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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Paciente como quem tem todo o tempo do mundo, o Frei Eusébio passeia por entre os bancos da igreja. Meticuloso, ele para entre as 15 estações da Via Sacra esculpidas na parede e explica todos os detalhes e significados contidos em cada cena. Não seria estranho ele saber, já que a obra aconteceu durante a sua gestão na Paróquia São Marcos e São Lucas, na Ceilândia, ainda no final da década de 1990.

 

A calma pode ser muita, mas a energia também o é. Esbanjando disposição, Frei Eusébio surpreende a qualquer um que descobre que ele está celebrando os seus 65 anos de Ordenação Presbiteral. São seis décadas e meia dedicadas a anunciar o Evangelho de Cristo segundo o carisma do Seráfico Pai São Francisco. Destes anos todos, 50 deles foram só aqui no Brasil.

 

Durante a excursão pelo interior da igreja, muitas pessoas param para falar com ele. Atencioso, cumprimenta cada uma delas e escuta tudo o que precisam dizer. Ouvir é um dos dons deste frade que atende às confissões de muitos fiéis que o procuram todos os dias para receber a Misericórdia Divina. Não é incomum que ele chegue antes que as pessoas para exercer o Sacramento.

 

Após falar sobre as estações da Via Sacra, explicar como funciona o Confessionário e contar cada uma das referências cravadas no painel do presbitério, o Frei Eusébio nos leva à sala do Santíssimo. Lá, uma senhora que rezava interrompe a sua oração quando vê o frade. Com a mesma atenção dedicada as outras pessoas, ele conversa com ela. Seu olhar demonstra compaixão, seu sorriso o mais puro Amor de Cristo e os ouvidos convidam a quem necessitar. Desta mesma maneira ele tem sido por 65 anos de serviços à Igreja, à Província e, principalmente, ao Povo de Deus.

 

Frei Eusébio conhece a história da Paróquia São Marcos e São Lucas, na Ceilândia (DF), justamente por ter feito parte dela.

 

 

Vida e obra

Frei Eusébio Wargulewski nasceu na Polônia, em primeiro de maio 1932, na cidade de Osipy. Vindo de uma família de forte tradição religiosa, ele revela que muitos de seus parentes, entre primos, primas e irmãos, também estão na vida religiosa. Alguns até no Brasil. O país europeu tem uma grande presença do Catolicismo e, entre os anos 1960 e 1970, experimentava um enorme fervor nas vocações.

 

Na época, o mundo todo conhecia a obra de São Maximiliano Maria Kolbe. O Santo dos Tempos Difíceis havia sido beatificado em 1971 pelo Papa Paulo VI. A Província Mãe de Varsóvia decidiu então iniciar uma Missão no exterior para continuar a obra kolbiana de conquistar o mundo todo para Cristo pela Imaculada.

 

O país escolhido foi justamente o Brasil e, no segundo grupo de missionários, o Frei Eusébio foi enviado junto dos Freis Marcos Ignaszewski, Francisco Kramek  e Edmundo Grabowiecki (como havíamos noticiado aqui). Chegaram a terras tupiniquins em 1975. Inicialmente, os frades atuaram em Uruaçu e, conforme os anos se passavam, foram evangelizar em outras cidades. Assim, a Província São Maximiliano Kolbe do Brasil crescia em tamanho e em vocações.

 

Como um dos pioneiros desta missão, Frei Eusébio passou por diversas cidades. “No Novo Gama (GO), foram ‘só’ 17 anos. Em Uruaçu, mais 15 anos. Mesmo que eu já tenha saído de lá há mais de 3 décadas, o povo não esquece”, comentou o religioso. Além do serviço paroquial, ele também atuou na formação dos estudantes da Província.

 

Brincadeiras e Espiritualidade

É unânime! Não há um local por onde Frei Eusébio tenha passado e que sua fama não tenha sido estabelecida. Conhecido por suas brincadeiras, o frade costuma pregar peças em quem desejar falar com ele. A bênção se torna um dolorido e durador aperto de mão. A hora de regar as plantas também pode se transformar em uma ocasião para dar banhos não solicitados aos transeuntes.

 

A alegria do religioso não está somente nas peças que ele prega. As crianças costumam chama-lo de “Frei Papai Noel”. Os pequeninos correm de encontro ao frade com as mãos estendidas esperando pelo prêmio. Nos bolsos de seu hábito há sempre balas e brinquedos que ele dá à garotada. Se você for adulto, não se entristeça, também pode ganhar doces do frade. Apenas tome cuidado para que estes não sejam atirados em sua direção.

 

Nem os confrades da Província escapam de suas peripécias. Não é difícil que muitos comentem sobre chaves colocadas dentro do almoço do convento ou sobre a troca do conteúdo de bebidas que seriam dadas como presentes. “O Frei Roberto Cândido foi viajar, mas quando chegou lá não precisou se preocupar com comida já que ‘ele’ havia comprado uma pizza e deixado dentro da mala”, contou o polonês orgulhoso como quem acabara de fazer um bom trabalho.

 

O carisma de Frei Eusébio sempre leva alegria onde ele estiver.

 

 

Além das brincadeiras, Frei Eusébio também é conhecido pelas confissões. Costumeiramente, chega ao confessionário antes que os fiéis que, ao entrarem, já encontram o frade sentado e pronto para exercer o sacramento. “A confissão é muito importante não para mim, mas para o penitente. É a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é um distribuidor”, explica ele.

 

Pronto para ouvir quem estiver arrependido e ansiando pelo perdão, o frade deixa claro a sua função. “O sacerdócio não é apenas celebrar Santas Missas, mas também conceder a reconciliação por meio do Espírito Santo de Deus àqueles que estão perdidos e buscando o seu caminho de retorno ao Pai”, afirmou.

 

Humilde e caloroso, o frade recebe todos e todas que o procuram. Escuta quem precisa falar. Aconselha quem precisa prosseguir. Vai de encontro aos necessitados. Além da confissão, Frei Eusébio também busca visitar os doentes para levar o Evangelho e o carisma franciscano a quem mais precisa.

 

"A confissão é a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é distribuidor da misericórdia", disse Frei Eusébio.

 

 

Em seu tempo livre, costuma reunir-se com fiéis para confeccionar terços, mais um dos presentes que dá junto com as balinhas. Também se dedica a cuidar das plantas e hortaliças. Mas não importa onde esteja: seja na igreja, no confessionário ou com o povo de Deus: onde o Frei Eusébio está, nunca falta alegria.

  

Veja mais no vídeo sobre o frade ao final do texto!

 

Confira também outras fotos na galeria abaixo! 

 

Terça, 25 Março 2025 18:28

25 de março: Anunciação do Senhor

 

Fonte: Canção Nova

 

Origens
Na história da existência, constantemente somos desafiados pela vida a darmos uma resposta ativa, consciente e madura ante os apelos e desafios que a nossa própria existência nos interpela. A todo instante, somos colocados em uma posição de escolha, entre aquilo que se quer e aquilo que não se quer; entre o possuir e o nada ter; entre o ser e o não ser. 

Sim e não
O sim e o não fazem parte do nosso cotidiano, sem eles dificilmente poderíamos ser propriamente humanos. Eis o que diz o Senhor: “Hoje, estou colocando diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade” (Dt 30,15). Neste contexto de escolha propriamente humana, encontra-se a Virgem Mãe de Nazaré.

Eis a serva do Senhor
Maria, na plenitude de sua liberdade, escuta, mais do que a saudação de um anjo, a voz de Deus, a voz de sua própria consciência a te indagar: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e tu o chamarás com o nome de Jesus” (Lc 1,30). Diante da proposta, Maria dá sua resposta: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Foi por causa dessa resposta que o Eterno entrou no tempo; que o Todo assume em si o fragmento, Deus assume a forma humana para nos salvar.

Solenidade da Anunciação do Senhor: o sim de uma mulher

Solenidade
A Solenidade da Anunciação do Senhor, que encontra o seu fundamento bíblico situado na narrativa evangélica do evangelista Lucas, no capítulo 1, 26-38, é a solenidade que exalta, na sua estrutura interna, o sim de uma Mulher ao projeto salvífico de Deus, mas que, de modo mais singular, quer manifestar a grandiosidade do sim definitivo de Deus para com a humanidade. A anunciação do Senhor é a solenidade que, por excelência, expressa a vontade divina de querer dar-se a conhecer o homem e salvá-lo e, ao mesmo tempo, a disponibilidade do ser humano em acolher essa autorrevelação divina.

Encarnação do Verbo
O episódio narrado no Evangelho de Lucas mostra a origem histórica do problema enfrentado pelas primeiras comunidades cristã acerca da encarnação total do Verbo eterno de Deus no seio virginal de Maria. A narrativa explicita o diálogo realizado entre Divino e o humano, entre Maria e o anjo, o mensageiro de Deus. Maria, na narrativa, é interpelada pelo anjo, acerca da vontade divina, que encontrou nela, na simples jovem de Nazaré, graça diante de Deus. Nesse episódio evangélico, contemplamos que a liberdade humana, que é fruto do amor de Deus aos homens, nunca foi violado pelo Criador; ao contrário, Ele propõe a Maria uma missão, e Maria, na sua total liberdade, se dispõe a realizá-la, mesmo não sabendo como tudo se daria.

Debates acerca da Encarnação e Divindade de Jesus

Discussão sobre Maria e Jesus
Essa bela narrativa, a pouco comentada, muito fora debatida pelos Padres da Igreja, na reta intenção de defender não somente a Virgindade e Maternidade de Maria, mas, sobretudo, a real Encarnação e Divindade de Jesus, seu filho. Em meados dos anos 325 d.C., com o Concílio de Nicéia e de Constantinopla (381), foram estabelecidos no símbolo da fé, o Credo Nicenoconstantinopolitano, a sentença dogmática de que, verdadeiramente, o Verbo eterno de Deus encarnado no seio da humanidade, por meio da concepção virginal de Maria, era realmente o Filho de Deus. 

A Natureza Humana de Jesus
Em Jesus, a natureza humana e divina coabitavam mutuamente, sem confusão, mas em plena união hipostática de naturezas. O pequeno e humilde carpinteiro de Nazaré era, na verdade, o verdadeiro Filho de Deus, emanada na história humana pela ação do Espírito Santo.

Theotokos
Contudo, foi somente em 431 d.C., no Concílio de Éfeso, que a Igreja proclama solenemente Maria como Mãe de Deus (Theotokos), defendendo, dessa maneira, a real Encarnação do Filho de Deus no seio da humanidade, por meio do sim de Maria. Tal decreto resultou posteriormente a instituição da festa litúrgica da Anunciação do Senhor. Todavia, a Igreja, por volta do século VI, sob o comando do Pontífice Sérgio I, introduziu definitivamente, no calendário litúrgico da Igreja romana, a solenidade da Anunciação do Senhor, que é celebrada todos os anos no dia 25 de março, a exatos nove meses antes do Natal do Senhor.

Uma graça para a humanidade
De fato, no sim de Maria, o sim de Deus em favor da humanidade é plenamente realizado. Em Maria, Deus realiza o seu projeto salvífico no tempo e na história humana. Se por Eva nos veio a desgraça, por Maria nos foi novamente aberta as portas da Graça.

Momento para refletir: como anda o seu sim para os projetos de Deus?

Sentido da Solenidade
Celebrar a solenidade da Anunciação do Senhor é dar graças a Deus por todos os benefícios que, pelo sim de Maria, o Senhor nos dispensou. Celebrar a festa solene da Anunciação do Senhor é contemplar a salvação de Deus realizada no sim de uma Mulher. É contemplar o sim de Deus, por meio de uma Mulher.
O sim de Maria foi um sim que mudou o curso da história. O sim de Maria nos possibilitou conhecermos o Pai, revelado pelo Filho, no poder e na ação do Espírito Santo. Somos convidados a mudar o curso da história em razão do nosso sim a Deus, ao projeto de Deus.

Deus em meio a nós
Deus quer habitar no mundo, na realidade do mundo, na nossa família, na nossa sociedade, no nosso país. Mas para que isso posso se realizar, é preciso que também nós sejamos, assim como a pequena jovem de Nazaré, abertos e generosos a acolher a vontade de Deus em nossa vida, para que o verdadeiro valor de um sim possa transformar o curso da história.

Minha oração
“ Ó Virgem Santíssima, sempre disposta a fazer a vontade do Pai, com seu sim contribuíste para a salvação. Dai-nos a graça de fazer a nossa parte no plano salvífico também dizendo o nosso sim a Deus e ao seu chamado de amor. Amém.”

Nossa Senhora, rogai por nós! 

       Dom Agostinho nasceu em 1930, na Polônia. Ao chegar ao Brasil, em 1974, tinha 44 anos de idade, 16 anos de vida sacerdotal e 16 anos de experiência como formador. Naquela época, já havia concluído seus estudos acadêmicos e obtido o título de doutor há oito anos.

       Chama atenção o crescimento da Missão sob sua liderança. Em apenas três anos após sua chegada, já havia frades estabelecidos em Uruaçu-GO, Campinorte-GO, Rialma-GO e Niquelândia-GO. Em 1977, conseguiu adquirir um terreno na Cidade Ocidental-GO para a construção do primeiro convento da Província, o Jardim da Imaculada, que foi abençoado em 08 de dezembro de 1977.

       No quarto ano da Missão, Dom Agostinho lançou a primeira edição da Revista Cavaleiro da Imaculada, com 4.500 exemplares, iniciando assim o apostolado pelos meios de comunicação. Após nove anos de missão, a Custódia de São Maximiliano foi erigida em 1983. No décimo ano, foi estabelecida, no Jardim da Imaculada, a primeira Casa de Formação.

       Seu testemunho teve um grande impacto: com 15 anos de presença no Brasil, foi escolhido para ser bispo, assumindo a recém-erecta Diocese de Luziânia, onde serviu por 15 anos. Após tornar-se bispo emérito em 2004, decidiu partir para o Amazonas, em 11 de janeiro de 2005, onde permaneceu por seis anos. Faleceu aos 80 anos, em Juruá-AM, local onde está sepultado.

 

As Três Grandes Obras de Dom Agostinho

 

       Dom Agostinho era um homem introvertido, silencioso e de poucas palavras, mas suas obras falam por si. Entre seus muitos feitos, três se destacam como legados fundamentais para o Reino de Deus:

  1. A Missão São Maximiliano M. Kolbe

       Após sua chegada ao Brasil, sem condições financeiras e sem segurança sobre o futuro, Dom Agostinho iniciou a Missão São Maximiliano, trabalhando incansavelmente para desenvolver essa jurisdição. Ele construiu, pouco a pouco, uma estrutura que viria a se tornar a atual Província São Maximiliano M. Kolbe.

  1. O Trabalho na Diocese de Luziânia

       Quando a Diocese de Luziânia foi erigida pela Santa Sé, exigia grande dedicação em diversas frentes, como apostolado, administração, vocações, formação e evangelização. Dom Agostinho serviu como bispo diocesano por 15 anos, buscando constantemente o desenvolvimento da Igreja local.

  1. A Missão no Amazonas

       Após tornar-se bispo emérito, dedicou seis anos à Missão no Amazonas, chegando em 11 de janeiro de 2005 e permanecendo até seu falecimento, em 20 de março de 2011.

 

Carta de Despedida de Dom Agostinho

 

       Em 2010, já enfrentando grave enfermidade, Dom Agostinho escreveu uma carta à Província, datada de 28 de setembro de 2010. Nela, expressou sua visão sobre sua saúde, sua gratidão e sua despedida do Jardim da Imaculada. A carta pode ser dividida em três partes:

  1. Retorno ao Amazonas, Enfermidade e Confiança em Deus

       Dom Agostinho reconhecia a gravidade de sua doença e tinha consciência do pouco tempo de vida que lhe restava. Ele escreveu: “O oncologista usou de expressão: ‘pode ser seis meses, pode ser dois anos’.”

       Apesar disso, demonstrou tranquilidade e confiança em Deus, afirmando: “Já estou chegando a oitenta anos de vida. Não vejo tarefas especiais para realizar, nem compromissos para cumprir. Só agradecer as graças recebidas e pedir perdão pelas não bem aproveitadas. Deus vai me julgar, e de Deus espero perdão misericordioso.”

  1. Agradecimentos e Reflexões sobre a Missão

       Em sua carta, Dom Agostinho expressou profunda gratidão à Província e aos frades, especialmente aos “frades da primeira hora”, aqueles que chegaram da Polônia para ajudá-lo na missão.

       Sobre as vocações, ele escreveu: “Muitas bênçãos foram recebidas. As mais preciosas vieram, e continuam vindo, com as vocações que a Província está recebendo. Cada vocação verdadeira é uma preciosidade divina e deve ser dignamente acolhida e cuidadosamente formada. É o mais importante futuro da Província.”

       Ele também reforçou a importância da Missão no Amazonas como um serviço à Igreja no Brasil: “A Missão na Amazônia também é uma tarefa importante em prol da Igreja do Brasil. Foi providencial que a Província se abriu para este chamado. Deste poderá também vir uma bênção preciosa.”

  1. Despedida do Jardim da Imaculada e Últimos Pedidos

Dom Agostinho reconheceu que sua visita ao Jardim da Imaculada, em 8 de setembro de 2010, foi sua despedida:

“A presente carta considero então como certa minha despedida. Naquele dia, quando andava pelo Jardim da Imaculada, tive consciência de que esta foi a minha última visita.”

Ele pediu que o Jardim da Imaculada fosse sempre um lugar de formação e apostolado para os frades:

“Espero que o Jardim da Imaculada seja para sempre um lugar muito especial para todos os Frades da Província. Que seja o lugar de inspirações, de formação e de muitas obras de apostolado.”

Demonstrando grande humildade, Dom Agostinho pediu perdão:

“Peço perdão a todos que eu tenha ofendido ou escandalizado de alguma maneira, mesmo que sem intenções maliciosas. Perdoem-me tudo, e que Deus me cubra com sua misericórdia infinita! Confio na Misericórdia de Jesus!”

Reconhecendo a importância da Virgem Maria em sua vida e missão, expressou seu último desejo:

“Maria Imaculada ficou muito presente em toda a minha vida — de modo indicado e incentivado por São Maximiliano Kolbe. Espero que ela me acolha no momento da minha passagem definitiva.”

Ele encerrou sua carta com uma frase marcante e cheia de esperança:

“O horizonte que nos espera é demais maravilhoso! Vale a pena apostar no que os nossos santos ensinaram.”

 

Conclusão

       Ao celebrarmos os 14 anos do falecimento de Dom Agostinho, fazemos memória de um grande homem, que deixou marcas de santidade, entrega e doação ao Reino de Deus.

Seu exemplo permanece vivo, inspirando frades, leigos e toda a Igreja. 

       No dia 20 de março de 2025, a Província São Maximiliano M. Kolbe celebrou a memória de 14 anos do falecimento de Dom Frei Agostinho Januszewicz, OFM Conv. (1930-2011), primeiro missionário e iniciador de nossa Província.

       A Santa Missa, realizada na Capela do Jardim da Imaculada, foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus, OFM Conv., e concelebrada por confrades sacerdotes e formandos das Casas de Formação.

       Dom Agostinho, missionário polonês da Ordem dos Frades Menores Conventuais, chegou ao Brasil em 1974 e foi o responsável por iniciar a Missão São Maximiliano, que mais tarde se tornou nossa Província São Maximiliano M. Kolbe. Seu trabalho árduo em prol da evangelização deixou frutos importantes para a Ordem Franciscana e para a Igreja.

       Após a Santa Missa, foi realizada uma procissão até o Cemitério Imaculada Conceição – Jardim da Imaculada, onde foram feitas orações por Dom Agostinho e pelos demais frades ali sepultados.

 

Fonte: Canção Nova

Origens
Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria, homem justo, da descendência de David, que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José, e Jesus foi submisso como um filho ao seu pai. A Igreja venera, com especial honra, como seu patrono aquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família.

Solenidade
Em 1870, o Papa Pio IX declarou José como patrono da Igreja Universal e instituiu outra festa, uma solenidade com uma oitava, a ser realizada em sua homenagem na quarta-feira, na segunda semana após a Páscoa. A festa de 1870 foi substituída no Calendário Romano Geral do Papa Pio XII, em 1955, pela Festa de “São José Operário”, a ser comemorada em 1º de maio. Essa data coincide com o Dia Internacional dos Trabalhadores, desde a década de 1890, e reflete o status de José como santo padroeiro dos trabalhadores.

Magistério
Em 1870, no Decreto QUEMADMODUM DEUS, o Papa Pio IX proclamou São José como Patrono da Igreja à Cidade e ao Mundo. Logo após, em 1871, o mesmo Papa, na INCLYTUM PATRIARCHAM, Carta Apostólica, concedeu as prerrogativas litúrgicas dos Patriarcas às festas de São José para Perpétua Memória. Em 1889, o Papa Leão XIII emitiu a encíclica Quamquam Pluries, em que pedia aos católicos que rezassem a São José, como patrono da Igreja, em vista dos desafios que a Igreja enfrenta.

São José e o Plano da Redenção

Cânon 
Em 1989, por ocasião do centenário dos cultos de Quamquam Pluries, o Papa João Paulo II emitiu o Redemptoris Custos (Guardião do Redentor), que apresentava o papel de São José no plano de redenção, como parte dos “documentos de redenção” emitidos por João Paulo II. Em 1962, o Papa João XXIII inseriu o nome de José no cânon da missa, imediatamente após o da Virgem Maria. Em 2013, o Papa Francisco inseriu seu nome nas três outras orações eucarísticas.

Justo
A primeira definição de José, que encontramos no Evangelho de Mateus, é “homem justo”. Diante da inexplicável gravidez da sua noiva, não pensa no próprio orgulho ou na sua dignidade ferida: pelo contrário, pensa salvar Maria da malvadez das pessoas, da lapidação à qual podia ser condenada. Ele não quis repudiá-la publicamente, mas deixá-la em segredo. Porém, um Anjo veio sugerir-lhe a escolha mais justa de não ter medo. “Não temas receber a Maria, tua esposa, porque o que nela está gerado é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus”.

Obediente e íntimo dos Anjos
Um Anjo acompanha José nos momentos mais difíceis da sua vida; a sua atitude, diante das palavras do Mensageiro celeste, foi de confiante obediência: recebe Maria como sua esposa! E, depois do nascimento de Jesus, o Anjo volta a advertir-lhe sobre o perigo da perseguição de Herodes. Então, de noite, ele fugiu com a sua família para o Egito, um país estrangeiro. Ali, ele deveria começar tudo de novo e procurar um trabalho. E quando o Anjo volta, mais uma vez, para avisar-lhe da morte de Herodes, convidando-o a regressar para Israel, ele tomou consigo sua mulher e seu filho e se refugiou em Nazaré, na Galileia, sob a orientação do Anjo.

São José: exemplo de simplicidade

Carpinteiro e patrono dos trabalhadores
Mateus, no capítulo 13, fala da sua profissão de carpinteiro, quando os habitantes céticos de Nazaré se perguntam: “Não será este o filho do carpinteiro”? Assim, ele ganha a confiança dos vizinhos. Veem-se nesse grande homem a virtude do trabalho santificado de modo sublime. Ele trabalha e ensina o menino Jesus no serviço. Por isso, se torna modelo para nós, em nossos ofícios.

Pai putativo
Sem dúvida alguma, José amou Jesus com toda a ternura que um pai tem por seu filho: tudo o que José fez foi proteger e educar o misterioso Menino, obediente e sábio, que lhe fora confiado. Educar Jesus: a imensa desconformidade de uma tarefa de dizer ao Filho de Deus o que é justo e o que é injusto. Deve ter sido difícil para ele, humanamente falando, ter que procurá-lo, com aflição, por três dias, no Templo, onde ele tinha ficado, sem avisar seus pais, para discutir com os doutores, e ter que ouvir daquele menino de doze anos: “Não sabias que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?“.

Este é um tipo de perplexidade que todo pai sente quando percebe que seus filhos não lhes pertencem e que o destino deles está nas mãos de Deus, por isso ele é modelo de paternidade e intercessor dessas causas. 

Patrono e Orações a São José

Patrono dos moribundos
Segundo a tradição, José teria morrido circundado por Jesus e Maria. Por esse motivo, é invocado também como protetor dos moribundos. Tal invocação deve-se a todos nós que gostaríamos de deixar esta terra tendo ao nosso lado Jesus e sua Mãe.

Oração de Leão XIII a São José pela Igreja
“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, tendo implorado o auxílio de vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar favorável sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da Divina Família, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.

Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas do Inimigo e de toda adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Amém.”

Minha oração
“Oh Glorioso São José, assuma-me também como teu filho adotivo. Contigo desejo experimentar a paternidade do Pai. Alimenta-me fisicamente e espiritualmente para que eu te imite no amor a Jesus e Maria para todo o sempre!”

São José, rogai por nós!

Segunda, 17 Março 2025 17:23

Retiro Provincial da região Norte

       Dos dias 10 a 14 de março, os frades da Província São Maximiliano Maria Kolbe que estão na Missão no Amazonas, estiveram em dias de retiro, com Frei Henrique Mendonça OFMConv. Nestes dias, foi refletido, sobre a temática do VIII Centenário do Cântico das Criaturas, o itinerário espiritual da vida do frade menor, que conduz ao louvor.

       Foi um momento de recolhimento, reflexão, oração, mas sobretudo de espírito fraterno entre os frades.

       Neste ano, de modo singular, que celebramos 20 anos da presença dos Frades Franciscanos Conventuais na tapera da Igreja do Amazonas, foi momento de louvar a Deus, por todo caminho já percorrido!

Por: frei Diogo Kennedy Araújo, OFMConv.

Quinta, 06 Março 2025 17:02

Prospectus

Em anexo, trazemos o Prospectus especial dos 50 anos da Província São Maximiliano Maria Kolbe que descreve, de forma detalhada, os festejos e comemorações do jubileu dos 50 anos de presença da nossa Província aqui no Brasil.

Fonte: CNBB

“Novamente, Deus nos chama a vivenciar a Quaresma. Desta vez, porém, com o apelo especial a louvá-lo pela beleza da Criação, a fazer um caminho decidido de conversão ecológica e a vivenciar a Ecologia Integral”. 

A cada ano, os bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acolhendo as sugestões vindas dos regionais, dos organismos do Povo de Deus, das ordens e congregações religiosas e dos fiéis leigos e leigas, escolhem um tema e um lema para a Campanha da Fraternidade, com o objetivo de chamar a atenção sobre uma situação que, na sociedade, necessita de conversão, em vista do bem de todos.

Em 2025, motivados pelos 800 anos da composição do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis; pelos 10 anos de publicação da Carta Encíclica Laudato Si’; pela recente publicação da Exortação Apostólica Laudate Deum; pelos 10 anos de criação da Rede Eclesial PanAmazônica (REPAM) e pela realização da COP 30, em Belém (PA), a primeira na Amazônia, acolhendo a sugestão da Comissão Episcopal Especial para a Mineração e a Ecologia Integral, foi escolhido o tema: Fraternidade e Ecologia Integral e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

A Ecologia é a questão mais tratada pelas CF’s ao longo destes 61 anos de existência. Foram 8 as CF’s que de alguma forma abordaram essa temática:

na CF 1979, Por um mundo mais humano: Preserve o que é de todos; 

na CF 1986, Fraternidade e a Terra: Terra de Deus, terra de irmãos; 

na CF 2002, Fraternidade e povos indígenas: Por uma terra sem males; 

na CF 2004, Fraternidade e água: Água, fonte de vida; 

na CF 2007, Fraternidade e Amazônia: vida e missão neste chão; 

na CF 2011, Fraternidade e a Vida no Planeta: “A Criação geme em dores de parto” (Rm 8,22); 

na CF 2016, Casa comum, nossa responsabilidade: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,17) e 

na CF 2017, Fraternidade: Biomas Brasileiros e defesa da vida: “Cultivar e guardar a Criação” (Gn 2,15). 

Portanto, neste ano, a Campanha da Fraternidade aborda outra vez a temática ambiental, com o objetivo de “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra” (Objetivo Geral da CF 2025). 

“Estamos no decênio decisivo para o planeta! Ou mudamos, convertemo-nos, ou provocaremos com nossas atitudes individuais e coletivas um colapso planetário. Já estamos experimentando seu prenúncio nas grandes catástrofes que assolam o nosso país. E não existe planeta reserva! Só temos este! E, embora ele viva sem nós, nós não vivemos sem ele. Ainda há tempo, mas o tempo é agora! É preciso urgente conversão ecológica: passar da lógica extrativista, que contempla a Terra como um reservatório sem fim de recursos, donde podemos retirar tudo aquilo que quisermos, como quisermos e quanto quisermos, para uma lógica do cuidado”.

A Ecologia reaparece no conjunto das CF’s de uma forma nova, como Ecologia Integral, conceito tão caro ao Papa Francisco e que é tão importante no seu projeto de um Novo Humanismo Integral e Solidário, para o qual são bases a Amizade Social, tratada na CF 2024, a Educação, tratada na CF 2022 e no Pacto Educativo Global, o Diálogo, tratado na CF 2021 e a misericórdia ou Compaixão, tratada na CF 2020.

“Para nós, a Ecologia Integral é também espiritual. Professamos com alegria e gratidão que Deus criou tudo com seu olhar amoroso. Todos os elementos materiais são bons, se orientados para a salvação dos seres humanos e de todas as criaturas. Assim, “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31)”.

Os elementos da identidade visual 

A identidade visual da Campanha da Fraternidade 2025 é de autoria do Paulo Augusto Cruz, da Assessoria de Comunicação da CNBB. Nela estão representados os seguintes elementos:

São Francisco de Assis

Em destaque no cartaz, São Francisco de Assis representa o homem novo que viveu uma experiência com o amor de Deus, em Jesus crucificado, e reconciliou–se com Deus, com os irmãos e irmãs e com toda a criação. Esta reconciliação universal ganha sua maior expressão no Cântico das Criaturas, composto por São Francisco há precisos 800 anos. O recorte é da obra do período barroco “Êxtase de São Francisco de Assis”, de Jusepe De Ribera.  

A cruz

No centro, a Cruz é um elemento importante na espiritualidade quaresmal e franciscana. No cartaz, ela recorda a experiência do Irmão de Assis com o crucifixo da Igreja de São Damião, em Assis, na Itália, onde Francisco ouviu o próprio Cristo que falava com ele e o enviava para reconstruir a sua Igreja. No início, Francisco entendeu que era a pequena Igreja de São Damião. Mais tarde, compreendeu que se tratava de algo bem maior, a Igreja mesma de Deus. A Quaresma é este tempo de reconstrução de cada cristão, cada comunidade, a sociedade e toda a Criação, porque somos chamados à conversão.  

A natureza

araucária, o ipê amarelo, o igarapé, o mandacaru, a onça pintada e as araras canindés, representam a fauna e a flora brasileiras em toda a sua exuberância, que ao invés de serem exploradas de forma predatória, precisam ser cuidadas e integradas pelo ser humano, chamado por Deus a ser o guarda e o cuidador de toda a Criação.  

As cidades

Os prédios e as favelas refletem o Brasil a cada dia mais urbano, onde se aglomeram verdadeiras multidões num estilo de vida distante da natureza e altamente prejudicial à vida. Cada um de nós, seres humanos, o campo, a cidade, os animais, a vegetação e as águas fomos criados para ser, com a nossa vida, um verdadeiro “louvor das criaturas” ao bom Deus.  

A colagem

O uso do estilo de colagem é uma escolha artística e simbólica. A técnica possibilita a união de elementos diferentes em uma única composição, refletindo a diversidade e a interligação entre tudo o que existe, entre toda a Criação. A escolha do estilo também faz referência à Ecologia Integral, onde todos os aspectos da vida – espiritual, social, ambiental e cultural – são considerados e valorizados. Cada pedaço na colagem, apesar de único, contribui para a totalidade da imagem, assim como cada pessoa e cada parte do meio ambiente tem um papel crucial na criação de um mundo sustentável e harmonioso. 

Oração da CF 2025

Oração é um resumo orante e suplicante a Deus daquilo que desejamos com a CF 2025. Junto ao cartaz é o subsídio mais popular, que alcança maior público durante a sua realização. São muitas as pessoas e comunidades que rezam a Oração da CF. “Desejamos que ela alcance também os céus e nos obtenha a graça do arrependimento e da conversão integral”, salienta o padre Jean Poul Hansen, secretário executivo de Campanhas da CNBB.

 

Confira:

Ó Deus, nosso Pai, ao contemplar o trabalho de tuas mãos, viste que tudo era muito bom! O nosso pecado, porém, feriu a beleza de tua obra, e hoje experimentamos suas consequências.

Por Jesus, teu Filho e nosso irmão, humildemente te pedimos: dá-nos, nesta Quaresma, a graça do sincero arrependimento e da conversão de nossas atitudes.

Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação, no cuidado e no respeito à vida.

Faz de nós, ó Deus, promotores da solidariedade e da justiça. Enquanto peregrinos, habitamos e construímos nossa Casa Comum, na esperança de um dia sermos acolhidos na Casa que preparaste para nós no Céu. Amém!

 

 

O Senhor que deu o bom começo, nos dê a graça do crescimento e da perseverança até o fim.” (Santa Clara de Assis)

      No dia 24 de fevereiro, a Província São Maximiliano Maria Kolbe realizou a celebração da ereção de sua mais nova casa, o Convento Santa Clara de Assis, no Sol Nascente (DF). A celebração foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus Rodrigues (OFMConv.)  e contou com a presença de frades das diversas regiões, bem como das casas de formação da Província. O concelebrante foi o Frei Henrique de Souza Mendonça (OFMConv.), eleito pelo Definitório de fevereiro como guardião do novo convento.

      A Ereção do Convento Santa Clara de Assis, foi formalizada pelo Decreto de ereção canônica do Ministro Provincial e contou com as seguintes ações preliminares:

  1. O parecer favorável do Convento São Marcos e São Lucas, em Ceilândia (DF);
  2. O Consentimento do Definitório Provincial;
  3. A anuência do Ministro Geral frei Carlos Trovarelli e seu Definitório;
  4. O parecer favorável do Cardeal da Brasília.

 

A Importância de Convento na região do Sol Nascente (DF)

      A formalização de um Convento em uma região torna visível e estável a presença da vida religiosa franciscana como testemunho da vida consagrada, pois o Documento da Vida Consagrada de João Paulo II diz: “A primeira tarefa da vida consagrada é tornar visíveis as maravilhas de Deus realizadas na humanidade das pessoas que são chamadas, não só com palavras, mas com o   testemunho de uma existência transfigurada, suscitando a admiração do mundo”. (Vita Consecrata N. 20)

      No Direito Canônico, há as seguintes afirmações sobre a ereção de uma Casa Religiosa: “A ereção das casas se faz tendo em vista a utilidade da Igreja, do instituto, garantindo que a vida religiosa dos membros seja devidamente vivida, de acordo com os fins próprios e o espírito do instituto” (Cân. 610 § 1)

      Portanto, o novo convento erigido estabelece um sinal significativo da vida comunitária, da vida fraterna, da vida espiritual, pastoral e sacramental, colaborando com a Igreja particular realizando o carisma franciscano.

 

Dados históricos da Região do Sol Nascente

      A região do Sol Nascente começou a ser povoada entre 1980 e 1990. Hoje estima-se cerca de 100mil habitantes, sendo uma das maiores favelas do Brasil. Ao longo de décadas os frades que moraram no convento São Marcos e São Lucas tiveram um papel fundamental no cuidado do povo desta região, dando assistência religiosa e fundando a comunidade Santa Clara de Assis e demais capelas.

 

Entre 2010 e 2015: preocupação de Dom Sérgio

      Entre 2010 a 2015, houveram diversas desapropriações, também algumas tentativas de impedir o crescimento populacional. Mesmo assim, a área habitacional cresceu ao longo dos anos. O crescimento populacional despertou na Arquidiocese de Brasília a preocupação em como poderia melhorar o atendimento ao povo. No Capítulo Ordinário de 2015, os frades discutiram sobre a assistência religiosa no Sol Nascente e decidiu-se pela a criação da Casa Filial Santa Clara de Assis, realidade confirmada em 2017, com a ereção da Casa Filial que se manteve pelos últimos oito anos.

      Com a Chegada do Arcebispo de Brasília, Dom Paulo César, a preocupação anterior se transformou na indagação sobre a criação de uma nova Paróquia, cujos frades seriam responsáveis pela gestão. Desta forma, o Cardeal Dom Paulo César sinalizou positivamente a esta proposta, tendo sido erigida a nova Paróquia de Santa Clara, em 24 de outubro de 2022.

      Portanto, a ereção deste novo convento recorda a fala de Santa Clara que disse: “O Senhor que deu o bom começo, nos dê a graça do crescimento e da perseverança até o fim.”. Que o exemplo desta grande Santa guie a vida desta fraternidade de frades com o seu exemplo de simplicidade, de oração, de amor  a Cristo e de vida fraterna, motivando sempre os confrades à boa convivência entre si e ao  cuidado ao  Povo de Deus.

 

Terça, 18 Fevereiro 2025 17:49

Retiro Provincial - Centro Oeste

     Entre os dias 17 e 24 de fevereiro, acontece o Retiro Provincial dos Frades Franciscanos Conventuais da Província São Maximiliano Maria Kolbe. O Retiro está acontecendo na Casa de Encontro Cor Jesu, localizado na Chácara Taguatinga Belchior, em Ceilândia (DF), sob o tema "A esperança não confunde" (Rm 5,5), com base no Ano Jubilar e o pregador é o Frei Guilherme Pereira Anselmo Júnior (sia). As constituições 46,1 dos frades Menores Conventuais pede: ”A cada ano os frades participem do retiro espiritual comunitário durante cinco dias inteiros. Os que não puderem realizarem comunitariamente, façam de outro modo com a licença do Ministro ou Custódio".
     Rezemos para que todos os frades renovem sua opção religiosa e vocacional, vivendo a vocação franciscana.

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