A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os frades professos e as pessoas da comunidade.
A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias
Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”
O século XXI chegou apresentando uma nova forma de interpretar o mundo exclusivamente pelo caminho da razão. Para alguns cientistas, um novo Iluminismo estava chegando e com isso a liberdade total dos seres humanos se aproximava. Mas essa expectativa não se concretizou e acabou produzindo um efeito contrário, pois aumentou o grau de ansiedade e do vazio existencial. Todo indivíduo deve crer em alguma coisa. É uma necessidade fundamental para o ser humano.
O mundo da ciência e da tecnologia precisa olhar para a pessoa de Francisco de Assis e entender que ele foi um homem livre porque acreditou na força do amor, mas também acompanhou o desenvolvimento do seu tempo sem agredir as instituições de seu tempo. Quando percebia que os homens estavam desviando-se dos valores procurava orientar no sentido de garantir que o seu povo não se afastasse o coração da Graça de Deus.
Na realidade, o Franciscano secular tem como missão garantir essa graça nas realidades de sua vivência. Claro que dentro de um espírito de diálogo, comunica a graça de ser filho de Deus, de seguir os passos de Jesus a maneira de Francisco de Assis e promovendo a dignidade humana em todos os seus aspectos.
Com os valores ensinado por Francisco de Assis, o Terceiro Franciscano contribuirá para que, neste mundo egoísta, marcado pelos grandes conflitos, sabendo que Francisco foi um promotor da Paz, assume com todo o vigor o compromisso de promover a justiça e o cuidado com toda criação. Sendo assim, será um sinal de esperança.
O espírito do mundo é de conquistar a fama, o poder e o ter. Todos esperam engrandecer-se assim mesmo, ocupar sempre os primeiros lugares. Na dinâmica da pequenez evangélica, o serviço é a principal conquista, e servir principalmente aos mais humildes, aos pobres como fez Francisco ao cuidar dos leprosos.
O chamado mundo da hipermodernidade precisa do fermento da simplicidade evangélica. Simplicidade que abre as portas para uma realização pessoal e comunitária. Essa simplicidade é apresentada na mística Franciscana nos símbolos que marca a identidade da chamada Escola Franciscana. É uma mística voltada para o Presépio, a Cruz e a Eucaristia. Esses valores aquecem os diversos corações que se identificam cada dia com a pessoa de Jesus Cristo.
A grande manifestação Franciscana para o mundo é a alegria. São Francisco soube alegrar-se e fazer da alegria uma virtude altamente evangélica. Sua maior alegria era comunicar o Evangelho e perceber que a ação de Deus guiava os seus projetos para o bem de todos. Alegria também pela sua vocação de cristão e membro da Igreja. É nessa direção que o Franciscano Secular manifesta para o mundo o dom de sua vocação Franciscana e alegrar- se por viver e transmitir uma vida simples, humilde, tendo como exemplo a família de Nazaré.
Pesquisado e escrito por Frei Fernando de Araújo,OFMconv
O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática sobre a Igreja , indica que a participação na glória de Deus se realiza, entre outras coisas, caminhando segundo o Cristo pobre (cf. LG 41).
“Deus abençoa aqueles que ajudam os pobres e repreende aqueles que se recusam a fazê-lo. (...) Jesus Cristo reconhecerá os seus escolhidos naquilo que fizeram pelos pobres” (Catecismo da Igreja Católica, 2443). Também o Catecismo da Igreja Católica sublinha este facto: ““O amor da Igreja pelos pobres… pertence à sua tradição constante”. (...) É também uma das razões do dever de trabalhar, para "envolver os necessitados" (Ef 4, 28)" (Catecismo da Igreja Católica, 2444).
O fato de que o amor aos pobres é uma tradição constante da Igreja foi atestado, entre outros, por São Francisco de Assis. Uma vida evangélica pobre e humilde, que fala mais com testemunho do que com palavras, pareceu-lhe o primeiro sintoma de uma vida missionária, porque visava bens espirituais muito mais preciosos do que materiais [1]. O espírito missionário franciscano tinha, portanto, muito em comum com as bem-aventuranças, e os próprios franciscanos, neste grande claustro tão amplo quanto o mundo inteiro, tiveram que optar em sua missão pelos pequenos, pelos perdidos, pelos pobres. Em sua ideia de vida, de trabalho, de estar entre as pessoas "marginalizadas da sociedade" abandonadas pela lepra, passaram a servi-los não tanto para mostrar pena, mas para ser um deles [2] . Nesse sentido, Francisco deseja que a prioridade na vida dos irmãos seja “aquelas atividades e campos de trabalho que outros negligenciam e que são mais adequados para uma vida de pobreza e fraternidade com pessoas humildes e pobres”. [3]
A vida após a conversão de São Francisco, ou pelo menos um elemento dela, consistia em mostrar misericórdia. Pode-se dizer, então, que a pobreza que ele tanto valorizava estava a serviço do amor, porque esse amor o ajudava a compreender as pessoas excluídas e cheias de sofrimento, "que inclui tanto a alma (lepra da alma) quanto o corpo". [4] Francisco quis que os frades fossem homens com o coração aberto a todos, mesmo e principalmente àqueles que não são aceitos pelos outros. A este respeito, escreve a Regula no bulada : "E devem divertir-se quando convivem com pessoas de condição inferior e desprezadas, com os pobres e fracos e doentes e leprosos e mendigos nas estradas" (1 Rnb IX 2) [5] .
E que o Seráfico Pai foi bastante radical na ajuda aos pobres é demonstrado por pelo menos dois fatos, como aquele em que ele dá o Novo Testamento a uma mãe pobre para que ela o venda conforme sua necessidade. “Creio certamente que o presente agradará mais a Deus do que a leitura” – disse Francisco (2 Cel 91). Por outro lado, para satisfazer os necessitados, permitiu que o altar da Virgem fosse despojado e os pertences vendidos: “Acredite: a Virgem verá com mais boa vontade observar o Evangelho de seu Filho e despojar seu altar, do que adornando seu altar e desprezando seu Filho” (nos pobres) (2 Cel 67) [6] .
O eco desta abordagem dos pobres é claramente visível no ensinamento contemporâneo dos Papas. São João Paulo II, no Sollicitudo rei socialis , fala explicitamente do "amor preferencial" aos pobres. Este amor e «as decisões que nos inspira não podem deixar de abranger as imensas multidões de famintos, mendigos, sem abrigo, sem cuidados médicos e, sobretudo, sem esperança num futuro melhor» (SRS 42). O mesmo Papa sublinha também que "a Igreja no mundo inteiro (...) quer ser a Igreja dos pobres" (Redemptoris Missio 60) e que "os pobres são os primeiros destinatários da missão, e a sua evangelização é por excelência sinal e prova da missão de Jesus” (RM 60).
Além disso, o Papa Francisco diz que os pobres, não tendo nada para dar em troca, devem ser os destinatários privilegiados da missão da Igreja (cf. Evangelii gaudium 48). Têm também o direito de se sentirem, nesta Igreja, "em casa" (EG 199) e de serem rodeados de uma especial atenção espiritual (cf. EG 200), pois a opção de se declarar a favor dos pobres é multifacetada, pois requer a solução não só dos problemas materiais, mas também culturais e sobretudo religiosos (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2444).
Irmão Dariusz MAZUREK
Delegado Geral para a Animação Missionária
[1] Cf. M. Hubaut, Francisco e seus irmãos, um novo rosto da missão, SelFr 34 (1983), 11-13.
[2] Cf. J. Garrido, O modo de vida franciscano, ontem e hoje , Oñate (Guipúzcoa) 1993, 111-112.
[3] L. Iriarte, Powolanie franciszkańskie. Synteza ideałów św. Franciszka iśw. Klary, Cracóvia 1999, 294.
[4] R. Manselli, Św. Franciszek z Asyżu, Niepokalanów 1997, 38.
[5] Cf. K. Esser, Spiritual Themes , Oñate (Guipúzcoa) 1980, 199.
[6] Cf. W. Egger, L. Lehmann, A. Rotzetter, Franciszkaśska solidarność z ubogimi , w: Duchowość franciszkańska, Wrocław 1992, fasc. 20, 4.
A Basílica fora construída por volta de 1228, logo após a canonização do pobrezinho. O Papa Gregório IX quis que, em honra ao santo, fosse elevado um magnífico templo e ali seus restos mortais fossem preservados.
O mesmo Pontífice abençoou a pedra fundamental em 17 de Julho de 1228 e, na festa de Pentecostes, 25 de maio de 1230, ordenou que o corpo do santo foi transportado da igreja de São Jorge para a nova basílica, a igreja-mãe da Ordem dos Ordem dos Frades Menores. Inocêncio IV a consagrou solenemente em 1253, elevando à basílica patriarcal e capela papal por Bento XIV em 1764.
São Francisco queria morrer perto da Porciúncula, onde havia iniciado a vida religiosa. Mas aquele que havia escolhido a pobreza como um caminho para amar e deixava-a como herança a seus filhos. A construção da basílica superior começou logo após 1239 e foi finalizada em 1253. Sua arquitetura é uma síntese do Românico e do Gótico Italiano. As igrejas foram decoradas pelos maiores artistas daquele tempo, vindos de Roma, Toscana e Úmbria. A igreja inferior tem afrescos de Cimabue e Giotto; na igreja superior está uma série de afrescos com cenas da vida de São Francisco, também atribuída a Giotto e seus seguidores. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais (OFM Conv). Os Frades Franciscanos Conventuais são os guardiães dos restos mortais do Santo de Assis.
No dia 26 de setembro de 1997, Assis foi atingida por dois fortes terremotos que danificaram severamente a basílica (parte do teto dela ruiu durante o segundo tremor, destruindo um afresco de Cimabue), que passou dois anos fechada para restauração. A Basílica inferior, que representaria a penitência, consiste em uma nave central com várias capelas laterais com arcos semicirculares. A nave é decorada com os afrescos mais antigos da igreja, criados por um artista chamado Mestre de São Francisco. Eles mostram cinco cenas da Paixão de Cristo à direita, e à esquerda, cenas da vida de São Francisco. Esses afrescos foram finalizados em 1260-1263. São considerados os melhores exemplos da pintura mural da Toscana, antes de Cimabue.
Como a popularidade da igreja aumentou, capelas laterais para famílias nobres foram adicionadas entre 1270 e 1350, destruindo os afrescos na paredes. A primeira capela à esquerda é decorada com dez afrescos de Simone Martini. Esses estão entre os maiores trabalhos de Martini e os melhores exemplos da pintura do século XIV.
A nave termina em uma abside semicircular ricamente decorada, precedida por um transepto. Os afrescos no transepto direito mostram a infância de Cristo, feitos parcialmente por Giotto e seus aprendizes e a Natividade pelo anônimo Mestre di San Nicola. O nível inferior mostra três afrescos representando São Francisco ajudando duas crianças. Esses afrescos de Giotto foram revolucionários para a época, pois mostravam pessoas reais com emoções em uma paisagem realista.
Na parede do transepto, Cimabue pintou uma de suas obras mais famosas: Nossa Senhora com São Francisco, Anjos e Santos (1280). Esse é provavelmente o retrato mais assemelhado a São Francisco. A pintura estática em estilo gótico contrasta com as pinturas dinâmicas de Giotto. O transepto esquerdo foi decorado pelo pintor Pietro Lorenzetti e seus aprendizes entre 1315 e 1330. Os afrescos mostram seis cenas da Paixão de Cristo, sendo a mais impressionante a Descida da Cruz, onde se percebe a sombra em uma pintura pela primeira vez desde a Antiguidade.
Cripta com túmulo de São Francisco de Assis
Pela nave se pode descer para a cripta através de uma escadaria dupla. Esse local, que guarda o túmulo de Francisco foi descoberto em 1818. O túmulo tinha sido escondido por Frei Elia para evitar que suas relíquias se espalhassem pela Europa medieval. Por ordem do Papa Pio IX, uma cripta foi construída embaixo da Basílica inferior. Foi projetada por Pasquale Belli com mármore fino em estilo neoclássico, mas foi redesenhada em pedra crua em estilo neo-Românico por Ugo Tarchi entre 1925 e 1932.
Ao lado da Basílica, fica o Sacro Convento, que se assemelha a uma fortaleza e que já era habitado em 1230. O Convento agora abriga uma vasta biblioteca (com obras medievais), um museu com obras de arte doadas por peregrinos pelos séculos e também 57 obras (principalmente das Escolas Florentina e Sienesa) da Coleção Perkins.
Nave da Basílica superior
A entrada da Basílica superior (que representa a glória) é pela arcada do convento dos frades. O estilo dessa área é completamente diferente da Basílica inferior. Grandes janelas de vidro colorido banham com luz as obras de Giotto e Cimabue. A parte final ao oeste do transepto e a abside foram decoradas com vários afrescos de Cimabue e seus aprendizes (1280). Infelizmente, devido ao material usado na obra, os afrescos logo sofreram os efeitos da umidade. Estão hoje muito deteriorados e foram quase reduzidos a meros negativos fotográficos.
A parte superior, em ambos os lados da nave, muito danificada pelos terremotos de 1997, foi decorada em duas filas com um total de 32 cenas do Velho Testamento e do Novo Testamento. Como levava cerca de seis meses para que se pintasse apenas uma parte da nave, diferentes artistas romanos e toscanos, seguidores de Cimabue, trabalharam na obra, tais como Giacomo, Jacopo Torriti e Pietro Cavallini.
Mas a obra mais importante da Basílica é, sem dúvida, a série de 28 afrescos atribuídos a um jovem Giotto na parte baixa da nave. Giotto usou a Legenda Maior, a biografia de Francisco para reconstruir os maiores eventos da vida do santo. As pinturas são vívidas, como se Giotto tivesse sido uma testemunha ocular da história. Os afrescos foram executados entre 1296 e 1304. Contudo, a autoria da obra ainda é debatida. Alguns críticos acreditam que a série tenha sido feita por um grupo de artistas inspirados em Giotto.
(Via: Franciscanos)
No dia 15 de maio, às 15h, a Sacrossanta Basílica São Francisco de Assis na Asa Norte (DF) recebeu o corpo de seu Pároco e Reitor, Reverendíssimo Frei João Benedito Ferreira de Araújo. A partir das 18h, deu-se início uma série de celebrações, orações e despedidas por parte dos confrades, parentes e amigos.
Frei João Benedito exerceu, em nome da Província São Maximiliano Maria Kolbe, a missão de ser reitor do Santuário São Francisco de Assis de 2020 a 2023. Trabalhou com dedicação, concluindo seu trabalho com a aprovação e Instalação da Sacrossanta Basílica Menor Santuário São Francisco de Assis no dia 13 de maio de 2023.
Infelizmente, em razão de um mal súbito, veio a passar mal durante a Santa Missa das 19h do dia 14 de maio, na Basílica Menor Santuário São Francisco de Assis, sendo socorrido e levado ao hospital, mas veio a óbito na manhã da segunda feira do dia 15 de maio de 2023. Após digno velório, ocorreu seu sepultamento na terça feira, dia 16 de maio de 2023, no Cemitério “Imaculada Conceição” no Jardim da Imaculada.
As celebrações ocorreram do início da noite do dia 15, durante a madrugada até a manhã do dia 16/05, acontecendo a última Santa Missa de corpo presente na Basílica Menor, às 11h, celebrada por Dom Antônio Aparecido, bispo auxiliar de Brasília. Com a presença de Dom Fernando, Bispo emérito ordinário militar, além de vários padres da Arquidiocese de Brasília, dos confrades e o povo de Deus, que prestaram-lhe as últimas homenagens.
Após a Santa Missa, aconteceu o translado do corpo, em carreata, para o Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental (GO). Após a chegada do corpo, às 15h, deu-se início a Santa Missa no Santuário Imaculada Conceição de Maria, presidida por Dom João Wilk, bispo ordinário de Anápolis.
Também vieram prestar suas últimas homenagens Dom Waldemar Passini, Bispo ordinário de Luziânia e Presidente do Regional; Dom Mariano, Bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande (MS); os Frades da Ordem, Seminaristas das Casas de Formação da Província, Sacerdotes das Dioceses de Luziânia e Brasília, vários religiosos e religiosas, familiares, amigos e o povo de Deus.
Após a celebração, aconteceram as orações pelo frade falecido com o Ministro Provincial, Fr. Gilberto Jesus. OFMConv. Ao fim da Celebração com benção e incensação, houve a transladação do corpo ao Cemitério Imaculada Conceição de Maria, onde Frei João Benedito foi sepultado.
Aconteceu entre os dias 8 e 10 de maio, no auditório do Centro Franciscano de Educação e Cultura (CEFEC), a Assembleia Capitular da Província São Maximiliano Maria Kolbe, cuja finalidade foi a avaliação do último quadriênio da realidade provincial, olhando luzes e sombras. Ela propõe a criação de uma síntese das ações da província, visualizando os problemas e dificuldades encontrados pelos frades nos últimos anos e trazendo propostas para serem discutidas no Capítulo Ordinário, que será realizado entre 16 e 20 de outubro.
A Assembleia Capitular, conforme a orientação do “Diretório do Capítulo” (documento que rege os Capítulos Ordinários), teve a finalidade de promover os de sinodalidade, respeitando as realidades e opiniões de cada frade. Essa Assembleia pode ser realizada em diversas modalidades mas, nesse caso, a nossa Província realizou com os frades em geral, sendo todos convocados, mas coube aos guardiães avaliarem os frades que poderiam representar os seus conventos, levando em consideração os custos de passagens, estadia e outros. Conforme a proposta do Estatuto Geral, a finalidade é refletir com os frades os diversos tópicos a serem discutidos no Capitulo Ordinário, promovendo debate dos problemas que interessam a toda a comunidade provincial.
Os temas gerais que foram discutidos ao longo da Assembleia foram sobre a Missão no Amazonas, O Instituto São Boaventura, a vida fraterna, a autonomia econômica, o período pré capitular (preparação para eleição dos delegados provinciais) e a Delegação do Nordeste.
Amados irmãos e irmãs, que o Senhor vos dê a Paz!
Com grande alegria abrimos mais uma edição da nossa revista ‘‘O Poverello’’ realizada pelos frades da Casa de Formação São Francisco de Assis. Aproximamo-nos do fim de mais um ciclo anual. A nós, é oportuno rendermos graças a Deus por tudo o que realizou em nossas vidas. Afinal, como seguidores do Evangelho do Senhor, queremos estar sempre predispostos à gratidão e à ação de graças, postura que deu a Francisco de Assis e que tanto nos comove e ensina.
Frei Flávio Amorim, formador
Este ano, os frades da Casa de Formação São Francisco, resolveram partilhar gratuitamente com todo o povo de Deus uma edição da Revista O Poverello focada na espiritualidade franciscana. Com edição anual, a revista voltou a ser lançada ano passado, com artigos escritos pelos próprios frades abordando diferentes assuntos, assim como todo o trabalho de edição e publicação.
O ano que passou foi marcado pela celebração dos 810 anos da vocação de Santa Clara, mas a Revista traz muitos outros assuntos, como uma meditação do evangelista do ano C, ou seja, São Lucas; além de artigos sobre a importância da Lectio Divina, as vocações franciscanas, a pobreza em Santa Clara, a vocação do irmão religioso, e o testemunho vocacional de um dos frades, assim como os principais acontecimentos que marcaram a Casa neste ano que passou e a indicação de material de leitura.
Aproveite, leia, curta e compartilhe com todos!
Paz e Bem!
Na segunda feira, dia 1º de maio celebramos, com imensa alegria, o 91º aniversário natalício do Frei Eusébio Wargulewski. Neste quadriênio, Frei Eusébio Wargulewski esteve exercendo seu ministério sacerdotal na Paróquia dos Evangelistas São Marcos e São Lucas, na Ceilândia (DF) mas, ao final do ano de 2022, foi para o Seminário São Francisco Assis, na Asa Norte, em Brasília (DF) para tratamento de saúde. Desde então, tem vivido a vida com os frades professos no Seminário, sendo confessor dos frades jovens. Que sua alegria e dedicação missionária possa motivar nossos formandos na caminhada religiosa franciscana.
Biografia
Frei Eusébio nasceu na Polônia, em primeiro de maio 1932, na cidade de Osipy. Vindo de uma família de forte tradição religiosa, ele revela que muitos de seus parentes, entre primos, primas e irmãos, também estão na vida religiosa. Alguns até no Brasil. O país europeu tem uma grande presença do Catolicismo e, entre os anos 1960 e 1970, experimentava um enorme fervor nas vocações.
Na época, o mundo todo conhecia a obra de São Maximiliano Maria Kolbe. O Santo dos Tempos Difíceis havia sido beatificado em 1971 pelo Papa Paulo VI. A Província Mãe de Varsóvia decidiu então iniciar uma Missão no exterior para continuar a obra kolbiana de conquistar o mundo todo para Cristo pela Imaculada.
O país escolhido foi justamente o Brasil e, no segundo grupo de missionários, o Frei Eusébio foi enviado junto dos Freis Marcos Ignaszewski, Francisco Kramek e Edmundo Grabowiecki (como havíamos noticiado aqui). Chegaram a terras tupiniquins em 1975. Inicialmente, os frades atuaram em Uruaçu e, conforme os anos se passavam, foram evangelizar em outras cidades. Assim, a Província São Maximiliano Kolbe do Brasil crescia em tamanho e em vocações.
Brincadeiras e Espiritualidade
Além das brincadeiras, Frei Eusébio também é conhecido pelas confissões. Costumeiramente, chega ao confessionário antes que os fiéis que, ao entrarem, já encontram o frade sentado e pronto para exercer o sacramento. “A confissão é muito importante não para mim, mas para o penitente. É a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é um distribuidor”, explica ele.
Pronto para ouvir quem estiver arrependido e ansiando pelo perdão, o frade deixa claro a sua função. “O sacerdócio não é apenas celebrar Santas Missas, mas também conceder a reconciliação por meio do Espírito Santo de Deus àqueles que estão perdidos e buscando o seu caminho de retorno ao Pai”, afirmou.
Humilde e caloroso, o frade recebe todos e todas que o procuram. Escuta quem precisa falar. Aconselha quem precisa prosseguir. Vai de encontro aos necessitados. Além da confissão, Frei Eusébio também busca visitar os doentes para levar o Evangelho e o carisma franciscano a quem mais precisa.
Em seu tempo livre, costuma reunir-se com fiéis para confeccionar terços, mais um dos presentes que dá junto com as balinhas. Também se dedica a cuidar das plantas e hortaliças. Mas não importa onde esteja: seja na igreja, no confessionário ou com o povo de Deus: onde o Frei Eusébio está, nunca falta alegria.
No dia 27 de abril de 2023, a Província São Maximiliano Maria Kolbe celebra a memória de dois anos de falecimento de Frei Francisco Kramek.
Filho de fazendeiros, Frei Francisco Kramek nasceu aos 12 de janeiro de 1935, em Babin na Polônia. Perdendo seu pai em tenra idade, Frei Francisco foi educado por seu padrasto João e por sua mãe Mariana, mulher simples e discreta que formou os filhos com o bom exemplo. Dada a invasão do território Polonês, pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a propriedade familiar ficou em zona proibida e frei Francisco, não poucas vezes, considerou-se agraciado pela preservação de sua vida: por duas vezes se viu livre do fuzilamento, pelos soldados alemães, livre de bombardeio e explosões de minas terrestres, livre ainda em sua infância quando fora atingido por um raio.
Somente a sua longa vida e os frutos derivados de sua missão o levariam a compreender quão valiosa era a sua vida. Deus lhe tinha destinado uma missão, a qual frei Francisco começou a conhecer quando aos sete anos de idade, teve o seu primeiro contato com um frade franciscano, frei André Klimuszko, que vindo ao seu povoado e reunindo as crianças, dirigiu-se a ele e profetizou que seria Sacerdote. Quase impossibilitado de ver cumprida tal profecia, seja pelos atrasos impostos pela Guerra, que pelas dificuldades no aprendizado, passados alguns anos, já entrada a adolescência e trabalhando no trato do feno, na propriedade rural da sua família, frei Francisco Kramek, escutou uma voz forte e misteriosa que lhe chamava ao Seminário.
Relatando o ocorrido a sua mãe, a mesma o orientou a que procurasse o Pároco e que este o orientaria. Obedecida a mãe e dirigido pelo padre Adão, que o auxiliou para o ingresso no Seminário fundado por são Maximiliano em Niepokalanow, aos 14 anos de idade, no dia 1 de setembro de 1949, o jovem Francisco deu início a sua formação religiosa. Ingressando no Noviciado, no dia 30.08.1951, Frei Francisco Kramek fez a Profissão Temporária aos 31.08.1952. Encerrado o ano do Noviciado, o mesmo continuou o estudo do Ginásio em Niepokalanow, período durante o qual viria a sofrer grandes dificuldades para a conclusão dos estudos, no entanto, mais uma vez frei Francisco sentiu-se agraciado pelos favores divinos. Entre os anos de 1954 e 1959, estudou Filosofia e Teologia.
No dia 04.10.1956, frei Francisco fez a Profissão Solene dos votos e foi Ordenado Sacerdote no dia 02.08.1959, pelo futuro beato Cardeal Primaz da Polônia Stefan Wyszynski. Nutrindo, em seu coração, o grande anseio pela vida missionária, depois de sua ordenação, frei Francisco deu início ao seu trabalho apostólico em Slawno (1959-1962), onde serviu como Vigário Paroquial e Capelão Hospitalar; em Niepokalanow (1962-1964), junto ao Seminário Menor, foi nomeado Vice-Formador e ali pôde inspirar muitos jovens seminaristas a seguirem a vocação missionária; em Gniezno (1964-1966), foi Vice-Mestre de Noviciado.
Antes de sua partida para a missão Ad Gentes, frei Francisco serviu em Koszalin (1966-1972), como Vigário Paroquial; em Skarzsko (1972), também como Vigário Paroquial e em Poznan, entre os anos 1972 e 1974, iniciou a sua preparação paras as missões. Animada pelo ardor missionário de São Maximiliano e por ocasião de sua beatificação, foi decidida a criação de uma nova missão, pela Província Imaculada Conceição, então sob o governo do frei Mário Paczóski. Sentindo-se chamado, Frei Francisco se inscreveu para estar entre os novos missionários e com grande entusiasmo, no dia 19.12.1974, juntamente com frei Marcos Ignaszewski, Frei Eusebio Wargulewski e o Irmão Religioso Edmundo Grabowiecki, partiu em missão para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro de 1975. Frei Francisco, portanto, foi missionário da primeira hora, compondo o grupo de missionários chegados ao Brasil, apenas três meses após a chegada do fundador da Missão, Dom Frei Agostinho.
Residindo, na Paróquia de São Sebastião, em Uruaçu - GO, entre maio de 1975 e abril de 1976, preparou-se para assumir a Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Rialma – GO, no dia 4 de abril de 1976, onde trabalhou até 27.02.1977, assumindo em seguida a missão de ser o primeiro Pároco franciscano, da grande Paróquia de São José, em Niquelândia – GO, no dia 19.03.1977, assistência que se estendeu ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em Niquelândia, juntamente com frei João M. Batista Wajgert, frei Francisco trabalhou para construção do Convento de são José. Dedicado e zelo pastor, frei Francisco realizou muitos trabalhos e durante uma década se dedicou ao cuidado do povo goiano naquela região, onde permaneceu até dezembro de 1986.
Do dia 01.01.1990 aos 08.11.1992, frei Francisco assumiu novo encargo pastoral em Valparaíso de Goiás, ali também como Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis. Em 1992, dia 08 de novembro, frei Francisco retornaria ao Novo Gama de Goiás, onde novamente viria a assumir as funções de Guardião e Pároco e ali permaneceria por mais sete anos até a sua transferência para o Convento de São Marcos e São Lucas, em Ceilândia – DF, onde desenvolveria os seus trabalhos apostólicos até a sua designação como Diretor Espiritual do Seminário são Francisco de Assis, em Brasília, no ano de 2002. Em pouco tempo frei Francisco seria nomeado Vice-Formador do Noviciado e no final do ano de 2003, foi transferido para Águas Lindas de Goiás, onde permaneceu Vice-Mestre até o ano de 2007.
Desde então frei Francisco permaneceu em Águas Lindas, exercendo a função de Vigário Paroquial e ali desenvolveu longo e duradouro apostolado, até o seu falecimento, em 27.04.2021, aos 86 anos de idade. Em sua longa vida, frei Francisco realizou muitas obras físicas, na construção e reformas de tantas Igrejas e conventos, também obras intelectuais por meio dos vários livros que escreveu, mas sobretudo se dedicou com grande zelo pela edificação da Igreja e pela propagação da fé católica. É inegável o seu testemunho de fé sólida e Católica, bem como o testemunho de sua coerência, na vivência de sua profissão religiosa.
Frei Francisco manifestou, ao longo de sua vida, especial atenção pelo atendimento aos doentes e moribundos. Dentre os serviços pastorais que Frei Francisco mais realizava, até o momento de sua morte, estão as visitas aos hospitais e a Comunhão que levava aos que não podiam mais participar das Santas Missas. Apesar das grandes provações, quanto à sua saúde, o Frei Francisco Kramek veio a falecer de modo repentino, no dia 27.04.2021, às 18:00h, em decorrente de um infarto. O corpo de Frei Francisco Kramek foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada em Cidade Ocidental-GO, 16h, do dia 29.04.2021.
Paz e Bem!
A nossa Província Franciscana de São Maximiliano Maria Kolbe, com presença no Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil, com a graça de Deus, possui em 2023, cerca de quarenta e cinco formandos (seminaristas) em várias etapas (a saber: postulantes, pré-noviciado, noviciado, pós- noviciado). Estes jovens se preparam intensamente para o apostolado franciscano nas mais diversas atuações da nossa Província.
Este preparo, não obstante, exige muitos recursos!
Você já pensou em ser um Benfeitor Franciscano? Já pensou em ajudar um destes jovens em sua formação franciscana? Deseja auxiliar a vida franciscana a se expandir ainda mais pelo Brasil?
Precisamos muito da sua ajuda. Conheça-nos. Entre em contato conosco!
Seja um Benfeitor Franciscano!!! Você pode!
Que Deus abençoe a sua iniciativa em acreditar neste apostolado e nestes jovens que se dedicam plenamente ao serviço de Deus e ao próximo!
Saiba mais em: (61) 9 8275-5864 - Economato
A Ordem dos Frades Menores Conventuais é a Ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis.