugar.

A emoção é muito forte, chego a me maravilhar, pois aqui nós mostraremos a paixão por Juruá.

Neste momento eu agradeço a precensa da população, pois esse povo também entende que cultura é diversão.

Não poderíamos esquecer o incetivo a que nós foi dado, pelo apoio oferecido o nosso muito obrigado.

Agora chegou a hora e eu começo a me arrepiar, vou falar de duas coisas que consagram Juruá.

Juruá é terra festiva de que sabe se organizar, os ensaios foram constantes porque queriamos arrazar, nos figurinos mostraremos uma beleza diferencial, pois aqui nunca ouve parecida ou igual.

Tudo isso tem motivo que é o maior e o central, expressar a nossa fé por meio do festival.

Esse povo ribeirinho que foi o pilar do Caitaú, decidiram plantar a mão, a semente mais poderosa de que se precisa uma nação.

Nesta terra chegaram gente, que vinham de todo lugar, os olhares se cruzavam e é por isso que aqui você está.

O seringueiro chegou primeiro, vinham atrás de enriquecer, mais ao entrar nesta floresta foi que aprenderam que a riqueza era viver.

A comunidade foi sendo criada, por nossos pais e avós, e o que começou no Paranaguá, se tornou a mais bela princesinha do rio Juruá.

Aqui também chegaram os missionarios em uma missão, foram eles os precursores da nossa fé e devoção.

Aqui eles chegavam, e não queriam mais voltar parecia que essa terra era o seu verdadeiro lugar, os laços eram tão fortes que pareciam ser da nossa família, e na verdade era isso mesmo pôs só a nós e que eles tinham.

Alguns aqui morreram, como um destino marcado, para se tornarem santo onde mais se sentiam amado.

Eu falo de D.Agostinho o humilde santo do amor, que acabou se tornando símbolo, pela historia que aqui criou.

A ele devemos muito, pelo o que nos ensinou, sua missão aqui foi cumprida com muita honra e louvor.

A tradição festeira mais antiga, não poderia aqui faltar, pois a verdadeira festa do povo está no meio dos arraiá.

Em maio é nossa Senhora de Fátima, o festejo mais atrativo da região, em outubro é São Francisco ho santo de tradição.

Aqui eu vou terminando com orgulho em me expressar, em dizer que essa quadrilha foi uma atração espectacular, trouxe história, trouxe emoção, trouxe a garra desta nação, e aqui eu me despeço na certeza desta missão.

 

A Pastoral da Juventude da Comunidade também participou do festival, falando da padroeira e da presença franciscana em Juruá.

 

Confira no vídeo alguns momentos das apresentações dos grupos folclóricos. Veja mais fotos na galeria! 

Saiba mais sobre Dom Frei Agostinho aqui, acompanhe as notícias da Missão Amazônia aqui e em sua fanpage no Facebook e leia outras notícias sobre a Paróquia Nossa Senhora de Fátima clicando aqui.

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Edição: Mateus Lincoln
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