O mistério da vida e da morte é um mistério de pobreza. A vida é de graça. Nada fiz para viver. Os que me deram a vida, com toda sua consciência e bondade, nada sabiam da vida. Não puderam controlar o que deram. Não puderam segurar a vida terrena deles mesmos. Nada entendemos da morte, com todo o nosso progresso. Quanto mais o homem progride mais sabe que a morte, assim como a vida, é um mistério.
Só podemos agradecer. Agradecer pela vida de cada momento, pelo dom de cada momento, e pelos dons da vida dos outros, dos outros seres que a vida nos traz. Só podemos agradecer pelo mistério da vida, que é tão grande que ultrapassa a morte. Agradecer é viver cada momento intensamente. Agradecer é viver.
Não precisamos ter medo da morte se o Senhor da Vida é Amor e nos prova isso a cada momento. Mas só os agradecidos entendem que Ele é Amor. É claro que a gente tem um pouco de medo, aquele medo que a gente sempre sente como parte da excitação das experiências muito grandes ou muito novas. É um medo vital, pelo qual também podemos agradecer.
Não somos nada, não temos nada, não levamos nada. Mas tudo está ao nosso alcance e tudo pode ser vivido por nós intensamente, a cada momento. O momento anterior já passou. Teve uma oportunidade única de ser vivido e já se fez passado. Mais assustadora que essa morte que dá a impressão de nos interromper o fluxo da vida é essa outra em que perdemos oportunidades de vida, em que algo passa e não é integrado nem aproveitado.
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Este é o quinto artigo da Série “A Morte na Mística Franciscana”, um especial do site Franciscanos para o dia dos finados. Acesse os outros artigos clicando aqui.
Fonte: Franciscanos. Autor: N.G. Van Doornik.