No dia do Pai Seráfico São Francisco de Assis, Santuário lotado e em festa, com pessoas de todas as idades, com seus animaiszinhos, em busca de bênçãos e graças, neste 4 de outubro, o nosso Ministro Provincial, Frei Marcelo Veronez presidiu a Santa Missa solene, às 19 horas.
Em festa, o Santuário teve uma liturgia solene em comemoração ao Dia de São Francisco de Assis, padroeiro do Santuário e Fundador da Ordem Franciscana, o santo que, muito mais do que ser lembrado, deve ser admirado, pois tamanha foi sua obra de amor que quase não encontramos caminhos e possibilidade de imitação.
Frei Marcelo, ao longo de sua homilia, nos explicou o porquê de tanta devoção oitocentos anos depois de sua morte. Francisco foi considerado santo mesmo antes de sua morte. É que, ao olharmos para a imagem de São Francisco, ao tocá-la, podemos sentir a tamanha força de Jesus que emana dele. Impossível para nós, mesmo sendo também miseráveis pecadores, alcançar o sonho de São Francisco de Assis, isto é, tanta doação e sua profunda esponsalidade com Jesus, impressa pelas chagas.
São Francisco é como um sonho que nos fala da força da intercessão, da história daquele menino que, de cavaleiro de Cruzadas, tornou-se o soldado maior de Cristo, que reconstruiria a Igreja diante de um Ocidente arrasado pelas ditas Guerras Santas.
A Francisco foi concedida a grandeza para a renovação da Igreja. Para tanto, primeiramente, o santo precisou encontrar-se consigo mesmo, pois ele se sentia fragilizado, para só então encontrar a Deus. E por meio de uma força chamada disposição, ele encontrou os demais componentes que o permitiram renovar a Igreja.
A vida de Francisco, cantada pela liturgia, nos emociona e nos chama a uma responsabilidade, a de olharmos para Jesus e ver nEle o menino que cresceu na graça do Pai e sonhou com um mundo melhor, assim como Francisco de Assis, por meio da graça da disposição, que o santo apresenta àqueles que não a tem. Por meio dessa graça, recebida por Jesus, São Francisco se colocou a serviço do Senhor que a ele pediu: “Vai e reconstrói a minha Igreja!”.
A nossa fé precisa acompanhar a prática da vida, como nos ensina nosso Pai Seráfico. Toda renovação precisa estar acompanhada de atos, pois, quando há uma fé, mas não há um “envolver-se”, tudo se torna fantasia em nossas cabeças. É necessário nos conectarmos ao amor que nos anima. E assim como Francisco, para quem tudo tinha cheiro, e alguém que com tudo se envolvia, com disposição, em todas as nossas atividades, louvar o Senhor e colocar a nossa fé na frente de tudo, inclusive a frente das nossas atividades para com a Igreja.
O nosso grande desafio da renovação está da porta para a fora da Igreja, com o nosso envolvimento com aqueles que estão à nossa volta. Com a nossa escolha em sermos rocha firme, vivendo na experiência franciscana da minoridade, da pobreza, da obediência e da castidade, na perfeita alegria. O contrário dessa vivência é a arrogância, já que o envolvimento não está na categoria das classes, mas sim no viver o menor.
Francisco assim o fez. Se fez menor para ganhar o maior, e por meio das chagas do Cristo, que experimentou, alcançou as graças de ser semelhante a esse Cristo. E, como nós também experimentamos dores, tenhamos em mente que elas também servirão para alcançar as graças que o Senhor sabe que precisamos. Então, que possamos conseguir sentir como São Francisco, para que por meio dessas dores cheguemos ao crescimento, com ânimo e fortaleza.