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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Ontem, 3 de maio, aconteceu a Missa de Sétimo Dia de Falecimento do Frei Francismo Kramek. A Santa Missa foi celebrada no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental (GO) e presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), com a presença de diversos frades, seminaristas, irmãs religosas e amigos leigos.

Na oportunidade, Frei Miescislaw Tlaga, como um dos primeiros missionários de nossa província no país, falou sobre o ardor missionário e de apostolado realizados por Frei Francisco Kramek. Também receberam a palavra o Frei Eusébio Wargulewski e o casal Iria e Bené.

A Província São Maximiliano Kolbe sente profundamente a perda do Frei Francisco Kramek, que faleceu de Infarto, no último dia 27 de maio. O frade era uma pessoa importante e imensamente significativa a níveis vocacional, espiritual, fraterno, histórico e missionário. O Evangelho de São João 11, 25 diz: “Aquele que crer em mim ainda que morra, viverá”. Cristo apresenta uma verdade evangélica, que supera a morte: a fé. É pela fé que é possível olhar para Frei Francisco Kramek, em sua modéstia, em sua obediência, sua oração e trabalho e ver o rosto de Cristo nas ações de apostolado, de religioso, de sacerdote e missionário que sempre buscou demonstrar.

Temos o grande exemplo de fé e amor a Deus manifestado por Frei Francisco quando ele fala de sua vocação. Dizia que o próprio Jesus o chamou muito cedo, aos sete anos de idade. Aconteceu quando um frade franciscano visitou a casa de sua tia, em um sábado Santo para a benção dos alimentos. Depois o frade conversava com as crianças, olhou pra ele, colocou a mão sobre sua cabeça e disse: “Você será padre!”.  Anos depois, trabalhando com feno na fazenda, ouviu uma forte voz que ele identificou como a voz de Jesus dizendo: “Vá para o Seminário”. Após conversar com a mãe e o padre, entendeu que era a vontade de Deus que ele entrasse no Seminário. E assim o fez, entrando no seminário Franciscano em 1949, onde estudou e se formou.

Em janeiro de 1975, chegou ao Brasil juntamente com Frei Eusebio, Frei Marcos e Frei Edmundo, após terem feito o pedido para irem em Missão;

Em 1976, assumiu a sua primeira paróquia no Brasil, em Rialma-GO;

Em 1977, tornou-se pároco na Paróquia de São José, em Niquelândia-GO;

Em 1990, foi pároco na Paróquia São Francisco de Assis, em Valparaíso-GO;

Em 1992, tornou-se pároco na Paroquia Imaculada Conceição no Novo Gama-GO;

Em 2002, foi escolhido para ser diretor espiritual no Seminário São Francisco de Assis em Brasília DF;

Em dezembro de 2003, foi vice mestre do noviciado em Águas Lindas-GO. Estando em Águas Lindas desde então, pelos últimos 18 anos de seus 46 anos de missionário no Brasil.

 

Na última quinta-feira (29), aconteceu a Santa Missa de corpo presente do Frei Francisco Kramek (OFMConv) no Santuário Imaculada Conceição de Maria, na Cidade Ocidental (GO).

A Santa Missa foi presidida por Vossa Excelência Reverendíssima Dom Waldemar Passini Dalbello e contou com a presença do Ministro Provincial dos Franciscanos Conventuais, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), o Ministro Provincial dos Frades Capuchinhos, Frei Clézio Menezes dos Santos (OFMCap) e outros frades concelebrando. Antes da celebração, o corpo houvera chegado em Águas Lindas (GO) às 2h para ser velado na Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe. Paróquia essa na qual o frade passara seus últimos 18 anos. O corpo seguiu em cortejo no carro de Bombeiros até a Paróquia Imaculada Conceição, em Novo Gama (GO), onde Frei Francisco foi um dos primeiros párocos e ajudou na fundação da mesma. Saindo de Novo Gama, o corpo seguiu até o Santuário Jardim da Imaculada, onde foi realizada a Santa Missa de Corpo presente, presidida por Dom Waldemar e o sepultamento no Cemitério Imaculada Conceição, nas dependências do Santuário Jardim da Imaculada.

O cortejo e celebração foram acompanhados de perto por seus irmãos frades, seminaristas e alguns fieis leigos.

A Santa Missa de sétimo dia do frade acontecerá na próxima segunda feira (3/5) no Santuário Jardim da Imaculada às 11h e contará com transmissão ao vivo pelas plataformas do santuário (Facebook e Youtube).

Na história da Igreja, a data de hoje é marcada por inúmeros conflitos, e revoltas sociais, sendo cristianizada por mais de 200 mil pessoas na praça de São Pedro que gritavam: "Viva Crist trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!", sendo assim naquele ano de 1955 o Papa daria aos trabalhadores um modelo e protetor: São José o Operário.

São José, o protetor da Igreja, assumiu a responsabilidade de não desamparar nenhum trabalhador de fé, seja ele da indústria, do campo, autônomo, homem ou mulher, lembrando-os que ao seu lado sempre estão Jesus e Maria.

A Festa de São José Operário foi autorizada pelo Papa Pio XII, que em um maravilhoso parecer sobre a luz que se faz crescer das obras produzidas pelo homem afirmou: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire a vida social, as leis da equitativa repartição de direitos e deveres."

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).

 

Texto por: Nossa Sagrada Família

É com grande pesar que noticiamos o falecimento de Frei Francisco Kramek (OFMConv) ontem (27), às 18h30min.

(☆ 12.01.1935 ⴕ 27.04.2021)

     Filho de fazendeiros, Frei Francisco Kramek nasceu aos 12 de janeiro de 1935, em Babin na Polônia. Perdendo seu pai em tenra idade, Frei Francisco foi educado por seu padrasto João e por sua mãe Mariana, mulher simples e discreta que formou os filhos com o bom exemplo. Dada a invasão do território Polonês, pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a propriedade familiar ficou em zona proibida e frei Francisco, não poucas vezes, considerou-se agraciado pela preservação de sua vida: por duas vezes se viu livre do fuzilamento, pelos soldados alemães, livre de bombardeio e explosões de minas terrestres, livre ainda em sua infância quando fora atingido por um raio. Somente a sua longa vida e os frutos derivados de sua missão o levariam a compreender quão valiosa era a sua vida.

     Deus lhe tinha destinado uma missão, a qual frei Francisco começou a conhecer quando aos sete anos de idade, teve o seu primeiro contato com um frade franciscano, frei André Klimuszko, que vindo ao seu povoado e reunindo as crianças, dirigiu-se a ele e profetizou que seria Sacerdote. Quase impossibilitado de ver cumprida tal profecia, seja pelos atrasos impostos pela Guerra, que pelas dificuldades no aprendizado, passados alguns anos, já entrada a adolescência e trabalhando no trato do feno, na propriedade rural da sua família, frei Francisco Kramek, escutou uma voz forte e misteriosa que lhe chamava ao Seminário. Relatando o ocorrido a sua mãe, a mesma o orientou a que procurasse o Pároco e que este o orientaria. Obedecida a mãe e dirigido pelo padre Adão, que o auxiliou para o ingresso no Seminário fundado por são Maximiliano em Niepokalanow, aos 14 anos de idade, no dia 1 de setembro de 1949, o jovem Francisco deu início a sua formação religiosa. Ingressando no Noviciado, no dia 30.08.1951, Frei Francisco Kramek fez a Profissão Temporária aos 31.08.1952.

     Encerrado o ano do Noviciado, o mesmo continuou o estudo do Ginásio em Niepokalanow, período durante o qual viria a sofrer grandes dificuldades para a conclusão dos estudos, no entanto, mais uma vez frei Francisco sentiu-se agraciado pelos favores divinos. Entre os anos de 1954 e 1959, estudou Filosofia e Teologia. No dia 04.10.1956, frei Francisco fez a Profissão Solene dos votos e foi Ordenado Sacerdote no dia 02.08.1959, pelo futuro beato Cardeal Primaz da Polônia Stefan Wyszynski. Nutrindo, em seu coração, o grande anseio pela vida missionária, depois de sua ordenação, frei Francisco deu início ao seu trabalho apostólico em Slawno (1959-1962), onde serviu como Vigário Paroquial e Capelão Hospitalar; em Niepokalanow (1962-1964), junto ao Seminário Menor, foi nomeado Vice-Formador e ali pôde inspirar muitos jovens seminaristas a seguirem a vocação missionária; em Gniezno (1964-1966), foi Vice-Mestre de Noviciado. Antes de sua partida para a missão Ad Gentes, frei Francisco serviu em Koszalin (1966-1972), como Vigário Paroquial; em Skarzsko (1972), também como Vigário Paroquial e em Poznan, entre os anos 1972 e 1974, iniciou a sua preparação paras as missões.

     Animada pelo ardor missionário de São Maximiliano e por ocasião de sua beatificação, foi decidida a criação de uma nova missão, pela Província Imaculada Conceição, então sob o governo do frei Mário Paczóski. Sentindo-se chamado, Frei Francisco se inscreveu para estar entre os novos missionários e com grande entusiasmo, no dia 19.12.1974, juntamente com frei Marcos Ignaszewski, Frei Eusebio Wargulewski e o Irmão Religioso Edmundo Grabowiecki, partiu em missão para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro de 1975. Frei Francisco, portanto, foi missionário da primeira hora, compondo o grupo de missionários chegados ao Brasil, apenas três meses após a chegada do fundador da Missão, Dom Frei Agostinho. Residindo, na Paróquia de São Sebastião, em Uruaçu - GO, entre maio de 1975 e abril de 1976, preparou-se para assumir a Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Rialma – GO, no dia 4 de abril de 1976, onde trabalhou até 27.02.1977, assumindo em seguida a missão de ser o primeiro Pároco franciscano, da grande Paróquia de São José, em Niquelândia – GO, no dia 19.03.1977, assistência que se estendeu ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em Niquelândia, juntamente com frei João M. Batista Wajgert, frei Francisco trabalhou para construção do Convento de são José. Dedicado e zelo pastor, frei Francisco realizou muitos trabalhos e durante uma década se dedicou ao cuidado do povo goiano naquela região, onde permaneceu até dezembro de 1986. Do dia 01.01.1990 aos 08.11.1992, frei Francisco assumiu novo encargo pastoral em Valparaíso de Goiás, ali também como Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis. Em 1992, dia 08 de novembro, frei Francisco retornaria ao Novo Gama de Goiás, onde novamente viria a assumir as funções de Guardião e Pároco e ali permaneceria por mais sete anos até a sua transferência para o Convento de São Marcos e São Lucas, em Ceilândia – DF, onde desenvolveria os seus trabalhos apostólicos até a sua designação como Diretor Espiritual do Seminário são Francisco de Assis, em Brasília, no ano de 2002. Em pouco tempo frei Francisco seria nomeado Vice-Formador do Noviciado e no final do ano de 2003, foi transferido para Águas Lindas de Goiás, onde permaneceu Vice-Mestre até o ano de 2007.

     Desde então frei Francisco permaneceu em Águas Lindas, exercendo a função de Vigário Paroquial e ali desenvolveu longo e duradouro apostolado, até o seu falecimento, em 27.04.2021, aos 86 anos de idade. Em sua longa vida, frei Francisco realizou muitas obras físicas, na construção e reformas de tantas Igrejas e conventos, também obras intelectuais por meio dos vários livros que escreveu, mas sobretudo se dedicou com grande zelo pela edificação da Igreja e pela propagação da fé católica. É inegável o seu testemunho de fé sólida e Católica, bem como o testemunho de sua coerência, na vivência de sua profissão religiosa. Frei Francisco manifestou, ao longo de sua vida, especial atenção pelo atendimento aos doentes e moribundos. Dentre os serviços pastorais que Frei Francisco mais realizava, até o momento de sua morte, estão as visitas aos hospitais e a Comunhão que levava aos que não podiam mais participar das Santas Missas. Apesar das grandes provações, quanto à sua saúde, o Frei Francisco Kramek veio a falecer de modo repentino, no dia 27.04.2021, às 18:00h, em decorrente de um infarto. O corpo de Frei Francisco Kramek foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada em Cidade Ocidental-GO, 16h, do dia 29.04.2021.

“...E correndo alegre ao seu encontro, convidou-a a ser sua hóspede: Bem vinda seja, minha irmã morte!” (2Cel 217,7)

Entre os dias 19 e 24 de abril, nossa Sede Provincial recebeu a visita do Custódio do Rio de Janeiro, Fr. Ronaldo Gomes (OFMConv). O frade veio para conversar e discutir alguns acordos de cooperação conjunta para um futuro próximo. Também foi realizado um escrutínio junto aos frades da Custódia Imaculada Conceição que estão estudando no Seminário São Francisco de Assis, em Brasília (DF) – Frei Fernando Pereira, Frei Jesus Rodrigues e Frei Ricardo Elvis.

Os frades estão estudando o curso de teologia. Eles moram e fazem essa experiência em nossa jurisdição, no Seminário São Francisco de Assis. Na oportunidade, frei Ronaldo Gomes esteve conversando com os confrades do seminário e aproveitou para visitar a Casa de Formação do pré-noviciado em Santa Maria (DF).

Dois frades da Custódia Imaculada Conceição do Rio de Janeiro que, atualmente, estudam conosco (Frei Jesus e Frei Ricardo) farão a Profissão Solene no mês de julho. Rezamos por suas vocações, disposições no ideal da vida religiosa e pela vida de estudo dos confrades.

Desejamos à Custódia Imaculada Conceição do Rio de Janeiro ensejos de crescimento, junto ao vigor e espiritualidade franciscana, bem como que sempre mantenham o coração unido a Igreja. Parabéns e obrigada ao Frei Ronaldo pela visita.

Segunda, 05 Abril 2021 19:50

Pascoela 2021

Aconteceu hoje (5) a Pascoela, na capela do Seminário São Francisco de Assis, em Brasília - DF. A comemoração contou com a Santa Missa, realizada às 11h, seguida de almoço fraterno, servido no refeitório do seminário.

A Santa Missa foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMconv) e concelebrada por demais frades presentes. Dentre eles, párocos, guardiães e vigários das nossas paróquias, bem como alguns seminaristas, irmãs religiosas e colaboradores em número reduzido.

Após a santa celebração, aconteceu a bênção da imagem de São Francisco de Assis no seminário seguida do almoço fraterno.

A cerimônia aconteceu observando as recomendações do Ministério da Saúde em relação ao Covid 19.

 

Carta do Ministro Provincial por ocasião da Páscoa.

O SENHOR RESSUSCITOU! ESPERANÇA!

 

A Páscoa é sempre acompanhada de grande significado para nós religiosos franciscanos, que aprendemos desde os primórdios da nossa formação a valorizar virtude da Esperança, na perspectiva dos votos religiosos. Nossa experiência cristã alcança sua plenitude no encontro com o «Cristo Ressuscitado», o qual vivenciaremos nas diversas celebrações da Semana Santa.

De fato, na celebração dos mistérios pascais nos é proposto exercer o testemunho de fé, na comunidade conventual e na vida de apostolado com o povo de Deus. Tal experiência, fundamenta em nossa vida vocacional, como irmão religioso ou presbítero, nos faz crescer humanamente e fraternalmente na espiritualidade sacramental da Páscoa.

Como frades, vivemos o dom da vida, da vocação religiosa no presente, mas com certeza precisamos olhar para o futuro com olhar da fé, como afirmava o papa Bento XVI refletindo sobre o futuro, a partir do dom presente, na Carta Encíclica Spes Salvi, n.9, onde considerava que «A espera de Deus adquire uma nova certeza. A espera das coisas futuras a partir de um dom já presente». É esse presente, Dom de Deus, na vida religiosa franciscana que é fortalecida na Páscoa do Senhor, vivida por nós religiosos gerando uma grande responsabilidade e uma missão na ressignificação da vida para os confrades, na vida fraterna e para o povo de Deus, na vida pastoral!

O valor da Esperança, com certeza nos emerge no presente, compreendendo as exigências, a experiência do Calvário, no ímpeto da Paixão de Cristo, realizando a vontade de Deus, mas vislumbrando sempre a realidade da graça. Como consagrados e religiosos Franciscanos, somos chamados a apresentar, com grande ardor, à todos os que nos foram confiados e ao mundo, o significado da Fé, da Esperança e da Caridade, pois, mesmo vivendo tempos de penúrias e desafios, somos motivados apresentar a luz da Esperança, como diz o Papa Francisco sobre a Esperança, afirmando que: «A esperança é ousada, sabe olhar para além das comodidades ––pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna». Caminhemos na esperança! (Fratelli Tutti, n. 55).

Certamente, todos os frades, em suas realidades conventuais, sofrem os efeitos da Pandemia que revela um tempo de carências e de sofrimentos diversos. Mas, também é um tempo de oportunidades e de respostas às exigências emergentes. É um tempo no qual Deus nos fala de forma nítida, diante da crise sanitária e humanitária e nos diversos conflitos sociais, políticos, econômicos e religiosos que vivemos hoje.

A Ressurreição do Senhor, vivida em sua plenitude por nós religiosos, nos convoca, com nosso carisma e dom, a responder e a revelar a «vida» no meio do caos do mundo presente! A graça de Cristo, que nos permite a experiência da salvação, nos impele a abster-nos de muitos sabores e desejos pessoais, para oferecer-nos cotidianamente a Deus e aos irmãos como sacrifício da ressurreição, de forma particular na vida comunitária.

Portanto, caros confrades, que a “Páscoa do Senhor’’, seja para nós como batizados e como religiosos franciscanos, a nossa Ressurreição e nos dê novo ímpeto e coragem para não desanimar, como nos aponta o Evangelho de São Marcos 16,1 quando o Anjo diz: «Não vos assusteis! ... Ele ressuscitou. Não está aqui». O Túmulo é a figura presente dos assombros, dos sofrimentos e mortes que temos presenciado; não devemos assustar-nos ou acomodarmo-nos. As intempéries da vida presente, nos motivam a olhar com fé e lembrar que Ele ressuscitou! E que apesar da Paixão, Cristo não ficou no túmulo!

Que a alegria de realizar a vontade do Pai, nos sacrifícios, nas entregas, na fraternidade, seja nossa missão de religiosos franciscanos, pois, assim revelaremos a vida do Cristo Ressuscitado, em nossas comunidades paroquiais, conventuais e em nossos apostolados. 

O exemplo do Seráfico Pai São Francisco de Assis motiva-nos a olhar a vida e o mundo na perspectiva do Sumo Bem, pois ele, como diz Celano, «trazia Jesus no seu coração, na boca, nos ouvidos, nos olhos, nas mãos e nos demais membros». (1Cel 115).

Que essa Páscoa seja a oportunidade de reencontro com Senhor e com os irmãos na fraternidade conventual e provincial. Feliz Páscoa! Paz e Bem!

 

Frei Gilberto de Jesus (OFM. Conv)

Ministro Provincial

No dia 20 de março de 2021, celebrou-se os 10 anos do falecimento de Dom Agostinho. Os frades se reuniram no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental - GO. O governo provincial, juntamente com os demais frades da Província, formadores e formandos, celebraram a Santa Missa em honra de Dom Agostinho, que foi o fundador da Província São Maximiliano Kolbe e da Missão Kolbe, bem como o idealizador da Missão no Amazonas.

Ressaltamos os valores desse grande homem e de sua imensa importância histórica para a Província. Ao final da Santa Missa, os presentes foram em procissão até a área do futuro cemitério no Jardim da Imaculada, que teve sua construção devidamente autorizada pelas autoridades municipais competentes. Ao fim da procissão, aconteceu a benção do terreno onde será construída a capela mortuária da Província. Foi, de fato, um momento marcante de fé e esperança. Aquele lugar sagrado acolherá os restos mortais de todos aqueles e viveram suas vidas consagradas na Província São Maximiliano Kolbe. Também será lugar de grande testemunho aos homens que viveram em santidade, a exemplo de Dom Agostinho.

Nosso Seráfico Pai São Francisco de Assis ensina que a vida é dom, presente de Deus. São Francisco sabia que tudo que havia recebido era dom gratuito, e por isso não queria tomar posse de nada, das coisas, da natureza, das pessoas, dos bens. Soube viver em profunda gratuidade e, assim, apesar de todos os sofrimentos durante a vida e na enfermidade conseguia olhar com fé e esperança para a vida eterna. A dor da vida presente o fazia desejar sempre a docilidade da vida eterna prometida na fé.  No Cântico das criaturas, São Francisco louvava e agradecia a Deus por todos os benefícios que Ele realizara na criação e incluía nesse louvor a “Irmã Morte Corporal”, quando dizia: “Louvado sejas, meu Senhor, por nossa irmã a morte corporal, da qual homem algum pode escapar”.

São Paulo dizia que a morte era lucro, pois tinha a consciência de que o estado de vida presente estava em paz com Deus “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21), para São Paulo a vida presente era condição para alcançar um estado de graça, permitindo participar da vida de Cristo. “Se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 1,11).  O grande marco e valor da morte cristã se encontra no Batismo, pois o cristão já está sacramentalmente “morto com Cristo”, para Viver uma vida nova. Se morre na graça de Cristo, a morte física consuma este “morrer com Cristo” e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor, possibilitando viver a graça do Cristo Ressuscitado.

Apesar da dor da perda, na morte e da aparente ausência de tudo, dá a entender que a morte é o fim da peregrinação terrestre do homem. Existe a conquista nesta vida do projeto eterno de Deus, como nos afirma a carta aos Hebreus: “os homens devem morrer uma só vez” (Hb 9,27), dando a nós uma certeza que não existe outras vidas após essa, não há outras oportunidades diferentes de nossas vidas como dom, para alcançar a vida eterna.

Nesse contexto São Francisco de Assis chama a morte de “Irmã”, entendendo a morte como um processo natural da vida, com as finitudes que ela possui (doenças, enfermidades, idade, limitações). Nessas condições, é sempre necessário está em comunhão, estarmos preparados para a vida eterna. Compreendendo sua finitude, buscando a comunhão e graça divina, estaremos sempre preparados para vida eterna.

É nesse contexto de consciência do valor da vida presente, do dom grandioso de Deus que permite vivermos na realidade frágil, com suas finitudes, enfermidades, violências, acidentes, riscos constantes, mas num estado de espírito sempre reconciliado e em plena comunhão com Senhor. Esta alegria e certeza possibilita estar sempre diante da graça divina e do Céu, fazendo que algo tão doloroso e trágico, que é a morte, tenha sentido na vida do religioso que, neste mundo, se torna porta-voz da Esperança.

Nossa Província São Maximiliano M. Kolbe neste ano de São José, Guardião Universal da Igreja, faz a memória da vida frutuosa de Dom Frei Agostinho Stefan Januszewicz, celebrando o 10º ano de seu falecimento. Abençoamos neste dia 20 de março de 2021 o Cemitério dedicado a “Imaculada Conceição” - No Santuário Jardim da Imaculada, tendo futuramente a “Capela Mortuária” dedicada a Imaculada. – Reconhecendo que a vida de Dom Agostinho é imenso exemplo do significado da vida quando se compreende a morte. Um homem que viveu sempre reconciliado com o Senhor, que no seu silencio se dispôs a sempre a ouvir a voz da Imaculada e agindo no presente, tendo sempre em vista a vida eterna.

A bênção do terreno onde será erguido o cemitério dedicado à Imaculada Conceição acontecerá amanhã (20 de março de 2021), às 10h no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental - GO. Visando os protocolos de segurança e recomendações da Secretaria de Saúde, a cerimônia acontecerá com quantidade reduzida de pessoas.

Neste ano, ano dedicado a São José, a Carta Apostólica do Papa Francisco diz: "A vida espiritual que São José nos mostra que não existe um caminho a ser explicado, mas um caminho a ser acolhido" (Patris Corde p.15). A Solenidade de São José nos permite vislumbrar suas virtudes: Ele é o protetor da Virgem Santíssima e de Nosso Senhor Jesus Cristo; provedor da Sagrada Família; justo e fiel diante de Deus; amante da Sagrada Família. O Espírito Santo manifesta Deus, sendo os santos manifestações dos valores divinos, por isso é visível em São José o homem que se abre a santidade divina, se abre ao convite e desejo de Deus manifestada pelo Espírito Santo, é um homem orante, ouvinte , obediente que está sempre na dimensão do Céu.
Diz o Evangelho que São José despertou, diante das dúvidas de assumir a Virgem Santíssima como esposa, após o anjo lhe falar em sonho: "Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa." (Mateus 1,16.18-21.24)
São José teve momentos de dúvidas, incertezas, medos e dificuldades ao enfrentar a missão de guardião da Sagrada Família. Os exemplos de dificuldades estavam na não compreensão da Encarnação de Jesus; por não ter um lugar adequado no nascimento de Jesus em Belém e na ameaça de morte trazida pelo Rei Herodes. Diante de todas essas dificuldades soube ouvir, acolher e cumprir a determinação do Senhor. O céu interveio no bem da Sagrada Família, através das virtudes de São José. Pedimos a Deus na missão de frades a coragem de São José, que a assume a vocação com amor. A oração de São José, que foi o fiel adorador a Jesus na manjedoura, o temor de São José que acolhia a ação do Verbo eterno de Deus tem sua vida, a missão de São José que protegeu a Sagrada Família do mal. São José intercedei por nossa Província São Maximiliano M. Kolbe. Como Santa Tereza de Jesus dizia: “Tomei a São José por meu advogado e protetor e não me lembro de ter-lhe pedido algo que não me atendesse (…) quisera persuadir o mundo inteiro a ser devoto deste glorioso Santo”.

Oração de São José

Lembrai-vos ó glorioso São José
Puríssimo esposo da Virgem Maria e doce protetor nosso
Que jamais se ouviu dizer
que alguém tivesse invocado a vossa proteção
Implorado por vosso socorro e não fosse
por vós consolado e atendido
Com esta confiança venho a vossa presença
e a vós, fervorosamente, me recomendo
Não desprezeis a minha súplica
ó Pai adotivo do Redentor
Mas dignai-vos a acolhê-la piedosamente
Assim seja.

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