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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Terça, 24 Agosto 2021 21:21

Visitas fraternas à Missão no Amazonas

            Durante a segunda quinzena de agosto, aconteceu em Tefé o encontro dos missionários franciscanos de Tefé e Juruá com o Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv). Foi uma importante oportunidade para o reencontro dos frades, partilhas de fé, reuniões e avaliação da missão como um todo. 

            O Provincial recordou aos missionários que Jesus é o maior dentre os exemplos de missionários, pois tornou-se pobre, mesmo sendo filho de Deus, visitou os pecadores e os doentes. O missionário é aquele que doa o seu melhor a Deus e que traz Deus aos que necessitam de uma palavra de vida.

 

[Frei Gilberto e seus confrades na Santa Missa de encerramento em Tefé (AM)]

             Em decorrência da pandemia, algumas dificuldades foram encontradas para a locomoção de lancha até Juruá (AM) – já que a única forma de chegar à cidade é pelos rios – e, assim sendo, não foi possível fazer-se presente fisicamente em Juruá. Todavia, os frades de Juruá estiveram em Tefé para partilharem do encontro fraterno com o Ministro Provincial e demais frades da Missão. O fim do encontro se deu na manhã do dia 24 de agosto com a Santa Missa e a liturgia das horas.

 

[Frei Gilberto, seus confrades, coroinhas e fiéis na Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Tefé (AM)]

            Frei Gilberto visitou também a Casa Filial Nossa Senhora das Mercês, em Manaus (AM). Ele se encontrou com os frades desta comunidade e também visitou a Área Missionária de São Maximiliano, pertencente a Paróquia Santa Edwirgens, onde será construído o Convento e Casa de acolhimento para os ribeirinhos.

            Que a Missão no Amazonas continue a ser resposta ao convite do Senhor e que ela possa significar a Igreja em saída, como propôs o Papa Francisco.

Sexta, 20 Agosto 2021 20:55

Missão no Amazonas

            Os Frades Franciscanos Conventuais, da Província São Maximiliano no Brasil, têm um importante trabalho missionário nas cidades Tefé e Juruá, ambas localizadas no estado do Amazonas.

                Desde de 2005, a Família Franciscana Conventual está presente nessa missão, com a chegada do bispo emérito de Luziânia, Dom Frei Agostinho Stefan (OFMConv.). Ele se estabeleceu em Juruá, juntamente com o ardor missionário dos Frades Franciscanos Conventuais.

                Em 2009, os frades reunidos no Capítulo Extraordinário, adotaram pra si a missão na prelazia de Tefé, assumindo duas frentes de trabalho missionário. Foram elas a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, em Juruá e a Paróquia Santo Antônio, em Tefé. Ambas bases da missão, para realizar de barco as subidas e descidas missionárias aos povos ribeirinhos da Amazônia profunda.

                Esse excelente trabalho religioso da Missão no Amazonas, possui um apostolado de presença significativa de três frades, atendendo ao trabalho da Paróquia Santo Antônio que tem em média 60 mil habitantes. A missão dos frades, além do atendimento das Paróquias, conta com trabalhos nas áreas rurais, atendendo centenas de famílias. De fato, é uma realidade desafiadora nos moldes religiosos, culturais e sociais atuais.

                Em Juruá estão o Frei Francisco Ferreira da Silva (OFMConv) e o Frei Antônio Maria dos Santos Júnior (OFMConv). Em Tefé estão o Frei Givaldo Batista da silva, o Frei Carlos A. de Oliveira (OFMConv) e o Frei Paulo Arante Rodrigues (OFMConv), que têm exercido com atenção e cuidado os trabalhos pastorais e sociais nesse tempo de pandemia.

18 de agosto de 2021290

Prot. Nr 0687/21 Roma, 9 de agosto de 2021

 

Carta comemorativa por ocasião do 80º aniversário da morte de São Maximiliano M. Kolbe e 50º de sua beatificação.

A todos os irmãos da Ordem

A todos os peregrinos

 

"Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece Nele. " (I João 4,16)

 

Queridos irmãos,

                A memória do 80º aniversário da morte de São Maximiliano Maria Kolbe e do 50º da sua beatificação são, para nós, um momento de reflexão à luz da sua herança espiritual marcada pelo amor. O seu cativeiro vivido no campo de concentração de Auschwitz, coroado com a sua morte por inanição no bunker, representa para nós a razão histórica que constata a crônica de um itinerário cada vez maior de santidade e amor.

                A escuridão da cela, esclarecida pelo testemunho orante de São Maximiliano e pelas suas palavras de consolação dirigidas aos seus infelizes companheiros de prisão, fazem deste lugar – que é um símbolo da irracionalidade do homem – num altar sobre o qual a dignidade humana e o sacerdócio do irmão franciscano são exaltados para iluminar “este século difícil”, como dizia São João Paulo II.

 

Um roteiro de amor

                O amor incondicional é o sinal mais claro que distingue a vida de nosso santo mártir.

                Outras características suas são: o amor à Mãe de Deus, em primeiro lugar, que desde a infância encheu o coração do pequeno “Reymundo” e que durante a adolescência o levou a adotar o hábito franciscano; a dedicação com que realizou sua formação e estudos; a capacidade que tinha – apesar da pouca idade – de interpretar os acontecimentos daquele momento histórico decisivo; o amor pela fraternidade religiosa; a decisão de viver de maneira autêntica seu ser sacerdotal católico; o seu amor pela humanidade, atestado pelo seu trabalho incansável de evangelização no compromisso de moldar bem a consciência das pessoas do seu tempo; bem como o "dom" da "consagração a Maria Imaculada", oferecida à Igreja e ao mundo, através do zelo missionário e, por último, do amor total e inteiro ao martírio.

                Tudo isso não é apenas fruto da vontade humana, mas um itinerário virtuoso que testemunha a experiência do amor de Deus como motivação fundamental da vida do Santo Mártir.

 

Presença profética

                O profundo amor com que São Maximiliano consagrou a sua vida à Imaculada para "ser como ela" – e a doação permanente da sua vida aos irmãos – orientam profeticamente o sentido da nossa vida.

                A chave para ler esta profecia não é somente ser virtuoso (pois correríamos o risco de não o conseguir), mas sermos "amantes": crentes cheios de amor pelos outros. Este deve ser o nosso caminho cotidiano: gastar e dar-nos com generosidade, numa oferta agradável a Deus.

                A presença profética de Deus, vivida por São Maximiliano, nada mais é do que a presença do Amor de Deus feito história da salvação a favor dos homens do seu tempo.

                Como escreveu o Papa Francisco: “… a história mostra sinais de retrocesso. Conflitos anacrônicos que se consideravam superados são acesos, ressurgem nacionalismos fechados, exasperados, ressentidos e agressivos... e o bem, assim como o amor, a justiça e a solidariedade... devem ser conquistados todos os dias”(cf. Fratelli tutti, 11).

                Esta é a profecia: em um mundo movido por diversos sistemas de interesses egoístas e regimes desumanizadores, viva e testemunhe o amor, a caridade, a dignidade e a preocupação salvadora pelos outros.

 

Novas criaturas nas mãos da primeira criatura redimida

                Talvez nunca possamos realizar em nós um ato de consagração total à Imaculada, como o fez nosso Santo. Muitos mostraram, precisamente, que o seu não foi um simples ato devocional; Pessoalmente, gosto de considerar a sua consagração total à Imaculada Conceição como a mais sublime das devoções: um abandono total, existencial e performativo da nossa vida a Deus, a exemplo da Imaculada, que se deixou impregnar completamente pela ação do Espírito Santo.

                Portanto, não se trata apenas de ser altruísta neste “século difícil”, mas de sermos novas criaturas.

                Na primeira criatura resgatada pelos méritos do seu Filho, em Maria Imaculada, também nós podemos tornar-nos novas criaturas, renovando a nossa consagração batismal. Esta é a forma cristã de oferecer uma novidade de vida ao nosso século: tornar-nos pessoas novas para gerar um novo mundo.

                Que o Padre Kolbe nos ensine a não ter medo de sonhar, porque grandes coisas podem ser feitas com a Imaculada Conceição.

 

 Conclusão e saudação

                Ao terminar esta carta, desejo olhar com esperança e fé para o dom da santidade que Deus suscitou no seu servo São Maximiliano.

                Mas, acima de tudo, dirijo-me a todos aqueles – e são muitos – que o invocam e, com confiança, seguindo o seu exemplo, se consagram a Maria Imaculada para se deixar envolver num renovado compromisso de testemunhar o amor de Deus pela humanidade.

                Santo Irineu de Lyon diz que "a glória de Deus consiste em que o homem viva"; Nesta visão da grandeza da humanidade diante de Deus, podemos perceber como a caridade ativa é um caminho de dignidade para os nossos irmãos de todos os tempos. Um caminho que nos permite ser instrumentos de Deus nas mãos da Imaculada, morrer para nós mesmos e renascer para uma nova vida. A oferta de nossas vidas torna-se então o ato supremo com o qual realmente construímos a civilização do Amor.

                Saúdo todos os Irmãos da Ordem dos Frades Menores Conventuais e todas as pessoas que aqui peregrinaram para celebrar este significativo aniversário.

                Que o Senhor os encha com Seus Bens! A bênção de Deus e a proteção de nosso seráfico Pai São Francisco estejam com todos vocês.

 

Frei Carlos A. Trovarelli

Ministro Geral

 

Fonte: ofmconv.net

     Há 80 anos, precisamente no dia 14 de agosto, São Maximiliano Kolbe morreu para salvar um pai de família. Em homenagem ao gesto heroico de Kolbe, está sendo publicado o livro Escritos de São Maximiliano Kolbe. Este livro servirá para estudantes e pesquisadores, bem como para quem deseja conhecer e aprofundar sobre a espiritualidade de São Maximiliano Kolbe. Para Matilde Luvistto que traduziu a obra, “trata-se de um material impressionante colocado à nossa disposição para podermos colher o pensamento do fundador da Milícia da Imaculada, as riquíssimas reflexões que permanecem muito atuais e nos estimulam; sua espiritualidade voltada para a santidade e sobretudo para a missão, sua paixão pela Imaculada e sua particular mariologia”.

      São Maximiliano Kolbe nasceu na Polônia em 1894, e morreu ao dar a vida no lugar de um pai de família no campo de concentração de Auschwitz em 1941. Fundou em 1917 a Milícia da Imaculada e desenvolveu intenso trabalho com os meios de comunicação. Para Frei Gilson Miguel Nunes, OFM Conv., Assistente Internacional da Milícia da Imaculada, “por meio dos escritos de São Maximiliano Kolbe poderemos conhecer os detalhes da sua história de vida: seus sentimentos, sua visão de mundo, sua eclesiologia e suas experiências espirituais. A leitura e reflexão desses escritos é um importante caminho para o conhecimento do legado espiritual desse grande santo”.

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[São Maximiliano Kolbe] 

     Ao longo da vida, Kolbe escreveu cartas para muitas pessoas, diversos artigos para jornais e revistas, e anotou suas inspirações místicas. Neste volume estão organizados os escritos de São Maximiliano Kolbe, desde os primeiros cadernos de anotações, até o último cartão escrito da prisão e endereçado à mãe. Matilde Luvisotto conta que durante o processo de tradução riu com algumas situações relatadas pelo santo, refletiu sobre temas interessantes, e também se emocionou e chorou ao tomar contato com detalhes da vida e sentimento de São Maximiliano. “Quem ler vai se apaixonar e se sentir envolvido na aventura de fé do mártir da caridade. É emocionante descobrir o segredo da santidade de Kolbe, o grande amor à Imaculada manifestado na sua entrega total e incondicional a Ela, e que o fortaleceu no apostolado”, explica a tradutora Matilde Luvisotto, que destaca que também há intensa correspondência missionária relacionada ao período em que fundou a Milícia da Imaculada no Japão, e grande material sobre espiritualidade mariana.

     O livro contém mais de 2500 páginas com tudo o que foi possível recolher daquilo que São Maximiliano escreveu. Há breve apresentação do livro por Frei Raffaele di Muro, OFM Conv., que é especialista em São Maximiliano Kolbe; também Frei Sebastião Benito Quaglio, OFM Conv., co-fundador do Instituto Missionários da Imaculada-Padre Kolbe, deixa uma mensagem ao leitor. O Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores Conventuais, Frei Carlos Trovarelli, OFM Conv., e o Assistente Internacional da Milícia da Imaculada, Frei Gilson Miguel Nunes, OFM Conv., introduzem e incentivam a leitura. Para Frei Sebastião Benito Quaglio, “o seu modo de viver foi surpreendente e só pode ser entendido em profundida­de, mergulhando no interior de seu coração. A publicação deste livro visa favorecer aos mílites de língua portuguesa esse ‘mergulho’ na alma do santo fundador da Milícia da Imaculada”.

Papa Francisco em oração na sela de São Maximiliano Kolbe

[Papa Francisco em oração na sela de São Maximiliano Kolbe] 

     Os escritos de São Maximiliano foram traduzidos a partir de uma versão italiana que compilava o que Kolbe escreveu em diversas línguas como italiano, polonês e latim. Matilde Luvisotto e Sara Caneva se dedicaram por longo tempo para a tradução fiel; Frei Ari Pintarelli, OFM, que já havia revisado grandes obras, deu sua contribuição para a correta versão em português. “Aplaudimos esta obra extraordinária que pode agora estar à disposição da florescente Milícia da Imaculada do Brasil e também de toda a Igreja do Brasil, e, certamente, também em outras nações de língua portuguesa em geral. Desejo sucesso a esta precisa obra que vai difundir admiravelmente a herança de São Maximiliano Kolbe e torná-lo ainda mais conhecido e apreciado”, diz Frei Raffaele di Muro, OFM Conv., Diretor da Pontifícia Faculdade São Boaventura, que também dirige a Cátedra Kolbiana na mesma instituição.   

     A Rádio Vaticano – Vatican News ouviu o Frei Gilson Miguel Nunes OFMCONV, que é o assistente internacional da Milícia da Imaculada. Leia na íntegra:

     "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus irmãos. Celebramos no dia 14 de agosto de 2021, 80 anos do Martírio de São Maximiliano Maria Kolbe, frade franciscano conventual, Apóstolo da Imaculada. O gesto de entregar a vida por um desconhecido, por um pai de família foi uma rajada de luz no campo de concentração de Auschwitz. O gesto heroico de São Maximiliano kolbe foi fruto de uma vida, toda ela entregue nas mãos da Imaculada através do apostolado da Imprensa, do rádio, das revistas, dos jornais, de um itinerário de fé e confiança, de um ardor missionário sem precedentes. Sim, o martírio de Kolbe continua nos inspirando a defender a vida na sua integralidade, no seu princípio ao seu ocaso natural. Não esqueçam, o amor ele recordou aos seus irmãos e recorda também a cada um de nós nos dias de hoje.

     Para conhecer melhor a vida de São Maximiliano Kolbe, a Milícia da Imaculada numa coedição com a Paulus Editora lança no Brasil, pela primeira vez, os escritos de São Maximiliano Kolbe traduzidos da 2ª edição italiana feita por frei Cristoforo Zambelli. O leitor brasileiro terá em mãos cartas, artigos, escritos do mártir da caridade São Maximiliano Kolbe. Poderá conhecer Kolbe através dele mesmo e dos seus pensamentos. Para celebrar os 80 anos do martírio colocamos então à disposição de todos os leitores os escritos de São Maximiliano Kolbe. Através desses escritos poderemos conhecer de maneira mais profunda sua obra, sua visão do homem e da humanidade, sua espiritualidade, o seu caminho, suas angústias e esperanças.

     O Legado que Kolbe nos deixa é um legado de amor, de fraternidade, de diálogo. Afirmação suprema da vida como dom de Deus desde a sua concepção ao seu ocaso. Não esqueça o amor recordava aos seus irmãos, e num mundo ferido, dividido, num mundo de novos totalitarismos Kolbe continua proclamando com a sua vida, e através da vida de todos aqueles que se consagram a Imaculada, seguindo seus passos, que a única força criativa é o amor, o ódio não é uma força criativa.

     Celebremos São Maximiliano Kolbe, busquemos inspiração na sua vida para iluminar também os dias sombrios do nosso tempo. São Maximiliano Kolbe rogai a Deus por nós, intercedei a Deus por nós".

 

Fonte: Paulo Teixeira - Milícia da Imaculada [via Vatican News]

Segunda, 16 Agosto 2021 20:58

Encontro dos frades poloneses

     Aconteceu entre os dias 12 e 14 de agosto, o Encontro dos Missionários Poloneses da Província São Maximiliano Kolbe. O encontro aconteceu no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental e contou com a presença dos frades que iniciaram os trabalhos na missão e que continuam a trabalhar a vida apostólica até a atualidade.

     O encontro também contou com a presença de Dom Janusz Marian Danecki, bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande e Dom João Casimiro Wilk, bispo da Diocese de Anápolis. Ambos poloneses, advindos de nossa Província São Maximiliano Kolbe.

     O encontro foi repleto de reflexões, celebrações, orações, palestras e momentos fraternos. O mesmo foi encerrado no dia 14 de agosto, dia da comemoração dos 80 anos do martírio de São Maximiliano, padroeiro da nossa província e conterrâneo dos frades poloneses. O encontro foi finalizado com a Santa Missa solene seguida de um almoço festivo.

Segunda, 16 Agosto 2021 17:19

A vida religiosa franciscana

Viver em Fraternidade

Francisco não se chamava de Dom, nem de Senhor Francisco, mas de Frei Francisco. Frei/frade são palavras derivadas do latim frater, que significa irmão. O frade é aquele que busca viver em comunidade, formando uma família, na qual há um só Pai – Aquele que está nos céus – e todos são irmãos de todos. Francisco viveu uma intensa relação de fraternidade com Cristo, o que fez dele um dom para os seus irmãos. E ele recomenda aos frades: "E sejam irmãos entre si". Na vida fraterna franciscana não pode haver irmãos de primeira ou de segunda categoria, todos são iguais em dignidade e direitos, respeitando-se o dom próprio que cada irmão recebe para ser posto a serviço da comunidade. A fraternidade franciscana envolve não só a comunidade de frades ou a família franciscana, mas alcança toda a humanidade e ainda a criação inteira, daí Francisco chamar de irmão o lobo, a água, o vento e até a morte corporal.

Viver em Pobreza

Francisco deixou tudo: riquezas, prestígios e até a própria família para seguir Jesus Cristo pobre. O Franciscano caracteriza-se pela sua doação total a Deus, desfazendo-se de tudo aquilo que possa distanciá-lo do seu Senhor. Sem nada de próprio, o frade é aquele que só tem uma tarefa: ser dom gratuito de Deus aos irmãos.

Viver em Obediência

Deixando tudo, Francisco só quis saber de uma coisa: cumprir a vontade de Deus. E isso se deu imitando Cristo obediente. O frade franciscano é aquele que renuncia todas as vontades pessoais, todos os quereres egoístas, e passa a querer somente uma única coisa: fazer a vontade de Deus. A vontade de Deus não é solta, mas muitas vezes é encarnada na pessoa dos seus pastores (o Papa, o Ministro Geral da Ordem, o Ministro Provincial e o Guardião).

Viver em Castidade

São Francisco renunciou todas as paixões deste mundo para viver somente para uma paixão: Jesus Cristo. O Franciscano renuncia as paixões humanas, o consolo e o afeto matrimônio para, imitando Jesus Cristo, estar inteiramente a serviço do Reino de Deus, sem nada que o prenda. Seu casamento é com o Deus de toda doçura e com a missão recebida dele.

Viver em Minoridade

Francisco quis viver entre os pobres, por isso se fez menor. O Franciscano é aquele que quer ser como Francisco, um menor entre os menores. Através de suas atitudes, o frade busca a pequenez evangélica. O Frade Menor é um homem que se identifica com o Cristo Servidor e procura estar junto aos menores e pobres, comprometendo-se com eles e com a promoção da justiça social.

Viver em Oração

São Francisco buscou viver uma intensa experiência de oração. Estava sempre em diálogo com Deus. O Frade Franciscano é aquele que procura estar sempre em comunhão e em diálogo com Deus, contemplando as coisas do alto e tendo uma profunda vivência de oração, isto é, de intimidade com o Deus que o ama e o agraciou com a vocação.

A Fraternidade Franciscana: uma comunidade de frades irmãos religiosos e de frades sacerdotes

Quem entra na vida Religiosa Franciscana não tem como objetivo primeiro ser sacerdote, ser padre. Tem, em primeiro lugar, a vontade de ser franciscano, de ser irmão, de ser frade. O ideal de vida dos Franciscanos é o mesmo para todos: seguir Jesus Cristo a modo de Francisco de Assis. O que todos têm de comum é a consagração religiosa, que os coloca a serviço a Deus e aos irmãos. Por isso, dentro da fraternidade não dever haver discriminação se este é padre e aquele irmão, pois antes de ser padre o franciscano tem como primeiro objetivo e compromisso ser irmão. Eles devem se ajudar mutuamente, animando-se nas dificuldades e convivendo fraternalmente. O Franciscano, no serviço à Igreja, às comunidades cristãs e também aos que não creem, prestam diferentes formas de serviços: trabalhando com o povo, catequizando, assistindo aos doentes, em movimentos populares, servindo nos trabalhos internos de sua comunidade religiosa, lutando pela paz, pela justiça, pelos direitos humanos, etc. Se o Franciscano assume o sacerdócio, ele também serve a Igreja na pregação, na administração dos sacramentos e no acompanhamento das comunidades cristãs em uma determinada diocese.

O Irmão Religioso Franciscano

Ser religioso não implica necessariamente ser padre. A finalidade da vida religiosa como já vimos é a imitação de Jesus Cristo, que viveu sobre a terra pobre, casto e obediente. A vida religiosa franciscana é uma forma de o cristão se consagrar a Deus. O Irmão Religioso Franciscano é aquele que assumiu viver o Evangelho de Cristo nas pegadas de São Francisco de Assis. O campo de trabalho do irmão é muito vasto e há muitas possibilidades de atuação apostólica na Igreja.

O Religioso Franciscano Sacerdote

Se ser padre não é o essencial da vida religiosa, tampouco é um empecilho para vivê-la. O sacerdócio é assumido pelo religioso como uma vocação a serviço da Igreja. O padre possui algumas funções que somente ele pode exercer como, por exemplo, administrar os sacramentos da confissão, da unção dos enfermos, presidir a celebração da Santa Missa, conduzir uma comunidade paroquial, etc. Hoje nem todas as funções e serviços paroquiais podem/devem ser assumidas pelo sacerdote; muitos ministérios podem/devem ser realizados por ministros leigos, o que também dá a oportunidade de o irmão atuar numa comunidade paroquial. O Religioso Franciscano Sacerdote deve se caracterizar por um jeito bem próprio de atuar no meio do povo, da Igreja, colocando sempre o Senhor no centro de tudo.

Fonte: franciscanosconventuais.org.br (via Milícia da Imaculada)

Dia 14 de agosto, comemoram-se os 80 anos do martírio de São Maximiliano. Assim sendo, trouxemos em anexo um resumo sobre a vida do Mártir São Maximiliano Maria Kolbe, sua trajetória, seu amor à Virgem Santíssima e o surgimento da nossa Província que o tem como patrono. Leia abaixo:

 

Quarta, 11 Agosto 2021 19:06

11 de agosto: dia de Santa Clara de Assis

            Santa Clara nasceu em 1194, em Assis. Era da família Favarone, família nobre e de grande prestígio em Assis. A realidade familiar de Clara possibilitava vislumbrar um futuro sólido e fabuloso em razão do sangue nobre, dos bens, dotes, e promessas de um futuro seguro e tranquilo.

            Ainda jovem, Clara fora marcada pelo testemunho evangélico de São Francisco de Assis que renunciara em praça pública os bens e a segurança de sua família estável, para uma entrega de vida evangélica. A Jovem Clara, que já adotara em sua mocidade um grande respeito aos valores cristãos e ao amor aos pobres, sentiu o pulsar evangélico em seu interior, vislumbrando a vocação religiosa conforme o Evangelho que diz: “E todo aquele que deixar casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras por amor a mim, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna.” (Mt 19,29).

            Com seus 18 anos, abandona a família, a segurança e o futuro promissor aos moldes da época para se consagrar a Deus, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis. Em 1212, no Domingo de Ramos, ela encontra com Francisco de Assis e seus companheiros na Porciúncula (Igreja Nossa Senhora dos Anjos) e consagra sua vida a Deus, pelo sinal do corte de seus cabelos por São Francisco de Assis. Logo depois foi morar entre as beneditinas e posteriormente em São Damião, Igreja reconstruída por São Francisco de Assis, dando origem Ordem das damas pobres, as Clarissas. Tomás de Celano, escreve sobre Santa Clara: “...já tinha começado a existir a Ordem dos frades, quando essa senhora foi convertida para Deus pelos conselhos do santo homem, servindo assim de estímulo modelo para muitas outras” (1 Cel 18)

           Somos impactados com a iconografia Santa Clara, sua imagem com um ostensório eucarístico, em sinal do amor e confiança na Eucaristia. Diante de uma tentativa de invasão dos mouros (homens violentos que desejavam invadir o Convento em Assis) ela, com sua fé na Eucaristia, orava a Deus para que as irmãs fossem preservadas do ataque do mal, dizendo: “Meu Senhor, será que quereis entregar inermes nas mãos dos pagãos as vossas servas, que criei com vosso amor? Guardai Senhor, vos rogo, essas vossas servas, as quais não posso defender” (Leg Santa Clara 22). Pois, a atitude e virtude de Santa Clara surtiu o efeito da libertação “De repente a audácia daqueles cães se retraiu e assustou. Saíram rápidos pelo muro que tinham pulado” (Leg Santa Clara 22).

             Um milagre ressaltado em sua legenda é o da multiplicação dos pães. No mosteiro havia apenas um pão e sendo próximo a hora da alimentação, a fome apertara. Santa Clara pediu a irmã dispenseira que dividisse o pão com os frades, ficando no mosteiro apenas a metade do pão, e que esse fosse dividido em cinquenta pedaços conforme o número das irmãs. Após a oração de Santa Clara os pequenos pedaços cresceram. Todas as irmãs comeram e ficaram satisfeitas (Leg Santa Clara 15).

            Outro relato de milagre acontece um ano antes de sua morte em 1253, na celebração da Eucaristia. Sem poder sair de seu leito, a celebração da Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu quarto. Santa Clara conseguiu assistir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando a santa detalhou em uma missa, as palavras do sermão do celebrante. Em 1958, foi proclamada oficialmente “Patrona da Televisão” por Papa Pio XI

            Diante dos grandiosos sinais de santidade, em 1992, João Paulo II falou, de improviso, às Irmãs Clarissas, em Assis. Destaco: “É verdadeiramente difícil separar estes dois nomes: Francisco e Clara... Há entre eles algo de profundo que não pode ser compreendido com critérios humanos, mas tão-somente de Espiritualidade franciscana, cristã e evangélica. Não eram puros espíritos. Eram corpos, pessoas, espíritos. Francisco via-se a si mesmo à imagem de Clara, esposa de Cristo, esposa mística. Nela via retratada a santidade que devia imitar. Via-se a si mesmo como irmão pobrezinho, à semelhança dessa esposa autêntica de Cristo, em quem reconhecia a imagem da esposa perfeitíssima do Espírito Santo, Maria Santíssima”.

            Portanto como escreve Tomás de Celano, ressaltando as virtudes de Santa Clara: “a senhora Clara, que era clara de verdade pela santidade de seus merecimentos, primeira mãe das outras, porque tinha sido a primeira plantinha dessa Ordem” (1Cel116). Compreendemos a grandeza e santidade de Santa Clara que nos seus 60 anos de vida foi chamado pelo Senhor em 11 de agosto de 1253.

Nossa Senhora dos Anjos - Perdão de Assis

Hoje, 02 de agosto, celebramos a Solenidade de Nossa Senhora dos Anjos, dia de Indulgência Plenária que é tradicionalmente chamado “o dia do Perdão de Assis”. É concedido a todas as igrejas.

A indulgência, como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica (1471), se entende como “a remissão perante Deus, da pena temporal devida aos pecados, mesmo diante do perdão da culpa.”

Condições para se receber a indulgência plenária

  1. Participar da Eucaristia;
  2. Rezar o credo e o Pai Nosso;
  3. Confessar-se sacramentalmente.
  4. Rezar nas intenções do Papa.
  5. Estar no local e condições suscitado pelo Santo Padre.

 

História de Nossa Senhora dos Anjos

A primeira igreja foi construída no ano de 352, por quatro peregrinos vindos de Jerusalém, que veneravam ali uma relíquia do túmulo da Santíssima Virgem, dedicada a Maria, assunta ao céu pelos anjos, e daí derivou o título: Santa Maria dos Anjos.

A Solenidade do Perdão de Assis tem sua origem numa visão que São Francisco de Assis teve de Jesus e Maria Santíssima na Igreja da Porciúncula.

Segundo Bartolomeu de Pisa:

Em uma noite do ano 1216, São Francisco estava em oração na pequena igrejinha da Porciúncula, quando apareceu uma grande luz e Francisco viu sobre o altar, Cristo revestido de luz e, à sua direita, a Mãe Santíssima cercada por uma multidão de anjos.

São Francisco adorou em silêncio com o rosto por terra o Senhor e Jesus lhe disse: "Pede o que deseja para a salvação das almas".

A resposta de São Francisco foi imediata.

- "Santíssimo Pai, eu sei que sou um miserável e pecador, te peço para que todos os penitentes que se confessarem e forem visitar esta igreja, lhes seja concedido amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todos as culpas".

- "Aquilo que tu me pedes, Francisco, é grande", lhe disse o Senhor. "Porém de coisas maiores tu és digno e as terás. Acolho, portanto, o teu pedido. Mas quero que tu peças ao meu vigário na terra, de minha parte, esta indulgência".

São Francisco de Assis se apresentou ao papa Onório II, que se encontrava em Perúgia e, com simplicidade, lhe contou a visão que tivera. O papa o escutou com atenção e depois de certa hesitação, lhe perguntou: "Por quantos anos quer esta indulgência?" - "Santo Padre, não peço anos, mas almas”,

Poucos dias depois, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

Os grandes momentos da vida de São Francisco de Assis aconteceram na Porciúncula:

 

1º – Lugar que reconstruiu no terceiro ano de sua Conversão, por causa da proximidade do bosque e dos leprosários,

2º – Lugar onde Santa Clara, aos 19 de março de 1211, consagrou-se ao Senhor.

3º – É o lugar que São Francisco de Assis recebeu os primeiros companheiros (Bernardo, Pedro, Egídio)

4º – Após a aprovação da proto-Regra pelo Papa Inocêncio III, os primeiros irmãos (doze) vão morar na Porciúncula.

5º – Na Porciúncula, celebravam-se os Capítulos ou “encontros dos irmãos”. Foi ali que se celebrou a famoso Capítulo das Esteiras no ano de 1219.

6º –É lugar onde aconteceu o transito de São Francisco de Assis, no 3 de outubro de 1226.

Tomás de Celano disse: " O bem-aventurado pai dizia que lhe havia sido revelado por Deus que Nossa Senhora que tinham uma predileção por aquele lugar, entre todas as igrejas construídas no mundo em sua honra. E era por isso que o santo gostava mais dela que das outras". (1 Celano, I, 12).

Segunda, 26 Julho 2021 18:03

Encontro de Guardiões Centro-Oeste 2021

No dia 07 de julho, aconteceu em Brasília, no Centro Franciscano de Evangelização e Cultura (CFEC), o Encontro dos Guardiões do Centro-Oeste. Os guardiões são os frades responsáveis pelos conventos franciscanos. A oportunidade foi utilizada para partilha de um momento fraterno e também foram discutidos os problemas e dificuldades encontrados dentro da vida comunitária.

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