No último fim de semana, dias 22, 23 e 24, mais de 100 pessoas, entre delegados das 11 dioceses do regional Nordeste 5, participaram da primeira atividade territorial em preparação para o Sínodo para a Amazônia, em São Luís (MA), no Oásis – Casa de Oração. O seminário faz parte das escutas que serão realizadas em toda a Pan-Amazônia em que os povos do bioma contribuirão na construção da Assembleia Sinodal. Participaram da atividade lideranças diocesanas de pastorais, representantes de comunidades indígenas, quilombolas, camponeses, pescadores, atingidos por mineradoras, quebradeiras de coco, leigos, religiosos, sacerdotes, bispo, pastorais sociais e organismos parceiros, como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Foram quase três dias de encontro com formação, debates, escutas e muito diálogo. O grupo reunido no Maranhão, com assessoria da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), pode conhecer e estudar o Documento Preparatório e responder ao questionário presente no material. As respostas serão enviadas à equipe de sistematização que, com as demais recolhidas ao longo dos próximos meses, farão parte da síntese que comporá o Documento de Trabalho dos membros do Sínodo.
O grupo foi acolhido por Dom Vandeci Santos Mendes, bispo de Brejo (MA), que esteve presente durante quase toda a atividade. Para o bispo a Assembleia Territorial e todo o movimento de preparação para o Sínodo ajuda a despertar uma Igreja comprometida, que escuta e é profética e procura ser missionária em meio às comunidades tradicionais e todos os povos. “É de grande importância para nos animar e nos fortalecer nessa caminhada como discípulos e discípulas de Jesus Cristo”, afirmou Dom Valdeci.
Na tarde de sexta-feira, primeiro dia de encontro, com muita mística e espiritualidade, o grupo foi convidado a entrar no clima do seminário. Elisângela Barbosa, coordenadora de articulação da REPAM-Brasil, e Romina Gallegos, articuladora da REPAM, apresentaram a proposta do Sínodo para a Amazônia das atividades territoriais e escutas dos povos. Segundo Romina as fronteiras na Pan-Amazônia são apenas geográficas. “Estamos intimamente interligados, todos fazemos parte da mesma Pan-Amazônia, dessa riqueza do planeta, e precisamos estar cada vez mais unidos em favor dessa nossa casa comum e o Sínodo é uma grande oportunidade para tomarmos consciência disso e nos mobilizarmos”, afirmou a articuladora da REPAM.
(Via: CFFB)