Assim quis São Francisco e repetiu até quase o fim de seus dias, especialmente nas duas Regras e, certamente, no Testamento, no qual relacionava diretamente seu próprio caminho penitencial à sua experiência com os leprosos e com os irmãos que o Senhor lhe deu, isto é, com fraternidade.
Além disso, segundo um antigo estudo de Kajetan Esser, o caminho penitencial de São Francisco está em correspondência com o mistério redentor de Cristo, com sua ação redentora. Por isso, para nós hoje, fazer penitência é, antes de tudo, conhecer cada vez mais a Cristo, entrar no seu mistério, na sua pessoa, na sua ação, no modo como viveu e anunciou o Evangelho e, especialmente, é claro, com sua entrega final na cruz.
Para nós, além de nos identificarmos cada vez mais com Cristo, significa identificar-nos com os mais necessitados, com os últimos deste mundo, com aqueles com quem também Cristo se identificou.
Neste tempo de Quaresma, abramos o coração ao mistério de Cristo e abramo-lo aos outros com amor, generosidade e domínio próprio para dar a vida aos outros como Cristo o fez. Bom caminho quaresmal.

Frei Carlos A. TROVARELLI, Ministro Geral.

Original por ofmconv.net