Hoje, 14 de setembro, a Igreja celebra a festa de Exaltação da Santa Cruz, o símbolo revelador da vitória de Jesus Cristo sobre o pecado, a morte e o demônio. A data remonta aos primórdios da cristandade já que a morte do Senhor sobre a Cruz é o ponto culminante da Redenção da humanidade. Cristo, encarnado na Sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene.
Neste dia, nos reunimos com todos os santos, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e personificação do esplendor de Cristo. Durante a Santa Missa celebrada nesta manhã na Capela da Casa Santa Marta, em Roma, o Papa Francisco destacou que contemplar a Cruz, sinal do cristão, é contemplar um sinal de derrota, mas também um sinal de vitória, “Na cruz fracassa tudo aquilo que Jesus havia realizado na vida e acaba toda a esperança das pessoas que o seguiam. Não tenhamos medo de contemplar a cruz como um momento de derrota, de fracasso", disse o pontífice destacando que a cruz nos ensina a não temer as derrotas, pois com ela temos a vitória.
Os apóstolos resumiam sua pregação no Cristo crucificado e ressuscitado dos mortos, de quem provêm a justificação e a salvação de cada um. São Paulo dizia que Cristo cancelou “o documento escrito contra nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente, ao encravá-lo na Cruz” (Cl 2,14). É por isso que cantamos na celebração da adoração da Santa Cruz na Sexta-Feira Santa: “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo: Vinde! Adoremos!”
Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas, construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação destas duas basílicas aconteceu no ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio.
Clique aqui e leia também os artigos da série "A Cruz na Mística Franciscana", do site Franciscanos.
Fontes: Canção Nova, Cléofas e Vatican News.