Notícias

Província

Província

A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

Terça, 03 Novembro 2020 20:55

Frei Bonifácio Stefaniuk (OFMconv)

Neste domingo, primeiro de novembro de 2020, faleceu em Niepokalanów, na Polônia, o Frei Bonifácio Stefaniuk (OFMconv), após contrair Covid 19.

Por quase vinte anos Frei Bonifácio fez parte da comunidade Jardim da Imaculada no Brasil, na qualidade de irmão religioso. Desempenhou diversas funções no Santuário, entre elas de modo particular a função de marceneiro. Durante muito tempo era comum os peregrinos serem atendidos por Frei Bonifácio na Lojinha do Santuário.

No ano de 2001, Frei Bonifácio retornou a província da Imaculada Conceição na Polônia, no convento de Niepokalanów (Jardim da Imaculada na Polônia). Nos últimos anos trabalhou na confecção das medalhas milagrosas destinadas aos consagrados da milícia da Imaculada. Parafraseando Frei Luiz M. Faccenda: “Terminada a sua vida terrena, Frei Bonifácio não deixou de “trabalhar”, mas, como era comum afirmar, enquanto estava na terra tinha que segurar a mão de Maria para pedir a sua ajuda, agora que está no céu pode trabalhar com as duas mãos, portanto é nosso grande intercessor junto a Deus”.

 

Frei Bonifácio Stefaniuk (OFMconv), nascido em 16/04/1929 e falecido em 01/11/2020.

Dai-lhe, Senhor, o repouso eterno e brilhe para ele a Vossa luz! Amém.

Você já ouviu falar na Coroa Franciscana? Conheça mais sobre essa devoção franciscana e aprenda a rezar.

Bela devoção mariana que se desenvolveu no seio da Ordem Franciscana é a Coroa Franciscana das Sete Alegrias da Santíssima Virgem.

Em 1442, no tempo de São Bernardino de Siena, se difundiu a notícia de uma aparição da Virgem a um noviço franciscano. Este, desde pequeno, tinha o costume de oferecer à bem-aventurada Virgem uma coroa de rosas. Quando ingressou entre os Irmãos Menores, sua maior dor foi a de não poder seguir oferecendo à Santíssima Virgem esta oferenda de flores. Sua angústia chegou a tal ponto que decidiu abandonar a Ordem Seráfica. A Virgem apareceu para consolá-lo e lhe indicou outra oferenda diária que lhe seria mais agradável. Sugeriu-lhe recitar a cada dia sete dezenas de Ave Marias intercaladas com a meditação de sete mistérios gozosos que ela viveu em sua existência. Desta maneira teve origem a coroa franciscana, Rosário das sete alegrias.

São Bernardino de Sena foi um dos primeiros a praticar e difundir esta devoção, que para ele era fonte de grandes favores. Um dia enquanto recitava esta coroa apareceu-lhe a Santíssima Virgem e com inefável doçura lhe disse que gostava muito desta devoção e o recompensava com milagres para converter os pecadores: “Te prometo fazer-te partícipe de minha felicidade no paraíso”. A coroa franciscana medita os sete gozos de Maria: a anunciação, a visita a Santa Isabel, o nascimento de Jesus em Belém, a adoração dos Magos, a apresentação de Jesus no templo e a manifestação de sua divindade entre os doutores do templo, a ressurreição de Jesus e sua aparição à Virgem, a vinda do Espírito Santo, a Assunção de Maria em corpo e alma ao céu, e a coroação de Maria como rainha do céu e da terra, medianeira de graças, mãe da Igreja e soberana do Universo.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola

Oferecimento
Ó piedosíssima Virgem Maria, purificai nossos lábios e nossos corações, para que possamos, dignamente, recitar a coroa de vossas alegrias. Nós vo-la oferecemos, para gloriar-vos, para implorar vosso auxílio, pelas necessidades da Igreja e de nosso País para satisfazer em tudo, a justiça divina. Nós nos unimos a todas as intenções do Sagrado Coração de Jesus e do vosso Coração Imaculado.

– Creio – Pai-Nosso – Duas Ave-Marias

A primeira Alegria de Maria: a Anunciação pelo Anjo Gabriel


Saudamos-te como o Anjo Gabriel, “Ave Maria, cheia de graça o Senhor está contigo…”. E logo te disse: “… Conceberás em teu seio e darás a luz um filho a quem porás o nome Jesus”, seguida da tua aceitação: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo vossa palavra”. Assim nos mostraste o caminho a seguir: Aceitar a nossa vida como Deus nos apresenta cada dia, vivendo com amor tanto as alegrias como as dificuldades. Como o fez São Francisco quando aceita docilmente sua missão, respondendo com todo seu ser ao chamamento de Jesus. 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

A Segunda Alegria de Maria: a Visita a sua prima Isabel


Recordamos contigo quando em Judá, foste à casa de Zacarias e saudaste Isabel. Ela, ao ouvir-te, ficou cheia do Espírito Santo, e o menino saltou no seu ventre. Recebemos-te como o fez Santa Isabel: “Bendita sois vós, entre todas as mulheres e bendito é o fruto de vosso ventre Jesus”. Rogamos-te que venhas sempre a visitar-nos, para nos trazeres Jesus e o seu Santo Espírito. Como Francisco quem te nomeou Advogada da família Franciscana e assim realizar vossa missão de tutora, vos pedimos rogai por nós. 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

A Terceira Alegria de Maria: o Nascimento de Jesus em Belém

Contigo Maria e com São José, alegramo-nos por este presente que nos destes, nesta noite de paz e amor. Com os anjos e pastores digamos: “glória a Deus nas alturas e na terra paz aos homens de boa vontade”. E como Francisco, revivamos a maravilhosa cena do nascimento de Jesus, enchamos nosso coração de alegria e amor, repartindo a todos. 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

A Quarta Alegria de Maria: a Adoração dos Reis Magos

Vemos com alegria que três sábios acreditam, e com humildade adoram ao Menino Deus, oferecendo-lhe ouro, incenso e mirra, como homenagem e reconhecimento ao Rei, ao Deus e ao homem. Nós, junto aos reis, queremos adorar ao vosso Filho Divino, e render-lhe homenagem com nossas orações, como Francisco, queremos estar alegres, jubilosos e adorar a Deus que se fez carne e habitou entre nós!”. 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

 

 

Quinta Alegria de Maria: Maria e José encontram Jesus no templo

Que alegria sentimos contigo ao encontrar a Jesus e poder abraça-lo, como vós o encontraste no Templo! Queremos repetir como São Francisco, que regozijado dizia: “é isto mesmo que eu buscava, é isto o que deseja meu Coração “. Maria, quando nos sentirmos perdidos, longe de Jesus, ajudai-nos a encontra-lo dentro de nós e em toda a criação, como o refletia Francisco no Cântico a Criaturas. 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

A Sexta Alegria de Maria: Maria vê a Jesus Ressuscitado

Contigo Maria, nos alegramos por Cristo ressuscitado, luz: “que ilumina a todo homem que vem a este mundo”. Ele é o caminho, a verdade e a vida. Como Francisco queremos enchernos de amor por vosso Filho e sempre dizer: “Senhor meu e Deus meu”. “Meu Deus e meu tudo!” 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

 

Sétima Alegria de Maria: a Assunção de Maria e sua Coroação

Que alegria sentimos contigo Maria, porque elevada ao céu estás junto a vosso filho amado, sois Co-redentora, intercessora e auxiliadora nossa. Tu, humilde mortal, agora Rainha de céus e terra, mostras-nos, o caminho e vos dizemos: “Oh, Maria, Mãe minha, eu vos dou meu Coração “. Como Francisco, esperamos receber a coroa da Vida. 1 Pai-nosso, 10 ave-marias e 1 glória ao pai (sem a jaculatória: “Ó meu Jesus…”)

Oração Final
Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que tenha recorrido à Vossa proteção, implorado a Vossa assistência e reclamado o Vosso socorro, fosse por Vós desamparado. Animado eu, pois, de igual confiança, a Vós, Virgem entre todas singular, como a Mãe recorro, de Vós me valho, e, gemendo sob o peso dos meus pecados, me prostro aos Vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai- Vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que Vos rogo. Amém.

 

Fonte: Província Franciscana Nossa Senhora da Assunção, via: CFFB

Quarta, 28 Outubro 2020 20:46

Francisco de Assis e a Irmã Morte

Por Frei Vitório Mazzuco

Tema estranho quando olhamos a partir dos limites de nossa compreensão e aceitação. Mas é natural em se tratando de Francisco de Assis, que preparou o momento de sua passagem deste mundo para a eternidade. Reuniu os Irmãos, recebeu os doces e a presença de sua amiga Jocoba de Settesoli, compôs um hino às Criaturas para ser cantado naquela hora, arrumou um despojado leito na terra nua. Por amar intensamente a vida, não teve medo da morte. Morreu no outono de 1226 em meio às metamorfoses da estação, o amadurecimento das folhas, o cair para o chão, renascer em todos os galhos e florescer; esconder nos confinados canteiros do inverno e renascer na Eterna Primavera.

Francisco venceu-se e, no vencer-se, destruiu seus medos, sobretudo o medo da morte. Porque reconstruiu o Reino, se sentiu seguro nele para sempre. Abraçar a morte fez parte de seu ser livre. Sêneca, na carta a Lucilius, escrevia: “Quem faz assim pratica a liberdade do pensamento, pois quem aprendeu a morrer, desaprendeu ser escravo”. Francisco não se prendeu a nada, foi livre para o regresso ao Paraíso. Ao fazer de sua morte uma celebração tirou o trágico do instante. Viveu a vida moldando cada dia o eterno. Para ele, cada segundo da vida continha toda a vida em sua plenitude, por isso não sabia do último dia. Disse que todos devem recomeçar; fazer a sua parte.

Desejou o Espírito do Senhor e o seu santo modo de operar. Fez disso a expressão de sua vontade. Compilou uma anotação de todas as maravilhas que viu na vida. Cantou um cântico de luz na sombra da morte. Sabia que ia chegar ao céu e ser imediatamente reconhecido por todos os sofridos leprosos que chegaram antes, e pelo Filho do Homem, que ia identificar e contemplar nele a mesma tatuagem da Paixão, as marcas do Amor, fundidas num grande e acolhedor abraço!


Pequena meditação para o Dia dos Finados

Por Frei Almir Guimarães

Novembro, mês dos agapantos brancos e azuis, com esses enormes pescoços baloiçando em nossos jardins ao sabor dos ventos. Novembro, mês em que nos recordamos daqueles que nos precederam na aventura de viver e que nos ajudaram a construir nosso semblante interior. Mês de saudade e de esperança.

♦ Rezamos pelos mortos. O que está por detrás desta prece? Qual o seu pano de fundo? Esses que se foram… será que os amamos? Será que guardamos mágoas de alguns deles? Vida, morte, sepultura. Diante da morte: incompreensão, revolta, paz. Quando rezamos pelos mortos essa teia de sentimentos nos invade: a lembrança do que se foram nos envolve, estão perto, pedimos que o Senhor os liberte de toda sorte de escuridão e que eles sejam estrelas brilhando no firmamento.

♦ Em nossa oração pelos mortos não se trata de compor frases, se mostrar semblante cavernoso, de usar palavras que ninguém entende. Rezamos a partir de nossa fragilidade. Somos seres vulneráveis e simples, feridos e cheios de expectativas, voltamos para um além de nós mesmos que esperamos ou que nos espera. Cada vez que levamos ao cemitério um ser que amamos é nossa morte que se desenha no horizonte.

♦ A oração pelos que partiram não nos poupa de viver e de pensar em nossa própria finitude, em nossa própria morte. Pensamos nela com serenidade. Esperamos, não se sabe como, estar em companhia daqueles que nos precederam. Será preciso olhá-la sem pavor, face a face. Essa meditação parece mais densa quando levamos o corpo de um ente querido ao cemitério. Será preciso preparar-se da melhor forma para o gran finale.

♦ A oração pelos mortos nos ensina que os laços de amor subsistem após a morte. A oração incita o nosso coração a continuar a amar para além do visível e do imediato. Tudo se torna dilacerante quando a morte ocorre em situações dramáticas. Mais fortemente rezamos pelos que se foram.

♦ Este que se foi está ainda perto. Falamos a Deus a seu respeito, mesmo se num primeiro momento nossa oração é tecida de revolta e molhada de lágrimas, circulando num mar de incompreensão. Se rezamos pelos mortos é porque temos a certeza de que Deus “pode ainda fazer alguma coisa”. “Vim para que tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

♦ Há uma reciprocidade entre nós e os que se foram. Pedimos por eles e eles pedem por nós. Os laços que fomos tecendo em vida com eles foram sendo ampliados, purificados, enobrecidos por Aquele que está na origem de todo amor e de toda ternura. Destarte a grande família humana encontra-se mais intensamente unida para além dos limites habituais de espaço e de tempo. A Ressurreição de Cristo dilatou os limites de nossos horizontes para que não houvesse mais distância entre os daqui e os de lá. Há uma única família de vivos e mortos. Péguy: “Não se trata de chegar junto a Deus uns sem os outros. Será preciso ir juntos para a cada do Pai”.

♦ Junto ao túmulo de nossos entes queridos, na liturgia solene, no silêncio de nosso quarto pedimos que nossos entes queridos estejam na glória e sejam nossos intercessores. Bela esta prece de um Ritual dos Finados: “Senhor, tu nos revelaste que junto de ti os mortos vivem para sempre. Os que santificaste finalmente vivem na felicidade. Os olhos de teu servo… se fecharam definitivamente para a luz do dia e se quisermos reencontrar seu sorriso precisamos, de nossa parte, fechar os nossos olhos. Dá a teu servo…. o que todos desejamos, tu que nos criaste por amor para que pudéssemos conhecer teu rosto. Por Cristo Nosso Senhor. Amém”.

 

Fonte: Província Franciscana Nossa Senhora da Assunção, via: CFFB

Segunda, 05 Outubro 2020 19:40

Solenidade de São Francisco de Assis

             No último domingo, 4 de outubro, aconteceu no Santuário São Francisco de Assis, a Santa Missa solene em comemoração ao dia de nosso Seráfico Pai.

             A celebração foi iniciada com a saudação do Frei João Benedito (OFMConv.), pároco do santuário. Ele deu as boas vindas a todos os formandos e formadores presentes, bem como ao celebrante e Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv.). Na sequência, ele saudou também ao governo provincial que se fez presente e a todas e todos os fiéis que ali estavam.

            Durante a homilia, Frei Gilberto de Jesus ressaltou a importância da vida do Pobrezinho de Assis. O homem que existiu, para testemunhar com a sua vida, a mudança que o amor de Deus pode operar na vida do ser humano, se assim o permitir. Em suas palavras, o frade pontuou que São Francisco foi o homem que abriu mão dos privilégios da vida burguesa que seu pai, rico comerciante de tecidos caros, o proporcionara. Explicou ainda que, após a guerra entre Assis e a Perugia, Francisco padeceu enfermo e que foi essa experiência de quase morte que o aproximou do amor de Deus.

            Numa celebração totalmente voltada ao nosso Pai Seráfico, não poderia deixar de ser mencionados os três pontos visíveis pelos quais Deus o tornou sensível. O frade os pontuou da seguinte forma: “Em primeiro lugar, Francisco tornou-se sensível à criação. Passou a ver a beleza da natureza; em segundo lugar, tornou-se sensível aos enfermos. Fora dos muros de Assis haviam inúmeros leprosos e outros doentes. Francisco passou a cuidar deles; em terceiro lugar, tornou-se sensível aos pobres. Antes, acostumado com a vida burguesa e luxuosa, passou a olhar para quem não tinha o mínimo necessário para viver”.

            Durante o momento do ofertório, além do pão, a água e o vinho, também foram ofertados ao altar o hábito franciscano e o cíngulo. Ofertou-se também a Cruz de São Damião em uma procissão simbólica da entrada até o altar. Um casal também ofereceu ao altar óleo, com o qual ascendeu-se a vela votiva a São Francisco no decorrer da celebração.

            Nesse clima celebrativo, em honra ao Pobrezinho de Assis – e ainda cumprindo todas as recomendações da OMS de distanciamento social – finalizamos uma linda festa, cantando os parabéns pelo aniversário natalício do Ministro Provincial – que aconteceu no último dia 30 de setembro – e celebrando a presença de nossos seminaristas, que serão o futuro da nossa Província.

Em clima de comemoração e calor fraternal, os frades se reuniram na última quarta feira, dia 30 de setembro, para juntos celebrarem o aniversário natalício do Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv.).

A celebração foi iniciada com a Santa Missa, às 11h, na capela do Seminário São Francisco de Assis, em Brasília – DF. Dentre os presentes, professos simples e professos solenes. Algumas irmãs também vieram fazer parte da celebração.

Após a Santa Missa, houve um momento fraterno de partilha do pão, no refeitório do Instituto São Boaventura.

Sexta, 18 Setembro 2020 12:36

São Francisco de Assis

     A vida de um homem é marcada e reconhecida por um ideal que impacta, quando ele é capaz de viver um ideal e, por esse ideal, dar sentido a sociedade que vive. São Francisco Assis é esse homem de ideal nítido, que impactou sua sociedade e a nossa também. Ele conseguiu esse grande feito: realizar em vida um ideal pleno, que deu sentido a si e a vida de muitos irmãos.
     Normalmente, fazemos memória da juventude extravagante de São Francisco de Assis: bebedeiras, roupas esnobe, esbanjamentos, dinheiro, paixões etc. Havia, se tornando um jovem cheio de sonhos, inspirado pela carga cultural da família que o motivara a ser um nobre, um “ grande cavaleiro” que, mediante os espólio de guerra, poderia realizar seu desejo de nobreza. O sonho de status, de ascendência social era vigente é perceptível, mas a realidade da vida recaiu sobre o jovem Francisco. No entanto, contrário ao lado da glória, está a miséria humana desconhecida pelos nobres que almejam à soberba. Francisco de Assis após ver a carnificina da guerra entre Assis e Perugia, convalesce doente e tem esse encontro factível com a realidade. A miséria humana é parte de um propósito divino, vagarosamente, ele vai despertando dos seus sonhos mais íntimos para a necessária constatação da vida. Ele vai compreender o risco do mundo afortunado e inicia um processo de conversão diante das ilusões do prazer, do poder e do ter que o mundo propõe.
     A ação divina marca a vida do jovem Francisco que, diante da enfermidade, torna-se sóbrio aos desejos do mundo, mas aberto ao propósito divino. Portanto, nasce no contato com as coisas simples da natureza um IDEAL, o ideal de São de Francisco de Assis. O abandono da família e da antiga vida o faz um louco pelo amor de Deus, ele vive a condição de liberdade: é preciso ser livre, desapegado na criação, para proximidade com o Criador, que é Deus. São Francisco prioriza , a partir de então, a percepção interior, a voz divina em si. Não se endeusa tornando centro de si mesmo, mas aprendeu a ver em Deus o Sumo Bem, onde na criação resvala aspectos desse Bem. A experiência de São Francisco de Assis fez reconhecer o valor do irmão, o valor da Igreja, o valor da a criação divina.
     É esse Ideal vivido por São Francisco de Assis que sugere um diálogo constante em si mesmo, baseado a inspiração divina, compreendendo voz de Deus como presente, como dom particular, dando sentido as diversas relações: a si mesmo, a Igreja, o próximo e a natureza. Portanto, o ideal de São Francisco de Assis compreende uma comunicação constante com os dons de Deus de forma ampla . São Francisco de Assis renovou a vivência do catolicismo na época, viveu intensamente o amor à criação de Deus, à natureza, aos animais, e, sobretudo, ao ser humano. Vivendo em total doação, valorizando especialmente os mais pobres, chamando todas as criaturas de irmãos, considerava a menor delas. São Francisco de Assis partiu para a eternidade no início da noite de 3 de outubro de 1226, sendo celebrado a sua festa dia 04 de outubro.
     De fato, São Francisco de Assis conseguiu realizar o ideal que questionou sua sociedade, que apontou uma mudança de valores. Tal ideal criou um novo paradigma, ressaltando a grandeza da inspiração divina no interior do homem, respeitando sua liberdade de filho de Deus; esse ideal valorizou a revelação divina na importância da Igreja Católica, indicando a exuberância desta no mundo, na vida do homem com seus mandamentos e ensinamentos; esse ideal ressoa o respeito à vida e à dignidade do próximo e aponta os valores sociais na sociedade, respeitando as criaturas como obra prima de Deus. Esse é o grande ideal que não só mudou vida de São Francisco de Assis, mas impactou a humanidade no decorrer de séculos, que transformou muitas vida; é esse ideal que sugere uma nova sociedade, uma nova mentalidade, uma nova pessoa.

Fr. Gilberto de Jesus, OFMConv.
Ministro Provincial

Em 17 de setembro, a família franciscana em todo o mundo celebra a festa  da impressão das Chagas, também chamada de  Estigmas  de São Francisco de Assis. Em 1224, no Monte Alverne, Francisco recebe os  estigmas  da paixão do Senhor. Deus o apresenta ao mundo como exemplo de vida cristã, como convite a seguir o Evangelho. Francisco tinha Cristo no coração, nos membros e nos lábios, e Jesus imprimiu o último selo também em seus membros.

A impressão das chagas em seu corpo não foi, se não, a coroação de toda uma vida. Desde o início de sua conversão, ele se deslumbrava ao contemplar o Cristo de São Damião, tão humano, tão despojado, tão pobre e crucificado. Por isso, este Cristo ocupa o lugar central de toda sua vida, “Não quero gloriar-me a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Gal 6,14). Foi ante este Cristo, que compungido rezou “Iluminai as trevas de meu espírito, concedei-me uma fé íntegra, uma esperança firme e um amor perfeito” (OrCr). E continua “Nele está todo perdão, toda graça e toda glória, de todos os penitentes e justos” (RegNB 30).

 

As chagas

São Francisco, dois anos antes de receber a visita da Irmã Morte, iniciou, num lugar elevado e solitário chamado Monte Alverne, um jejum de 40 dias, em honra do arcanjo São Miguel, infundiu-se nele a suavidade de elevada contemplação, e, inflamado em desejo das coisas celestes, começou a perceber dons vindos do alto.

Certa manhã, nas proximidades da festa da Exaltação da santa Cruz, rezando na encosta do monte, viu uma espécie de serafim, tendo seis asas brilhantes e flamejantes, do alto dos céus. Com voo célere pelo ar, chegando perto do homem de Deus, apareceu não só alado, mas crucificado. Ao ver isto, admirou-se e, enquanto sentia enorme alegria diante de Cristo que lhe aparecia, atravessava-lhe a alma como uma espada de dor compassiva. A visão desapareceu e inflamou-o interiormente por seráfico ardor, marcou-lhe a carne externamente com uma efígie do Crucifixo, como se à força antecedente de liquefazer do fogo se seguisse a impressão de um sigilo.

Logo, nas mãos e nos pés começaram a aparecer-lhe os sinais dos cravos, as cabeças dos quais apareceram na parte inferior das mãos e na superior dos pés e suas pontas estavam em sentido contrário. Também o lado direito, como se fosse transpassado por uma lança, apresentava rubra cicatriz que frequentemente vertia o sangue sagrado.

 

O significado

Um erro comum é o de ver São Francisco como uma figura acabada, pronta, sem olhar para a caminhada que ele fez até chegar à semelhança perfeita (configuração) com o Cristo. O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em “seguir as pegadas de Jesus Cristo”. Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença.

O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano, ao contrário, é sua plena realização e salvação. Colocando-se como centro da própria vida é que o homem se aliena e se destrói; torna-se absurdo para si mesmo no fechamento do seu ‘ego’. O homem só encontra sua verdadeira identidade, sua própria consistência e o sentido de sua existência em Deus. E Francisco fez esta descoberta: Jesus Cristo foi crucificado em razão de seu amor pela humanidade – “amou-os até o fim” –, e ele percorre este mesmo caminho.

O terceiro significado: as chagas expressam que a vivência concreta do amor deixa marcas. A exemplo de Cristo, Francisco quis suportar/carregar e amar os irmãos para além do bem e do mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o ‘negativo’ dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões. Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer o ‘diabólico’, rompendo com o farisaísmo e a autossuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é, de fato, livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.

O quarto significado: seguir o Cristo implica em morrer um pouco a cada dia: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga” (Lc 9,23). Não vivemos no mundo que queremos, mas naquele que nos é imposto. Não fazemos tudo o que desejamos, mas aquilo que é possível e permitido. Somos chamados a viver alegremente mesmo com aquilo que nos incomoda, vencendo-se a si mesmo e integrando o ‘negativo’, de modo que ele seja superado. Nós seremos nós mesmos na mesma medida em que formos capazes de assumir nossa cruz. As chagas de São Francisco são as chagas de Cristo, e elas nos desafiam: ninguém pode conservar-se neutro, sem resposta diante da vida.

 

Sexta, 11 Setembro 2020 13:28

XXIV CANTA JARDIM

XXIV CANTA JARDIM
 
Nesse sábado (12), às 17h, será realizado o XXIV Canta Jardim. Um dos maiores eventos católicos da região, que acontecerá de forma online esse ano. Uma grande experiência de fé e louvor a Cristo, dentro da sua casa. Marque na sua agenda: Dia 12 de setembro, às 17h. Não perca! Venha conosco conquistar o mundo para Cristo pela Imaculada!
Você pode conferir o convite do Frei Amilton para o evento no vídeo a seguir:

 "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; (...) porque Deus ama o que dá com alegria."

(II Coríntios 9:7)

Eleito nesta manhã, 10, o Frei Gilberto de Jesus (OFMConv.) fala sobre o sentimento de ter sido confiado por seus irmãos à missão de Ministro Provincial da nossa Província São Maximiliano Kolbe do Brasil. O Frei, que estava como pároco do Santuário São José, em Niquelândia (GO), também conta o que o povo de Deus e os outros frades podem aguardar nos próximos quatro anos.

 

 

Artigos

Ver todos os artigos
© 2022 Ordem dos Frades Menores. Todos os direitos reservados

 
Fale conosco
curia@franciscano.org.br