FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR, PRESÉPIO DE GRECCIO E INDULGÊNCIAS PLANÁRIAS
A Celebração de hoje, tem seu significado próprio na liturgia “A FESTA DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR”, mas celebramos o encerramento do OITAVO CENTENÁRIO DO PRESÉPIO DE GREECIO.
Já fazem quarenta dias desde a celebração do Natal do Senhor. Tomás de Celano, biógrafo de São Francisco, descreve o desejo de São Francisco de Assis em viver a experiência do Natal através da montagem do presépio vivo. Ele narra assim: “São Francisco de Assis vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade." (1Cel 85,3).
São Francisco criou o primeiro presépio vivo, identificando a ação misericordiosa de Deus na realidade do homem. Ele viu no Mistério da Encarnação a grande misericórdia de Deus, pois compreendeu que o Senhor ofereceu a si mesmo, pois sendo rico se fez pobre, visitando a nossa condição humana, a nossa fragilidade, tonando-se um como nós, menos no pecado.
Deus nos concedeu, na condição humana, um grande presente: o seu Filho Jesus Cristo, tornando-se um de nós e assumindo nossa condição, elevando nossa natureza a experiência da santidade.
A proposta de São Francisco em Greccio era mostrar com realismo o nascimento do Filho de Deus, visando perceber o protagonismo d'Ele, observar a ação virtuosa do amor e serviço presente na Virgem Maria e em São José.
A família Franciscana, com a extrema sensibilidade espiritual e pastoral, quis externar a experiência da misericórdia de Cristo através do Mistério da Encarnação pelo Presépio. Os Ministros Gerais das quatro Ordens pediram ao Santo Padre o Papa Francisco no dia 17 de abril de 2023, o seguinte: “com o finalidade de promover a renovação espiritual dos fiéis e incrementar a vida de graça, pedimos que do dia 8 de dezembro de 2023, Solenidade da Imaculada Conceição, até o dia 2 de fevereiro de 2024, Festa da Apresentação do Senhor, que todos aqueles que visitem dia uma igreja franciscana e rezem diante do presépio possa lucrar indulgência plenária.
Hoje encerramos essa oportunidade de recebermos indulgências Plenárias nas Igrejas franciscanas. Para lucrar essa indulgência, é necessário o sacramento da reconciliação, a Comunhão Eucarística e a oração na intenção pelo Santo Padre (Credo, Pai nosso, Ave Maria!)
DIA MUNDIA DA VIDA CONSAGRADA
Hoje celebramos o dia mundial da vida consagrada. Simeão e Ana, são os profetas identificados no Evangelho e também a representação dos religiosos de nossos dias: "Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus" (Lc 2,28). Simeão era como um profeta e Ana da mesma forma, eles não eram sacerdotes, mas estavam cheios do Espirito Santo. Moravam no templo, eram íntegros, justos e piedosos, ambos viviam a esperança do Espírito, almejavam a consolação de Israel. "Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Lc 2, 23)
A realidade de nosso mundo atual, de tanta diversidade, particularidade, tem gerado pessoas fragilizadas, divididas, sem sua dignidade e valores. A vida consagrada é uma resposta aos dias de hoje, pois inspira homens e mulheres a serem religiosos e religiosas, buscando resgatar seu fundamento existencial e vocacional. A vida religiosa nos motiva a buscar a vocação como Dom de Deus, busca o sentido profundo da existência, pois respondendo a Deus o(a) religioso(a) dá sentido a sua existência, e se torna referência na manutenção de sua congregação ou comunidade religiosa. A vida religiosa, é uma reposta do homem à vontade de Deus. Identificamos o projeto de Deus na vida religiosa, que visa a transformação do mundo através da realização cada homem e cada mulher.
Na vida Consagrada, os religiosos que emitem seus votos, tornam-se sinais na realidade humana e destacam os valores teologais da fé, esperança e caridade.
O Cardeal João Brás de Avis, Prefeito da Congregação para os Institutos religiosos diz assim sobre a Vida religiosa: “Vivemos um momento da história humana necessitada de um sentido vocacional da vida. Precisamos de um projeto, de uma fonte repleta de alegria e de esperança. Desde a experiência batismal, inseridos na vida de Deus e na sua família, a Igreja, nós consagrados somos herdeiros do patrimônio vocacional e carismático da Igreja e sentimos a alegria e o dever de protegê-lo e promovê-lo”, Palavra do prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, cardeal João Braz de Aviz.