Quem é São Francisco?

Província

Província

A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

            Os franciscanos celebram neste dia 24 de maio a festa da Dedicação da Basílica de São Francisco de Assis. A proposta da construção da Basílica de São Francisco de Assis nasceu no dia seguinte à canonização de São Francisco de Assis, a pedido do Papa Gregório IX. Ele sugeriu que conservassem os restos mortais de São Francisco de Assis num lugar digno. O mesmo Pontífice abençoou a pedra fundamental em 1228 e em 1239 ordenou que o corpo do santo fosse transportado do túmulo provisório da igreja de São Jorge para a nova basílica, que recebeu o título de “igreja-mãe” da Ordem dos Frades Menores. A construção da igreja superior foi terminada em 1253. Inocêncio IV a consagrou solenemente título de Basílica, “cabeça e mãe” de todas as igrejas da Ordem Franciscana. O templo foi elevado a Basílica patriarcal e Capela papal por Bento XIV dia 25 de março de 1754.

            O Documento do Papa Bento XIV, “Constituição Fidelis Dominus”, diz: Assim construída, foi para aí transladado  com memorável pompa o corpo de São Francisco de Assis, e o papa Inocência IV dedicou-a solenemente no domingo antes da Festa da Ascensão do Senhor em 1253, também no dia 25 de maio.”

            A Basílica de São Francisco de Assis, está localizada na Região da Úmbria, é importante ressaltar que fora considerada como patrimônio da Humanidade desde 2000.  No seu Interior, a Basílica é dividida em parte inferior e superior. O local onde a Basílica foi construída era chamado de Colina do Inferno (lugar onde os criminosos eram mortos). Hoje o local é conhecido como Colina do Paraíso. A pedra fundamental foi posta pelo Papa Gregório IX, em 1228.

            Sua arquitetura é uma síntese de Românico e Gótico Italiano. Na parte inferior, encontram-se afrescos de Cimabue e Giotto, na superior está uma série de afrescos com cenas da vida de São Francisco, também atribuída a Giotto e seus seguidores. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais, sendo eles os guardiões dos restos mortais de São Francisco.  A igreja inferior, que representaria a penitência, consiste em uma nave central com várias capelas laterais com arcos semicirculares. Descendo pela nave se chega à cripta que guarda túmulo de São Francisco.  A igreja superior que representa a glória possui um estilo completamente diferente da inferior. Grandes janelas de vidro colorido banham com luz as obras de Giotto e Cimabue.

            Em 1818, a tumba de São Francisco foi redescoberta, depois de 600 anos “escondida”, com seus restos mortais. Em 1997, a cidade de Assis passou por um forte terremoto. Infelizmente, a Basílica de São Francisco foi uma das estruturas que mais sofreu com o impacto. Tal foi a gravidade do desastre natural, que quatro pessoas morreram quando parte do teto desmoronou. Os importantes afrescos foram destruídos mas, felizmente, foram restaurados graças aos fundos do Vaticano.

Sexta, 24 Mai 2024 18:33

Encontro dos Ministros da UCOB

     Aconteceu entre os dias 22 e 24 de maio de 2024 o Encontro dos Ministros da UCOB. O Encontro foi realizado em Santo André, na Província São Francisco de Assis em São Paulo. Estiveram presentes no encontro o Ministro Provincial da Província São Maximiliano de Brasília, Fr. Gilberto de Jesus; o Ministro Provincial da Província São Francisco de São Paulo fr. Felipe Hugo; os Ministros Custodiais da Custódia São Boaventura do Maranhão, fr. Roberto Honorato e da Custódia Imaculada Conceição do Rio de Janeiro, fr. Carlos Charles.
     O Encontro possibilitou a reflexão e decisão dos ministros sobre a criação de um novo Estatuto interjurisdicional do Noviciado da UCOB, que atualmente acontece em Cascavel, Curitiba. Também se refletiu sobre a programação da UCOB neste ano de 2024.

     Rezemos para que a unidade de nossa Ordem se realize através da união de nossas jurisdições no Brasil.

 

Terça, 21 Mai 2024 18:47

Seminário de Ecônomos em Brasília

     Entre os dias 14 e 16 de maio, na Casa dom Luciano em Brasília (DF), aconteceu o Seminário para Ecônomos de (arqui) dioceses, promovido economato e o Conselho de Gestão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema do encontro foi: “A gestão no Magistério da Igreja: o ofício do ecônomo na construção de uma Igreja credível e sustentável“. O nosso ecônomo, Frei Hoslan Guedes, esteve presente, representando a Província São Maximiliano Maria Kolbe.

     A formação contou com 13 conferências ao longo dos 3 dias e 230 ecônomos e profissionais das arquidioceses e dioceses do Brasil se fizeram presentes.

     O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giambattista Diquattro, afirmou que a transparência na gestão é fundamental para a identidade da Igreja. No encontro, ele destacou a importância da clareza nas atividades administrativas e financeiras, enfatizando que essa prática reflete os valores cristãos de honestidade e integridade. Ele ressaltou que a gestão transparente não apenas fortalece a confiança dos fiéis, mas também promove a justiça e a solidariedade dentro da comunidade eclesial.

    “O discernimento, como escolher entre o que é bom e o que é melhor, a vigilância, como prestar contas, são ferramentas que apoiam os ecônomos em seu serviço, que não prestam contas só no final do ano, mas continuamente, diariamente, adotando o que é necessário para salvaguardar e valorizar também os talentos materiais que a Igreja recebe da Providência”, apontou.

Fonte: CNBB

 

“Se alguém, por inspiração divina, querendo aceitar esta vida vier aos nossos Irmãos, seja recebido benignamente por eles” (RNB 1,1). Ser iniciado, isto é, ser noviço, na experiência de discipulado e minoridade vivida e deixada pelo Seráfico Pai São Francisco é, antes de tudo, uma inspiração divina, nos termos joaninos, Deus nos amou primeiro (cf. 1Jo 4, 10). Diria o profeta Jeremias, Deus nos seduziu (cf. Jr 20, 7). A inspiração divina é aquele hálito, o sopro, a vida de Deus já expressos no Gênesis no ato da criação do homem (cf. Gn 2, 7), o fôlego vital sem o qual nenhuma vocação pode subsistir. É esse sopro que move e comove todo o ser de um jovem a se entregar, se consagrar inteiramente a Deus. Nos termos bíblicos, a amar a Deus de todo o coração, com toda a tua alma e com toda a tua força (cf. Dt 6, 4-5). Diria o Seráfico Pai: “É isto que desejo, é isto que aspiro, com todas as fibras do coração” (1B 3,1). O movimento humano de criatura em direção ao criador. Deus, para um consagrado, torna-se seu único objeto de amor e de desejo. Amar a Deus é o alimento de sua alma

O noviciado é o período formativo de confronto e reflexão acerca da nova via assumida; uma busca incessante, árdua, pessoal, sincera e real, de conhecer, assimilar os hábitos, os conteúdos e os princípios constitutivos ao modo de ser franciscano. É uma adesão total ao projeto, ao discipulado de Jesus Cristo. O noviço em contato direto, respirando a cada instante as intuições e modo de vivida que o Crucificado concedeu ao Pobre de Assis, vai, paulatinamente, tornando a inspiração divina a sua vida em si. Por meio da vida de oração, da fraternidade, do trabalho, do lazer, do esporte, o frade noviço se depara com os vestígios de Deus no ordinário da vida. Em outros termos, a experiência de encontro com Aquele que lava os pés, o Irmão Menor, Jesus Cristo, se dá e se revela no cotidiano da vida do noviciado. O irmão, que é um dom do Pai, torna-se um espaço teológico e espiritual no qual se viver a profundidade do amor, da minoridade. Para tal, é indispensável que o noviço, para fazer essa experiência de encontro, esteja na ambiência do santo modo de operar do Senhor. Nessa perspectiva, diria que o noviçiado é semelhante e/ou igual a experiência que os discípulos de João Batista fizeram ao encontrar Jesus:  “Que procurais? Mestre, onde moras? Vinde e vede” (Jo 1, 38-39a). O evangelista minuciosamente diz que foram, permaneceram com Jesus aquele dia. O ano de noviciado é estar com Jesus, ir ao seu encontro e vê-Lo com os olhos da alma, do coração e da fé. Tempo da intimidade (não de intimismo), da relação no qual o Mestre e o discípulo se tornam um.

Ao fazer a experiência do vinde e vede ou do vem e segue-me, ao término do noviciado, os noviços ratificam aquilo que se é e se vive ao proferir a fórmula da profissão ao dizer: para louvor e glória da Santíssima Trindade ( protagonista e sustentadora de toda e qualquer vocação), eu, Frei N. movido por inspiração divina a seguir mais de perto o evangelho e os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo [...] com firme propósito e vontade faço votos a Deus Pai todo-poderoso de viver por um ano em obediência, sem nada de próprio e em castidade, e ao mesmo tempo, prometo observar fielmente a vida e a regra dos frades menores”. Resguardo pelo ato de vestição do hábito, o novo frade se reveste, se mune por inteiro de Cristo.

Os freis noviços Luan Dias, Gustavo Faria, Matheus Andrade, Vinícius Santos e Deivid Rodrigues falam de sua experiência no noviciados - os referidos frades estão há três meses no noviciado -. Segundo eles, estarem no noviciado é se encontrar na vivência única de suas vidas, provocados pela dinâmica da Santíssima Trindade. Cito literalmente a impressão dos noviços sobre esse período formativo: “A formação nos oferece a possibilidade de penetrar no espírito franciscano, compreendendo os moldes da experiência de ser um frade menor conventual que busca o primado de Deus, assumindo os valores da vida consagrada pelo itinerário do Seráfico Pai Francisco”. Conforme os noviços, o noviciado é o tempo propício para encontrar-se com Deus, consigo mesmo, movimentos que permitem o autoconhecimento “onde há um constante convite do Senhor que nos chama para águas mais profundas de nosso coração sob um autêntico e sincero desprendimento de nossas seguranças e inseguranças para que a ação da graça Divina se perfaça no itinerário de nossas vidas para Deus.”

Outro aspecto elencado pelos frades noviços é a vida fraterna, definida por eles como experiência frutuosa em virtude de ser um noviciado interjurisdicional que culmina na diversidade, no diferente, mas unidos no único ideal, viver o evangelho, que se dá e efetiva no ordinário da vida. Sobre isso afirmam os noviços: “A vivência cotidiana do noviciado é voltada pela dinâmica da oração, trabalho e estudo num ritmo bastante intenso em que colocamos em prática todo o aprendizado que adquirimos desde o primeiro ano de postulantado: assumir a responsabilidade por aquilo que é próprio de nossas vidas e servir com empenho, amor e dedicação o compromisso de ser um religioso franciscano”.

Frei Naum Gabriel, que foi noviço no ano de 2023, também nos presenteia com sua experiência de noviciado. O referido frade, baseado no evangelho de São Marcos 4, 26-29, compara o noviciado como uma terra (terreno) boa no qual se é lançado os noviços, nesse caso, como sementes que buscam produzir bons e muitos frutos. De sua experiência pessoal garante Frei Naum: “A experiência do Noviciado pôde me fazer reconhecer mais as finitudes humanas, os limites e, ao mesmo tempo, as possibilidades de encontrar o agir de Deus em cada uma dessas dimensões. Lançados como sementes na terra, nos deparamos com estas três realidades do texto do evangelista Marcos. A partir das finitudes, pude compreender mais sobre como nós, jovens que estamos buscando corresponder a um chamado de grande amor da parte Deus, com um sim de grande amor da parte do homem. O Noviciado me fez compreender que a resposta a este chamado de amor, mesmo sendo humana, é tanto mais divina, pois se pode reconhecer que o amor de Deus é, verdadeiramente, tanto mais humanado”

Ao modo do Seráfico Pai, Frei Naum Gabriel voltado para encarnação do Verbo Divino que abarca a finitude humana, compreende que integrar e assumir a finitude, realidade compreendida e vivida no noviciado, é uma correspondência ao mistério da vocação. “Ao ver a finitude assumida por Deus no seu Filho, tanto mais abraço e acolho a minha, que foi muito mais bem-vinda a partir do Noviciado”, diz o frade. Todavia, conforme Frei Naum, o confronto com os limites não significa permanecer em situação estática, mas potencialidade de qualificação, mudança e integração humano-espiritual-fraternal. Nesse sentido, Frei Naum testemunha que o noviciado o “ensinou a ofertar a Deus tudo: vitórias e derrotas, conquistas e fracassos, alegrias e tristezas, saúde e enfermidade, carne e vísceras, frutos tenros e mirrados, terra fértil e árida, certezas e incertezas, vícios e virtudes, graça e pecado simultaneamente, cada qual respeitando o seu próprio tempo”.

Frei Walas Silva, que foi noviço em 2021, testemunha sua experiência de noviciado. Segundo o frade, o noviciado foi divisor de águas em seu percurso formativo, pois, sanou experiências que colocam em questão seu modo de pensar e viver o modo franciscano de ser. Frei Walas pontua que as conversas pessoais, quinzenalmente ocorridas com o mestre de noviciado, permitiu-lhe enxergar e exercitar o homem interior. Conforme Frei Walas, os diálogos com o formador o fizeram crescer no amadurecimento espiritual e fraterno; tendo como frutos dessas conversas um equilíbrio emocional e afetivo.

O noviciado para Frei Walas foi o período de alargar, mediante as conversas com o formador, a compreensão sobre si mesmo ao passo que é capaz de afirmar; “carrego comigo um ser humano completo que precisa a cada dia ser confrontado, ouvido, as vezes silenciado, esperado, abraçado, visitado. Ter certeza de que temos muito dentro de nós e que precisamos de muito tempo, muita paciência, disciplina, esperança para alcançar a estatura esperada”.

Outro aspecto importante para Frei Walas no noviciado, uma vez que é um frade que gosta de ambiente natural e rural, foi o trabalho na horta. O frade usava esse ambiente de trabalho como meio para se trabalhar e alargar a sua compreensão que nada está separado, mas há uma interligação em tudo. Ou seja, as experiências, por exemplo de oração, ressoam em tudo aquilo que se faz. A ideia de irmão e irmã tão forte no Seráfico Pai na qual Deus é fonte de tudo e de todos.

Frei Walas sintetiza sua experiência de noviciado com as seguintes palavras: “Creio que a palavra que define meu noviciado seja: relação; como me relaciono comigo mesmo, com todas as minhas questões, como me relaciono com Deus, com a fraternidade e com toda a Criação. Acredito que nosso aprimoramento como ser humano passa por uma abertura relacional, saber discernir e aprender a receber o que o outro tem para dá. Saber que não somente eu, mas, o outro é aquilo que ele é e nada mais, aos olhos de Deus”.

Diante de tão belos e profundos testemunhos, somos forçados a concluir que o tempo de noviciado é o momento da experiência de encontro. Com quem? Com Deus-Crucificado que se nos mostra como um límpido espelho revelador, verdadeiramente, de quem somos e de quem Ele é. “Quem és tu, Senhor e quem sou eu?” Encontrando Deus, a realidade mais próxima de nós que nos mesmos, nos encontramos, encontrando-nos, encontramos todos os irmãos na grande busca de tornar o evangelho vida e regra.

 

Frei Beneval Soares Bomfim, OFMConv.

Quarta, 08 Mai 2024 19:43

Prospectus 2023/2024

Em anexo, o Prospectus Online com as principais notícias da Província São Maximiliano Kolbe do segundo semestre de 2023 e primeiro semestre de 2024.

Quarta, 08 Mai 2024 12:27

Semana Acadêmica São Boaventura

De 13 a 17 de maio, às 19:30 teremos a Semana Acadêmica: São Boaventura e suas contribuições para a filosofia e teologia moderna e a celebração dos 750 anos de sua páscoa.

Segue abaixo a programação da semana acadêmica:

 

     No dia 1º de maio, celebramos os 92 anos de vida de Frei Eusébio Wargulewski (OFMConv.), um dos frades pioneiros na Missão Franciscana que deu origem à nossa Província São Maximiliano Kolbe do Brasil. Nascido em 1932 na cidade de Osipy, na Polônia, Frei Eusébio chegou ao Brasil em 1975 junto com outros confrades, dedicando-se ao serviço em várias comunidades e à formação dos estudantes da Província.

     Originário de uma família com forte tradição religiosa na Polônia, Frei Eusébio compartilha que muitos de seus parentes, incluindo primos, primas e irmãos, também seguiram o caminho da vida religiosa, alguns deles até mesmo no Brasil. Naquela época, a Polônia, com sua rica presença católica, vivia um período de grande fervor vocacional nas décadas de 1960 e 1970.

     O mundo reconhecia amplamente a obra de São Maximiliano Maria Kolbe, especialmente após sua beatificação pelo Papa Paulo VI em 1971. Em resposta a esse chamado, a Província Mãe de Varsóvia decidiu iniciar uma missão no exterior para continuar a obra kolbiana de levar o Evangelho a todos por meio da Imaculada. O Brasil foi escolhido como destino, e Frei Eusébio foi enviado como parte desse segundo grupo de missionários, junto com Freis Marcos Ignaszewski, Francisco Kramek e Edmundo Grabowiecki. Chegaram às terras brasileiras em 1975 e começaram seu trabalho missionário em Uruaçu, expandindo-se para outras cidades ao longo dos anos, contribuindo assim para o crescimento da Província São Maximiliano Kolbe do Brasil.

     Além de seu trabalho sério e dedicado, Frei Eusébio é conhecido por sua alegria e espiritualidade. Seu senso de humor é contagioso, e suas brincadeiras são famosas por onde passa. Ele é carinhosamente chamado de "Frei Papai Noel" pelas crianças, sempre distribuindo balas e brinquedos em seus bolsos de hábito. Mesmo os adultos não estão imunes às suas travessuras, mas é claro que ele sempre os recebe com calor e bondade.

     Não apenas um brincalhão, Frei Eusébio leva a sério o sacramento da confissão, estando sempre disponível para ouvir e aconselhar aqueles que buscam reconciliação e perdão. Ele entende sua vocação não apenas como celebrante de missas, mas também como um instrumento da Misericórdia Divina, buscando levar consolo e orientação espiritual a todos que o procuram, especialmente os mais necessitados.

     Em seu tempo livre, ele se dedica à confecção de terços com os fiéis, além de cuidar das plantas e hortaliças, mostrando que sua alegria e serviço estão presentes em todas as áreas de sua vida. Onde quer que esteja, seja na igreja, no confessionário ou entre o povo de Deus, Frei Eusébio é uma fonte constante de alegria e inspiração.

Terça, 30 Abril 2024 12:18

Maio: O Mês da Devoção Mariana

       Maio é um período especial para nós católicos ao redor do mundo, pois é dedicado à devoção à Virgem Maria, mãe de Jesus Cristo. Esta tradição, profundamente enraizada na história da fé cristã, é marcada por uma série de práticas e rituais que celebram a vida e a importância espiritual da Santa Mãe.

       Ao longo dos séculos, a devoção mariana durante o mês de maio se tornou uma parte essencial da vida religiosa para muitos. Com o passar do tempo, várias práticas devocionais foram desenvolvidas para cada dia deste mês, oferecendo aos devotos oportunidades significativas de oração, reflexão e contemplação.

       Uma das práticas mais comuns durante o mês de maio é rezar o Terço Mariano, uma série de orações dedicadas à Virgem Maria. Esta forma de devoção, que remonta a séculos atrás, é uma maneira poderosa de honrar a Virgem Santa e buscar sua intercessão em nossas vidas.

       Além disso, muitas comunidades organizam celebrações especiais, como procissões e missas dedicadas a Maria, durante todo o mês. Estes eventos proporcionam aos fiéis a oportunidade de se reunir em comunhão para expressar sua devoção e gratidão à nossa Santa Mãe.

       Para muitos, o mês de maio é uma época de renovação espiritual e crescimento na fé. Ao se voltarem para Maria, encontramos conforto, orientação e inspiração para enfrentar os desafios da vida cotidiana.

       Por último, mas não menos importante, a devoção mariana durante o mês de maio é uma expressão tangível do nosso amor e devoção à Santíssima Virgem. É uma oportunidade para celebraremos nossa fé e reconhecermos o papel central que Maria desempenha em nossas vidas e na história da salvação.

       Neste mês de maio, convidamos toda a igreja a se unirem em oração e devoção à Virgem Maria, nossa mãe amorosa e protetora. Que nossas práticas devocionais nos aproximem ainda mais do coração de Maria e nos ajudem a crescer em amor e devoção a seu Filho, Jesus Cristo.

 

 

     No dia  27 de abril de 2024, a Província São Maximiliano Maria Kolbe celebra a memória de três anos de falecimento de Frei Francisco Kramek.

     Filho de fazendeiros, Frei Francisco Kramek nasceu aos 12 de janeiro de 1935, em Babin na Polônia. Perdendo seu pai em tenra idade, Frei Francisco foi educado por seu padrasto João e por sua mãe Mariana, mulher simples e discreta que formou os filhos com o bom exemplo. Dada a invasão do território Polonês, pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a propriedade familiar ficou em zona proibida e frei Francisco, não poucas vezes, considerou-se agraciado pela preservação de sua vida: por duas vezes se viu livre do fuzilamento, pelos soldados alemães, livre de bombardeio e explosões de minas terrestres, livre ainda em sua infância quando fora atingido por um raio.

     Somente a sua longa vida e os frutos derivados de sua missão o levariam a compreender quão valiosa era a sua vida. Deus lhe tinha destinado uma missão, a qual frei Francisco começou a conhecer quando aos sete anos de idade, teve o seu primeiro contato com um frade franciscano, frei André Klimuszko, que vindo ao seu povoado e reunindo as crianças, dirigiu-se a ele e profetizou que seria Sacerdote. Quase impossibilitado de ver cumprida tal profecia, seja pelos atrasos impostos pela Guerra, que pelas dificuldades no aprendizado, passados alguns anos, já entrada a adolescência e trabalhando no trato do feno, na propriedade rural da sua família, frei Francisco Kramek, escutou uma voz forte e misteriosa que lhe chamava ao Seminário.

     Relatando o ocorrido a sua mãe, a mesma o orientou a que procurasse o Pároco e que este o orientaria. Obedecida a mãe e dirigido pelo padre Adão, que o auxiliou para o ingresso no Seminário fundado por são Maximiliano em Niepokalanow, aos 14 anos de idade, no dia 1 de setembro de 1949, o jovem Francisco deu início a sua formação religiosa. Ingressando no Noviciado, no dia 30.08.1951, Frei Francisco Kramek fez a Profissão Temporária aos 31.08.1952. Encerrado o ano do Noviciado, o mesmo continuou o estudo do Ginásio em Niepokalanow, período durante o qual viria a sofrer grandes dificuldades para a conclusão dos estudos, no entanto, mais uma vez frei Francisco sentiu-se agraciado pelos favores divinos. Entre os anos de 1954 e 1959, estudou Filosofia e Teologia.

     No dia 04.10.1956, frei Francisco fez a Profissão Solene dos votos e foi Ordenado Sacerdote no dia 02.08.1959, pelo futuro beato Cardeal Primaz da Polônia Stefan Wyszynski. Nutrindo, em seu coração, o grande anseio pela vida missionária, depois de sua ordenação, frei Francisco deu início ao seu trabalho apostólico em Slawno (1959-1962), onde serviu como Vigário Paroquial e Capelão Hospitalar; em Niepokalanow (1962-1964), junto ao Seminário Menor, foi nomeado Vice-Formador e ali pôde inspirar muitos jovens seminaristas a seguirem a vocação missionária; em Gniezno (1964-1966), foi Vice-Mestre de Noviciado.

     Antes de sua partida para a missão Ad Gentes, frei Francisco serviu em Koszalin (1966-1972), como Vigário Paroquial; em Skarzsko (1972), também como Vigário Paroquial e em Poznan, entre os anos 1972 e 1974, iniciou a sua preparação paras as missões. Animada pelo ardor missionário de São Maximiliano e por ocasião de sua beatificação, foi decidida a criação de uma nova missão, pela Província Imaculada Conceição, então sob o governo do frei Mário Paczóski. Sentindo-se chamado, Frei Francisco se inscreveu para estar entre os novos missionários e com grande entusiasmo, no dia 19.12.1974, juntamente com frei Marcos Ignaszewski, Frei Eusebio Wargulewski e o Irmão Religioso Edmundo Grabowiecki, partiu em missão para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro de 1975. Frei Francisco, portanto, foi missionário da primeira hora, compondo o grupo de missionários chegados ao Brasil, apenas três meses após a chegada do fundador da Missão, Dom Frei Agostinho.

     Residindo, na Paróquia de São Sebastião, em Uruaçu - GO, entre maio de 1975 e abril de 1976, preparou-se para assumir a Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Rialma – GO, no dia 4 de abril de 1976, onde trabalhou até 27.02.1977, assumindo em seguida a missão de ser o primeiro Pároco franciscano, da grande Paróquia de São José, em Niquelândia – GO, no dia 19.03.1977, assistência que se estendeu ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em Niquelândia, juntamente com frei João M. Batista Wajgert, frei Francisco trabalhou para construção do Convento de são José. Dedicado e zelo pastor, frei Francisco realizou muitos trabalhos e durante uma década se dedicou ao cuidado do povo goiano naquela região, onde permaneceu até dezembro de 1986.

     Do dia 01.01.1990 aos 08.11.1992, frei Francisco assumiu novo encargo pastoral em Valparaíso de Goiás, ali também como Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis. Em 1992, dia 08 de novembro, frei Francisco retornaria ao Novo Gama de Goiás, onde novamente viria a assumir as funções de Guardião e Pároco e ali permaneceria por mais sete anos até a sua transferência para o Convento de São Marcos e São Lucas, em Ceilândia – DF, onde desenvolveria os seus trabalhos apostólicos até a sua designação como Diretor Espiritual do Seminário são Francisco de Assis, em Brasília, no ano de 2002. Em pouco tempo frei Francisco seria nomeado Vice-Formador do Noviciado e no final do ano de 2003, foi transferido para Águas Lindas de Goiás, onde permaneceu Vice-Mestre até o ano de 2007.

     Desde então frei Francisco permaneceu em Águas Lindas, exercendo a função de Vigário Paroquial e ali desenvolveu longo e duradouro apostolado, até o seu falecimento, em 27.04.2021, aos 86 anos de idade. Em sua longa vida, frei Francisco realizou muitas obras físicas, na construção e reformas de tantas Igrejas e conventos, também obras intelectuais por meio dos vários livros que escreveu, mas sobretudo se dedicou com grande zelo pela edificação da Igreja e pela propagação da fé católica. É inegável o seu testemunho de fé sólida e Católica, bem como o testemunho de sua coerência, na vivência de sua profissão religiosa.

     Frei Francisco manifestou, ao longo de sua vida, especial atenção pelo atendimento aos doentes e moribundos. Dentre os serviços pastorais que Frei Francisco mais realizava, até o momento de sua morte, estão as visitas aos hospitais e a Comunhão que levava aos que não podiam mais participar das Santas Missas. Apesar das grandes provações, quanto à sua saúde, o Frei Francisco Kramek veio a falecer de modo repentino, no dia 27.04.2021, às 18:00h, em decorrente de um infarto. O corpo de Frei Francisco Kramek foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada em Cidade Ocidental-GO, 16h, do dia 29.04.2021.

Abaixo, um vídeo em comemoração aos 50 anos da Província São Maximiliano Maria Kolbe.

© 2022 Ordem dos Frades Menores. Todos os direitos reservados

 
Fale conosco
curia@franciscano.org.br