A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os frades professos e as pessoas da comunidade.
A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias
Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.
O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”
Esse assunto é de fundamental importância, não só para a nossa devoção, – nós, católicos, – pela Santíssima Virgem, como também para a fé cristã como um todo: a Imaculada Conceição de Nossa Senhora.
A doutrina da Imaculada Conceição (ou Imaculada Concepção) é um dogma da Igreja, e certamente um dos mais mal compreendidos. Um dogma é uma verdade de fé que deve ser crida por todo cristão (assim como a própria existência de Deus, que é o primeiro dogma: se não cremos em Deus, para começar, não há como nos considerarmos cristãos). Logo, todo cristão deve crer na Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria. Ideal, porém, é conhecer para crer melhor. Para começar, é preciso entender muito bem o que quer dizer, exatamente, “Imaculada Conceição”.
A expressão "Imaculada Conceição" quer dizer que Nossa Senhora foi concebida sem a mancha do Pecado original, não tendo jamais pecado durante toda a sua vida. Mas como pode ser isto?
Antes de tudo é preciso saber que o Pecado original não consiste na dívida de pena eterna, isto é, no castigo condenatório merecido pelos descendentes de Adão, ele que era a cabeça do gênero humano. Segundo a doutrina católica (cf. Concílio de Trento), o Pecado original, verdadeiro e estrito pecado, é a dívida da culpa (cf. Dz 376, 789, 792). Assim é que S. Paulo Apóstolo decreta: "...Todos temos pecado" (cf. Rm 5,19).
Deste modo, todos herdamos o pecado original de nossos pais, eles de seus pais e assim sucessivamente até o primeiro homem. – E os efeitos do Pecado original são a tendência para o mal e para a inimizade com Deus. – Assim, a Virgem Maria também precisou ser salva, assim como qualquer um de nós, pelo Sacrifício Redentor de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ela, porém, diferente de nós, já no instante de sua concepção foi preservada do Pecado original; consequentemente, foi poupada dos seus efeitos, já que foi remida não da maneira comum a todos (pelo Batismo), mas de maneira tal que a preservou de cometer pecado ou de sequer desejar cometê-lo.
Quando Pio IX proclamou o dogma, estabeleceu explicitamente que a Imaculada Conceição de Maria ocorreu por causa da Graça única de Deus, em vista dos Méritos de Jesus Cristo. Por isso, o problema da usurpação por parte de Maria do lugar de Cristo não existe. Ao contrário, o privilégio de Maria tem como fundamento a graça salvífica de Deus em Cristo.
Podemos usar de uma comparação simples para facilitar a compreensão desta diferença: se uma pessoa cai num poço e chafurda na lama ao fundo até que alguém a tire de lá, esta pessoa foi “salva” por quem a tirou. Perfeito. E se outra pessoa está já caindo no poço, em plena queda, sem chance nenhuma de se salvar por suas próprias forças, mas alguém suficientemente forte a segura em pleno ar e a puxa para a segurança, impedindo que mergulhe abaixo, esta também foi “salva” por quem impediu a sua queda. – Assim Nossa Senhora foi salva, como quem é salvo de cair no poço, ao invés de ser salva como quem já caiu dentro dele, sujou-se todo e se machucou (o caso de todos nós).
E era absolutamente necessário que assim fosse, por uma razão simples: Deus preparou a Virgem especialmente, desde a queda do homem (Gn 3,15), para carregar o Salvador, Deus mesmo, em seu ventre. Seu Filho não era um menino qualquer que depois “virou Deus”. Não. Ele era, ou melhor, é desde sempre e continuará, sem fim, o eterno "Eu Sou": YHWH1; DEUS.
Sim. A partir de sua concepção no seio da Virgem Maria, pelo Espírito Santo (Lc 1,31), Deus tomou nossa natureza humana, sem perder sua Natureza Divina, e fez-se homem. – E como vimos, o Pecado original é transmitido dos pais aos filhos. Segue daí que Jesus, sendo Deus, não poderia jamais vir ao mundo como fruto de um ventre contaminado pelo pecado; não poderia tomar carne e sangue de alguém que, como explica S. Paulo, é escravo do demônio (Hb 2,15), por tender ao pecado em virtude das consequências do pecado original.
É preciso lembrar que o Sangue de Jesus, que nos salva, é o mesmo sangue de Maria; o Corpo de Jesus, único sacrifício que pode nos reconciliar com Deus, é o corpo formado do corpo de Maria, de quem o Senhor tomou sua constituição humana. Você já parou para pensar nisto? Já meditou sobre este mistério tremendo?
No livro do Êxodo (25,10-22) vemos o extremo cuidado que Deus ordena na preparação e no trato para com a Arca da Antiga Aliança, destinada a portar as tábuas onde Deus escrevera a Lei dada a Moisés (Dt 10,1-2). Para portar a lei, o Senhor manda que se faça a arca com muitíssimos e detalhados cuidados, que tem que ser de ouro e madeira de acácia, – os materiais mais nobres e puros, raros e caros na época.
De tão sagrada, esta Arca não pode sequer ser tocada! Em 2Sm 6,6-7, vemos como Oza, filho de Abinadab, ao perceber que os bois que carregavam o carro com a Arca tropeçam, sem pensar, corre para a aparar com as mãos; e imediatamente cai morto, fulminado pela Santidade de Deus!
Ora, se para com a Arca da Antiga Aliança, – que guardava tábuas de pedra com a lei do Antigo Testamento, – havia tanto rigor e era necessária tamanha pureza, o que não seria necessário para que a uma mulher fosse concedida a graça incomensurável de ser, ela própria, o Tabernáculo da Nova e Eterna Aliança, que abrigaria em si mesma não tábuas de pedra, mas sim corpo e sangue, alma e divindade do Deus vivo e verdadeiro! Não teria que ser ela totalmente pura, imaculada? Mais uma vez, cabem as perguntas feitas acima: você já parou para pensar nisto? Já meditou sobre este mistério tremendo?
Tente imaginar como foi preparada aquela que levaria o próprio Senhor e Salvador em seu ventre, aquela cujo sangue nutriria o Verbo de Deus feito Carne, cujo leite alimentaria Deus feito homem. Se a Arca que haveria de conter a palavra escrita precisava ser puríssima, poderia o próprio Verbo do Deus vivo e encarnado ser concebido e se desenvolver dentro de um útero minimamente impuro? A carne de Cristo poderia ter sido tomada e formada a partir de uma mulher comum, escrava do pecado como qualquer outra?
Vemos claramente que não se trata de uma doutrina desprovida de fundamento, "inventada". É preciso entender que nem tudo as Sagradas Escrituras dizem explicitamente. Muito está dito implicitamente, e para ser compreendido necessita, – não sem razão, mas pelo próprio Desígnio Divino, – do ensinamento da Santa Igreja, que é, segundo as mesmas Escrituras, Casa do Deus Vivo, coluna e sustentáculo da Verdade (1Tm 3,15).
Fonte: O Fiel Católico
Paz e Bem!
A nossa Província Franciscana de São Maximiliano Maria Kolbe, com presença no Centro-Oeste, Nordeste e Norte do Brasil, com a graça de Deus, possui neste ano de 2021, cerca de cinquenta formandos (seminaristas) em várias etapas (a saber: postulantado, filosofia, noviciado e teologia). Estes jovens se preparam intensamente para o apostolado franciscano nas mais diversas atuações da nossa Província.
Este preparo, não obstante, exige muitos recursos!
Você já pensou em ser um Benfeitor Franciscano? Já pensou em ajudar um destes jovens em sua formação franciscana? Deseja auxiliar a vida franciscana a se expandir ainda mais pelo Brasil?
Precisamos muito da sua ajuda. Conheça-nos. Entre em contato conosco!
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Saiba como enviando um e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo whatsapp (61) 9 8224-0501, com Frei Mayko Ataliba.
Que Deus abençoe a sua iniciativa em acreditar neste apostolado e nestes jovens que se dedicam plenamente ao serviço de Deus e ao próximo!
Ontem, 3 de maio, aconteceu a Missa de Sétimo Dia de Falecimento do Frei Francismo Kramek. A Santa Missa foi celebrada no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental (GO) e presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), com a presença de diversos frades, seminaristas, irmãs religosas e amigos leigos.
Na oportunidade, Frei Miescislaw Tlaga, como um dos primeiros missionários de nossa província no país, falou sobre o ardor missionário e de apostolado realizados por Frei Francisco Kramek. Também receberam a palavra o Frei Eusébio Wargulewski e o casal Iria e Bené.
A Província São Maximiliano Kolbe sente profundamente a perda do Frei Francisco Kramek, que faleceu de Infarto, no último dia 27 de maio. O frade era uma pessoa importante e imensamente significativa a níveis vocacional, espiritual, fraterno, histórico e missionário. O Evangelho de São João 11, 25 diz: “Aquele que crer em mim ainda que morra, viverá”. Cristo apresenta uma verdade evangélica, que supera a morte: a fé. É pela fé que é possível olhar para Frei Francisco Kramek, em sua modéstia, em sua obediência, sua oração e trabalho e ver o rosto de Cristo nas ações de apostolado, de religioso, de sacerdote e missionário que sempre buscou demonstrar.
Temos o grande exemplo de fé e amor a Deus manifestado por Frei Francisco quando ele fala de sua vocação. Dizia que o próprio Jesus o chamou muito cedo, aos sete anos de idade. Aconteceu quando um frade franciscano visitou a casa de sua tia, em um sábado Santo para a benção dos alimentos. Depois o frade conversava com as crianças, olhou pra ele, colocou a mão sobre sua cabeça e disse: “Você será padre!”. Anos depois, trabalhando com feno na fazenda, ouviu uma forte voz que ele identificou como a voz de Jesus dizendo: “Vá para o Seminário”. Após conversar com a mãe e o padre, entendeu que era a vontade de Deus que ele entrasse no Seminário. E assim o fez, entrando no seminário Franciscano em 1949, onde estudou e se formou.
Em janeiro de 1975, chegou ao Brasil juntamente com Frei Eusebio, Frei Marcos e Frei Edmundo, após terem feito o pedido para irem em Missão;
Em 1976, assumiu a sua primeira paróquia no Brasil, em Rialma-GO;
Em 1977, tornou-se pároco na Paróquia de São José, em Niquelândia-GO;
Em 1990, foi pároco na Paróquia São Francisco de Assis, em Valparaíso-GO;
Em 1992, tornou-se pároco na Paroquia Imaculada Conceição no Novo Gama-GO;
Em 2002, foi escolhido para ser diretor espiritual no Seminário São Francisco de Assis em Brasília DF;
Em dezembro de 2003, foi vice mestre do noviciado em Águas Lindas-GO. Estando em Águas Lindas desde então, pelos últimos 18 anos de seus 46 anos de missionário no Brasil.
Na última quinta-feira (29), aconteceu a Santa Missa de corpo presente do Frei Francisco Kramek (OFMConv) no Santuário Imaculada Conceição de Maria, na Cidade Ocidental (GO).
A Santa Missa foi presidida por Vossa Excelência Reverendíssima Dom Waldemar Passini Dalbello e contou com a presença do Ministro Provincial dos Franciscanos Conventuais, Frei Gilberto de Jesus (OFMConv), o Ministro Provincial dos Frades Capuchinhos, Frei Clézio Menezes dos Santos (OFMCap) e outros frades concelebrando. Antes da celebração, o corpo houvera chegado em Águas Lindas (GO) às 2h para ser velado na Paróquia São Maximiliano Maria Kolbe. Paróquia essa na qual o frade passara seus últimos 18 anos. O corpo seguiu em cortejo no carro de Bombeiros até a Paróquia Imaculada Conceição, em Novo Gama (GO), onde Frei Francisco foi um dos primeiros párocos e ajudou na fundação da mesma. Saindo de Novo Gama, o corpo seguiu até o Santuário Jardim da Imaculada, onde foi realizada a Santa Missa de Corpo presente, presidida por Dom Waldemar e o sepultamento no Cemitério Imaculada Conceição, nas dependências do Santuário Jardim da Imaculada.
O cortejo e celebração foram acompanhados de perto por seus irmãos frades, seminaristas e alguns fieis leigos.
A Santa Missa de sétimo dia do frade acontecerá na próxima segunda feira (3/5) no Santuário Jardim da Imaculada às 11h e contará com transmissão ao vivo pelas plataformas do santuário (Facebook e Youtube).
Na história da Igreja, a data de hoje é marcada por inúmeros conflitos, e revoltas sociais, sendo cristianizada por mais de 200 mil pessoas na praça de São Pedro que gritavam: "Viva Crist trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!", sendo assim naquele ano de 1955 o Papa daria aos trabalhadores um modelo e protetor: São José o Operário.
São José, o protetor da Igreja, assumiu a responsabilidade de não desamparar nenhum trabalhador de fé, seja ele da indústria, do campo, autônomo, homem ou mulher, lembrando-os que ao seu lado sempre estão Jesus e Maria.
A Festa de São José Operário foi autorizada pelo Papa Pio XII, que em um maravilhoso parecer sobre a luz que se faz crescer das obras produzidas pelo homem afirmou: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire a vida social, as leis da equitativa repartição de direitos e deveres."
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).
Texto por: Nossa Sagrada Família
É com grande pesar que noticiamos o falecimento de Frei Francisco Kramek (OFMConv) ontem (27), às 18h30min.
(☆ 12.01.1935 ⴕ 27.04.2021)
Filho de fazendeiros, Frei Francisco Kramek nasceu aos 12 de janeiro de 1935, em Babin na Polônia. Perdendo seu pai em tenra idade, Frei Francisco foi educado por seu padrasto João e por sua mãe Mariana, mulher simples e discreta que formou os filhos com o bom exemplo. Dada a invasão do território Polonês, pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, a propriedade familiar ficou em zona proibida e frei Francisco, não poucas vezes, considerou-se agraciado pela preservação de sua vida: por duas vezes se viu livre do fuzilamento, pelos soldados alemães, livre de bombardeio e explosões de minas terrestres, livre ainda em sua infância quando fora atingido por um raio. Somente a sua longa vida e os frutos derivados de sua missão o levariam a compreender quão valiosa era a sua vida.
Deus lhe tinha destinado uma missão, a qual frei Francisco começou a conhecer quando aos sete anos de idade, teve o seu primeiro contato com um frade franciscano, frei André Klimuszko, que vindo ao seu povoado e reunindo as crianças, dirigiu-se a ele e profetizou que seria Sacerdote. Quase impossibilitado de ver cumprida tal profecia, seja pelos atrasos impostos pela Guerra, que pelas dificuldades no aprendizado, passados alguns anos, já entrada a adolescência e trabalhando no trato do feno, na propriedade rural da sua família, frei Francisco Kramek, escutou uma voz forte e misteriosa que lhe chamava ao Seminário. Relatando o ocorrido a sua mãe, a mesma o orientou a que procurasse o Pároco e que este o orientaria. Obedecida a mãe e dirigido pelo padre Adão, que o auxiliou para o ingresso no Seminário fundado por são Maximiliano em Niepokalanow, aos 14 anos de idade, no dia 1 de setembro de 1949, o jovem Francisco deu início a sua formação religiosa. Ingressando no Noviciado, no dia 30.08.1951, Frei Francisco Kramek fez a Profissão Temporária aos 31.08.1952.
Encerrado o ano do Noviciado, o mesmo continuou o estudo do Ginásio em Niepokalanow, período durante o qual viria a sofrer grandes dificuldades para a conclusão dos estudos, no entanto, mais uma vez frei Francisco sentiu-se agraciado pelos favores divinos. Entre os anos de 1954 e 1959, estudou Filosofia e Teologia. No dia 04.10.1956, frei Francisco fez a Profissão Solene dos votos e foi Ordenado Sacerdote no dia 02.08.1959, pelo futuro beato Cardeal Primaz da Polônia Stefan Wyszynski. Nutrindo, em seu coração, o grande anseio pela vida missionária, depois de sua ordenação, frei Francisco deu início ao seu trabalho apostólico em Slawno (1959-1962), onde serviu como Vigário Paroquial e Capelão Hospitalar; em Niepokalanow (1962-1964), junto ao Seminário Menor, foi nomeado Vice-Formador e ali pôde inspirar muitos jovens seminaristas a seguirem a vocação missionária; em Gniezno (1964-1966), foi Vice-Mestre de Noviciado. Antes de sua partida para a missão Ad Gentes, frei Francisco serviu em Koszalin (1966-1972), como Vigário Paroquial; em Skarzsko (1972), também como Vigário Paroquial e em Poznan, entre os anos 1972 e 1974, iniciou a sua preparação paras as missões.
Animada pelo ardor missionário de São Maximiliano e por ocasião de sua beatificação, foi decidida a criação de uma nova missão, pela Província Imaculada Conceição, então sob o governo do frei Mário Paczóski. Sentindo-se chamado, Frei Francisco se inscreveu para estar entre os novos missionários e com grande entusiasmo, no dia 19.12.1974, juntamente com frei Marcos Ignaszewski, Frei Eusebio Wargulewski e o Irmão Religioso Edmundo Grabowiecki, partiu em missão para o Brasil, desembarcando no Rio de Janeiro no dia 18 de janeiro de 1975. Frei Francisco, portanto, foi missionário da primeira hora, compondo o grupo de missionários chegados ao Brasil, apenas três meses após a chegada do fundador da Missão, Dom Frei Agostinho. Residindo, na Paróquia de São Sebastião, em Uruaçu - GO, entre maio de 1975 e abril de 1976, preparou-se para assumir a Paróquia de Nossa Senhora das Graças em Rialma – GO, no dia 4 de abril de 1976, onde trabalhou até 27.02.1977, assumindo em seguida a missão de ser o primeiro Pároco franciscano, da grande Paróquia de São José, em Niquelândia – GO, no dia 19.03.1977, assistência que se estendeu ao Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Em Niquelândia, juntamente com frei João M. Batista Wajgert, frei Francisco trabalhou para construção do Convento de são José. Dedicado e zelo pastor, frei Francisco realizou muitos trabalhos e durante uma década se dedicou ao cuidado do povo goiano naquela região, onde permaneceu até dezembro de 1986. Do dia 01.01.1990 aos 08.11.1992, frei Francisco assumiu novo encargo pastoral em Valparaíso de Goiás, ali também como Pároco da Paróquia de São Francisco de Assis. Em 1992, dia 08 de novembro, frei Francisco retornaria ao Novo Gama de Goiás, onde novamente viria a assumir as funções de Guardião e Pároco e ali permaneceria por mais sete anos até a sua transferência para o Convento de São Marcos e São Lucas, em Ceilândia – DF, onde desenvolveria os seus trabalhos apostólicos até a sua designação como Diretor Espiritual do Seminário são Francisco de Assis, em Brasília, no ano de 2002. Em pouco tempo frei Francisco seria nomeado Vice-Formador do Noviciado e no final do ano de 2003, foi transferido para Águas Lindas de Goiás, onde permaneceu Vice-Mestre até o ano de 2007.
Desde então frei Francisco permaneceu em Águas Lindas, exercendo a função de Vigário Paroquial e ali desenvolveu longo e duradouro apostolado, até o seu falecimento, em 27.04.2021, aos 86 anos de idade. Em sua longa vida, frei Francisco realizou muitas obras físicas, na construção e reformas de tantas Igrejas e conventos, também obras intelectuais por meio dos vários livros que escreveu, mas sobretudo se dedicou com grande zelo pela edificação da Igreja e pela propagação da fé católica. É inegável o seu testemunho de fé sólida e Católica, bem como o testemunho de sua coerência, na vivência de sua profissão religiosa. Frei Francisco manifestou, ao longo de sua vida, especial atenção pelo atendimento aos doentes e moribundos. Dentre os serviços pastorais que Frei Francisco mais realizava, até o momento de sua morte, estão as visitas aos hospitais e a Comunhão que levava aos que não podiam mais participar das Santas Missas. Apesar das grandes provações, quanto à sua saúde, o Frei Francisco Kramek veio a falecer de modo repentino, no dia 27.04.2021, às 18:00h, em decorrente de um infarto. O corpo de Frei Francisco Kramek foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada em Cidade Ocidental-GO, 16h, do dia 29.04.2021.
“...E correndo alegre ao seu encontro, convidou-a a ser sua hóspede: Bem vinda seja, minha irmã morte!” (2Cel 217,7)
Entre os dias 19 e 24 de abril, nossa Sede Provincial recebeu a visita do Custódio do Rio de Janeiro, Fr. Ronaldo Gomes (OFMConv). O frade veio para conversar e discutir alguns acordos de cooperação conjunta para um futuro próximo. Também foi realizado um escrutínio junto aos frades da Custódia Imaculada Conceição que estão estudando no Seminário São Francisco de Assis, em Brasília (DF) – Frei Fernando Pereira, Frei Jesus Rodrigues e Frei Ricardo Elvis.
Os frades estão estudando o curso de teologia. Eles moram e fazem essa experiência em nossa jurisdição, no Seminário São Francisco de Assis. Na oportunidade, frei Ronaldo Gomes esteve conversando com os confrades do seminário e aproveitou para visitar a Casa de Formação do pré-noviciado em Santa Maria (DF).
Dois frades da Custódia Imaculada Conceição do Rio de Janeiro que, atualmente, estudam conosco (Frei Jesus e Frei Ricardo) farão a Profissão Solene no mês de julho. Rezamos por suas vocações, disposições no ideal da vida religiosa e pela vida de estudo dos confrades.
Desejamos à Custódia Imaculada Conceição do Rio de Janeiro ensejos de crescimento, junto ao vigor e espiritualidade franciscana, bem como que sempre mantenham o coração unido a Igreja. Parabéns e obrigada ao Frei Ronaldo pela visita.
Aconteceu hoje (5) a Pascoela, na capela do Seminário São Francisco de Assis, em Brasília - DF. A comemoração contou com a Santa Missa, realizada às 11h, seguida de almoço fraterno, servido no refeitório do seminário.
A Santa Missa foi presidida pelo Ministro Provincial, Frei Gilberto de Jesus (OFMconv) e concelebrada por demais frades presentes. Dentre eles, párocos, guardiães e vigários das nossas paróquias, bem como alguns seminaristas, irmãs religiosas e colaboradores em número reduzido.
Após a santa celebração, aconteceu a bênção da imagem de São Francisco de Assis no seminário seguida do almoço fraterno.
A cerimônia aconteceu observando as recomendações do Ministério da Saúde em relação ao Covid 19.
Carta do Ministro Provincial por ocasião da Páscoa.
O SENHOR RESSUSCITOU! ESPERANÇA!
A Páscoa é sempre acompanhada de grande significado para nós religiosos franciscanos, que aprendemos desde os primórdios da nossa formação a valorizar virtude da Esperança, na perspectiva dos votos religiosos. Nossa experiência cristã alcança sua plenitude no encontro com o «Cristo Ressuscitado», o qual vivenciaremos nas diversas celebrações da Semana Santa.
De fato, na celebração dos mistérios pascais nos é proposto exercer o testemunho de fé, na comunidade conventual e na vida de apostolado com o povo de Deus. Tal experiência, fundamenta em nossa vida vocacional, como irmão religioso ou presbítero, nos faz crescer humanamente e fraternalmente na espiritualidade sacramental da Páscoa.
Como frades, vivemos o dom da vida, da vocação religiosa no presente, mas com certeza precisamos olhar para o futuro com olhar da fé, como afirmava o papa Bento XVI refletindo sobre o futuro, a partir do dom presente, na Carta Encíclica Spes Salvi, n.9, onde considerava que «A espera de Deus adquire uma nova certeza. A espera das coisas futuras a partir de um dom já presente». É esse presente, Dom de Deus, na vida religiosa franciscana que é fortalecida na Páscoa do Senhor, vivida por nós religiosos gerando uma grande responsabilidade e uma missão na ressignificação da vida para os confrades, na vida fraterna e para o povo de Deus, na vida pastoral!
O valor da Esperança, com certeza nos emerge no presente, compreendendo as exigências, a experiência do Calvário, no ímpeto da Paixão de Cristo, realizando a vontade de Deus, mas vislumbrando sempre a realidade da graça. Como consagrados e religiosos Franciscanos, somos chamados a apresentar, com grande ardor, à todos os que nos foram confiados e ao mundo, o significado da Fé, da Esperança e da Caridade, pois, mesmo vivendo tempos de penúrias e desafios, somos motivados apresentar a luz da Esperança, como diz o Papa Francisco sobre a Esperança, afirmando que: «A esperança é ousada, sabe olhar para além das comodidades ––pessoais, das pequenas seguranças e compensações que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna». Caminhemos na esperança! (Fratelli Tutti, n. 55).
Certamente, todos os frades, em suas realidades conventuais, sofrem os efeitos da Pandemia que revela um tempo de carências e de sofrimentos diversos. Mas, também é um tempo de oportunidades e de respostas às exigências emergentes. É um tempo no qual Deus nos fala de forma nítida, diante da crise sanitária e humanitária e nos diversos conflitos sociais, políticos, econômicos e religiosos que vivemos hoje.
A Ressurreição do Senhor, vivida em sua plenitude por nós religiosos, nos convoca, com nosso carisma e dom, a responder e a revelar a «vida» no meio do caos do mundo presente! A graça de Cristo, que nos permite a experiência da salvação, nos impele a abster-nos de muitos sabores e desejos pessoais, para oferecer-nos cotidianamente a Deus e aos irmãos como sacrifício da ressurreição, de forma particular na vida comunitária.
Portanto, caros confrades, que a “Páscoa do Senhor’’, seja para nós como batizados e como religiosos franciscanos, a nossa Ressurreição e nos dê novo ímpeto e coragem para não desanimar, como nos aponta o Evangelho de São Marcos 16,1 quando o Anjo diz: «Não vos assusteis! ... Ele ressuscitou. Não está aqui». O Túmulo é a figura presente dos assombros, dos sofrimentos e mortes que temos presenciado; não devemos assustar-nos ou acomodarmo-nos. As intempéries da vida presente, nos motivam a olhar com fé e lembrar que Ele ressuscitou! E que apesar da Paixão, Cristo não ficou no túmulo!
Que a alegria de realizar a vontade do Pai, nos sacrifícios, nas entregas, na fraternidade, seja nossa missão de religiosos franciscanos, pois, assim revelaremos a vida do Cristo Ressuscitado, em nossas comunidades paroquiais, conventuais e em nossos apostolados.
O exemplo do Seráfico Pai São Francisco de Assis motiva-nos a olhar a vida e o mundo na perspectiva do Sumo Bem, pois ele, como diz Celano, «trazia Jesus no seu coração, na boca, nos ouvidos, nos olhos, nas mãos e nos demais membros». (1Cel 115).
Que essa Páscoa seja a oportunidade de reencontro com Senhor e com os irmãos na fraternidade conventual e provincial. Feliz Páscoa! Paz e Bem!
Frei Gilberto de Jesus (OFM. Conv)
Ministro Provincial
No dia 20 de março de 2021, celebrou-se os 10 anos do falecimento de Dom Agostinho. Os frades se reuniram no Santuário Jardim da Imaculada, na Cidade Ocidental - GO. O governo provincial, juntamente com os demais frades da Província, formadores e formandos, celebraram a Santa Missa em honra de Dom Agostinho, que foi o fundador da Província São Maximiliano Kolbe e da Missão Kolbe, bem como o idealizador da Missão no Amazonas.
Ressaltamos os valores desse grande homem e de sua imensa importância histórica para a Província. Ao final da Santa Missa, os presentes foram em procissão até a área do futuro cemitério no Jardim da Imaculada, que teve sua construção devidamente autorizada pelas autoridades municipais competentes. Ao fim da procissão, aconteceu a benção do terreno onde será construída a capela mortuária da Província. Foi, de fato, um momento marcante de fé e esperança. Aquele lugar sagrado acolherá os restos mortais de todos aqueles e viveram suas vidas consagradas na Província São Maximiliano Kolbe. Também será lugar de grande testemunho aos homens que viveram em santidade, a exemplo de Dom Agostinho.
A Ordem dos Frades Menores Conventuais é a Ordem religiosa fundada por São Francisco de Assis.