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12 Agosto 2022

14 de agosto: Dia de São Maximiliano Maria Kolbe

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São Maximiliano Mártir da caridade

              São Maximiliano nasceu em 8 de janeiro de 1894, na cidade polonesa de Zduska Wola.  Seus pais, Júlio Kolbe  e Maria Dabrowska, eram pobres artesãos, cristãos, devotos da Virgem Maria. Ao nascer, ele recebeu Raimundo como nome de batismo.

             A infância de São Maximiliano ocorreu no início do século XX, período de desenvolvimento tecnológico na Europa e na América. Esta época de novidades tecnológicas, com certeza influenciaram  o jovem Raimundo, inspirando-o a desenvolver sua capacidade intelectual para futuramente ajudar na missão da evangelização, como o fez de fato.

  A Aparição de Nossa Senhora  

             Raimundo era uma criança muito levada e arteira por volta dos dez anos de idade. Um dia, sua mãe o repreendeu veementemente pela conduta  dizendo: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?"

Contara depois que naquela noite, ele questionava à Mãe de Deus o que seria de dele. E apareceu a Mãe de Deus, trazendo em Suas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Sorrindo maternalmente, perguntou-lhe qual escolhia. A branca significava a santidade e a vermelha o martírio e ele escolheu as duas.

             Em 1907, ele  com seus treze anos e Francisco, seu irmão mais velho, entraram para o seminário menor dos Franciscanos, em Lwow, onde ele trocou o nome de Raimundo para Maximiliano Kolbe. Ele  depois  foi enviado para o Colégio Internacional, em Roma, cursando filosofia  e teologia, preparando para a ordenação sacerdota,l  na Universidade Gregoriana.

 

 Criação Milicia da Imaculada  

             Em Roma, como estudante, no ano de 1917, São Maximiliano Maria Kolbe percebia as diversas manifestações dos maçons contra a Igreja, exposições públicas contra a fé católica aconteciam. Grupos exaltados desfilavam pelas ruas da Cidade Eterna, empunhando bandeiras negras com a figura de satanás em atitude de esmagar São Miguel Arcanjo. Isso provocou a mais profunda indignação em Maximiliano. Ele, impulsionado pelo amor a Virgem Santíssima, decidiu se reunir com seis companheiros, fundando em 1917 a Milícia da Imaculada. A MI tinha dois objetivos especiais: A conversão dos pecadores, dos maçons e dos inimigos da Igreja e a santificação de todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada.

            A MI aceitava apenas jovens destemidos e verdadeiramente dispostos a acompanhá-lo nessa empreita de santidade.  Em abril de 1918, São Maximiliano foi ordenado e no ano seguinte, com a bênção de Bento XV, voltou para a Polônia.

             

            Frei Maximiliano Kolbe concluindo  os estudos em Roma em 1919 e l  retornando a Polônia trabalhou para p crescimento da  Milícia da Imaculada entre os frades, sendo uma grande causa de alegria  no coração de São Maximiliano Kolbe. Então nasceu a Revista Cavaleiro da Imaculada, iniciada em janeiro de 1922, em polonês, Rycerz Niepokalanej.  Revista que 20 anos depois, em 1939,  estaria atingindo  a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares.

  • Em 1927, foi fundada a Cidade da Imaculada  que cresceu com o numero de  762 habitantes, 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Havia nela médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros. Neste complexo ficavam o convento, a gráfica e casa editorial. Era chamado de Cidade da Imaculada, em polonês Niepokalanów.

             São Maximiliano fundou também uma Cidade de Nossa Senhora no Japão, publicando o “Cavaleiro da Imaculada” na língua do país. Também tentou igualmente fundar na Índia, mas seus superiores chamaram-no de volta à Polônia antes de poder concretizar seu plano.

 

 

A prisão e morte de São Maximiliano

            Em fevereiro de 1941, os alemães prenderam São Maximiliano e outros quatro frades, os mais anciãos foram enviados para o campo de concentração de Auschwitz.  Ele passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. Quando o oficial viu seu hábito religioso, ficou irritado. Arrancando com violência o Crucifixo de seu pescoço, gritou-lhe:

            – E tu acreditas nisto?

            Ante a categórica resposta afirmativa, deu-lhe uma “valente” bofetada! Por três vezes repetiu a pergunta e por três vezes o santo religioso confessou sua Fé, recebendo o mesmo bestial ultraje. A exemplo dos Apóstolos, São Maximiliano dava graças a Deus por ser digno de sofrer por Cristo: “Eles saíram da sala do Grande Conselho, cheios de alegria, por terem sido achados dignos de sofrer afrontas pelo nome de Jesus” (At 5, 41). Maria não o abandonou um instante sequer.

            Ao entrar no campo de concentração, os guardas faziam uma revista minuciosa em todos os prisioneiros e lhes tiravam todos os objetos pessoais. Entretanto, o soldado que revistou o padre Kolbe devolveu-lhe o Rosário, dizendo:

            – Tome seu Rosário. E vá lá para dentro! – Era um sorriso de Nossa Senhora, como a dizer-lhe que estaria com ele a cada momento.

 

Martírio no bunker da morte

            São bem conhecidos os demais episódios que se deram no campo de Auschwitz: o comportamento do santo sacerdote franciscano, sua incansável atividade apostólica, em cada bloco para onde era mandado, etc.  No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas.

               Tendo um dos prisioneiros conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao “bunker da morte”: um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte. Ante o desespero daqueles infelizes, São Maximiliano ofereceu-se para ficar em lugar de um deles, pai de família, e foi aceito por ser sacerdote. O ódio ao religioso era notório, mas ficaram estupefatos ao verificar até onde pode chegar a coragem, a fortaleza e o heroísmo de um padre católico.

 A inspiração de sua vida foi a Imaculada

            No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas ouvia um Papa, também polonês, declarar mártir esse sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: “Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade”.       

            Na homilia são João Paulo II dizia que “a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio”. (são João Paulo II, Homilia da canonização de São Maximiliano N.05,1982). Entendia que a devoção à Virgem Santíssima marcou profundamente a vida de São Maximiliano e o tornou um homem determinado. Também na  canonização,  foi ressaltado havia um grande esforço realizado por São Maximiliano para colaborar com a graça divina, unindo sua intenção com a graça divina A fé e as obras de toda a vida do Padre Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração com a graça divina, como uma milícia sob o sinal da Imaculada Conceição (São João Paulo II, Homilia da canonização de São Maximiliano N.05,1982). Portanto , agradecemos a Deus pelo belíssimo exemplo de santidade dado por São Maximiliano M. Kolbe.

 

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