Foi realizada neste fim de semana, de 01 a 03 de junho, a Primeira Assembleia Nacional da Milícia da Imaculada (MI). O evento, que teve como tema “Só o amor constrói”, aconteceu no Centro Franciscano de Evangelização e Cultura (o CFEC), no Santuário São Francisco de Assis, em Brasília. A assembleia teve como objetivo unificar e organizar os muitos grupos da milícia pelo país e, na ocasião, também foi discutido o futuro da obra em âmbito nacional na eleição de um Conselho de líderes do movimento.
Estiveram presentes mais de 70 milicianos e milicianas vindas das mais diversas partes do Brasil para representar e apresentar a realidade de suas regiões. Alguns de Candeias (BA), outros do Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo. Houve até quem passou dias viajando de barco e ainda teve de ficar mais algumas horas em voo, como foi o caso da Thais Pinheiro e do Arilson Damasceno, líderes da Juventude da Milícia Imaculada (JMI) nas cidades de Tefé e Juruá (AM), “foi mais fácil passar quatro dias no barco, apenas sentado e comendo, do que conseguir o dinheiro da viagem”, contou Arilson que percorreu uma distância de quase 2,5mil km para chega à Capital Federal.
Entre diversos momentos de partilha, fraternidade, reflexão e oração, foram eleitas as integrantes e os integrantes do Primeiro Conselho Nacional da Milícia. Matilde Luvisotto, de São Paulo (SP), foi designada para a vice-presidência. Caroline Souza, Lea Lúcia e Lucas Pessoa foram escolhidos para compor o Conselho Nacional. Helenice Zaqueo, Paulo Teixeira e Maria do Perpétuo Socorro, constituirão o Conselho Fiscal.
Marcelo Menezes, da Cidade Ocidental (GO), foi eleito como o Presidente Nacional da MI e conversou sobra a importância que a Primeira Assembleia tem para o movimento “é um marco histórico na Milícia do Brasil. Estamos dando esse primeiro passo. Foi muito produtivo! Conhecemos várias realidades e formas de se disseminar esse carisma”, afirmou.
O presidente nacional da MI comentou ainda quais são os planos que, juntamente do conselho, ele planeja para os próximos quatros anos da obra “vamos trabalhar para que possamos unificar essas realidades da Milícia. Vamos trabalhar pela unidade da Igreja e de São Maximiliano, conferindo assim seus estatutos e diretórios para que possamos dar continuidade nesse projeto”, esclareceu ele.
Representantes
Compareceram à Assembleia, o Frei Sebastião Benito Quaglio e Ângela Morais, o presidente e a vice-presidente do Conselho Internacional da Milícia. Os dois, membros antigos e animadores da MI, atuaram diretamente na organização do evento e auxiliaram nas atividades realizadas. Dom Mariano Danecki, ex-diretor nacional da MI e atual Bispo Auxiliar de Campo Grande (MS), apresentou, no primeiro dia da conferência, um pouco da vida de São Maximiliano e da história da Milícia. O Bispo relembrou a história da revista O Cavaleiro da Imaculada que, desde 1979, tem sido uma das principais fontes de divulgação do movimento.
O presidente internacional da MI, Frei Rafaelle Di Muro, acompanhou a Assembleia em seus dois primeiros dias e ficou admirado com o trabalho dos mílites e das mílites brasileiras, “eu agradeço a todos por terem vindo, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, pois eu sei do momento difícil pelo qual o Brasil passa”, explicou ele. Di Muro foi auxiliado na tradução de suas mensagens pela Missionária da Imaculada Padre Kolbe, Sara Caneva, que também trabalha na Rádio Imaculada da capital sul mato-grossense (580 AM).
Frei Raffaele aconselhou os milicianos e as milicianas sobre melhores formas de seguirem com a unificação da associação e falou sobre a experiência de encontrar no Brasil, tanto amor pela Imaculada “a MI no Brasil é uma locomotiva da MI em todo o mundo, pois ela tem muitos entusiastas, ideais, milicianos e milicianas jovens. Realmente ela tem um apostolado, uma missão. Sempre que venho ao país, me sinto renovado já que vocês me transmitem muita alegria”, expressou.
Espiritualidade
A Primeira Assembleia Nacional da Milícia da Imaculada foi marcada pela espiritualidade. Do início ao fim da conferência, foi relembrada a memória de São Maximiliano e o seu exemplo de amor por Maria. Esta nova etapa da MI no Brasil, torna-se o prenúncio de um esforço maior para alcançar o sonho do fundador de seu movimento, que queria “conquistar o mundo inteiro a Cristo através da Imaculada”.
Na manhã do terceiro e último dia da assembleia, Frei Marcelo Veronez, celebrou uma Santa Missa na Capela do Seminário São Francisco de Assis, em Brasília. Na ocasião, o ministro provincial enfatizou em sua homilia três fortes pontos para os quais os milicianos e as milicianas devam voltar as suas atenções para trabalhar em seu objetivo, “o primeiro passo é a formação. É necessário se reestruturar, se formar, ter conteúdo. Os bons apóstolos de Jesus ouviam e interpretavam as suas parábolas e anunciavam os conteúdos de Jesus. Não foram homens vazios de ideias abstratas”.
Continuando a sua mensagem, Veronez enumerou os dois outros tópicos, “além disso, precisamos da capacidade de fazer projetos de inovação que continuem a evangelização de São Maximiliano. No fim de tudo, tem-se a missão, ir para outros instâncias, sair da zona de conforto. Como diz o Papa Francisco, uma Igreja em saída”, finalizou o provincial.
A História da Milícia
A MI é uma Associação Pública de Fiéis Internacional e tem como objetivo cumprir a idealização de São Maximiliano Maria Kolbe: conquistar o mundo inteiro a Cristo pela Imaculada. Trabalhando pela Igreja desde 1917, a Milícia superou muitos momentos difíceis, incluindo aqui o martírio de seu fundador no campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia. O movimento aflorou em diversos países pelo mundo graças a Ordem dos Frades Menores Conventuais e daqueles que atuam nela.
A Milícia é composta por leigos e leigas consagradas, sacerdotes, e religiosos que são chamados de milicianos, milicianas ou milites, os soldados de Nossa Senhora.
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