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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Frei Antonio Maria, OFMConv.

“Entre os diversos benefícios que temos recebido e ainda diariamente recebemos da generosidade do Pai de toda misericórdia e que devemos agradecer a ele, o Glorioso, o maior é a nossa vocação” (Santa Clara).

     Iniciar o mês vocacional deste ano de 2024 para nossa Província São Maximiliano tem um sabor novo, pois neste ano celebramos 50 anos de história missionária em território brasileiro. A chegada de Dom Frei Agostinho em 1974 é o nosso marco. A vocação franciscana da nossa Província é ‘por natureza missionária’. Os primeiros passos de caminhada franciscana conventual, desta nossa Missão, deixam evidentes as intenções de propagar o Reino de Deus por meio de um carisma todo próprio. Não podemos deixar de olhar o vigor e força evangélica das nossas origens. Nasce do desejo de São Maximiliano de alcançar o mundo inteiro para Cristo, pela Imaculada. Ganha lugar no coração dos frades. Recebe eco na decisão concreta desses homens de assumir o desígnio de Deus e ‘avançar para águas mais profundas’(Lc 5, 4).

     Desta maneira não podemos deixar de vislumbrar o nosso ‘ponto de partida’, o qual tem por princípio a missionariedade. Vocação franciscana, eis o nosso modo de seguir a Jesus Cristo. Essa clareza precisa ser evidenciada sempre e novamente, em um mundo regado de grandes desafios para a experiência cristã, pois ser franciscano em nossos tempos se tornou bastante exigente. Justamente porque o testemunho de fraternidade que precisamos oferecer ao mundo é a necessidade urgente deste mundo. Uma experiência de relações verdadeiras e saudáveis que visem o bem e o cuidado do outro sem interesses mesquinhos e egoístas. Uma vivência autêntica do doar a vida, até por que “não há maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos amigos” (Jo 15,13).

     É bem verdade que essa experiência concreta de fraternidade tem lugar privilegiado em nosso modo de vida, isso é indubitável. E sempre foi percebido em meio aos tantos conventos e casas de nossa província. Mas algo me salta aos olhos desde muito cedo. Sim, a missionariedade. A questão da saída. O salto para o desejo mais intimo de Deus: alcançar a todos. Esse movimento de saída, como falamos, nasce com a experiência provincial, faz parte de nós frades desta província, revela muito a nosso respeito. Desta maneira podemos dizer que nossa vocação Francisca só ganha sentido de completude quando nos descobrimos missionários.

     E o missionário não anuncia a si mesmo. É portador de uma mensagem. Nossa mensagem é Cristo. Não podemos subverter o conteúdo próprio do nosso anúncio. É necessário fidelidade. Seja em nossas paróquias, casas de formação, colégios, serviços externos a província, não nos cabe imprimir o nosso carisma privado ou mesmo nossa espiritualidade de devoção íntima. O que precisamos fazer é permitir que ‘Cristo se forme em nós’(Gl 4, 19). Dessa maneira Cristo será percebido e lembrado, não o frade que por lá passou. Somos instrumentos da graça de Deus na vida do mundo, “fizemos o que tínhamos de fazer, somos servos inúteis” (Lc 17, 10).

     Precisamos considerar a nossa vocação, irmãos! Não podemos fugir deste mistério lindo e profundo que nos alcançou e transformou nossas vidas. O mistério de Jesus Cristo e este pobre, humilde e crucificado. Eis o epicentro da espiritualidade franciscana, essa experiência profunda com o Cristo pobre, humilde e crucificado. Experiência esta que nos leva ao profundo encontro com o outro. Primeiramente o Outro, que é Cristo. E ao mesmo tempo o outro que é o irmão. A realidade da fraternidade faz com que cada frade assuma essa experiência com Cristo com um dom. O irmão é um verdadeiro dom de Deus.

     É dentro desse modo de ser chamado espiritualidade franciscana que nos encontramos como vocacionados. E este é o nosso maior bem, a nossa vocação a vida religiosa consagrada franciscana.

     No dia 14 de agosto, a Igreja celebra a Festa de São Maximiliano Maria Kolbe, o mártir da caridade. Fundador do apostolado que mais tarde viria a ser chamado de Milícia da Imaculada (MI), o santo queria conquistar o mundo para Cristo pela Imaculada. Ao chegarem ao Brasil, os primeiros missionários da futura Província São Maximiliano Kolbe, buscando continuar a obra Kolbiana, fundaram então na década de 1970 o Convento e Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental (GO).

     Para festejar o padroeiro da Província e do Santuário, foi celebrada a Santa Missa solene e, como já é uma tradição aos frades e formandos da região de Brasília e entorno, anualmente nesta data, todos se reúnem no Jardim da Imaculada para celebrar a Festa Kolbiana e refletirem sobre a obra e os ensinamentos do Santo.

“A Imaculada suscitou em nossos corações o amor a Ela mesma, um amor tal que nos impulsionou a nos consagrar totalmente a sua causa”[1]

 

 

  1. SÃO MAXIMILIANO: EXEMPLO DE SANTIDADE

O período festivo vivido por ocasião da Solenidade de São Maximiliano M. Kolbe irradia não só sobre os devotos, mas sobre a Igreja, uma congratulação enorme, impactando sua dimensão vocacional nas diversas instâncias, incentivando o devoto e o fiel ao amor a Deus e à Imaculada. Somos por excelência devotos deste grandioso santo. A sua vida e o seu testemunho de santidade orientam a nossa jurisdição, como nosso padroeiro.

Por ocasião da canonização de São Maximiliano na Praça São Pedro, em 1982, o Papa João Paulo II, em sua homilia, reconhecia nele a luta pela vida, ao dizer: “Padre Maximiliano Kolbe, sendo também ele um prisioneiro do campo de concentração, reivindicou, em lugar da morte, o direito à vida de um homem inocente, um dos quatro milhões[2], destacando a postura evangélica de doação seguindo os passos de Jesus, que diz: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos[3].

Assim como Cristo venceu a cruz, e sua morte concedeu aos remidos a graça divina, assim a morte de São Maximiliano M. Kolbe, sofrida em razão da estrutura do ódio vigente, foi um sinal de vitória para nós religiosos, como afirma o Papa João Paulo II: “a morte de Maximiliano Kolbe se tornou um sinal de vitória. Foi esta a vitória alcançada sobre o inteiro sistema do desprezo e do ódio... vitória semelhante àquela obtida por Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário.[4].

A profunda e riquíssima devoção de São Maximiliano à Virgem Santíssima tornou-se fundamento para o seu processo vocacional, desde a sua origem com a aparição da Virgem Santíssima oferecendo as coroas branca e vermelha. Também possibilitou o seu processo formativo na vida religiosa, desde os desafios vocacionais, as tentações, as enfermidades, viabilizando sua vida ministerial como membro da Milícia da Imaculada, enfrentando as afrontosas manifestações contrárias ao Santo Padre, que deram origem à Milícia da Imaculada, em 1917.

São Maximiliano M. Kolbe, , ensina-nos com seu imenso testemunho a combater o ateísmo, o anticlericalismo, etc. Mas o faz em uma postura pacífica, propagando a evangelização, tendo a Virgem Santíssima como exemplo, semelhante à narração da Visitação no Evangelho de São Lucas, quando Nossa Senhora tocou o coração de sua prima Santa Isabel com o cumprimento e palavra “Maria saudou a prima, o menino de Isabel saltou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo[5].

Como consagrados à Imaculada, neste tempo de Solenidade, aprendemos com o nosso padroeiro a nos formar, tornando-nos instrumentos de evangelização de almas, constituindo em nossos apostolados o seu grande ideal de conquistar o mundo inteiro para Cristo pela Imaculada, “porque a coisa mais importante é que todos pertençam a Imaculada[6]. Este grandioso exemplo de São Maximiliano M. Kolbe inspira-nos a guardar com fidelidade a devoção à Virgem Santíssima e nos estimula a viver os princípios kolbianos. Que reconhecendo o valor da Virgem Santíssima mantenhamos a nossa inspiração vocacional, a maturidade da fé, a dedicação ao apostolado, como afirma a Exortação Apostólica Vita Consecrata: “os Institutos de vida consagrada, existe a convicção de que a presença de Maria tem uma importância fundamental, quer para a vida espiritual de cada uma das almas consagradas[7].

 

2.2 O AMOR À VIRGEM MARIA E À HERANÇA KOLBIANA

Somos inspirados pela excelência do testemunho de São Maximiliano M. Kolbe, nosso padroeiro, que viveu com intensidade o Mistério da Salvação oferecendo-se plenamente, imitando o sacrifício de Cristo: “Padre Maximiliano Kolbe eleva o seu ‘cálice da salvação’, no qual está contido o sacrifício de toda a sua vida, ratificada com a morte de mártir ‘por um irmão’"[8]. Sua profunda comunhão com a Virgem Santíssima foi fundamental para a realização da vontade de Deus, desde a sua juventude, perfazendo a vontade de Deus, amparado pela graça divina, pela intercessão de Nossa Senhora: “as obras de toda a vida do Padre Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração com a Graça divina como uma milícia sob o sinal da Imaculada Conceição[9]. Desta inspiração originaram-se as suas obras, os seus escritos, os seus testemunhos e o seu apostolado, os quais compõem a herança kolbiana.

Portanto, o amor à Imaculada e à herança kolbiana foi e continua a ser a coluna dorsal do crescimento e do desenvolvimento de nosso, pois possibilita viver a vida devocional aos moldes da Igreja, amando a Milícia da Imaculada e vivendo a doçura devocional à Virgem Santíssima. A nossa jurisdição experimenta os valores cristãos na vida fraterna, na vida de comunidade, na convivência com os irmãos, atuando impetuosamente diante do povo de Deus, incorporando os valores da fé aos moldes da Virgem Santíssima. 

 

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Frei Gilberto de Jesus Rodrigues

Ministro Provincial

 

 

[1] Escritos de São Maximiliano, Ek 908.

[2] PAPA JOÃO PAULO II, Homilia – Canonização de São Maximiliano M. Kolbe, N.02; 10 de outubro de 1982.

[3] Evangelho de São João 15, 13.

[4]  Evangelho São João 15, 13.

[5]  Evangelho de São Lucas 1, 39.

[6] EK 466. op, cit., p. 689.

[7] EXORTAÇÃO APOSTÓLICA VITA CONSECRATA; JOÃO PAULO II; N.28; 1996.

[8] PAPA JOÃO PAULO II, Homilia – Canonização de São Maximiliano M. Kolbe, N.04; 10 de outubro de 1982

[9] PAPA JOÃO PAULO II, Homilia – Canonização de São Maximiliano M. Kolbe” N.05; 10 de outubro de 1982

Conheça Santa Clara

     Clara nasceu em Assis, no ano 1193, no seio de uma família da nobreza italiana, muito rica, onde possuía de tudo. Porém o que a menina mais queria era seguir os ensinamentos de Francisco de Assis. Aliás, foi Clara a primeira mulher da Igreja a entusiasmar-se com o ideal franciscano. Sua família, entretanto, era contrária à sua resolução de seguir a vida religiosa, mas nada a demoveu do seu propósito.

     No dia 18 de março de 1212, aos dezenove anos de idade, fugiu de casa e, humilde, apresentou-se na igreja de Santa Maria dos Anjos, onde era aguardada por Francisco e seus frades. Ele, então, cortou-lhe o cabelo, pediu que vestisse um modesto hábito de lã e pronunciasse os votos perpétuos de pobreza, castidade e obediência.

     Depois disso, Clara, a conselho de Francisco, ingressou no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, para ir se familiarizando com a vida em comum. Pouco depois foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde Inês, sua irmã de sangue, juntou-se a ela.

     Pouco tempo depois, Francisco levou-as para o humilde Convento de São Damião, destinado à Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Em agosto, quando ingressou Pacífica de Guelfúcio, Francisco deu às irmãs sua primeira forma de vida religiosa. Elas, primeiramente, foram chamadas de "Damianitas", depois, como Clara escolheu, de "Damas Pobres", e finalmente, como sempre serão chamadas, de "Clarissas".

     Em 1216, sempre orientada por Francisco, Clara aceitou para a sua Ordem as regras beneditinas e o título de abadessa. Mas conseguiu o "privilégio da pobreza" do papa Inocêncio III, mantendo, assim, o carisma franciscano. O testemunho de fé de Clara foi tão grande que sua mãe, Ortolana, e mais uma de suas irmãs, Beatriz, abandonaram seus ricos palácios e foram viver ao seu lado, ingressando também na nova Ordem fundada por ela.

     A partir de 1224, Clara adoeceu e, aos poucos, foi definhando. Em 1226, Francisco de Assis morreu e Clara teve visões projetadas na parede da sua pequena cela. Lá, via Francisco e os ritos das solenidades do seu funeral que estavam acontecendo na igreja. Anteriormente, tivera esse mesmo tipo de visão numa noite de Natal, quando viu, projetado, o presépio e pôde assistir ao santo ofício que se desenvolvia na igreja de Santa Maria dos Anjos. Por essas visões, que pareciam filmes projetados numa tela, santa Clara é considerada Padroeira da Televisão e de todos os seus profissionais.

     Depois da morte de são Francisco, Clara viveu mais vinte e sete anos, dando continuidade à obra que aprendera e iniciara com ele. Outro feito de Clara ocorreu em 1240, quando, portando nas mãos o Santíssimo Sacramento, defendeu a cidade de Assis do ataque do exercito dos turcos muçulmanos.

     No dia 11 de agosto de 1253, algumas horas antes de morrer, Clara recebeu das mãos de um enviado do papa Inocêncio IV a aguardada bula de aprovação canônica, deixando, assim, as sua "irmãs clarissas" asseguradas. Dois anos após sua morte, o papa Alexandre IV proclamou santa Clara de Assis. (Fonte: Site Paulinas)

 

Padroeira da Televisão

     Era a noite de Natal, quando todas as Irmãs foram para a Capela do Mosteiro, a fim de rezar a oração das Matinas. Por isso, Santa Clara permaneceu sozinha, no seu leito, já que se encontrava doente nesta ocasião e não podia acompanhar a Comunidade até a Capela.

     Por isso, Clara começou a meditar e a falar com Jesus, visto que sofria por não ter podido participar dos louvores divinos: – “Senhor meu Deus, deixaram-me aqui sozinha”. Então, eis que de repente, começou ressoar em seus ouvidos o maravilhoso conserto que estava acontecendo na igreja de São Francisco. Clara escutava com muita alegria os irmãos, os frades, salmodiando o Ofício Divino, inclusive ouvindo até o som dos instrumentos musicais. Se não fosse por uma intervenção divina, seria impossível que Santa Clara pudesse ouvir tais sons, pois o lugar não era tão próximo assim do Mosteiro. Tal prodígio só era possível se a solenidade tivesse sido amplificada de forma divina ou se o ouvido da santa tivesse sido reforçado na sua audição de um modo sobre-humano. Ainda mais fenomenal foi o fato de Santa Clara, além de ouvir, ver o próprio presépio do Senhor e assistir à Santa Missa meia-noite, que se seguiu após o canto dos salmos.

     Quando as Irmãs foram ver Santa Clara de manhã no seu leito, ela lhes falou: – “Bendito seja o Senhor Jesus Cristo, que não me deixou aqui abandonada, sozinha, quando vocês me abandonaram. Escutei, por graça do Senhor, toda a solenidade celebrada esta noite na igreja de São Francisco e lá estive presente, recebendo até a santa comunhão. Agradecei comigo a Nosso Senhor Jesus Cristo, por tal graça a mim concedida”.

     Por causa deste fato extraordinário, o Papa Pio XII declarou Santa Clara padroeira da televisão em 1958. (Fonte: Canção Nova)

Terça, 06 Agosto 2024 17:38

Agosto: mês vocacional

     Agosto é o Mês Vocacional, e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) escolheu como tema: “Igreja: Sinfonia Vocacional”. O lema, “Pedi, pois, ao Senhor da Messe” (Mt 9,38), destaca a importância de reconhecer e responder ao chamado de Deus, convidando cada um a refletir sobre sua própria vocação e o papel na missão da Igreja.

     Esse mês é uma oportunidade especial para considerar o precioso dom do chamado divino e como ele nos convida a participar do projeto de amor de Deus, encarnando a beleza do Evangelho em nossas vidas. Uma figura que exemplifica de maneira brilhante a resposta ao chamado vocacional é São Francisco de Assis.

     São Francisco, ao ouvir o chamado de Deus, fez uma escolha radical e transformadora. Abandonou a riqueza e o status social para seguir a vocação que Deus lhe propôs: uma vida de pobreza, simplicidade e serviço aos pobres e marginalizados. Sua vocação foi uma resposta à necessidade de compaixão e cuidado pelos outros, refletindo o lema “Pedi, pois, ao Senhor da Messe”, que nos lembra da importância de rogar a Deus por trabalhadores para a sua messe e, simultaneamente, de sermos nós mesmos os trabalhadores dispostos.

     O evangelho de Mateus 9,35-39, escolhido como lema, sublinha a compaixão de Jesus pelas multidões que estavam “angustiadas e abatidas, como ovelhas sem pastor”. São Francisco de Assis, inspirado por essa compaixão, dedicou sua vida a servir os necessitados, encontrando plenitude ao responder ao chamado divino com generosidade e amor. Sua vida é um testemunho vivo de como a vocação pode transformar não apenas a própria vida, mas também a vida de muitos ao nosso redor.

     Assim, o Mês Vocacional é uma chance para refletir sobre como podemos, à semelhança de Francisco de Assis, reconhecer e responder ao chamado de Deus em nossas vidas. É um convite para nos comprometemos com a missão de ser sinais de amor, acolhimento e paz, atuando como verdadeiros trabalhadores na messe do Senhor.

Terça, 06 Agosto 2024 17:25

Santas Missões Franciscanas

     Entre os dias 15 e 19 de jluho, a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, localizada em Aragominas (TO), realizou as Santas Missões Franciscanas. O evento contou com a participação dos estudantes de filosofia (pré-noviços) da Província São Maximiliano Maria Kolbe.

     Muitas famílias foram visitadas, foram realizadas confissões e visitas aos enfermos e idosos, tanto em Aragominas quanto em Muricilândia (TO). A Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Carmolândia também recebeu uma visita fraterna que culminou num encontro com os jovens e a celebração da Santa Missa.

     A terceira etapa da Missão foi realizada na cidade de Filadélfia nos dias 18 e 19, com as visitas às famílias, aos enfermos, idosos, e os atendimentos de Confissões. Foi uma experiência de enriquecimento na fé e no serviço pastoral, para os estudantes e para o povo de Deus. Louvamos e agradecemos a Deus por esta experiência de profunda espiritualidade, e vivência da fraternidade.

Fr. Francieudes S. Martins, OFMConv.

 

Neste dia especial, marcado pela celebração da Festa de Santa Maria dos Anjos e pelo Perdão de Assis em toda a Igreja, os frades do Distrito Federal e de várias cidades de Goiás se reuniram para a Santa Missa dedicada à Padroeira da Casa de Formação. Por volta das 11h, todos se reuniram na capela para a celebração.

Estiveram presentes também os formandos da Província, incluindo os pré-noviços anfitriões, frades da Teologia e postulantes. A Eucaristia foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv.), e concelebrada pelo Formador do Pré-Noviciado, Frei Beneval Soares (OFMConv.), e pelo Vigário Provincial, Frei Amilton Leandro (OFMConv.). O Frei Gilson Nunes (OFMConv.), novo Delegado Geral para a assistência da Milícia da Imaculada – MI, também participou da celebração. Após a Missa, todos compartilharam um almoço em fraternidade e, à tarde, desfrutaram de um momento de lazer.

Durante a homilia, Frei Gilberto de Jesus destacou o papel formativo de São Maximiliano Kolbe, ressaltando que Nossa Senhora é um auxílio em momentos de angústia e tristeza, sendo uma mãe para os frades. Ele também sublinhou a devoção ao Perdão de Assis e a escolha de Maria, escolhida por Deus. Além disso, Frei Gilberto enfatizou a importância da vida comunitária e da fraternidade entre os frades, encorajando-os a manterem-se unidos na fé e no amor fraterno. Ele falou sobre o valor do perdão e da reconciliação, não apenas como aspectos centrais da espiritualidade franciscana, mas também como elementos essenciais para a construção de uma comunidade cristã sólida e harmoniosa. Por fim, Frei Gilberto convidou todos a renovarem seu compromisso com os valores franciscanos, buscando sempre viver com simplicidade, humildade e alegria, seguindo o exemplo de São Francisco e Santa Maria dos Anjos.

 

     No dia 2 de agosto, celebramos a Solenidade de Nossa Senhora dos Anjos, na qual é ressaltado  a devoção à Virgem Santíssima, sendo também  dia de Indulgência Plenária: o Perdão de Assis. É importante destacar que esta graça da indulgência  foi concedida  pelo Papa Honório III à igrejinha da Porciúncula,  a pedido de   São Francisco de Assis em 1216. A Igrejinha da Porciúncula, tornou-se local especial para lucrar indulgência durante o ano inteiro, sendo que, em 1966 o papa Paulo VI na Carta Apostólica Sacrosanta Porziuncolae Ecclesia- concedeu esta graça a todas as Igrejas Franciscanas no mundo inteiro.

     Para anunciar essa grande dádiva da Indulgência Plenária em 1216, São Francisco reuniu alguns bispos na Porciúncula e  anunciou a indulgência plenária concedida pelo Papa Honório III, dizendo: “Meus irmãos, quero enviar-vos  a todos ao Paraíso”

     Neste dia de devoção à Virgem Santíssima, celebramos o  Perdão de Assis  e como Solenidade o  Evangelho de São Lucas 1,36, na Anunciação, diz que o Anjo Gabriel visitou da parte de Deus, à Virgem Santíssima, ressaltando três importantes verdades  sobre a Nossa Senhora, que são:

  1. Seu estado de Graça- A Virgem Santíssima compreendeu por meio da revelação do Anjo, seu estado de Graça, e como estava inserida no Plano de Salvação, conforme diz o Anjo: “Ave cheia de Graça o Senhor está Contigo” (Lc1, 28)
  2. Sua humanidade- O Anjo diz “Não temas Maria.. (Lc1,30). Maria mesmo sendo cheia da Graça divina , precisou de tempo para gradativamente compreender sua vocação,  isso revela sua humanidade. Ela mesmo agraciada, Imaculada, possui uma  dimensão humana, compreendendo gradualmente o Plano de Deu, tomando  consciência  mediante o contexto de sua humanidade.
  3. Sua missão Materna - Conforme o Evangelho de São Lucas 1, 31-32 , o Anjo informa a missão de Nossa Senhora dizendo: “E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. O Anjo a anuncia sua missão  materna de ser a Mãe do Senhor, qual será o nome do Filho de Deus, sua grande e sua relação com Pai- Filho do Altíssimo

     A Virgem Maria sendo escolhida por Deus, nasceu sem a mancha do pecado original, Imaculada, e foi gradualmente compreendendo a vontade divina, foi assumindo seu protagonismo na obediência à missão. Ela cumpriu com fidelidade sua missão materna  dedicando à vida na Encarnação do Senhor (Natal), no Mistério da Cruz (Paixão) e  na Ressurreição, acompanhando os apóstolos no Cenáculo, inserida na missão da Igreja. Por tão grandes feitos no mistério da Salvação,  Virgem Maria, conforme a tradição da Igreja, foi  assunta ao Céu, sendo coroada pelo Anjos do Senhor.

     Nesta importante devoção à Virgem Santíssima,  diz a tradição que, alguns eremitas no Sec IV, visitando a Palestina levou as relíquias da “Casa de Nossa Senhora” a Assis, e  construíram a pequena Igreja (Porciúncula), dedicando-a à Nossa Senhora dos Anjos. Ao longo dos séculos essa pequena Igreja ficou na responsabilidade dos monges Beneditinos.

     Em 1210, conta os escritos franciscanos, que  São Francisco de Assis, pediu ao bispo de Assis e aos Cônegos de São Rufino algumas igrejinhas para cuidar, porém recebeu a negativa. Ele, porém,  não desistiu, recorreu ao abade do mosteiro de São Bento, Dom Teobaldo, que com o consenso da comunidade concedeu-a a São Francisco e a seus primeiros companheiros, para o uso e moradia, contanto que  observar-se a condição que  com o crescimento da Ordem , a Porciúncula torna-se a casa-mãe.

     Outro dado importante, referente a indulgência Plenária, diz os escritos de Bartolomeu de Pisa, que:  em 1216,  São Francisco de Assis estava intimamente compenetrado em oração e em contemplação na pequena igrejinha (Porciúncula), e  ela foi  tomada por uma forte luz,  jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o próprio Cristo e, à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos.  São Francisco de Assis ficou em silêncio e começou a adorar ao Senhor,  que logo lhe perguntou:  o que ele desejava para a salvação das almas.  Então São Francisco tomado pela graça de Deus respondeu: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço que a todos quantos arrependidos e confessados  visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”, informam os relatos, assim o Senhor concedeu a graça , mas que deveria comunicar a seu vigário na terra, o Santo Padre. 

     Portanto, neste dia do Perdão de Assis, referente a indulgência plenária da Igrejinha da Porciúncula e todas Igrejas franciscanas,  confirmamos que a  Indulgência Plenária  lucramos ao  visitar uma igreja paroquial administrada pelos franciscanos. Podemos  afirmar que esta graça fortalece a dignidade de filhos de Deus recebida no Batismo. Que através da confissão sacramental  e participando da Eucaristia,  rezando pelo Papa o Credo, o Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai, lucramos a indulgência. Portanto, nesta festa no dia 2 de agosto, do Perdão de Assis, nesta datas importante para a Família Franciscana, todos  fiéis que têm especial afeição por São Francisco de Assis faz comunhão com o Senhor.

             +Frei Atanazy Marian Sulik, professo solene, jubilar na Ordem, faleceu no mosteiro de Rakovski, na Bulgária, em 22 de julho de 2024, aos 86 anos, tendo vivido 67 anos na Ordem.

O Irmão Atanásio nasceu em 02 de março de 1938 em Jasionówka, no município de Dąbrowa Białostocka (antiga Grodzieńska), perto de Sokółka, atualmente na voivodia de Podlaskie, como o quinto filho da família de agricultores de Kazimierz e Stefania Krahel. Ele tinha dois irmãos e quatro irmãs.

Em 1938, no Santo Batismo na igreja paroquial de Dąbrowa, recebeu o nome de Marian. No dia 8 de junho de 1949, na mesma igreja foi confirmado pelo Arcebispo Dom Romuald Jabłrzykowski, aceitando Santo Estanislau como seu patrono de crisma.

Em 1947, o irmão Athanazy começou a estudar na Escola Primária de Dąbrowa e completou os sete anos previstos no currículo do ensino fundamental da época. Até ingressar na Ordem, também ajudava a família nos trabalhos agrícolas. Na opinião dos professores e do padre prefeito, era considerado um aluno zeloso, principalmente nas aulas de religião, “dando exemplo de vida cristã na escola e em casa, no trabalho e no lazer”. Neste tempo também servia como coroinha e nisto era exemplar.

Em agosto de 1955, solicitou a admissão como irmão religioso em Niepokalanów, para que pudesse “dedicar sinceramente as suas forças e a sua vida ao serviço exclusivo de Deus e da Mãe Imaculada” e ser “um membro útil da Igreja e da Pátria”. Como ele relatou no seu pedido de entrar na ordem, enquanto servia na Santa Missa, em 1952, teve a ideia de “dedicar-se a Deus no futuro como sacerdote de Cristo”. Porém, após uma conversa sincera com o padre prefeito da escola, chegou à conclusão de que não conseguiria concretizar as devidas intenções, devido às dificuldades de aprendizagem. O mesmo sacerdote, no entanto, sugeriu-lhe a possibilidade de servir como irmão religioso, o que aceitou com alegria indisfarçável.

                Na festa de São Francisco, em 04 de outubro de 1955, aos 17 anos, bateu às portas do convento de Niepokalanów e iniciou seu aspirantado, e em 30 de maio de 1956, após vestir o hábito e receber o nome religioso de Atanásio, foi aceito para o postulantado sob a supervisão do Frei Florian Koziura. No entanto, a partir da data da filiação, 1º de fevereiro de 1957, completou também um noviciado de um ano em Niepokalanów, tendo como mestre Frei Roch Betlejewski.

No dia 2 de fevereiro de 1958, em Niepokalanów, emitiu a primeira profissão religiosa nas mãos do Frei Roch Betlejewski, e no dia 2 de fevereiro de 1962, também em Niepokalanów, fez a profissão perpétua nas mãos do Provincial, Frei Tytus Strzelewicz.

Durante a sua formação, na opinião dos seus professores e confrades, foi considerado um irmão muito modesto e ao mesmo tempo muito alegre, querido por todos pela sua educação, dedicação aos trabalhos e piedade. Nos seus primeiros pedidos de votos religiosos, ele próprio expressou o desejo de se tornar um bom confrade e uma ferramenta útil nas mãos da Imaculada, para finalmente dedicar as suas forças ao trabalho de difundir o culto da Imaculada segundo o espírito do São Maxmiliano M. Kolbe, contribuindo para a salvação das almas.

Em Niepokalanów, formou-se primeiro como cozinheiro, depois trabalhou durante vários anos numa carpintaria (fazendo, entre outras coisas, bancos para o presbitério) e recentemente na enfermaria. Em 1968, decidiu também continuar os seus estudos por correspondência na Escola do 2º grau em Varsóvia, onde se formou em 1972.

            Em janeiro de 1971, numa carta ao Inspetor, expressou sua disponibilidade para a missão. A Província reaproveitou esse entusiasmo enviando o Ir. Athanasius em agosto de 1972 para trabalhar primeiro em Roma e depois em Santa Severa, publicando "Rycerz Niepokalanej dla Polonia" – Cavaleiro da Imaculada para Polônia no exterior. Trabalhou na editora como estenógrafo, tipógrafo e motorista.

Em meados de outubro de 1977 frei Atanásio revelou aos seus superiores o desejo de ir em missão ao Brasil, mas devido às inúmeras necessidades na editora de Santa Severa, o Provincial o incentivou a permanecer. Em maio de 1979, reiterou o pedido para trabalhar no Brasil, que desta vez foi considerado positivamente pelo Provincial. Contudo, no início de 1980, apesar dos preparativos de ida para missões já iniciados, o então Ministro Provincial expressou o desejo de muitos irmãos de Niepokalanów de que Fr. Atanásio voltasse a trabalhar na enfermaria local, com o que o interessado concordou humildemente. O regresso à Polônia estava previsto para 20 de fevereiro de 1980. Menos de meio ano depois, o Ir. Atanásio enviou outro requerimento para que pudesse oferecer ajuda permanente aos irmãos no Brasil, para o qual o Provincial novamente concedeu permissão, designando um local: "Jardim da Imaculada" - Niepokalanów, Brasil.

Depois de oito anos, o Ministro Geral pediu irmãos da nossa Província para trabalharem em Istambul, Turquia e Ndola, Zâmbia. Ir. Atanásio manifestou a sua disponibilidade para este projeto do General. No domingo, 28 de agosto de 1988, ele desembarcou no aeroporto de Istambul e a partir do dia 1º de setembro de 1988, começou oficialmente a servir no convento de Santo Antônio de Pádua em Itambul. A estadia deveria durar até maio de 1990, mas terminou após 31 anos. Durante seu serviço na Delegação Geral para o Oriente Médio, Fr. Antoni foi encarregado, entre outros, trabalhar numa pequena gráfica e cuidar de uma revista periódica para fortalecer a comunhão entre os irmãos. Além do serviço ordinário na igreja, era responsável pela economia e administração do convento. Durante muitos anos ele também serviu aos pobres e necessitados. Os irmãos da Custódia sublinharam a sua humilde devoção e disponibilidade para se mudar “de Istambul para Iskenderum, de Iskenderum para Buyukdere. O próprio Fr. Atanásio anos depois lembra com carinho que “morava em todos os conventos na Turquia e que e que cada pedra destes conventos é muito querida para ele." O seu “caráter equilibrado e sabedoria, capacidade de ouvir e compreender” também foram apreciados - a Ordem (após obter permissão especial da Congregação para a Vida Consagrada) confiou-lhe o cargo de Guardião do Guardião do convento de Santo Antônio em Istambul em 2000, e no final de 2002 foi nomeado Delegado Geral da Delegação Geral do Oriente Médio.

Em março de 2018 em Istambul frei Atanásio celebrou um triplo jubileu: 80 anos de vida, 60 anos de profissão religiosa e 30 anos de presença na Turquia. Pouco depois, pediu um ano de reflexão e melhoria da sua saúde, que pretendia passar na Polônia. Finalmente, após 47 anos fora da Província da Imaculada Mãe de Deus – com a qual “esteva sempre ligado no espírito e no coração” – apresentou um pedido de readmissão à jurisdição polonesa em 2019. Desta vez a Província enviou-o para Pleven, na Bulgária, e depois de três anos para a recém-criada filial em Sófia. No entanto, a partir de 2023 serviu no mosteiro de Rakovski, onde serviu como guardião até o último capítulo da Província de Varsóvia e onde encerrou sua vida em 22 de julho de 2024.

A correspondência preservada com os provinciais mostra a sinceridade, a abertura e a disponibilidade sem precedentes do Ir. Atanásio, bem como o respeito pelos esforços dos outros irmãos, a preocupação pelo destino da Ordem e pela sua missão, e a alegria de viver. Os próprios irmãos enfatizam a sua abertura, alegria, amor à vida monástica e espírito de piedade.

Um dos seus desejos era ser enterrado no cemitério de Niepokalanów, local onde tudo começou.

Com esperança cristã, oferecemos orações confiantes ao Senhor Deus pelo Frei Atanásio Sulik, para que por intercessão da nossa Padroeira e Rainha, Nossa Senhora Imaculada (a quem serviu desde o início), do São Maximiliano (cujo espírito absorveu durante a formação e o qual tentou guiá-lo ao longo da sua vida) e dos seus Santos Padroeiros, ele poderá receber plena felicidade eterna no Céu. Ao mesmo tempo, expressamos a nossa gratidão a Deus pelo dom de chamá-lo para a nossa Ordem. No entanto, agradecemos a Ele próprio pelas lições de uma vida cristã verdadeiramente fiel e alegre, pelo testemunho de vida religiosa e pela sua fraternidade cheia de sacrifício e bondade, que muitas vezes pudemos experimentar.

No dia 25 de julho de 2024, na capela pública de São Maximiliano M. Kolbe junto ao convento em Rakovsky foi celebrada a solene missa fúnebre presidida pelo Dom Rumen Stanev, bispo auxiliar da diocese de Plovdiv-Sófia. O sermão foi proferido pelo Dom Christo Proykov da Igreja Greco-Católica na Bulgária. Estiveram presentes numerosos sacerdotes de todo o país e um grande número de religiosas e fiéis. Nossos irmãos da Turquia e uma delegação de poloneses de Adampol, cidade polonesa perto de Istambul, também se despediram do irmão Atanásio em Rakowski. As orações sobre o caixão com o corpo do Irmão Atanásio foram conduzidas pelo Padre Ventislav Nikolov em rito latino, e depois pelo Dom Christo no rito católico grego. Após as orações os confrades do Frei Irmão Atanásio carregaram o seu corpo da capela para o carro para que pudesse fazer a sua última viagem até à Polônia, onde seria sepultado.

As principais cerimônias fúnebres do falecido + Frei Irmão Atanazy Marian Sulik acontecerá no dia 7 de agosto de 2024 em Niepokalanów. Eles começarão às 10h30 com a oração do terço na Basílica, seguida de solene Santa Mssa concelebrada às 11h00.

 

 

Quarta, 17 Julho 2024 18:10

XXXVI CURSO DE INVERNO


A Província São Maximiliano Maria Kolbe sediou nos dias de 08 a 19  de julho de 2024 o Curso de Inverno. O Encontro foi realizado na   Casa de Formação de Pós-Noviciado “São Francisco de Assis”, localizada em Brasília.  Participam da  36ª edição do Curso de Inverno de Franciscanismo cerca de 22 frades das juridições do Brasil . Estão presentes três  professos  da Província São Francisco de Assis (SP), quatro professos  da Custódia São Boaventura (MA), dois professos  da Custódia Nossa Senhora do Coromoto (Venezuela), um professo  da Custódia São Francisco de Assis (Bolívia) e dez professos  da Província São Maximiliano (Brasília).

O Curso de Inverno de Franciscanismo é um período formativo essencial que visa o amadurecimento do carisma franciscano dos jovens frades. Durante esse período, eles são incentivados a refletir sobre seu testemunho e missão enquanto menores conventuais. A 36ª edição do curso, realizada entre os dias 08 a 19 de julho, abordou temas que revisitam a história franciscana e seus principais teólogos, além de promover debates pertinentes ao contexto atual.

 

IV Simpósio Franciscano
Este ano, o IV Simpósio Franciscano teve como tema central os 800 anos dos Estigmas de São Francisco, destacando os estudos na origem e a missionariedade franciscana. A programação do simpósio foi a seguinte:

Dia 08/07 (Segunda-feira):

Abertura: Jubileu da Província São Maximiliano - Frei Gilberto de Jesus, OFMConv (9h00).
Apresentação do Hino dos 800 anos dos Estigmas de São Francisco.
Tema: “A Missionariedade franciscana”
Palestrante: Frei Dariusz Mazurek, OFMConv. (9h30 às 11h40 e 14h30 às 16h00).
Dia 09/07 (Terça-feira):

Tema: “Os Estudos na origem e a formação franciscana”
Palestrante: Frei Piotr Stanislawczyk, OFMConv. (9h00 às 11h40 e 14h30 às 16h00).

Dia 10/07 (Quarta-feira):
Tema: “A Espiritualidade dos Estigmas de São Francisco”
Palestrante: Frei Almir Guimarães, OFM. (9h00 às 11h40).
Coordenador Geral: Frei Casimiro Cieslik, OFMConv.

Temas do Curso de Inverno 2024:
Dias 10 a 12/07: “São Francisco e a OFS (Beata Ângela de Foligno, Isabel da Hungria etc)” – Frei Almir Guimarães, OFM.
Dias 15 a 17/07: “A Escola de Oxford: Guilherme de Ockham” - Prof. Dr. Marcos Aurélio Fernandes.
Dias 17/07 a 19/07: “Os Representantes da Cultura Franciscana no Séc. XV até o Séc. XIX” - Frei Sandro Roberto da Costa, OFM.
Este evento representa um momento crucial de reflexão e formação para os frades, fortalecendo seu compromisso com os valores franciscanos e sua missão enquanto membros da comunidade conventual.

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