Zdunska Wola, na Polônia, é a cidade natal de Maximiliano Kolbe. Lá está a casa que ele morou com sua família, atualmente um museu, um dos locais mais visitados pelos turistas.
O museu é feito de madeira, com fundação em tijolo e pedra. Sua construção data do século 19. Alguns objetos do museu são marcas da história de vida dos pais de Maximiliano: máquina de tear, rolos de linha e outros objetos de trabalho. Maximiliano vem de uma família de tecelões e a casa dele era um dos muitos locais de tecelagem espalhados pela cidade. O que seus pais produziam, era vendido a comerciantes judeus. Essa era a forma de sobrevivência da família Kolbe.
Um quarto preservado no museu foi o local onde São Maximiliano nasceu e passou o início de sua vida. A cama é original e foi usada pela família, assim como o guarda roupa que também está exposto lá. Da infância do santo polonês, também foram preservadas algumas memórias. Em um expositor ficam os livros que Maximiliano usou na escola, um pequeno quadro negro e até mesmo um ábaco, instrumento muito usado antigamente como método de cálculo.
Terços, crucifixos, roupas utilizadas por Maximiliano enquanto religioso estão no museu. Lembranças de uma vida marcada pela fé e pelo amor incondicional à Virgem Maria. Uma imagem da santa também está exposta, representando a espiritualidade do santo. A devoção dele começou ainda criança, em um sonho que teve com Nossa Senhora.
Para difundir a devoção a ela, Maximiliano criou a revista Cavaleiro da Imaculada. Na época, escrita ainda em máquina de datilografia. No museu está exposta uma capa de 1922 e o conteúdo era sobre a Virgem Maria, sua importância e seus ensinamentos.
“São Maximiliano Maria Kolbe começou a publicar a revista em janeiro de 1922, na Cracóvia. Ele não tinha dinheiro para pagar os cinco mil exemplares dessa circulação, por isso rezou fervorosamente pedindo a intercessão da Mãe de Deus. Um dia, na oração da manhã, ele encontrou um pacote com o suficiente para pagar aquela circulação de cópias. O “Cavaleiro da Imaculada” é um periódico católico publicado hoje pelos Franciscanos Conventuais em todo o mundo e quase em todas as línguas. Esta revista foi extremamente popular antes da Segunda Guerra Mundial. O número recorde de uma edição do “Cavaleiro da Imaculada” foi de um milhão de cópias”, disse a responsável pelo museu Marta Cieslak.
Em um cantinho do museu estão algumas fotos de quando Maximiliano esteve no Japão. Em 1930, ele desembarcou na cidade de Nagasaki e tinha a evangelização como missão. Lá, ele conseguiu imprimir o Cavaleiro da Imaculada em japonês e também fundou o Jardim da Imaculada. O convento seguia a mesma linha de Niepokalanow, fundado na Polônia. O museu também traz várias lembranças de Maximiliano enquanto prisioneiro dos campos de concentração de Auschwitz, onde morreu depois de dar sua vida pra salvar um pai de família.