A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os frades professos e as pessoas da comunidade.
A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias
Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”
Santa Clara nasceu em 1194, em Assis. Era da família Favarone, família nobre e de grande prestígio em Assis. A realidade familiar de Clara possibilitava vislumbrar um futuro sólido e fabuloso em razão do sangue nobre, dos bens, dotes, e promessas de um futuro seguro e tranquilo.
Ainda jovem, Clara fora marcada pelo testemunho evangélico de São Francisco de Assis que renunciara em praça pública os bens e a segurança de sua família estável, para uma entrega de vida evangélica. A Jovem Clara, que já adotara em sua mocidade um grande respeito aos valores cristãos e ao amor aos pobres, sentiu o pulsar evangélico em seu interior, vislumbrando a vocação religiosa conforme o Evangelho que diz: “E todo aquele que deixar casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por amor a mim, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.” (Mt 19,29).
Com seus 18 anos, abandona a família, a segurança e o futuro promissor aos moldes da época para se consagrar a Deus, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis. Em 1212, no Domingo de Ramos, ela encontra com Francisco de Assis e seus companheiros na Porciúncula (Igreja Nossa Senhora dos Anjos) e consagra sua vida a Deus, pelo sinal do corte de seus cabelos por São Francisco de Assis. Logo depois foi morar entre as beneditinas e posteriormente em São Damião, Igreja reconstruída por São Francisco de Assis, dando origem Ordem das damas pobres, as Clarissas. Tomás de Celano, escreve sobre Santa Clara: “...já tinha começado a existir a Ordem dos frades, quando essa senhora foi convertida para Deus pelos conselhos do santo homem, servindo assim de estímulo modelo para muitas outras” (1 Cel 18)
Somos impactados com a iconografia Santa Clara, sua imagem com um ostensório eucarístico, em sinal do amor e confiança na Eucaristia. Diante de uma tentativa de invasão dos mouros (homens violentos que desejavam invadir o Convento em Assis) ela, com sua fé na Eucaristia, orava a Deus para que as irmãs fossem preservadas do ataque do mal, dizendo: “Meu Senhor, será que quereis entregar inermes nas mãos dos pagãos as vossas servas, que criei com vosso amor? Guardai Senhor, vos rogo, essas vossas servas, as quais não posso defender” (Leg Santa Clara 22). Pois, a atitude e virtude de Santa Clara surtiu o efeito da libertação “De repente a audácia daqueles cães se retraiu e assustou. Saíram rápidos pelo muro que tinham pulado” (Leg Santa Clara 22).
Um milagre ressaltado em sua legenda é o da multiplicação dos pães. No mosteiro havia apenas um pão e sendo próximo a hora da alimentação, a fome apertara. Santa Clara pediu a irmã dispenseira que dividisse o pão com os frades, ficando no mosteiro apenas a metade do pão, e que esse fosse dividido em cinquenta pedaços conforme o número das irmãs. Após a oração de Santa Clara os pequenos pedaços cresceram. Todas as irmãs comeram e ficaram satisfeitas (Leg Santa Clara 15).
Outro relato de milagre acontece um ano antes de sua morte em 1253, na celebração da Eucaristia. Sem poder sair de seu leito, a celebração da Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu quarto. Santa Clara conseguiu assistir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando a santa detalhou em uma missa, as palavras do sermão do celebrante. Em 1958, foi proclamada oficialmente “Patrona da Televisão” por Papa Pio XI
Diante dos grandiosos sinais de santidade, em 1992, João Paulo II falou, de improviso, às Irmãs Clarissas, em Assis. Destaco: “É verdadeiramente difícil separar estes dois nomes: Francisco e Clara... Há entre eles algo de profundo que não pode ser compreendido com critérios humanos, mas tão-somente de Espiritualidade franciscana, cristã e evangélica. Não eram puros espíritos. Eram corpos, pessoas, espíritos. Francisco via-se a si mesmo à imagem de Clara, esposa de Cristo, esposa mística. Nela via retratada a santidade que devia imitar. Via-se a si mesmo como irmão pobrezinho, à semelhança dessa esposa autêntica de Cristo, em quem reconhecia a imagem da esposa perfeitíssima do Espírito Santo, Maria Santíssima”.
Portanto como escreve Tomás de Celano, ressaltando as virtudes de Santa Clara: “a senhora Clara, que era clara de verdade pela santidade de seus merecimentos, primeira mãe das outras, porque tinha sido a primeira plantinha dessa Ordem” (1Cel116). Compreendemos a grandeza e santidade de Santa Clara que nos seus 60 anos de vida foi chamado pelo Senhor em 11 de agosto de 1253.
Nossa Senhora dos Anjos - Perdão de Assis
Hoje, 02 de agosto, celebramos a Solenidade de Nossa Senhora dos Anjos, dia de Indulgência Plenária que é tradicionalmente chamado “o dia do Perdão de Assis”. É concedido a todas as igrejas.
A indulgência, como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (1471), se entende como “a remissão perante Deus, da pena temporal devida aos pecados, mesmo diante do perdão da culpa.”
Condições para se receber a indulgência plenária
História de Nossa Senhora dos Anjos
A primeira igreja foi construída no ano de 352, por quatro peregrinos vindos de Jerusalém, que veneravam ali uma relíquia do túmulo da Santíssima Virgem, dedicada a Maria, assunta ao céu pelos anjos, e daí derivou o título: Santa Maria dos Anjos.
A Solenidade do Perdão de Assis tem sua origem numa visão que São Francisco de Assis teve de Jesus e Maria Santíssima na Igreja da Porciúncula.
Segundo Bartolomeu de Pisa:
Em uma noite do ano 1216, São Francisco estava em oração na pequena igrejinha da Porciúncula, quando apareceu uma grande luz e Francisco viu sobre o altar, Cristo revestido de luz e, à sua direita, a Mãe Santíssima cercada por uma multidão de anjos.
São Francisco adorou em silêncio com o rosto por terra o Senhor e Jesus lhe disse: "Pede o que deseja para a salvação das almas".
A resposta de São Francisco foi imediata.
- "Santíssimo Pai, eu sei que sou um miserável e pecador, te peço para que todos os penitentes que se confessarem e forem visitar esta igreja, lhes seja concedido amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todos as culpas".
- "Aquilo que tu me pedes, Francisco, é grande", lhe disse o Senhor. "Porém de coisas maiores tu és digno e as terás. Acolho, portanto, o teu pedido. Mas quero que tu peças ao meu vigário na terra, de minha parte, esta indulgência".
São Francisco de Assis se apresentou ao papa Onório II, que se encontrava em Perúgia e, com simplicidade, lhe contou a visão que tivera. O papa o escutou com atenção e depois de certa hesitação, lhe perguntou: "Por quantos anos quer esta indulgência?" - "Santo Padre, não peço anos, mas almas”,
Poucos dias depois, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”
Os grandes momentos da vida de São Francisco de Assis aconteceram na Porciúncula:
1º – Lugar que reconstruiu no terceiro ano de sua Conversão, por causa da proximidade do bosque e dos leprosários,
2º – Lugar onde Santa Clara, aos 19 de março de 1211, consagrou-se ao Senhor.
3º – É o lugar que São Francisco de Assis recebeu os primeiros companheiros (Bernardo, Pedro, Egídio)
4º – Após a aprovação da proto-Regra pelo Papa Inocêncio III, os primeiros irmãos (doze) vão morar na Porciúncula.
5º – Na Porciúncula, celebravam-se os Capítulos ou “encontros dos irmãos”. Foi ali que se celebrou a famoso Capítulo das Esteiras no ano de 1219.
6º –É lugar onde aconteceu o transito de São Francisco de Assis, no 3 de outubro de 1226.
Tomás de Celano disse: " O bem-aventurado pai dizia que lhe havia sido revelado por Deus que Nossa Senhora que tinham uma predileção por aquele lugar, entre todas as igrejas construídas no mundo em sua honra. E era por isso que o santo gostava mais dela que das outras". (1 Celano, I, 12).
No dia 07 de julho, aconteceu em Brasília, no Centro Franciscano de Evangelização e Cultura (CFEC), o Encontro dos Guardiões do Centro-Oeste. Os guardiões são os frades responsáveis pelos conventos franciscanos. A oportunidade foi utilizada para partilha de um momento fraterno e também foram discutidos os problemas e dificuldades encontrados dentro da vida comunitária.
Nos dias 14 e 15 de julho, o Frei Rogerio Xavier (OFMConv), Assistente da Federação Latino Americana dos Frades Menores Conventuais (FALC), visitou a comunidade do Convento São José em Niquelândia, juntamente com o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv). Durante sua passagem, reuniram-se com outros confrades e visitaram a obra social Meninos de Ouro.
Aconteceu entre os dias 12 à 23 deste mês, na casa de formação São Francisco, em Brasília, o trigésimo terceiro curso de inverno. No curso, estavam presentes cerca de 30 frades professos, de nossas presenças no Brasil. O intuito deste curso é, primeiramente, estreitar os laços de fraternidade e pertencimento à Ordem. Também visa o crescimento no amor na identidade de frades menores conventuais. A realização do curso não aconteceu no ano passado, devido a pandemia. Diante deste tempo difícil, tendo em vista todos os cuidados necessários, a realização deste encontro foi um sinal e testemunho de esperança para nós frades e nossas comunidades.
Fraternalmente, Paz e Bem!
Em anexo, o Prospectus Online com as principais notícias da Província São Maximiliano Kolbe do primeiro semestre de 2021.
A Província São Maximiliano M. Kolbe do Brasil se faz presente no estado do Amazonas desde o ano de 2005. Por iniciativa do então Bispo Emérito de Luziânia, Dom Frei Agostinho Stefan, OFMConv, foi estabelecido e sediado em Juruá (AM) o primeiro ponto da nossa Missão Amazonas. Mais tarde, em 2009, o Capítulo Extraordinário decidiu assumir a missão também na Prelazia de Tefé (AM). Tefé e Juruá são as duas cidades amazônicas em que a presença dos Frades Franciscanos Conventuais, por meio da Província São Maximiliano Kolbe está fixada.
Nos dias 25 de maio e 12 de junho, os frades da Casa de Missão Nossa Senhora de Fátima, em Juruá (AM) promoveram uma entrega de cestas básicas aos moradores da cidade. Dentre os contemplados com a assistência, estão dezenas de ribeirinhos e indígenas. A comunidade local é bastante humilde e vive em situação muitas vezes precária.
Em 18 de junho, foi a vez dos frades da Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Tefé (AM), fazerem a distribuição de cestas básicas para a comunidade local. Seguem na galeria de fotos a baixo algumas imagens da distribuição das cestas.
No dia 13 junho, a Igreja Católica celebra o dia de Santo Antônio de Pádua, um dos santos mais populares, venerado não somente em Pádua, onde foi construída uma basílica que acolhe os restos mortais dele, mas no mundo inteiro. São estimadas pelos fiéis as imagens e estátuas que o representam com o lírio, símbolo da sua pureza, ou com o Menino Jesus nos braços, que lembram uma aparição milagrosa mencionada por algumas fontes literárias.
Santo Antônio Nasceu em Lisboa, em uma família nobre, por volta de 1195, e foi batizado com o nome de Fernando. Começou a fazer parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiramente no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no da Santa Cruz, em Coimbra, renomado centro cultural de Portugal. Dedicou-se com interesse e solicitude ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo aquela ciência teológica que o fez frutificar nas atividades de ensino e na pregação.
Em Coimbra, aconteceu um fato que mudou sua vida: em 1220, foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos que haviam se dirigido a Marrocos, onde encontraram o martírio. Esse acontecimento fez nascer no jovem Fernando o desejo de imitá-los e de avançar no caminho da perfeição cristã: então, pediu para deixar os cônegos agostinianos e converter-se em frade menor. A petição foi acolhida e, tomando o nome de Antônio, também ele partiu para Marrocos. Mas a Providência divina dispôs outra coisa.
Devido a uma doença, Santo Antônio se viu obrigado a voltar à Itália e, em 1221, encontrou São Francisco. Depois disso, viveu por algum tempo totalmente escondido em um convento perto de Forlì, no norte da Itália. Convidado, casualmente, a pregar por ocasião de uma ordenação sacerdotal, Antônio mostrou estar dotado de tal ciência e eloquência, que os superiores o destinaram à pregação. Começou, assim, na Itália e na França, uma atividade apostólica que levou muitas pessoas que haviam se separado da Igreja a retomarem sua participação e engajamento na vida eclesial.
Nomeado como superior provincial dos Frades Menores da Itália Setentrional, Antônio continuou com o ministério da pregação, alternando-o com as tarefas de governo. Concluído o mandato de provincial, retirou-se para perto de Pádua, local em que já havia estado outras vezes. Depois de apenas um ano, morreu nas portas da cidade, no dia 13 de junho de 1231. Pádua, que o havia acolhido com afeto e veneração em vida, prestou-lhe sempre honra e devoção.
Nos "Sermões", Santo Antônio discorre sobre a oração como uma relação de amor, que conduz o homem a conversar com o Senhor, criando uma alegria que envolve a alma em oração. Antônio nos recorda que a oração precisa de uma atmosfera de silêncio, que não coincide com o afastamento do barulho externo, mas é experiência interior, que procura evitar as distrações provocadas pelas preocupações da alma. Para Santo Antônio, a oração se compõe de quatro atitudes indispensáveis que, no latim, definem-se como: obsecratio, oratio, postulatio, gratiarum actio. Poderíamos traduzi-las assim: abrir com confiança o próprio coração a Deus, conversar afetuosamente com Ele, apresentar-lhe as próprias necessidades, louvá-lo e agradecer-lhe.
(Extraído e adaptado da Catequese do Papa Bento XVI no dia 10 de fevereiro de 2010)
Santo casamenteiro
Assim é invocado pelas pessoas que desejam se casar e lembrado pelo nosso folclore. Não se sabe qual a origem dessa devoção. Talvez esteja ligada a algum milagre feito pelo santo em favor das mulheres, por exemplo, quando fez um recém-nascido falar para defender a mãe acusada injustamente de infidelidade pelo pai.
Mas há outro episódio com explicação mais direta. Certa senhora, no desespero da miséria a que fora reduzida, decidiu valer-se da filha, prostituindo-a, para sair do atoleiro. Mas a jovem, bonita e decidida, não aceitou de forma alguma. Como a mãe não parava de insistir, a moça resolveu recorrer à ajuda de Santo Antônio. Rezava com grande confiança e muitas lágrimas diante da imagem quando, das mãos do Santo, caiu um bilhete que foi parar nas mãos da moça. Estava endereçado a um comerciante da cidade e dizia: "Senhor N..., queira obsequiar esta jovem que lhe entrega este bilhete com tantas moedas de prata quanto o peso do mesmo papel. Deus o guarde! Assinado: Antônio".
A jovem não duvidou e correu com o bilhete na mão à loja do comerciante. Este achou graça. Mas, vendo a atitude modesta e digna da moça, colocou o bilhete num dos pratos da balança e no outro deixou cair uma moedinha de prata. O bilhete pesava mais! Intrigado e sem entender o que se passava, o comerciante foi colocando mais uma moeda e outras mais, só conseguindo equilibrar os pratos da balança quando as moedas chegaram a somar 400 escudos. O episódio tornou-se logo conhecido e a moça começou a ser procurada por bons rapazes propondo-lhe casamento, o que não tardou a acontecer, e o casamento foi muito feliz. Daí por diante, as moças começaram a recorrer a Santo Antônio sempre que se tratava de casamento.
Santo das coisas perdidas
Esta tradição é antiquíssima, encontrando-se menção dela no famoso responsório "Si quaeris miracula", extraído do ofício rimado de Juliano de Espira. Popularmente, o "Siquaeris" é mencionado como uma oração para encontrar objetos perdidos. A crença pode estar ligada a episódios da vida de Santo Antônio como este: Quando ensinava teologia aos frades em Montpeilier, na França, um noviço fugiu da Ordem levando consigo o Saltério de Frei Antônio, com preciosas anotações pessoais que utilizava nas suas lições. Antônio rezou pedindo a Deus para dar jeito de reaver o livro e foi atendido deste modo: enquanto o fugitivo ia passando por uma ponte, foi subitamente tomado pelo pavor, parecendo-lhe ver o demônio na sua frente que o intimava: "Ou você devolve o Saltério ao Frei Antônio ou vou jogá-lo da ponte para o rio!" Assustado e arrependido, o jovem voltou ao convento com o saltério e confessou ao santo a culpa.
O "pão dos pobres"
Essa prática consiste em doações para prover de pão os pobres, honrando assim o "protetor dos pobres" que é Santo Antônio. Uma tradição liga essa obra ao episódio de uma mãe cujo filho se afogou dentro de um tanque, mas recuperou a vida graças a Santo Antônio. A mulher prometera que, se o filho recuperasse a vida, daria uma porção de trigo igual ao peso do menino. Por isso, no começo, esta obra foi conhecida como a obra do "pondus pueri" (peso do menino). Outra tradição relaciona a obra do pão dos pobres com uma senhora de Tbulon, chamada Luísa Bouffier. A porta do seu armazém tinha enguiçado de tal modo que não havia outro remédio senão arrombar a porta. Fez, então, uma promessa ao santo: se conseguisse abrir a porta sem arrombá-la, doaria aos pobres uma quantia de pães. E deu certo. Daí por diante, as petições ao santo foram se multiplicando em diferentes necessidades. Toda vez que alguém era atendido, oferecia certa quantia de dinheiro para o pão dos pobres. A pequena mercearia de Luísa Bouffier tornou-se uma espécie de oratório ou centro social. A benéfica obra do "pão dos pobres" teve extraordinário desenvolvimento, com diferentes modalidades, e hoje é conhecida em toda parte.
Trezena
É uma "novena" de 13 dias, lembrando a data da morte de Santo Antônio. Também se lembra o dia 13 de cada mês, porque "dia 13 não é dia de azar, é dia de Santo Antônio". Outros lembram Santo Antônio nas quartas-feiras, dia em que foi sepultado.
(Extraído e adaptado dos Cadernos Franciscanos, "Santo Antônio e a devoção Popular", de Frei Adelino Pilonetto, Ofmcap).
Adaptado de: CNBB
Conforme a moção nº16 do Capítulo Ordinário de 2019, foi proposto o planejamento e construção do Cemitério Imaculada Conceição, juntamente com a Capela Mortuária nas dependências do Santuário Imaculada Conceição, na Cidade Ocidental-GO. Neste intento o Governo Provincial, mesmo diante da pandemia, não mediu esforços e no ano de 2020 realizou diversas tratativas para decidir sobre a construção do Cemitério no Jardim da Imaculada. Neste ano de 2021, no dia 09 de fevereiro, o Definitório Provincial aprovou a obra. Conjuntamente, houve a aprovação da mesma pela Comissão de Construção da província, com transparência.
As obras tiveram início no mês de março de 2021 pela empresa de construção. No dia 20 de março, data de falecimento do saudoso Dom Frei Agostinho, aconteceu a bênção da área do terreno do cemitério. Na quarta feira, 09 de junho, foi concluída a primeira etapa do Cemitério com os jardins, palmeiras, túmulos com granitos, muro, cruz e pinturas prontos. A segunda parte da construção é composta pela capela mortuária. Sua construção se iniciará no início de agosto.
Estamos celebrando mais um aniversário da Província São Maximiliano M. Kolbe. Sendo, de fato, a grande causa de nosso contentamento enquanto “Frades Conventuais”. Fato que nos motiva e inspira a uma “ação de Graças a Deus”, reconhecendo a importância da intercessão da Virgem Imaculada.
A Província São Maximiliano M. Kolbe traz em si, um sinal da benevolência de Deus, como grande resposta ao testemunho de São Maximiliano pela vida e martírio que celebramos nesses 80 anos. É visível o desenvolvimento e maturidade de nossa jurisdição ao completar seu aniversário, nesse 31 de maio, na festa da “Visitação de Nossa Senhora”. Isso representa a vitória de cada frade que disse seu sim à sua vocação, mesmo conscientes do importante protagonismo dos primeiros frades.
É uma província jovem com seus 18 anos, mas somados aos anos de Missão e Custódia, nossa jurisdição completará em breve seus 50 anos de presença no Brasil. A data natalícia nos impulsiona a reconhecer valores do passado e do presente, tendo em vista um ideal de futuro que nos dá sempre esperança. Ao longo dos 47 anos de presença religiosa no Brasil, somos gratos a Deus e à Virgem Imaculada, que direcionou a origem da Missão pela iniciativa missionária da Província Imaculada Conceição-Polônia. Província esta que em gratidão a Deus, pela beatificação de São Maximiliano M Kolbe em 17 de outubro de 1971, fundou a Missão no Brasil.
A origem de nossa Província destaca a obra da Imaculada, que fora conduzida pela inspiração missionária de Dom Agostinho Januszewicz. Sendo ele o grande desbravador que, confiante na providência divina e na intercessão da Virgem Santíssima, chegara ao Brasil em 16 de outubro de 1974, iniciando as primeiras tratativas com os diversos bispos e finalmente fixando a presença no Centro Oeste.
São inegáveis a discrição e a coragem trazida na simples mala de Dom Agostinho Januszewicz na vinda ao Brasil, mas também é inegável a sua fé e a devoção à Imaculada, na qual impregnou nos primórdios dessa Província. A Virgem Imaculada, realizou grandes obras na vida de São Maximiliano M. Kolbe, que culminaram em seu martírio e suas obras pela intercessão da Imaculada.
Edificou um passado de valores, que se tornaram base na edificação de nossa Província através da herança que bebemos, através dos frades pioneiros. Por outro lado, não devemos esquecer que, cada frade da atualidade, ainda que mais novos, ofereceram suas vidas em uma grande ação de graças a exemplo de nosso Padroeiro “São Maximiliano M. Kolbe”. Aprendendo com São Maximiano M. Kolbe o amor a Deus e a Virgem Imaculada, respondendo sua vocação franciscana com entusiasmo, lembrando a máxima kobiana que é: “Conquistar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada”.
É incontestável a herança deixada por Dom Agostinho, como grandioso exemplo de misssionaridade, pelas numerosas obras ao longo dos anos, oferecendo sua vida à missão em Juruá (AM) e motivando a nossa Província a viver e a trabalhar na missão.
A Província, nesses 18 anos de existência e 47 de presença, também traz em si o exemplo de sacrifício de nosso saudoso Frei Francisco Kramek que faleceu no dia 27 de abril de 2021. Um frade simples e pobre, mas rico na vocação religiosa e missionária proposta pela Ordem e pela Igreja.
Portanto, caros confrades, nesse aniversário somos gratos a Deus e à Imaculada que, realizou grandes obras, não só nas estruturas provinciais, mas nas edificações dos valores humanos, religiosos, intelectuais e fraternos que vivemos. Que a festa da Visitação de Nossa Senhora seja nossa motivação, conforme diz São Lucas 1,48 “Porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada”. Que nossa vocação religiosa franciscana, no espírito kolbiano, possa testemunhar as bem aventuranças da Virgem Maria.
Felicito a todos, nesse aniversário da Província São Maximiliano M. Kolbe, com ensejos de Paz e Bem!
Frei Gilberto de Jesus
Ministro Provincial
A Ordem dos Frades Menores Conventuais é a Ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis.