São Francisco de Assis, por seu singular amor à Bem-aventurada Virgem Maria, teve sempre muito cuidado por esta capelinha dedicada a Santa Maria dos Anjos, chamada também de Porciúncula. Neste lugar, Francisco fundou a Ordem dos Frades Menores e fixou morada estável para seus confrades; neste lugar, iniciou com Santa Clara, a Segunda Ordem das Clarissas; neste lugar, recebeu os irmãos e irmãs da penitência da Terceira Ordem que chegavam de todas as partes; neste lugar, concluiu o curso de sua vida admirável.
Para esta capela, o Santo fundador obteve do Papa Honório III a célebre indulgência chamada também de Perdão de Assis, que os Sumos Pontífices confirmaram sucessivamente e estenderam a numerosas outras igrejas, como havíamos explicado aqui. Por estas gloriosas lembranças a Ordem Seráfica celebra com alegria a festa de Santa Maria dos Anjos.
No calendário litúrgico franciscano, o dia 2 de agosto é dedicado à celebração da Festa de Nossa Senhora dos Anjos, popularmente conhecida como “Porciúncula”. Na introdução do texto litúrgico do missal e da liturgia das horas, se diz o seguinte: “O Seráfico Pai Francisco, por singular devoção à Santíssima Virgem, consagrou especial afeição à capela de Nossa Senhora dos Anjos ou da Porciúncula”.
A Porciúncula
No interior da basílica de Nossa Senhora dos Anjos está a capela de Porciúncula, local especialmente caro a São Francisco de Assis e onde o santo veio a falecer. Seu biógrafo conta que Deus havia revelado a Francisco que Nossa Senhora tinha uma predileção especial pela capela já que Porciúncula em italiano significa “pedacinho”. Não se sabe ao certo a origem da Capela, mas conta-se que foi construída por um grupo de peregrinos que voltava da Terra Santa e que nela era venerado uma relíquia atribuída ao túmulo de Nossa Senhora. Ao reunirem-se os fiéis para lá rezar, era possível ouvir um coro dos anjos, e foi daí que se originou a denominação Nossa Senhora dos Anjos, que anos mais tarde veio a dar nome à basílica local.
Fontes: Ave Luz, e Canção Nova e Portal Católico.