Amanhã, 11, celebramos os 15 anos da chegada de Dom Frei Agostinho em Juruá. Um marco para a nossa Província São Maximiliano Kolbe do Brasil: o frade que fundou a missão franciscana conventual no coração do país também foi o pioneiro na pregação do Evangelho de Cristo na Amazônia. Foi ele quem primeiro desafiou as distâncias, desbravou uma realidade diferente e levou a muitas pessoas a Palavra de Cristo segundo os caminhos de Francisco.
Esta data é igualmente importante para a população de Juruá que acompanhou e foi abençoada pela companhia do Cavaleiro da Imaculada. Hoje, no município localizado no interior da Amazônia brasileira, encontram se as marcas deste missionário franciscano. Próximo à Paróquia Nossa Senhora de Fátima, há um museu que recebe visitas de estudantes de diversas idades (confira aqui). Os rios que rodeiam a cidade também deixam clara a sua passagem quando se é avistado o barco que leva o seu nome (veja aqui).
Estas marcas de Dom Frei Agostinho não são apenas físicas, mas também sensíveis. No município que outrora fora esquecido por muitos, os habitantes continuam a se lembrar do frade. Lá, ele já foi homenageado em festivais típicos (saiba mais clicando aqui) e deixou guardado na memória e na devoção popular a fama de santidade (entenda mais aqui).
Este amor não era apenas unilateral. Para chegar às populações juruaenses, o missionário pediu dispensa do episcopado da Diocese de Luziânia, onde foi o primeiro bispo. No tempo em que ficou na Amazônia, deu tudo de si. Evangelizou da cidade até as mais longínquas aldeias indígenas e povos ribeirinhos. Iniciou ali a devoção à Imaculada. Seu amor pelas pessoas que lá encontrou era tanto que, mesmo severamente acometido por doenças, decidiu retornar de Brasília (onde estava recebendo o tratamento médico) para Juruá. Sua palavras continuam a ecoar no coração dos frades e do povo de Deus, "meu coração pedia para voltar à Amazônia e aqui completar a minha caminhada".
Dom Frei Agostinho
Falecido em 20 de novembro de 2011, na cidade de Juruá (AM), ele continuou até o fim de seus dias trabalhando na missão da região que tanto amou. Nascido em 29 de novembro de 1930, o Cavaleiro da Imaculada era polonês, natural da região de Podwojponie e veio para o Brasil em 1974. Era doutor em teologia sistemática e dedicou a vida ao trabalho missionário. Leia mais sobre o Cavaleiro da Imaculada clicando aqui.
Confira abaixo o que disseram os Freis Francisco Ferreira (OFMConv.), atual pároco da comunidade Nossa Senhora de Fátima; e Flávio Amorim (OFMConv.), antigo pároco da mesma igreja.