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01 Agosto 2018

De 12h do dia 01º às 23h59 do dia 02 de agosto: perdão de Assis na Festa de Nossa Senhora dos Anjos

Escrito por  OFMConv-Notícias

Em 02 de agosto, segundo o calendário litúrgico franciscano, celebramos a festa de Nossa Senhora dos Anjos, patrona da Ordem dos Franciscanos e popularmente conhecida como “Porciúncula”. No interior da basílica dedicada a ela, em Assis, que está a capela de Porciúncula, local especialmente caro a São Francisco de Assis e onde o santo veio a falecer. E, na festa da patrona dos franciscanos, celebramos também o “Perdão de Assis” em que de 12h do dia 1º, até às 23h59 do dia 2, pode-se obter a Indulgência Plenária.

Segundo o testemunho de Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: em uma noite do ano de 1216, Francisco estava compenetrado na oração e na contemplação na igrejinha da Porciúncula, perto de Assis, quando, repentinamente, a igrejinha ficou repleta de uma vivíssima luz e Francisco viu sobre o altar o Cristo e, à Sua direita, a Mãe Santíssima, circundados de uma multidão de anjos. Francisco, em silêncio e com a face por terra, adorou a seu Senhor.

Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi imediata, “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero pecador, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão a visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”, respondeu. O Senhor então lhe disse, “Óh, Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho portanto o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (o Santo Papa)”.

E, imediatamente, Francisco se apresentou ao Pontífice Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perusia (atual comuna italiana de Perúgia) e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou atenciosamente e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e disse: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, destacadamente respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”.

E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Como, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos são as testemunhas”. Poucos dias depois, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas, “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”.

 

 

Saudação do Ministro Provincial

Em ocasião da Festa Porciúncula, o provincial proferiu uma saudação sobre o significado da data para a família franciscana. Segue:

Prot. 77/2018

“CIRCULAR”

Nemi, 01 de agosto de 2018

SAUDAÇÃO PELA FESTA DE SANTA MARIA DOS ANJOS DA PORCIÚNCULA

E PERDÃO DE ASSIS

Caros confrades, noviços e postulantes,

Às irmãs Clarissas,

Aos irmãos (as) da OFS,

 

O Senhor vos dê a paz!

 

Desde o dia de hoje, 1º de agosto de 2018, até amanha, ao entardecer do dia 02, celebramos as graças do Perdão de Assis, singular festa em nossa Ordem que nos recorda às origens do franciscanismo, isto é, à abertura, acolhimento e inclusão para assim levar todos ao paraíso, sonho que, para o Pai Seráfico, significa contar com a intercessão de Maria, a Mãe de Jesus e Mãe da Igreja.

O Seráfico Pai Francisco, por singular devoção à Mãe de Jesus, tinha uma especial afeição à capela de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula. Ali, deu início à Ordem dos Menores e preparou a fundação das Irmãs de Santa Clara; e ali completou felizmente o curso de seus dias sobre a terra. Foi na Porciúncula também que alcançou essa célebre Indulgência, que os Sumos Pontífices confirmaram e estenderam a todas as igrejas.

Em nossa Província, esse dia celebramos com alegria em nossa Casa de Formação dedicada a esta festa de Santa Maria dos Anjos, em Santa Maria (DF). Os frades, animados por essa memória de nossas origens, são convidados a expressar a fraternidade que, em torno desta casa de formação, se torna nosso singular testemunho de comunhão.

Estando no Capítulo Geral, em Nemi (IT), já em sua segunda semana, estendo a todos vós da Província, uma saudação especial do Capítulo, dos confrades do mundo inteiro e, de modo especial, de nossos amigos e irmãos da Província Mãe de Varsóvia.

Nesses dias, estamos vivendo uma profunda formação permanente em torno da síntese de nossa vida religiosa, isto é, a Regra Bulada. As constituições nos recordam, primordialmente, o caminho de atualização de nosso carisma descrito na Regra e de prever elementos para que, em todas as partes do mundo, se possa viver espontaneamente a espiritualidade de S. Francisco, nosso Pai e fundador.

Queridos, Santa Maria dos Anjos é, antes de tudo, a memória de um lugar de salvação, de um projeto de vida de quem crê na redenção de nossas fragilidades, tornando-as sinal de serviço, oblação e comunhão entre nós irmãos e irmãs menores. Que o perdão de Assis, que vós hoje celebrastes, não seja algo somente a ser celebrado como uma recordação, mas, principalmente, um passo de ceder e dar lugar à linguagem de Deus em nossas vidas. E, essa linguagem, dificilmente pode ser escrita senão em singulares vidas humanas, em suas ações sensíveis à condição humana.

A Porciúncula é o lugar do pequeno, da minoridade franciscana, porém, ali, nesse lugar, o que pareceu insignificante, tornou-se grande e expressivo em conteúdos para a sociedade de um tempo e, de modo especial, ainda para o nosso tempo. A minoridade é uma opção, não uma ideia filosófica classificada na sociedade entre ser ou não ser, ela é como o caminho que vai se fazendo e se descobrindo. Não vale muito a pena somente querer ser menor, mas sim ir se fazendo menor e, entre vícios e virtudes, vamos nos descobrindo menores por criação, assim pensou S. Francisco.

A todos, meu singular abraço de paz e bem!

 

Para fazer o download do arquivo da Saudação, clique abaixo.  

 

Fontes: Ave Luz, e Canção Nova e Portal Católico.

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