Quer a recente visita do Papa Francisco à Porciúncula, como a sua oração silenciosa na cela de São Maximiliano Kolbe em Auschwitz - durante a visita à Polônia por ocasião da JMJ - confirmam ulteriormente a ligação do atual pontificado com a espiritualidade franciscana.
Esta é a impressão manifestada ao L’Osservatore Romano pelo Ministro Geral dos Frades Menores Conventuais, Padre Marco Tasca, que acompanhou Francisco em ambos os eventos.
“Exatamente. Na primeira “Regra” – explicou - o Pobre de Assis escreveu, no Capítulo 16, como os frades devem ir em missão. E introduziu um conceito simples: devem testemunhar que vocês se querem bem. In suma, também aqui, no centro, há a vida. Agora, oito séculos depois, também Francisco insiste nisto: o testemunho da beleza do viver como irmãos, a beleza da comunhão”.
“Eu vejo uma grande conexão entre a espiritualidade franciscana e o método missionário da Evangelii gaudium que o Papa Francisco está levando em frente”, acrescenta o Frei Tasca.
“Um segundo aspecto, por outro lado, evoca o Ano Santo da Misericórdia. O Pobre de Assis pediu a Indulgência da Porciúncula, porque tinha um programa: “Quero mandar todos para o Paraíso”. Me parece que este seja o mesmo sonho do Papa: que todos possam encontrar o Evangelho de Deus bom e misericordioso, do Deus acolhedor e que vem ao encontro dos homens”.
Em relação à visita à Basílica Santa Maria dos Anjos, em 4 de agosto, “o Papa se fez peregrino entre os peregrinos para rezar na Porciúncula – explicou o Ministro Geral dos Frades Menores. Esta realidade que há 800 anos concede graças, misericórdia e paz. Um gesto, o seu, de grande significado. Por meio do qual o Papa diz que rezar na Porciúncula é um caminho a ser percorrido para chegar à paz, à reconciliação, à misericórdia”.