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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Os primórdios

As primeiras presenças da Ordem dos Frades Menores Conventuais (OFM Conv.) em terras latino-americanas aconteceram em um contexto sócio-político-religioso peculiar. Fim da II Grande Guerra mundial e crise do liberalismo anticlerical caracterizado pelos regimes totalitaristas vigentes na grande maioria de nossos países.

Frei Roberto Tomichá em seu artigo, La presencia de los Franciscanos Conventuales em América Latina (1947-1953), ainda que dando enfoque, sobretudo às missões realizadas pela Província de Pádua em terras Ameríndias nos dá algumas informações preciosas sobre os movimentos missionários de nossa Ordem muito antes da grande iniciativa missionária do século XX.

Segundo o mesmo autor, devido à proibição explicita do monarca Felipe II, os frades Menores Conventuais não puderam participara, ao menos oficialmente, da colonização espanhola das Américas (séculos XVI-XVIII).

No obstante, existen indicios del paso de algunos franciscanos conventuales incorporados entre los observantes como, por ejemplo, la interesante figura del p. Juan Bautista Lucarelli de Pésaro, confesor del príncipe de Urbino, que llegó a España en 1573 y se integró a la Provincia de San José de los Descalzos. Otro conventual, Félix Pasqualuchi, de nación italiana, habría pasado a las Indias por los años 1678 con el propósito de recaudar dinero para la refacción del sacro convento de Assis.

Em 1911 quatro frades da Província Romana chegaram ao Brasil com a intenção de implantar a Ordem; estes, porém, não obtiveram êxito em sua empresa. Somente em 1946 os frades norte americanos da Província Imaculada Conceição lograram fundar a primeira presença permanente no Rio de Janeiro.

Segundo o relato de Frei Cipriano Sullivan a possibilidade da Província Imaculada Conceição – USA, fundada em 1872, assegurar o trabalho missionário na América do Sul parece ter sido citado no Capítulo Provincial de 1942.

Década de 1940

 

O primeiro frade franciscano conventual, nos tempos modernos, a tomar residência no Brasil foi o Padre Andréas Wild, OFM Conv., o qual já havia desempenhado as funções de Comissário Geral da Província Húngara e de Confessor Apostólico na Basílica de São Pedro em Roma. Húngaro de nascimento, mas cidadão romeno, ele chegou ao Brasil em 4 de outubro de 1939 numa visita ao seu irmão, Dr. Luiz Wild, um famoso químico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

A Província Imaculada Conceição tinha, por muitos anos, considerado a possibilidade de enviar missionários para a América do Sul com o propósito de dar assistência à notável necessidade de padres nesse vasto continente. Encorajado, sem dúvida, por informações de Fr. Andréas, o Capítulo Provincial de junho de 1945 escolheu o Brasil como principal campo de trabalho.

Portanto, em 16 de dezembro de 1945, o Padre Daniel Lutz, OFM Conv., Ministro Provincial, acompanhado pelo Padre Cyril Orendac, OFM Conv., desembarcaram em Santos.

Os primeiros frades conventuais estabeleceram-se no Rio de Janeiro, capital do País na época, a convite de D. Jaime de Barros Câmara, Cardeal Arcebispo (1943-1971). Hospedados pelos Padres de Nossa Sra. da Salette, ocuparam-se primeiramente em aprender a língua portuguesa e adquirir experiência paroquial, ajudando os padres missionários Saletinos. Esses pioneiros foram os padres: Fr. André (Andrew) Ehlinger, Fr. Bernardino Golden e Fr. Armando (Herman) Siebert

Posteriormente com a vinda dos Frades da província Santo Antonio de Pádua (Itália), as três presenças conventuais (São Paulo, Argentina-Uruguai), nascem em 1948, como comissariado único de Pádua[9]. Os primeiros missionários oriundos de Pádua chegaram ao Rio de Janeiro no dia 19 de fevereiro de 1947, eram eles os freis: Leone Zoppi e Emiliano Buffoli, os quais se encaminhavam ao Uruguai para iniciarem uma nova missão, esses foram muito bem recebidos pelos frades americanos. Segundo o que nos relata Fr. Roberto Tomichá, estes «Fueron muy bien recibidos por los frailes jóvenes del convento, admirando en ellos la hospitalidad y el servicio fraterno, además de quedar sorprendidos por la diversidad en el estilo de vida conventual de los frailes americanos».

Argentina e Uruguai permaneceram sempre unidos, embora não faltassem tentativas e projetos de separação. A vida dos frades  pioneiros foi admirável. Os humildes lugares escolhidos, as construções, muitas vezes feitas com as próprias mãos, o estilo de vida, deram a essa missão e aos frades uma forte tonalidade da minoridade franciscana.

Década de 1968-70

Sucessivamente tivemos a abertura da delegação da Província São Boaventura no Maranhão (BR), aberta em 1968. O contexto das fundações do Maranhão pela Província Romana, e de Honduras, pela Província Consoladora dos Aflitos (EUA) foi diferente das anteriores. Entrávamos de cheio no pós-Concílio e nos ecos de Medellin: a Igreja dos pobres e a grande opção do CELAM. A Igreja latino-americana estava em ebulição, houve grandes momentos eclesiais para adequar-se a essa nova situação.

Assim foram surgindo as várias outras presenças conventuais por toda a América Latina e Caribe (ALC), em 1970, surge em Honduras a Custódia Maria Mãe dos Pobres, esta missão teve como centro de referencia o Centro de Assistência Social e educativa para as crianças pobres e marginalizadas, iniciativa de valor extraordinário em termos de solidariedade[13]. Também em 1970 foi fundada a atual Província São Maximiliano Kolbe, por ocasião da sua beatificação, querendo difundir o espírito e a missão desse novo beato. O primeiro missionário, frei Agostinho Januszewicz, abriu a primeira presença em 1974, em Uruaçu (Go). Vindos para o Brasil, os Frades poloneses de Varsóvia, fixaram-se na recém-fundada Capital, Brasília.

No dia 16 de novembro de 1976, chegaram da Polônia, três missionários; Frei João Batista, Frei Estevão e Frei Menseslau, estes permaneceram no Convento do Rio até o dia 18, quando partiram com Frei Agostinho para Brasília onde fortaleceriam a nova missão Polonesa em Uruaçu. Formando assim o grupo dos Frades pioneiros do Planalto Central: Francisco, Agostinho, Marcos, Euzébio, Mienseslau, Estevão e João Batista, os fundadores da atual Província São Maximiliano Kolbe.

Década de 1970-80

O terceiro momento de fundação franciscana conventual na ALC se deu entre os anos 1974-79, tivemos a abertura das seguintes presenças: Colômbia – 1977, México – 1977, Bolívia – 1977, Venezuela – 1978. Em nosso artigo, não temos a intenção de aprofundarmos os aspectos históricos fundacionais específicos de cada jurisdições. De modo geral, estas presenças franciscanas surgiram dentro do contexto das celebrações dos 750 anos da morte de São Francisco de Assis.

Principalmente na América Central, o trabalho dos primeiros missionários foi fascinante, marcado sobre tudo por um grande esforço de inculturação e de tradução da espiritualidade franciscana para os vários contextos, indígenas, “campesinos” autóctones, dando respostas imediatas às várias necessidades de catequese, assistência social, educação e amparo aos órfãos e necessitados.

Essas fundações foram precedidas por um período eclesialmente rico de atividades e esperanças. À Conferencia de Medellín, seguiu-se um período de consolidação institucional por parte do CELAM, três Sínodos Romanos (1967, 1969, 1971) foram de grande importância no pensamento da Igreja, sobretudo o terceiro, sobre a “Justiça no mundo”, no qual os bispos latino-americanos tiveram uma participação ativa. Em 1975, Paulo VI promulga a “Evangelii Nuntiandi” dando um reconhecimento substancial a Evangelização e a libertação.

Dentre as várias presenças franciscanas abertas pelos poloneses, não poderíamos deixar de chamar a atenção de modo especial para a Delegação Provincial do Peru, aberta em 1988 com a chegada dos freis: Jaroslaw Wysoczanski e Zbigniew Strzalkowski, seguidos pelo frei Michal Tomaszek, em julho de 1989. Desta presença franciscana nos veio o primeiro fruto de santidade oferecido pelo sacrifício cruento dos dois últimos frades acima nominados, os beatos, Zbigniew Strzalkowski e Michal Tomaszek, os quais foram assassinados pelo Sendero Luminoso, no dia 09/08/1991. Este martírio nos testemunha de modo particular o drama vivido por muitos de nossos missionários na ALC, lutando para testemunhar o Evangelho e buscando em meio a tantas desigualdades promover o direito e a justiça sociais.

Assim se foi descortinando o cenário missionários Franciscano Conventual em nosso Continente, em 1992, tivemos a abertura oficial da missão do Paraguai, pela Província Santo Antônio, da Polônia. Em 1995, os frades de Pádua, Itália, com a colaboração dos frades da Província Rio-platense, abriram uma nova presença no norte do Chile.

E em julho de 1995, a província polonesa, São Maximiliano Kolbe, de Gdank, abriu sua presença no Equador. E por último, temos a presença em Cuba, aberta em novembro de 2001, quando em especial a diocese de Matanza recebe os frades: Silvano Catelli, Roberto Carboni e Fernando Maggiore, vindos da Itália, Província das Marcas.

Em linhas gerais este foi o cenário geográfico que aos poucos se delineou com as várias presenças de nossos frades em solo latino-americano e caribenho, as dura penas, mas também com a alegria de se proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, nossos frades foram escrevendo sua história. Estes últimos 70 anos, desde a chegada de nossos primeiros frades, marcaram o inicio da Implantatio Ordinis, seu cenário geográfico e sua atuação pastoral na ALC. Atualmente estamos presentes desde o México até a patagônia Argentina, passando pelos países e cidades mais importantes da América latina. As origens, as procedências, os motivos, os projetos, as histórias, etc., foram e continuam sendo muito variados. Cabe a cada uma de nós, pessoalmente e a cada jurisdição, enquanto instituição religiosa, buscar escrever e dar sentido às suas memórias para que nada vá pedido do que tem sido a vida, os sonhos, as lutas, as vitórias e falências de nossa Ordem OFM Conv., enquanto organismo vivo e atuante na ALC, com a Missão bem definida de proclamar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo à modo de Francisco de Assis.

 

Diante da Cruz, na Igreja de São Damião, Francisco ouviu as palavras: "vai e reconstrói a minha Igreja, que está em ruínas!"

Assis (RV) - A Cruz de São Damião deixou a Basílica de Santa Clara, em Assis - onde é custodiada desde que as Clarissas para lá se transferiram após a morte de Santa Clara - para ser recolocada temporariamente no local em que Francisco a viu pela primeira vez, onde rezou no início de sua conversão e recebeu o mandato “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja, que está em ruínas!”.

"Nos encontramos na Capela da Basílica de Santa Clara que custodia a Cruz de São Damião que falou a Francisco no início do caminho de sua conversão: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja, que está em ruínas!”. Giotto eternizou este momento com um afresco na Basílica de Assis", disse o Diretor da Sala de Imprensa do Sacro Convento de Assis, Padre Enzo Fortunato.

Momento histórico

"Hoje é um momento histórico - continuou - porque a comunidade das Irmãs Clarissas, presente no traslado, em sinergia com a Província dos Frades menores, pensou - visto a extraordinariedade do Jubileu da Misericórdia - de levar por cinco dias o crucifixo de São Damião no ao seu lugar de origem, isto é, na igreja que leva o seu nome".

"Um momento de grande importância do ponto de vista histórico - avalia o sacerdote - mas também de profunda intensidade espiritual. Assim vem em mente as palavras do Papa Francisco no início do Jubileu, que desejava uma Igreja que caminhasse, edificasse e confessasse por meio da fé, por meio do Senhor. É evidente que o centro é "edificar", o mesmo que pediu Jesus a Francisco, e que hoje pede a cada um de nós por meio do nosso estilo de vida".

Não foi a primeira "saída"

Esta, no entanto, não é a primeira vez que a Cruz deixa a Basílica de Santa Clara. De fato, na tarde de 22 de março de 1953, no âmbito do VII Centenário da morte de Santa Clara, a Cruz de São Damião deixou por poucas horas o templo, sendo levado em solene peregrinação pelas ruas de Assis. Naquela ocasião, no entanto, não chegou a ser levado até a Igreja de São Damião.

No último domingo, teve lugar precisamente no Santuário de São Damião um encontro descrito pelo Padre Guardião - Fr. Gianpaolo Masotti - como necessário "prólogo" para o histórico traslado da Cruz que terá lugar de 15 a 19 de junho de 2016. 

 

Na manhã da última quarta-feira, 15 de junho, o Provincial Frei Marcelo e o Secretário, Frei Rafael, juntamente com os mestres de obras e empreiteiros, visitaram a Casa de Formação do Jardim da Imaculada. A finalidade da visita era fazer o primeiro levantamento da situação do edifício e o orçamento para reforma, conforme solicitado no Capítulo Provincial no PPQ.

Abaixo fotos!

Na última segunda-feira, 13 de junho, o nosso ministro provincial, Frei Marcelo esteve no principal Convento e Paróquia dedicados a Santo Antônio de nossa Província. Juntamente com o Convento de Santo Antônio do Valparaíso de Goiás e a Casa de Missão em Tefé no Amazonas, o Santo padroeiro é há mais de 30 anos o padroeiro da Cidade Ocidental.

Em sua homilia Frei Marcelo destacou a presença dos missionários franciscanos poloneses que foram os fundadores da paróquia e também a herança social da espiritualidade antoniana, exemplo disso é a recordação da benção do pão de santo Antônio.

Veja abaixo as fotos!

Quinta, 16 Junho 2016 17:27

Retiro Vocacional

Entre os dias 10 a 12  de junho, foi realizado no Convento São Maximiliano Maria Kolbe em Águas Lindas de Goiás - GO o primeiro Retiro Vocacional desse semestre. Participaram do retiro 20 jovens vocacionados a vida religiosa franciscana conventual que veem sendo acompanhados desde o mês de fevereiro, eles participam dos encontros vocacionais a cada terceiro domingo do mês.

O retiro teve início na sexta-feira às 20 horas com um jantar fraterno, em seguida, os vocacionados tiveram um momento de oração ao lado da imagem de Nossa Senhora das Graças na pracinha do Convento. 

Na manhã do sábado rezaram o ofício da imaculada conceição, e logo após, a Santa Missa. O Frei Lucas expôs sobre a vida religiosa do consagrado na Igreja, em seguida tiveram uma segunda formação sobre a vida franciscana feita pelo Frei Almir (promotor vocacional).

No domingo os vocacionados participaram da Santa Missa com a comunidade local. O Frei Geraldo Leite da Silva Júnior, palestrou sobre o tema o Vocacionado diante do chamado a vida consagrada.

Na tarde do domingo tiveram ainda o testemunho vocacional do Frei Leonilson Moreira Sousa, Adoração ao Santíssimo Sacramento e recreação.

 

Durante a visita ao Programa alimentar mundial o Papa recordou que enquanto as ajudas e os planos de desenvolvimento forem obstaculizados as armas poderão circular livremente

A falta de alimento não é "fruto de um destino cego", mas de uma "distribuição egoísta e mal feita dos recursos", recordou o Papa durante a visita à sede do Programa alimentar mundial (Pam), onde foi na manhã de segunda-feira, 13 de junho, por ocasião da abertura da sessão anual do conselho executivo da agência da ONU comprometida na luta contra a fome. No discurso pronunciado em frente dos representantes de diversos governos do mundo, Francisco convidou com força a não se acostumar com as tragédias que atingem a humanidade e a não considerar a pobreza "como um dado da realidade entre tantos", esquecendo, ao contrário, que "a miséria tem um rosto: tem o rosto de uma criança, o rosto de uma família, o rosto de jovens e idosos", mas também "o rosto da falta de oportunidade e de trabalho de muitas pessoas", o rosto "das migrações forçadas, das casas abandonadas e destruídas".

O Pontífice voltou a afirmar com clareza que a subnutrição "não é algo natural, não é um dado óbvio nem evidente". Pelo contrário, é a consequência de uma "mercantilização dos alimentos" que causa exclusão e leva a "habituar-se ao supérfluo e ao desperdício quotidiano de alimento". Todavia – foi a admoestação de Francisco - "far-nos-á bem recordar que o alimento que se desperdiça é como se o roubássemos à mesa do pobre, daquele que tem fome". Um convite a 'refletir sobre o problema da perda e do desperdício de alimentos, a fim de identificar soluções e modalidades que, enfrentando seriamente este problema, sejam veículo de solidariedade e de partilha com os mais necessitados".

Do Papa veio também um firme apelo a "desburocratizar a fome", removendo os obstáculos que impedem que os planos de desenvolvimento e as iniciativas humanitárias realizem os seus objetivos. O Pontífice denunciou em particular o "estranho e paradoxal fenômeno" devido ao qual as ajudas às vítimas da guerra e da fome são estorvadas ao passo que as armas "circulam com uma arrogância e quase absoluta liberdade em muitas partes do mundo". Deste modo, afirmou, "quem se nutre são as guerras e não as pessoas". E assim "as vítimas multiplicam-se, porque o número das pessoas que morrem de fome e exaustas se acrescenta ao dos combatentes que morrem no campo de batalha e ao dos numerosos civis falecidos durante os conflitos e nos atentados". Daqui o pedido dirigido aos Estados, solicitados a incrementar "decididamente a vontade efetiva de cooperar com o Programa alimentar mundial" para poder assim permitir "que se realizem projetos sólidos e consistentes e programas de desenvolvimento a longo prazo" a fim de debelar aquela que Francisco – no sucessivo encontro com o pessoal da agência – definiu "uma das maiores ameaças à paz e à serena convivência humana".

Desde há quase dois mil anos que estava aos olhos de todos a presença decisiva, diante do sepulcro vazio, de Maria Madalena, a primeira a dar a boa notícia da ressurreição: precisamente ela, uma mulher. Todavia, ninguém parecia verdadeiramente dar-se conta disso. Pelos séculos formaram-se até historietas misóginas, como a de que Jesus apareceu primeiro a uma mulher porque as mulheres são umas tagarelas e dessa forma a notícia espalhar-se-ia mais depressa.

Por outro lado, alguns reconhecidos comentadores perguntavam-se como o Ressuscitado teria negligenciado a sua mãe, chegando mesmo a imaginar uma aparição a Maria antes do encontro com Madalena, de modo a restabelecer uma hierarquia que se considerava alterada.

Sobre Maria de Magdala, devido à sua evidente proximidade com Jesus, emergiram mesmo vozes inquietantes, de tal modo que a fizeram tornar-se símbolo da transgressão sexual, relançadas por lendas persistentes, ainda hoje vivas. Muitos recordam a Madalena do filme de Martin Scorsese, "A última tentação de Cristo", e muitos mais leram "O código Da Vinci", sucesso editorial fundado precisamente sobre o presumível segredo do casamento entre ela e Jesus.

De resto, Madalena é a única protagonista importante da história sagrada a ser representada na iconografia algo despida, e quase sempre com os cabelos ruivos, desde há muito sinal de desordem sexual. Em substância, mesmo se era considerada uma santa, era figurada quase como símbolo oposto à imagem virginal de Maria, vestida de branco e azul. De tal maneira que as feministas dos anos 70 começaram a espalhar entre si o uso de chamar Madalena às suas filhas, como sinal de rebelião à tradição religiosa.

Mais clarividente foi, ao invés, a tradição popular, que imaginou uma sua viagem pelo mar até às costas de França, para evangelizar, precisamente como os outros apóstolos, uma parte do mundo então conhecido.

Foi por isso longa e difícil a estrada que conduziu à aceitação da verdade, uma verdade simples mas expressiva de uma mensagem que muitos não queriam ouvir: a de que, para Jesus, as mulheres eram iguais aos homens do ponto de vista espiritual, tinham o mesmo valor e a mesma capacidade. Por causa dessa surdez foi tão difícil admitir que Madalena era uma apóstola, a primeira entre os apóstolos a quem se manifestou o Senhor ressuscitado.

Por isso é precisamente dela, isto é, da restituição do lugar que lhe cabe na tradição cristão, que pode finalmente partir o reconhecimento do papel das mulheres na Igreja. O papa Francisco compreendeu-o claramente e desencadeou desta maneira um processo que nunca mais se poderá deter.

É significativo que 3 de junho, data do documento [que eleva a categoria litúrgica da evocação de Santa Maria Madalena, a 22 de julho, passando-a de memória obrigatória a festa], seja o do dia do Sagrado Coração de Jesus, devoção difundida por uma mulher, Margarida Maria Alacoque, e relançada com paixão por muitas mulheres do séc. XIX. São outras confirmações, estas, de que as mulheres estiveram sempre presentes na Igreja, tiveram papéis importantes e contribuíram para a construção da edificação cristã.

 

 

Caros irmãos e irmãs, é com grande alegria que vos apresentamos o primeiro editorial do Boletim informativo “O Poverello”. 

Nós, frades franciscanos conventuais do seminário São Francisco, interpelados por este novo tempo, que necessita da misericórdia de Deus, anunciamos a todos os povos a alegria do evangelho, levando a cada coração a palavra do reino e fazendo produzir frutos de boas obras.

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Quarta, 08 Junho 2016 16:45

Tempo Forte do Conselho Provincial

Esses dias o Conselho Provincial se reúne para o Tempo Forte do Definitório.

São três dias: um de formação, outro de retiro e por fim a sessão do conselho. A finalidade deste encontro é enriquecer a convivência entre os conselheiros e a vida de toda a Província.

O conselho provincial é constituído por um grupo de frades, eleito pela Província, que durante um mandato (4 anos), orientam a missão e obras dos conventos espalhados nas regiões centro, nordeste e norte do Brasil.

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