No Congresso dos Frades Menores Conventuais foram eleitos novos membros para o Conselho da Federação
“Sermos irmãos do povo, termos humildade, nos aproximar, sermos amigos” é o apelo feito pelo bispo emérito de Valença (RJ), dom Elias Manning, durante o Congresso dos Frades Menores Conventuais da América Latina, que seguirá até o dia 17 de julho.
Religiosos e sacerdotes, acompanhados de leigos, refletem juntos sobre a história e o presente da vida dos conventuais no continente latino-americano.
A respeito dos tempos atuais, dom Elias Manning reforçou a atitude que os frades devem ter. “A aproximação ao povo é essencial. Lembro-me de sairmos nas ruas para falar com as pessoas. Elas sentem saudade disso e nós temos algo de diferente para dar. Isso porque temos algo que Francisco nos passou e que Deus nos deu: a Evangelii Gaudium, do papa Francisco, tem dicas muito boas para evangelizar hoje”, enfatizou.
História
No encontro, Frei Roberto Tomichá resgatou personagens importantes dos séculos XVII e XVIII por meio de cartas, registros de arte e documentos, a fim de recuperar memórias da Ordem.
Já um dos primeiros assistentes gerais da Ordem na América Latina, frei Miguel Angél M. Lopez, falou sobre as fundações latino-americanas e províncias, bem como sobre a identidade franciscana hoje. Ele ressaltou a proximidade do papa Francisco com o carisma dos religiosos.
Eleição
O Congresso dos Frades Menores Conventuais também trouxe como novidades os novos membros eleitos para o Conselho da Federação. O frei Jhon Jairo Molina é agora o novo presidente do Conselho, além de continuar como provincial da Custódia da Colômbia.
Frei Gilson Miguel Nunes foi eleito vice-presidente. Ele também já é responsável pela Província de São Francisco de Assis. Por fim, foram escolhidos o frei Maurizio Bridio, da delegação do Chile, para ser secretário, e, para Conselheiro, frei Aldo Cuccáro, da província da Argentina.
“Esta eleição, no contexto dos 70 anos da Ordem na América Latina, sendo o Brasil o primeiro lugar onde aportaram os nossos frades, sem dúvida, coloca diante de nós os grandes desafios que a Ordem enfrenta no mundo, na América Latina e no Brasil, que é o de animar esta presença missionária em consonância com os apelos que nos vem do Evangelho e também das indicações que o papa Francisco tem nos dado, de ser uma Igreja em saída, portanto, uma Ordem em saída, uma Ordem atenta aos sinais dos tempos”, afirmou o frei Gilson Miguel Nunes.