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26 Setembro 2018

26 setembro: São Elzeário de Sabran e Bem-aventurada Delfina de Glandèves - Santos e Santas Franciscanas do Dia

Escrito por  OFMConv-Notícias

Elzeário nasceu no ano de 1285, nasceu na pequena aldeia Provence, na França. Filho de Ermangao de Sabran, conde de Ariano, no reino de Nápoles e de Lauduna d’Albe de Roquemartine, mulher de grande piedade e caridade para com os pobres. Ainda em seu batismo, sua mãe o ofereceu ao Senhor, disse que estava disposta a entregá-lo antes que sua alma fosse manchada em vida pelo pecado mortal. O voto heroico da mãe foi ouvido. Ele teve ótima educação ao lado de seu tio Guilherme de Sabran, abade de renome do mosteiro beneditino de São Vítor.

 

Todavia, ainda muito jovem, por vontade de Carlos de Anjou, casou-se em 1299 com Delfina de Signe. Elzeário, muito inclinado à piedade, e Delfina, que não queria o casamento, de comum acordo resolveram conservar sua castidade, mesmo após as núpcias, e cumpriram o seu acordo. Após a morte de seu pai, Elzeário herdou, com outros títulos de nobreza, também o de conde de Ariano, indo à Itália para tomar posse do condado, sob a imediata autoridade do rei.

 

Naquela ocasião brilharam suas virtudes. Por sua caridade e o senso de moderação dos contratempos, conquistou o amor do povo, sendo querido pelo Rei de Nápoles. Em 1312, quando Roma foi sitiada pelo exército do Imperador Henrique VII de Luxemburgo, Roberto de Anjou encomendou ao Conde de Ariano o mando de seus soldados que pediam ajuda do Papa. Elzeário aceitou a pesada tarefa com tanta persistência que forçou os imperiais a abandonar Roma.

 

Depois de quatro anos na Itália, retornou a Provence. Este retorno foi motivo de grande alegria para Delfina, e para todos os povos da região. Neste momento, o casal recebeu o hábito da Ordem Terceira de São Francisco das mãos do Padre João Julião da Riez. Se antes fizeram o juramento de perseverarem na virgindade, agora fizeram o voto de perpétua castidade. Todos os dias, eles rezavam o ofício dos terciários e multiplicavam as obras de caridade e de penitência. O hábito franciscano consistia em uma túnica de pano cinza até os joelhos, apertada com o cordão. Ele se preocupou que, em seus territórios, florescessem a vida cristã, se mantivessem bons costumes, se administrasse a justiça e se defendessem os pobres da opressão dos ricos.

 

Morreu em 27 de setembro de 1323. Quis ter ao seu lado, o famoso padre e teólogo Francisco Mairone, com quem fez a confissão geral e de quem recebeu o Viático. Foi canonizado por Urbano V em 15 de abril 1369. Em sua canonização, estava presente sua esposa Delfina. Em Ariano Irpino (Avellino) é venerado como um co-padroeiro da cidade.

 

 

Bem-aventurada Delfina de Glandèves

Delfina de Signe, nasceu em 1284, nas colinas do Luberon, na França. Sendo da nobre família dos Glandèves, era uma encantadora figura de mulher, que passou por todos os lugares do mundo, levando a luz da sua graça, o perfume da virtude, o calor do seu afeto. Se dedicou a alimentar aqueles que estavam ao seu redor. Desde cedo, sua presença era luz e conforto para sua família. Aos 12 anos, já estava noiva de um jovem não inferior a ela por sua gentileza, nobreza de sangue e beleza da alma, Elzeário.  

 

O casamento aconteceu quatro anos depois. Foi um casamento “branco”, porque o jovem casal escolheu a castidade, um meio de perfeição espiritual mais alto e árduo. No Castelo de Ansouis, os dois cônjuges nobres viveram não como castelhanos, mas como penitentes. No castelo de Puy-Michel, entraram na Ordem Terceira Franciscana. Sua vida interior foi enriquecida por uma nova dimensão, a da caridade, mediante a qual eles, ricos por sua condição, se fizeram humildes e pobres para socorrer aos pobres. Delfina e seu marido, além das penitências, orações e mortificações, dedicaram-se a todas as obras de misericórdia, destacando-se em todas.

 

Quando Elzeário foi enviado para seu ducado de Ariano como embaixador para o Reino de Nápoles, o trabalho de caridade do casal continuou em um ambiente ainda mais difícil. Em meio a tumultos e rebeliões, ela foi embaixadora de concórdia, caridade e oração em suas boas ações, multiplicando seus próprios esforços e sacrifícios até conquistar a admiração das pessoas.

 

Elzeário morreu pouco depois em Paris. Delfina, porém, sobreviveu longo tempo e continuou as obras que haviam iniciado juntos. Ela teve a alegria de ver seu marido colocado pela Igreja entre os santos. Ela, aos 74 anos, pôde colocar sua cabeça calma e feliz para o descanso eterno. Morreu em Calfières no dia 26 de novembro de 1358.

 

 

 

Fontes: Franciscanos e Ordem Franciscana Secular.

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