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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

 

 

 Celebrou-se no dia 04 de junho(sábado) de 2022,  o aniversário de 50 anos de Sacerdócio do frei Mieczyslaw Tlaga.  São  50 anos de sua vida celebrando o Santo Sacrifício de Nosso Senhor Jesus, e dedicando à Ordem Franciscana, especificamente na Província São Maximiliano M. Kolbe, no trabalho missionário no Brasil. Frei Mieczyslaw Tlaga   nasceu em  Choiny/Polônia em  29 de abril de 1947, ele  fez sua profissão temporário entre Frades Franciscanos Conventuais em  28 de agosto de 1965. Sua  Ordenação Sacerdotal  foi no dia 04 junho de 1972. Frei Mieczyslaw  veio ao Brasil na segunda turma de missionário poloneses,  no dia 16 de novembro de 1976, chegou ao Brasil e muito colaborou na missão,  trabalhando  no início com Dom Agostinho na formação do primeiro Convento da  Missão, o Convento Jardim da Imaculada em 1977;  Ele  construiu o Santuário São Francisco em Brasília DF, e exerceu o governo da Custódia,  sendo o  3º Custódio Provincial. Hoje além de colaborar nos trabalhos pastorais na Paróquia São Francisco de Assis no Valparaíso- GO,   é professor e  Doutor em Direito Canônico. Parabéns frei Mieczyslaw Tlaga! Parabéns pelos seus 50 anos de vida sacerdotal e que a Virgem Maria lhe cubra com seu Manto Sagrado.  Que sua vida religiosa franciscana seja sempre marcada pelo trabalho ardoroso, pela  missionaridade, dedicando  aos doentes, as crianças, aos idosos, como sempre fez. A Província São Maximiliano M. Kolbe reza por seu ministério e sua entrega ao Reino de Deus, na Igreja e na Ordem. Parabéns!! .

 

“A santificação e a perseverança dependem da devoção à Mãe Santíssima” (São Maximiliano M. Kolbe). 

 Celebramos 19 anos como Província e 48 anos de presença jurisdicional  no Brasil, sendo que em 2024 celebraremos 50 anos de nossa presença no Brasil. Nesta data primeiro gesto de todos nós Frades é  termos a  gratidão a Deus , e gratidão a intercessão  da Imaculada, essas devem ser virtudes a permear nossos corações. Todos nós sabemos dos altos e baixos que nossa província enfrentou e viveu ao longo destes anos,  das sombras e luzes que cada frade  dispõe  na realidade jurisdicional. Apesar de tudo,devemos ser gratos por inúmeras  vitórias alcançadas ao longo dos anos, apesar das sombras. De fato , é um ato de misericórdia  de Deus

Celebrar o aniversário , permite reconhecer os valores e vitórias alcançados ano a ano ,  mas também , nos potencializam para lutar pelo  futuro, nos impõe uma responsabilidade  e a missão de construir um rosto da provincial conforme a herança kolbiana. Também, o aniversário nos permite  voltar as raízes  mariana de nossa jurisdição. Aqui recordamos a origem e nascimento da Missão planejada  pela Província Mãe -Imaculada Conceição, que projeta a realização da missão em ação  de Graças  à Beatificação de São Maximiliano M. Kolbe, ocorrida no dia  17 de outubro de 1971. Além disso,  o testemunho ao longo do anos foram sinais grandiosos e belo de  consagração à IMACULADA, através do    Apostolado Mariano, da revista , da rádio, da espiritualidade, etc.  Neste caráter mariano, recordo o Decreto  de Ereção da província, assinado pelo  Ministro Geral Joaquim Giermek  do  dia  festivo da Visitação de Nossa Senhora. 31 de maio de 2003, no qual  chama atenção   algumas preocupações que fora ressaltado para a Ereção da  província:

01-      A intenção da Custódia São Maximiliano M. Kolbe  de se tornar Província,  com um pedido oficializado no Capítulo  Custodial do ano 2000;

02-      O pedido da  Província  Imaculada Conceição de Varsóvia o no Capítulo  de 2001, formalizado no pedido fdo Ministro Provincial da Polônia em 26 de maio de 2003;

03-      A visita canônica na Custódia São Maximiliano  m. Kolbe , na  época , realizada no ano de 2002  considerando nossa jurisdição  com os requisitos jurídico para  ser tornar Província.

 Portanto , os fundamentos exigido pelo Ordem para tornar Província era presente em  nossa jurisdição! Comprovou que nossa jurisdição era capaz , era madura , com potencialidade de realizar o nome da Ordem e da Igreja. Eis a grande missão dada todos,  enquanto frades desta  Província.

    Nesta festa da Visitação de Nossa Senhora, o Evangelho de São Lucas  diz: “Todas as gerações me chamarão bem aventurada... O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor“ (Lc 1, 49). De fato, a Virgem Santíssima foi visitada pelo Anjo Gabriel (Lc 1, 28) teria motivos para se orgulhar e se  exaltar, mas pelo contrário se colocou como serva, se dispôs a servir? Este é  um belo sinal e  testemunho do Serviço da Virgem Maria ,  visitando a sua prima Santa Isabel (Lc 1, 39),. A Virgem Santíssima leva o  Cristo em seu seio, sendo Jesus a  Palavra  viva apresentado como dom de  Nossa Senhora(Lc 1, 44).  O Exemplo da Imaculada nos recorda  as vitórias de nossa Província, que são grandiosas  que consideramos como  sinais de Deus ao longo da história:

         Sinais de Deus,  como as inspiração de Dom Agostinho no crescimento da Custódia e o nascimento da Missão no Amazonas;

         Sinais de Deus,  no apostolado, na devoções Mariana  e herança kolbiana través da Revista, da Rádio , do apostolado paroquial;

         Sinais de Deus,  pela perseverança  dos missionários poloneses e muitos frades brasileiros;

         Sinais de Deus,  pelas  vocações só longo dos anos , apesar das dificuldades vocacionais  no mundo inteiro, ainda somos a jurisdição com maior numero de vocações como Dom de Deus.

         Sinais de Deus , pelo  carisma presentes em cada frade;  

         Os sinais de Deus, não deve nos tornar soberbos ou vaidosos, mas como Virgem Santíssima  se dispôs a servi, ter atitude da Virgem Santíssima diante de Santa Isabel.  na Visitação. A Província cresceu no espirito de servico a Igreja , a Ordem , as dioceses, servindo no manutenção do carisma franciscano , servindo  na manutenção das comunidades  conventuais, servido através dos serviços de apostolado;  servindo pelo cuidado com a formação.

 A Província São Maximiliano Maria Kolbe celebra os seus 19 anos de Ereção Canônica, no próximo dia 31 de maio, sendo 48 anos de presença jurisdicional no Brasil. A festa da “Visitação de Nossa Senhora” é o marco celebrativo que nos dá uma grandiosa oportunidade para festejarmos, com estusiasmo e júbilo, o nascimento da Província. Nós participamos desta bonita história e acredito que este seja um louvável motivo de contentamento para nossa comunidade provincial! No ano de 2024, celebraremos o Jubileu de 50 anos da nossa presença no Brasil. Meio século transcorrido desde a chegada de Dom Agostinho, no dia 16 de outubro de 1974, estabelecendo a Missão tão almejada pela nossa Foi assim que neste ideal sagrado, nasceu a Província de São Maximiliano Maria Kolbe, como um ato de fé, de devoção à Virgem Imaculada, a ILIA São Maximiliano e a Igreja. A recomendação a nós frades é que nos preparemos para celebrarmos este Jubileu com gratidão e contentamento, reconhecendo as graças e dádivas a nós concedidas pelo Senhor, pela intercessão da Imaculada e São Maximilano.

A Ereção Canônica da nossa Província foi uma grande dádiva de Deus, através da Ordem, que reconheceu formalmente a riqueza da diversidade, do carisma, da atuação pastoral e da organização que a Província vinha realizando ao longo dos anos. A Ereção Canônica da Província São Maximiliano, em 2003, alegrou enormemente os frades missionários poloneses e brasileiros, bem como, os frades amigos de outras jurisdições que externaram  contentamento pelo reconhecimento da Cúria Geral, que aprovou a Ereção da nossa Província, que contava com apenas 29 anos de existência jurisdicional. A história aguerrida de nossa juridição é uma grande herança recebida dos  esforços e dedicação de Dom Agostinho e dos primeiros Missionários poloneses. Esforços testemunhados por nossos frades brasileiros que seguiram o exemplo dos missionários poloneses, se dedicaram a laboriosa arte de construir, no  testemunho do apostolado, da vivência da conventualidade e do carisma franciscano. 

Quando da sua Ereção Canônica, a Província, já elencava diversas vitórias alcançadas,  ao longo dos anos,  entre as quais podemos citar: 

  • Em menos de três anos, de presença jurisdicional, a Missão já havia  adquirido o terreno do “Jardim da Imaculada”, iniciando a construção da Sede da Missão e do Cavaleiro da Imaculada, que foram abençoados no dia 08 de dezembro de 1977;  • Com 09 anos de presença no Brasil, já se instituía a Casa de Formação do postulantado no Jardim da Imaculada, aos 17 de outubro de 1983; 
  • Ao ser erigida como Província, em 2003, a  então Custódia de São Maximiliano já mantinha três casas de formação: a do postulantado, do noviciado (próprio) e a casa do pós-noviciado e ISB (Instituto São Boaventura).
  • Havia a grande expectativa de numerosas vocações.

De fato, a vitória alcançada foi fruto de esforços diversos dos frades, pois a grande conquista, exigia trabalho ardoroso para sua manutenção. Nos 19 anos posteriores à Ereção da Província, foram diversas as conquistas, como:  as comunidades de Anápolis - GO;  de João Pessoa - PB; de Feira de Santana -BA; de Santa Maria - DF; a Missão no Amazonas,  com suas duas casas de Missão e duas presenças em Manaus; a doação da Fazenda São Miguel - DF.  As expectativas vocacionais, se realizavam, fruto da  graça concedida à  Província e mesmo diante do grande desafio vocacional enfrentado pela Ordem, seja a nível mundial, a nível de FALC e de UCOB, nossa Província conseguia, a cada ano, novas  vocações como verdadeiro dom de Deus, o que nos permitiu avançar no apostolado, segundo a vontade de Deus, pela Imaculada, como dizia são Maximiliano: “A vontade da Imaculada está estreitamente identificada com a vontade de Deus” (São Maximiliano M. Kolbe). 

Hoje mantemos nossas presenças em três regiões distintas do Brasil: no Centro Oeste, Nordeste e Norte do país, com a Missão em Juruá e Tefé, no estado do Amazonas. Apesar dos grandes desafios, ao longo dos anos, a Província São Maximiliano M. Kolbe, hoje é identificada como a maior Província da América Latina, vislumbrando um cenário promissor de presença e crescimento, seja na  Região do Centro-Oeste, do Norte e na região Nordeste do país, como a Ereção da Delegação de Santo Antônio. Hoje, nossa comunidade Provincial é composta por 18 comunidades conventuais, sendo duas casas filiais e duas casas de Missão. Estes são nossos gradiosos motivos de gratidão a Deus para a celebração do nosso aniversário.  Sabemos claramente que a vocação de cada frade é um dom de Deus e que esta se realiza pela intercessão da Virgem Imaculada, que faz de nós colaboradores para o crescimento do Reino de Deus. Hoje podemos reconhecer que mesmo diante das limitações e fraquezas, a Província resguarda o propósito inicial que motivara sua criação: a herança kolbiana, motivo de sua existência.

Nestes anos da sua presença no Brasil, a nossa Província tornou-se grande uma promotora da devoção mariana, seja pelo seu apostolado, que pela consagração pessoal de cada frade, seja também na missão e evangelização vividas na simplicidade de Maria. Recordamos a palavra do santo Padre o Papa Francisco ao afirmar que: “pensamos que Deus conta apenas com nossa parte boa e vitoriosa, quando na verdade, a maior parte de seu desígnio se cumpre através de nossas fraquezas” . Esta realidade se fez em nossa Província, a qual viu, ao longo dos anos, independentemente dos seus limites, o seu crescimento e desenvolvimento se realizando como obra da Imaculada, o que nos possibilitou a chegarmos hoje ao número de 79 frades professos solenes e a média de 50 formandos nas diversas etapas formativas, uma Delegação Provincial erigida para o Nordeste  e a Missão no Amazonas. 

O Sacrifício e a oblação vividos, por uma vida de consagração, de trabalho apostólico e missionário realizado pelos frades, são instrumentos nas mãos da Virgem Santíssima, para a edificação da nossa Província, a cada dia. Reconhecemos que tudo tem sido fruto da bondade divina e da intercessão da Imaculada, a qual a Província é consagrada. “A gente não vai ao cèu de graça. Se não houver luta, não haverá vitória . Estas palavras de nosso santo Patrono são palavras motivadoras que ofereço a cada frade de nossa amada Província, nesta celebração dos 19 anos de sua Ereção: Lutemos pelo céu! A vida da Província é um convite a vivência da consagração religiosa pelos votos de pobreza, obediência e castidade, na vivência do amor à Nossa Senhora, por meio da consagração a Ela, pois é na experiência desta consagração que conduziremos nossa Província no espírito de São Maximiliano, o qual afirmava: ”Se a Imaculada nos chamou, por certo  lhe somos necessário, pois Deus age através de  diferentes instrumentos ”. 

Feliz Aniversário! Desejo a cada confrade que por seu testemunho, por sua consagração religiosa e consagração a Imaculada, pelo seu ministério sacerdotal, sua vivência religiosa no carisma franciscano, seu trabalho conventual e dedicação a vida comunitária, seu testemunho de fé, sua vida apostólica, sua missão realizada, constroe diariamente a história da nossa Província. Que o Senhor continue a vos abençoar e santificar  a fim de que venhamos a ser uma Província grande e santa, conforme o desígnio da Imaculada!  Feliz aniversário,  Província São Maximiliano Maria Kolbe!

 “A santificação e a perseverança dependem da devoção à Mãe Santíssima”

(São Maximiliano M. Kolbe).[1]

 

A Província São Maximiliano Maria Kolbe celebra os seus 19 anos de Ereção Canônica, no próximo dia 31 de maio, sendo 48 anos de presença jurisdicional no Brasil. A festa da “Visitação de Nossa Senhora” é o marco celebrativo que nos dá uma grandiosa oportunidade para festejarmos, com entusiasmo e júbilo, o nascimento da Província. Nós participamos desta bonita história e acredito que este seja um louvável motivo de contentamento para nossa comunidade provincial!

No ano de 2024, celebraremos o Jubileu de 50 anos da nossa presença no Brasil. Meio século transcorrido desde a chegada de Dom Agostinho, no dia 16 de outubro de 1974, estabelecendo a Missão tão almejada pela nossa alma “Província Mãe de Varsóvia”, em ação de graças pela Beatificação do frei Maximiliano M. Kolbe, ocorrida no dia 17 de outubro de 1971. Foi assim que neste ideal sagrado, nasceu a Província de São Maximiliano Maria Kolbe, como um ato de fé, de devoção à Virgem Imaculada, a São Maximiliano e a Igreja. A recomendação a nós frades é que nos preparemos para celebrarmos este Jubileu com gratidão e contentamento, reconhecendo as graças e dádivas a nós concedidas pelo Senhor, pela intercessão da Imaculada e São Maximiliano.

A Ereção Canônica da nossa Província foi uma grande dádiva de Deus, através da Ordem, que reconheceu formalmente a riqueza da diversidade, do carisma, da atuação pastoral e da organização que a Província vinha realizando ao longo dos anos. A decisão da Cúria Geral em 2003, alegrou enormemente os frades missionários poloneses e brasileiros, bem como, os frades amigos de outras jurisdições que externaram contentamento pelo reconhecimento da Cúria Geral, que aprovou a Ereção da nossa Província, que contava com apenas 29 anos de existência jurisdicional.

A história aguerrida de nossa jurisdição é uma grande herança recebida dos esforços e dedicação de Dom Agostinho e dos primeiros Missionários poloneses. Esforços testemunhados por nossos frades brasileiros que seguiram o exemplo dos missionários poloneses, se dedicaram a laboriosa arte de construir, no testemunho do apostolado, da vivência da conventualidade e do carisma franciscano. 

Quando da sua Ereção Canônica, a Província, já elencava diversas vitórias alcançadas, ao longo dos anos, entre as quais podemos citar: 

  • Em menos de três anos, de presença jurisdicional, a Missão já havia adquirido o terreno do “Jardim da Imaculada”, iniciando a construção da Sede da Missão e do Cavaleiro da Imaculada, que foram abençoados no dia 08 de dezembro de 1977; Com 09 anos de presença no Brasil, já se instituía a Casa de Formação do postulantado no Jardim da Imaculada, aos 17 de outubro de 1983;
  • Ao ser erigida como Província, em 2003, a até então Custódia de São Maximiliano já mantinha três casas de formação: a do postulantado, do noviciado (próprio) e a casa do pós-noviciado e ISB (Instituto São Boaventura).
  • Havia a grande expectativa de numerosas vocações.

De fato, a vitória alcançada foi fruto de esforços diversos dos frades, pois a grande conquista, exigia trabalho ardoroso para sua manutenção. Nos 19 anos posteriores à ereção da Província, foram diversas as conquistas, como:  as comunidades de Anápolis - GO; de João Pessoa - PB; de Feira de Santana -BA; de Santa Maria - DF; a Missão no Amazonas, com suas duas casas de Missão e duas presenças em Manaus; a doação da Fazenda São Miguel - DF. 

As expectativas vocacionais, se realizavam, fruto da graça concedida à Província e mesmo diante do grande desafio vocacional enfrentado pela Ordem, seja a nível mundial, a nível de FALC e de UCOB, nossa Província conseguia, a cada ano, novas vocações como verdadeiro dom de Deus, o que nos permitiu avançar no apostolado, segundo a vontade de Deus, pela Imaculada, como dizia são Maximiliano: “A vontade da Imaculada está estreitamente identificada com a vontade de Deus” (São Maximiliano M.

Kolbe).[2]

Hoje mantemos nossas presenças em três regiões destintas do Brasil: no Centro Oeste, Nordeste e Norte do país, com a Missão em Juruá e Tefé, no estado do Amazonas. Apesar dos grandes desafios, ao longo dos anos, a Província São Maximiliano M. Kolbe, hoje é identificada como a maior Província da América Latina, vislumbrando um cenário promissor de presença e crescimento, seja na Região do Centro-Oeste, do Norte e na região Nordeste do país, como a Ereção da Delegação de Santo Antônio. Hoje, nossa comunidade Provincial é composta por 18 comunidades conventuais, sendo duas casas filiais e duas casas de Missão. Estes são nossos grandiosos motivos de nossa gratidão a Deus para a celebração do nosso aniversário. 

Sabemos claramente que a vocação de cada frade é um dom de Deus e que esta se realiza pela intercessão da Virgem Imaculada, que faz de nós colaboradores para o crescimento do Reino de Deus. Hoje podemos reconhecer que mesmo diante das limitações e fraquezas, a Província resguarda o propósito inicial que motivara sua criação: a herança kolbiana, motivo de sua existência.

A celebração do aniversário da Província São Maximiliano, também nos recorda a raiz mariana de nossa jurisdição, que desde a sua origem fora consagrada à IMACULADA e ao Apostolado Mariano, o qual, nos faz recordar nesta festa da Visitação, o Evangelho de São Lucas que disse: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada... O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor“(Lc 1, 49). De fato, a Virgem Santíssima foi visitada pelo Anjo Gabriel (Lc 1, 28) e se colocou como serva ao visitar a sua prima Santa Isabel (Lc 1, 39), levando Cristo, em seu seio, pela Palavra (Lc 1, 44).

Nestes anos da sua presença no Brasil, a nossa Província tornou-se grande uma promotora da devoção mariana, seja pelo seu apostolado, que pela consagração pessoal de cada frade, seja também na missão e evangelização vividas na simplicidade de Maria. Recordamos a palavra do santo Padre o Papa Francisco ao afirmar que: “pensamos que Deus conta apenas com nossa parte boa e vitoriosa, quando na verdade, a maior parte de seu desígnio se cumpre através de nossas fraquezas”[3]. Esta realidade se fez em nossa Província, a qual viu, ao longo dos anos, independentemente dos seus limites, o seu crescimento e desenvolvimento se realizando como obra da Imaculada, o que nos possibilitou a chegarmos hoje ao número de 79 frades professos solenes e a média de 50 formandos nas diversas etapas formativas, uma Delegação Provincial erigida para o Nordeste e a

Missão no Amazonas. 

O Sacrifício e a oblação vividos, por uma vida de consagração, de trabalho apostólico e missionário realizado pelos frades, são instrumentos nas mãos da Virgem Santíssima, para a edificação da nossa Província, a cada dia. Reconhecemos que tudo tem sido fruto da bondade divina e da intercessão da Imaculada, a qual a Província é consagrada. 

A gente não vai ao cèu de graça. Se não houver luta, não haverá vitória[4]. Estas palavras de nosso santo Patrono são palavras motivadoras que ofereço a cada frade de nossa amada Província, nesta celebração dos 19 anos de sua Ereção: Lutemos pelo céu! A vida da Província é um convite a vivência da consagração religiosa pelos votos de pobreza, obediência e castidade, na vivência do amor à Nossa Senhora,

por meio da consagração a Ela, pois é na experiência desta consagração que conduziremos nossa Província no espírito de São Maximiliano, o qual afirmava:” Se a Imaculada nos chamou, por certo lhe somos necessários, pois Deus age através de diferentes instrumentos[5]

Feliz Aniversário! Desejo a cada confrade que por seu testemunho, por sua consagração religiosa e consagração a Imaculada, pelo seu ministério sacerdotal, sua vivência religiosa no carisma franciscano, seu trabalho conventual e dedicação a vida comunitária, seu testemunho de fé, sua vida apostólica, sua missão realizada, constroem diariamente a história da nossa Província. Que o Senhor continue a vos abençoar e santificar a fim de que venhamos a ser uma Província grande e santa, conforme o desígnio da Imaculada! 

Feliz aniversário, Província São Maximiliano Maria Kolbe!

  

 

 

Frei Gilberto de Jesus

Ministro Provincial

 

[1] KOLBE, Maximiliano Maria. Conferências Ascéticas de São Maximiliano Maria Kolbe. Edições Kolbe, Cidade Ocidental, p. 193.

[2] Idem, p. 35.

[3] CORDIS, Patris. Papa Francisco. Carta por ocasião do 150º aniversário da Declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja. Editora CNBB, Brasília, p. 11.

[4] KOLBE, Maximiliano Maria. Conferências Ascéticas de São Maximiliano Maria Kolbe. Edições Kolbe, Cidade Ocidental, p. 57.

[5] Idem, p. 79. 

 

            Os franciscanos celebram neste dia 24 de maio a festa da Dedicação da Basílica de São Francisco de Assis. A proposta da construção da Basílica de São Francisco de Assis nasceu no dia seguinte à canonização de São Francisco de Assis, a pedido do Papa Gregório IX. Ele sugeriu que conservassem os restos mortais de São Francisco de Assis num lugar digno. O mesmo Pontífice abençoou a pedra fundamental em 1228 e em 1239 ordenou que o corpo do santo fosse transportado do túmulo provisório da igreja de São Jorge para a nova basílica, que recebeu o título de “igreja-mãe” da Ordem dos Frades Menores. A construção da igreja superior foi terminada em 1253. Inocêncio IV a consagrou solenemente título de Basílica, “cabeça e mãe” de todas as igrejas da Ordem Franciscana. O templo foi elevado a Basílica patriarcal e Capela papal por Bento XIV dia 25 de março de 1754.

            O Documento do Papa Bento XIV, “Constituição Fidelis Dominus”, diz: Assim construída, foi para aí transladado  com memorável pompa o corpo de São Francisco de Assis, e o papa Inocência IV dedicou-a solenemente no domingo antes da Festa da Ascensão do Senhor em 1253, também no dia 25 de maio.”

            A Basílica de São Francisco de Assis, está localizada na Região da Úmbria, é importante ressaltar que fora considerada como patrimônio da Humanidade desde 2000.  No seu Interior, a Basílica é dividida em parte inferior e superior. O local onde a Basílica foi construída era chamado de Colina do Inferno (lugar onde os criminosos eram mortos). Hoje o local é conhecido como Colina do Paraíso. A pedra fundamental foi posta pelo Papa Gregório IX, em 1228.

            Sua arquitetura é uma síntese de Românico e Gótico Italiano. Na parte inferior, encontram-se afrescos de Cimabue e Giotto, na superior está uma série de afrescos com cenas da vida de São Francisco, também atribuída a Giotto e seus seguidores. A Basílica é administrada pelos Frades Menores Conventuais, sendo eles os guardiões dos restos mortais de São Francisco.  A igreja inferior, que representaria a penitência, consiste em uma nave central com várias capelas laterais com arcos semicirculares. Descendo pela nave se chega à cripta que guarda túmulo de São Francisco.  A igreja superior que representa a glória possui um estilo completamente diferente da inferior. Grandes janelas de vidro colorido banham com luz as obras de Giotto e Cimabue.

            Em 1818, a tumba de São Francisco foi redescoberta, depois de 600 anos “escondida”, com seus restos mortais. Em 1997, a cidade de Assis passou por um forte terremoto. Infelizmente, a Basílica de São Francisco foi uma das estruturas que mais sofreu com o impacto. Tal foi a gravidade do desastre natural, que quatro pessoas morreram quando parte do teto desmoronou. Os importantes afrescos foram destruídos mas, felizmente, foram restaurados graças aos fundos do Vaticano.

            Ontem, 23 de maio, foi realizada em Anápolis (GO) a cerimônia religiosa de Ereção do “Convento de Santa Clara de Assis”. Este convento é um sinal de Igreja, de fraternidade, apostolado e missão. Na prática, o convento Santa Clara já existia, pelos decretos do Ministro Geral e do Ministro Provincial. Todavia, foi realizada em fraternidade a cerimônia religiosa formal, na Paróquia Santa Clara. Estiveram presentes os frades residentes do convento, bem como outros confrades da Província.

            A ereção do Convento Santa Clara de Assis, em Anápolis (GO), é um marco importante para a Província São Maximiliano Maria Kolbe. Ela foi conseguida a partir do reconhecimento da Cúria Geral e do Ministro Geral, Frei Carlos Trovarelli (OFMConv); do Assistente Geral da Federação dos Conventuais da América Latina (FALC); bem como um posicionamento favorável de V. Ex.ª Reverendíssima, Dom João Wilk, bispo da diocese de Anápolis.

            É válido destacar duas frases de Santa Clara, que fundamentam a ereção deste convento em sua homenagem: “O reino dos céus não é prometido e dado pelo Senhor, senão aos pobres" (1ª Carta Santa Inês de Praga). Com certeza o convento é um lugar de doação de cada frade para realização da vida fraterna. A segunda frase que vale destacar, é um fragmento do Testamento de Santa Clara que diz: "E como é estreito o caminho e apertada a porta por onde se vai e se entra na vida, (...), felizes são aqueles a quem foi dado andar por ele e perseverar até o fim" (Test. S. Clara). De fato, a vida consagrada franciscana permite a vivência da virtude teologal da esperança. O convento é o lugar de encontro com a eternidade.

            O Projeto Provincial Quadrienal (PPQ), documento redigido no último Capítulo Ordinário em 2019, fala do Primado de Deus ao destacar, a nível pessoal, a motivação de cada frade: “(...) cada frade aprofunde o sentido de pertença à Ordem e à Província e isso seja realizado em cada convento, no convento de família, assumindo identidade de frade menor conventual, principalmente no tocante à vida de oração. Na partilha fraterna, no uso do hábito religioso e na vivência dos conselhos evangélicos, promovendo caminhos formativos adequados e à vida consagrada e à tradição franciscana PPQ.

            Erigir um convento, revela o valor da vida religiosa, sustentando o primado de Deus. Este, se realiza na vida conventual, possibilitando a vivência da identidade religiosa e fraterna, a espiritualidade e oração propostas pelos votos dos consagrados franciscanos.

            A Exortação Apostólica “Vida Consagrada, de João Paulo II, fala sobre a relação da Igreja e a particular importância de um convento, dizendo: “A Igreja particular espera muito o testemunho de comunidade, com alegria de Espírito (At 13,52). A Comunidade religiosa deve oferecer ao mundo o exemplo de comunidade onde a recíproca atenção ajuda a superar a solidão e a comunicação impele a sentirem-se corresponsáveis” (Vida Consagrada. João Paulo II, Pg 86).  Por isso, erigir um convento em Anápolis, é um testemunho cristão nessa diocese. Acolhendo, na pessoa de Dom João Wilk, a Casa Filial. Esta, que já era um sinal de nossa fraternidade, se torna regularizada juridicamente a nível de Igreja, de Ordem e Provincial, como espaço da fraternidade, da espiritualidade e identidade Franciscana.

            As Constituições da Ordem nos exortam sobre a Ereção do convento dizendo: “A Ereção do convento compete ao Capítulo Provincial e, em  caso de urgência, ao Ministro Provincial com seu Definitório, sempre com a anuência do Ministro Geral e seu Definitório. Nº34, 2

            A proposta da presença de nossa Província em Anápolis, como Casa Filial, nasceu após o convite de V. Exº Revmo Dom frei João Wilk. A proposta foi refletida pela comunidade provincial no Capítulo Ordinário de 2011. Em 2012, iniciou-se a experiência da Casa filial Santa Clara de Assis, ligada ao Convento São Francisco de Assis, em Brasília (DF). O primeiro frade responsável foi Frei Rômulo Albuquerque (OFMConv), juntamente com Frei Stanislaw Ocetek (OFMConv). Em 2013, Frei Emanoel Afonso (OFMConv), passou a compor a comunidade conventual, elevando a presença a três frades. A realidade dos primeiros frades foi desafiadora. Eles moravam de aluguel, cinco ruas acima da igreja e, apenas em 2013, conseguiram se instalar nas dependências da igreja, onde permanecem até os dias atuais.

            Essa primeira comunidade de frades permaneceu entre 2012 e 2015. Ao término do quadriênio, no Capítulo Provincial de 2015, Frei. James Fernandes (OFMConv) foi escolhido para ser pároco e coordenador dessa Casa Filial. No meio do quadriênio, Frei Almir Siqueira (OFMConv) assumiu a Casa Filial e paróquia Santa Clara, até ao Capítulo Ordinário de 2019, onde a posição passou a ser ocupada por Frei José Nazareno (OFMConv) juntamente com os confrades Frei Stanislaw Ocetek (OFMConv), Frei Joílson Cordeiro (OFMConv) e agora frei Antônio José (OFMConv) e sendo essa a atual comunidade conventual.

            Em 2022, a Casa Filial completa 10 de anos de presença e, conforme os Estatutos Gerais N.13, § 5: “Se após 12 anos da abertura não for fundada como convento, a casa filial seja suprimida pelo respectivo ministro com seu Definitório”. Portanto, fora necessário fazer uma avaliação de nossa presença em Anápolis, iniciando um diálogo com os frades, como Dom João Wilk e com a Cúria Geral.

            Com o propósito de avaliar a nossa situação em Anápolis, como Casa Filial, foi iniciado um diálogo com Dom João Wilk, após o Capítulo Ordinário de 2019. O bispo consentiu e apoiou a solidificação de nossa presença e nos deu permissão para erigir o futuro convento. Na oportunidade, ele externou a possibilidade e o desejo de doar um terreno de dois mil metros quadrados para o convento, na área da Paróquia Santa Clara. Além disso, colocou-se à disposição em nos ceder, a título de “comodato”, um terreno em Miranápolis.

            Em 2021, Dom João Wilk assinou o convênio com a Província, oferecendo um documento que oficializava sua intenção de doação do terreno, com o compromisso de regularização junto a prefeitura e entrega desta área para Missão Kolbe. Com base neste documento, Governo da Província seguiu com os procedimentos para ereção deste Convento, orientado pelos Estatuto Gerais, na observância do Código de Direito Canônico Nº. 612 que diz: “Para uma casa religiosa ser destinada a atividades apostólicas diversas daquelas para que foi constituída, requer-se o consentimento do Bispo Diocesano.

            O Capítulo de 2019 aprovou a ereção do Convento de Santa Clara, em Anápolis, com a Moção Nº10: O Capítulo Provincial aprova a e Ereção Canônica do Convento Santa Clara de Assis, em Anápolis. Mediante as condições de aprovação do convento no Capítulo Provincial de 2019, tivemos parecer positivo de Dom Joao Wilk. Conforme o Direito Canônico, o propósito foi formalmente apresentado à Cúria Geral, com as devidas documentações. Diante das intenções de ereção do Convento Santa Clara, a Província recebeu a aprovação em dezembro de 2021. O nome do Frei José Nasareno foi apresentado como guardião, sendo aprovado pelo Definitório. Agora ele tem consigo a missão de ser animador da vida fraterna, motivar e cuidar pela espiritualidade e identidade franciscana, de coordenador a vida fraterna através dos capítulos conventuais, organizando os horários da casa e dando condições para vivência dos votos religiosos.

 

Frei Gilberto de Jesus

Ministro Provincial

       Diante das diversas frentes de trabalho pastorais e de apostolados da Província São Maximiliano M. Kolbe, com forte presença no Centro Oeste e no Nordeste do Brasil, tem se destacado a missionariedade no Norte do País, por meio do trabalho missionário no Amazonas. A Província tem mantido esse trabalho missionário ao longo desses últimos dezessete anos. A ação dos “Frades Conventuais”, especificamente na Região Amazônica, se distingue por estar se desenvolvendo e requerendo sempre uma atenção especial. Os frades nesta realidade, estão presentes nas cidades de Tefé e Juruá, bem como em Manaus capital do estado.

       A Missão dos Frades Franciscanos na região amazônica foi iniciada em 2005, com a chegada de Dom Frei Agostinho Stefan (OFMConv.), Frade Franciscano e Bispo Emérito da Diocese de Luziânia, que se dedicou à missão numa área necessitada de atenção religiosa. Ele deu um grande exemplo de dedicação em Juruá e, desde então, abriu espaço para outros trabalhos na Prelazia de Tefé. Em Juruá, iniciou seu trabalho missionário na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, e alguns anos depois, outros frades vieram somar forças e assumiram a Paróquia Santo Antônio, em Tefé. Ambas as cidades se tornaram bases da Casa de Missão da Província. Para tal, foram necessárias muitas idas e vindas de barco para realizarem o trabalho de evangelização junto ao povo ribeirinho e indígenas da região amazônica.

       Os missionários franciscanos realizam visitas às famílias, celebrações dos sacramentos (Batismo, Eucaristia, Confissões, Casamentos), apostolado missionário, promoções humanas e testemunho evangélico. De fato, ocorre uma identificação com a realidade vivida pela Igreja, assumindo essa grande preocupação da Missão Ad-Gentes, levando em consideração a Exortação Evangelii Gaudium n.115 que diz: “A graça supõe a cultura, e o dom de Deus encarna-se na cultura de quem o recebe.”. Os frades têm respondido a essas necessidades apresentadas pela Igreja, através do Santo Padre o Papa Francisco, pelo Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo e pela Prelazia de Tefé com o novo bispo, Dom José Altevir, com grande entusiasmo e esforço para mostrar esse ardor missionário.

        O trabalho missionário tem visado atender com amor ao povo amazonense e suas diversas riquezas culturais. Os frades têm atuado junto aos ribeirinhos, com suas diversas etnias, buscando uma inculturação dos valores deste povo expressando a espiritualidade franciscana. A missão dos frades visa fortalecer a comunhão e a abertura a todos como extensão do amor de Deus na criação, pois “o processo de inculturação implica caminhos não só individuais, mas também comunitários. Exige um amor ao povo cheio de respeito e compreensão” Exortação Apostólica “Querida Amazonia” - Santo Padre Francisco. N.78.

       De fato, os missionários franciscanos visam testemunhar através de seu carisma uma santidade própria da realidade amazônica, dedicando-se a uma mística do encontro, visando a aproximação, desenvolvendo uma contemplação da beleza natural através do serviço a Deus por meio da Palavra, da presença e da vida sacramental com o povo amazonense. A santidade dos traços amazônicos, interpelam os missionários franciscanos a valorizar a igreja numa dimensão universal, no processo de inculturação, e testemunhando um caminho de unidade, sem exclusão conforme sugere o Papa Francisco- “Querida Amazonia” - N.80, que diz: “hoje é indispensável mostrar que a santidade não prive as pessoas de forças, vida e alegria”.

       O trabalho missionário exige a compreensão de que os povos nativos esbarram na desconfiança de uma missão que não se identifica com suas realidades, tentando implementar sua própria cultura religiosa, indicam uma exploração humana, cultural ou religiosa. Mas, o grande desafio dos missionários franciscanos é atualizar a percepção de Cristo na realidade amazônica “a Amazônia desafia-nos a superar perspectivas limitadas, soluções pragmáticas, que permanecem enclausurada em aspectos parciais das grandes questões, para buscar caminhos mais amplos e ousados de inculturação” “Querida Amazonia-N.105. Portanto, o missionário precisa atuar com o senso de solidariedade, estimulando a cultura do encontro, incentivando não uma hegemonia cultural, mas dentro da matriz franciscana, reconhecer as variedades culturais e religiosas, respondendo aos novos desafios, como a imagem do rio, na perspectiva amazônica que nunca separa, mas une as culturas diferentes e línguas diferentes.

       Os missionários franciscanos mantêm sólida sua fé no Cristo Ressuscitado, na Revelação Divina da Igreja, sendo capaz de ser solidário a realidade e novidade da missão. Nessa performance da Igreja, na dimensão amazônica, verificamos a ação do Verbo Encarnado presente nas culturas, que vislumbra a beleza potencial do testemunho de amor a Deus e amor do franciscano expresso em amor aos ribeirinhos, amor às etnias e à natureza que emana essa grandiosidade da espiritualidade franciscana.

 

Frei Gilberto de Jesus

Ministro Provincial

 

       Quando nasce uma criança nasce também uma mãe e assim nasce um amor incondicional.

       A grandeza do amor de uma mãe não tem como explicar, o filho se enche de coragem quando sua mãe estende seus braços ao auxilia-lo nos primeiros passos incentivando-o a ir em frente para consegue alcançar o que parecia ser tão difícil.

       Todos sabem que a mãe ama mais que qualquer outro ser, que seu amor é incondicional e que não existe nada que se compare a esse amor. Quão grande honrar em ter uma mãe e poder dizer que foi ela que nos deu a vida, toda mãe e sagrada e única. Por isso devemos valorizar ao máximo possível o tempo ao seu lado.

       Assim a Virgem Imaculada se fez exemplo de serviço e amor incondicional para todas as mães. Estando ao lado do seu filho em todos os momentos da vida de modo particular no mais doloroso e sofrido, guardando tudo em seu coração e concluindo de pé, ao lado da cruz, sua missão de amar nosso Salvador que lhe foi dado por um Deus que nos ama e quis nos salvar.

       Que possamos confiar a Imaculada todas nossas mães!

Salve Maria!

 

Marcelo Meneses

Presidente Nacional da Milícia da Imaculada

       Ontem, 8 de maio, aconteceu a posse do Frei Regildo Piedade de Almeida (OFMConv) na Área Missionária São Maximiliano, em Manaus - AM. Anteriormente, o frade trabalhou no Santuário São José, em Niquelândia (GO) e foi transferido para o Convento Santa Edwirges, compondo agora a comunidade conventual, juntamente ao Frei Rômulo da Costa Albuquerque (OFMConv) e o Frei Pedro Rogério Martins (OFMConv). 

       A posso aconteceu pelas mãos de Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, bispo-auxiliar da Arquidiocese de Manaus. Também estiveram presentes na posse o Frei Rômulo Albuquerque e a comunidade da Área Missionária que o acolheu e ofereceu um jantar ao final da Santa Missa.

       Rezemos para que o frei Regildo possa desempenhar bem o seu novo trabalho na Área Missionária.

       No dia 1º de maio desse ano celebramos, com imensa alegria, 90º aniversário natalício do Frei Eusébio Wargulewski. Em comemoração a essa data festiva, vamos fazer um apanhado geral sobre a vida e a vocação do frade.

 

 

       Frei Eusébio nasceu na Polônia, em primeiro de maio 1932, na cidade de Osipy. Vindo de uma família de forte tradição religiosa, ele revela que muitos de seus parentes, entre primos, primas e irmãos, também estão na vida religiosa. Alguns até no Brasil. O país europeu tem uma grande presença do Catolicismo e, entre os anos 1960 e 1970, experimentava um enorme fervor nas vocações.

       Na época, o mundo todo conhecia a obra de São Maximiliano Maria Kolbe. O Santo dos Tempos Difíceis havia sido beatificado em 1971 pelo Papa Paulo VI. A Província Mãe de Varsóvia decidiu então iniciar uma Missão no exterior para continuar a obra kolbiana de conquistar o mundo todo para Cristo pela Imaculada.

       O país escolhido foi justamente o Brasil e, no segundo grupo de missionários, o Frei Eusébio foi enviado junto dos Freis Marcos Ignaszewski, Francisco Kramek  e Edmundo Grabowiecki (como havíamos noticiado aqui). Chegaram a terras tupiniquins em 1975. Inicialmente, os frades atuaram em Uruaçu e, conforme os anos se passavam, foram evangelizar em outras cidades. Assim, a Província São Maximiliano Kolbe do Brasil crescia em tamanho e em vocações.

 

Brincadeiras e Espiritualidade

       É unânime! Não há um local por onde Frei Eusébio tenha passado e que sua fama não tenha sido estabelecida. Conhecido por suas brincadeiras, o frade costuma pregar peças em quem desejar falar com ele. A bênção se torna um dolorido e durador aperto de mão. A hora de regar as plantas também pode se transformar em uma ocasião para dar banhos não solicitados aos transeuntes.

       A alegria do religioso não está somente nas peças que ele prega. As crianças costumam chama-lo de “Frei Papai Noel”. Os pequeninos correm de encontro ao frade com as mãos estendidas esperando pelo prêmio. Nos bolsos de seu hábito há sempre balas e brinquedos que ele dá à garotada. Se você for adulto, não se entristeça, também pode ganhar doces do frade. Apenas tome cuidado para que estes não sejam atirados em sua direção.

       Nem os confrades da Província escapam de suas peripécias. Não é difícil que muitos comentem sobre chaves colocadas dentro do almoço do convento ou sobre a troca do conteúdo de bebidas que seriam dadas como presentes. “O Frei Roberto Cândido foi viajar, mas quando chegou lá não precisou se preocupar com comida já que ‘ele’ havia comprado uma pizza e deixado dentro da mala”, contou o polonês orgulhoso como quem acabara de fazer um bom trabalho.

       Além das brincadeiras, Frei Eusébio também é conhecido pelas confissões. Costumeiramente, chega ao confessionário antes que os fiéis que, ao entrarem, já encontram o frade sentado e pronto para exercer o sacramento. “A confissão é muito importante não para mim, mas para o penitente. É a distribuição da Misericórdia Divina. O padre é um distribuidor”, explica ele.

 

       Pronto para ouvir quem estiver arrependido e ansiando pelo perdão, o frade deixa claro a sua função. “O sacerdócio não é apenas celebrar Santas Missas, mas também conceder a reconciliação por meio do Espírito Santo de Deus àqueles que estão perdidos e buscando o seu caminho de retorno ao Pai”, afirmou.

       Humilde e caloroso, o frade recebe todos e todas que o procuram. Escuta quem precisa falar. Aconselha quem precisa prosseguir. Vai de encontro aos necessitados. Além da confissão, Frei Eusébio também busca visitar os doentes para levar o Evangelho e o carisma franciscano a quem mais precisa.

       Em seu tempo livre, costuma reunir-se com fiéis para confeccionar terços, mais um dos presentes que dá junto com as balinhas. Também se dedica a cuidar das plantas e hortaliças. Mas não importa onde esteja: seja na igreja, no confessionário ou com o povo de Deus: onde o Frei Eusébio está, nunca falta alegria.

 

 

       O novo Bispo da Prelazia de Tefé é Dom José Altevir da Silva, que assumirá no dia 1º de maio de 2022.

       No dia 09 de março, o Santo Padre Papa Francisco, nomeou o religioso da Congregação do Espírito Santo, como bispo da Prelazia de Tefé, que estava vacante desde o dia 20 de julho de 2021. Dom José Altevir, de 59 anos, natural de Guajará no Amazonas, foi ordenado presbítero no dia 06 de dezembro de 1992, em Cruzeiro do Sul, pela imposição de mãos de Dom Luís Herbst. Fora nomeado bispo de Cametá pelo Papa Francisco, em 27 de setembro de 2017, e recebeu a ordenação episcopal no dia 16 de dezembro de 2017, em Cametá. Ele teve como ordenante Principal: Dom Leonardo Ulrich Steiner, O.F.M., e os co-consagrantes: Dom Sérgio Eduardo Castriani, C.S.Sp. e Dom Frei Jesús María Cizaurre Berdonces, O.A.R., e tem como lema episcopal "Audi, discat cum nuntio et gaudium viter, spes et caritas" ("Escuta, aprende e anuncia com alegria, esperança e caridade").

 

       O novo bispo é formado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e já atuou como vigário em Minas Gerais e Roraima. Também foi formador na Congregação do Espírito Santo, que tem sede em São Paulo. Foi assessor na área de missiologia na Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). De 2007 a 2012 foi assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB. Em 2012, foi eleito provincial da Província Espiritana no Brasil, e reeleito para a mesma missão em 2015, com mandato até 2 de fevereiro de 2018. No mesmo período, também atuou como coordenador da União das Circunscrições da América Latina (UCAL), formada por grupos e Províncias dos espiritanos no continente.

       Desde já, toda a Prelazia de Tefé, pela minha voz, acolhe carinhosamente e com muita alegria o novo bispo da nossa Igreja local, Dom José Altevir da Silva. Pedimos que Deus abençoe abundantemente o seu pastoreio no meio de nós.
Nossa infinita gratidão a Deus pela sua bondade com seu povo.


Pe. Mellon Atema Mahoba Waïbena
Administrador da Prelazia de Tefé

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