Entrevistas

Província

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A Província São Maximiliano M.Kolbe celebrou no dia 02 de agosto de 2023 a festa de Nossa Senhora dos Anjos. A celebração foi realizada na Casa de Formação de Nossa Senhora dos Anjos, em Santa Maria DF. Estiverem presentes frades da Província, o Ministro Provincial fr.Gilberto, os formandos do Postulantado, o Pré-noviciado, os  frades professos e as pessoas da comunidade.

A festa do Perdão de Assis- As indulgências plenárias

Está festa celebra no dia 02 de agosto, a Festa do Perdão de Assis, Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, segundo testemunhou Bartolomeu de Pisa, a origem da Indulgência da Porciúncula se deu assim: “Em uma noite linda , do ano do Senhor de 1216, Francisco estava intimamente compenetrado na oração e na contemplação estava mesmo ali na pequena ermida dedicada a Virgem Mãe de Deus, conhecida como igrejinha da Porciúncula, localizada em uma planície do Vale de Espoleto, perto de Assis, quando, de repente, a igrejinha ficou tomada de uma luz vivíssima jamais vista antes, e Francisco viu sobre o altar o Cristo e à sua direita a sua Mãe Santíssima, acompanhados de uma multidão de anjos. Francisco ficou em silêncio e começou a adorar o seu Senhor. Perguntaram-lhe, então, o que ele desejava para a salvação das almas. Francisco tomado pela graça de Deus que ama incondicionalmente, responde: “Santíssimo Pai, mesmo que eu seja um mísero, o pior dos pecadores, te peço, que, a todos quantos arrependidos e confessados, virão visitar esta Igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas”.

O Senhor lhe disse: “Ó Irmão Francisco, aquilo que pedes é grande, de coisas maiores és digno e coisas maiores tereis: acolho, portanto, o teu pedido, mas com a condição de que tu peças esta indulgência, da parte minha, ao meu Vigário na terra (Papa)”. E não tardou muito, Francisco se apresentou ao Papa Honório III que, naqueles dias encontrava-se em Perugia e com candura lhe narrou a visão que teve. O Papa o escutou com atenção e, depois de alguns esclarecimentos, deu a sua aprovação e perguntou: “Por quanto anos queres esta indulgência”? Francisco, respondeu-lhe: “Pai santo, não peço por anos, mas por almas”. E feliz, se dirigiu à porta, mas o Pontífice o reconvocou: “Francisco, não queres nenhum documento”? E Francisco respondeu-lhe: “Santo Pai, de Deus, Ele cuidará de manifestar a obra sua; eu não tenho necessidade de algum documento. Esta carta deve ser a Santíssima Virgem Maria, Cristo o Escrivão e os Anjos as testemunhas”. E poucos dias mais tarde, junto aos Bispos da Úmbria, ao povo reunido na Porciúncula, Francisco anunciou a indulgência plenária e disse entre lágrimas: “Irmãos meus, quero mandar-vos todos ao paraíso!”

 

 

O que está acontecendo na nova colocação pública das fés – e que poderíamos definir recorrendo à ideia de pós-secular – diz respeito às práticas ou aos processos coletivos em ato que estão se descerrando em várias partes. São processos não exclusivamente dialógicos ou de discussão, mas ações compartilhadas em que se iniciam movimentos que podemos definir como sociais, porque surgem da convergência de vários olhares crentes.

Há ao menos três décadas, os sociólogos nos repetem que algo mudou no mundo das religiões mundiais. O panorama global da religiosidade ou das fés individuais parece ter vivido uma verdadeira inversão de tendência em relação àqueles que, até os anos 1970, preconizavam o redimensionamento do fato religioso ou a sua inevitável retração na esfera da intimidade doméstica e da dimensão privada. Portanto, se subsiste uma novidade que é, ao mesmo tempo, uma peculiaridade do atual contexto religioso global, essa coincide com um renovado protagonismo público das fés.

De fato, parece profundamente mudado o papel ou a presença do religioso dentro dos espaços comunicativos globais. Mas, ao mesmo tempo, equivoca-se quem considera essa nova fase como um "retorno de Deus", ou como uma mera recuperação de alguns esquemas e instrumentos com que as fés institucionalizadas atestaram a sua presença na cena pública até a modernidade tardia.

É por isso que, no âmbito dos estudos sobre o religioso, há diversos anos, circula insistentemente uma categoria como a do pós-secularismo. Com esse conceito, quer-se indicar uma ruptura com a era comumente percebida como secular.

O que esse termo implica, portanto, é algo muito distante da proclamação, com tons revanchistas ou ao limite do triunfalismo, de uma nova atestação do religiosos dentro da ordem pública global. O pós-secular é capaz de representar uma referência comum de partida para farejar os traços não expressados ou nascentes na paisagem das religiões mundiais.

Mais do que uma função rigidamente de atestação sobre a condição presente das religiões individuais, o pós-secular exerce um papel introdutório em relação ao atual panorama das fés e dos relativos contextos sociais.

A ideia de pós-secularismo, de fato, identifica não tanto uma tese assertiva sobre o retorno do sagrado no coração da aldeia global e pós-moderna, mas sim um clima ainda a ser respirado ou um ambiente com o qual nos familiarizamos há pouco e que ainda devemos aprender a habitar.

A cena inédita e, em muitos aspectos, inesperada que o pós-secular descerra é a de uma nova condição pública das fés. Tanto as religiões históricas mundiais, quanto as comunidades religiosas de nova fundação estão amadurecendo linguagens e estilos inesperados dentro da cena pública global: sondar e compreender essa presença é, ao mesmo tempo, advertência e tarefa dos estudos sobre o pós-secular.

É possível, além de necessário, identificar os termos históricos da condição pós-secular ou, ao menos, colocar um limite temporal que ateste o seu início. Diversos estudiosos, de fato, falaram dos "anos 1980 da religião", identificando naquela década alguns movimentos ou submovimentos difusos dentro de contextos religiosos e sociais muito diferentes entre si.

José Casanova, por exemplo, no seu célebre ensaio Além da secularização. As religiões à conquista da esfera pública, identificou justamente nesses anos alguns eventos-chave em função dos quais é possível investigar o pós-secularismo.

De fato, ele fala de quatro acontecimentos que já se tornaram um exemplo recorrente sempre que se fala da condição pós-secular: "A revolta islâmica no Irã; o desenvolvimento do movimento Solidarnosc na Polônia; o papel desempenhado pelo catolicismo na Revolução Sandinista e em outros conflitos políticos que envolveram a América Latina; o renascimento do fundamentalismo protestante como força operante no âmbito da arena política dos Estados Unidos".

É evidente que esses eventos descrevem, acima de tudo, as recíprocas implicações entre a esfera religiosa e a política dentro de alguns contextos nacionais. Os acontecimentos citados por Casanova, na verdade, parecem quase exclusivamente remeter a uma relevância política de alguns movimentos de inspiração religiosa. A análise, na realidade, deve ir além e identificar os anos 1980 um laboratório público global em que as linguagens da religião e sobre as religiões se diferenciaram, se enriqueceram e se multiplicaram.

Tudo isso não surgiu exclusivamente a partir da dissolução do mundo bipolar ou das ideologias políticas que, em seu interior, identificavam os seus indivíduos e as suas massas. Então, o que mudou?

Provavelmente, o próprio modo das religiões de atestar e interpretar a própria presença nos discursos públicos e na auto comunicação de si mesmas. Para o mundo católico, isso representou uma consciência que se traduziu e ainda está se traduzindo em um estilo eclesial: aquele pelo qual as consciências da fé não amadurecem antes ou prescindindo dos discursos públicos, mas são adquiridas e se esclarecem no próprio exercício do diálogo realizado também com aqueles que não creem ou creem de forma diferente de mim.

Tudo isso nos leva a esclarecer outro elemento: a condição pós-secular não é redutível ao atual cenário comunicativo das fés, ou à sua capacidade de se apresentar na cena política como sujeitos simplesmente engajados em ações de argumentação pública.

Embora isso não deva ser excluído, é necessário ouvir as práticas já difusamente em ação dentro do mosaico religioso global e que estão redesenhando o léxico da presença pública das fés. Um léxico que não recorre – como, aliás, aconteceu também em outras épocas – exclusivamente ao medium linguístico-argumentativo. Um léxico que não é possível definir e compreender até o fim nem mesmo à luz apenas da linguagem simbólica ou do recurso, por parte de comunidades ou instituições religiosas, à eficácia identificadora e agregadora dos símbolos.

O que está acontecendo na nova colocação pública das fés – e que poderíamos definir recorrendo à ideia de pós-secular – diz respeito às práticas ou aos processos coletivos em ato que estão se descerrando em várias partes. São processos não exclusivamente dialógicos ou de discussão, mas ações compartilhadas em que se iniciam movimentos que podemos definir como sociais, porque surgem da convergência de vários olhares crentes.

Tudo isto parece estar em sintonia com o próprio olhar hermenêutica de Francisco, quando, ao falar da superioridade do tempo sobre o espaço, escreve que "dar prioridade ao tempo é ocupar-se mais com iniciar processos do que possuir espaços. O tempo ordena os espaços, ilumina-os e transforma-os em elos de uma cadeia em constante crescimento, sem marcha atrás. Trata-se de privilegiar as ações que geram novos dinamismos na sociedade e comprometem outras pessoas e grupos que os desenvolverão até frutificar em acontecimentos históricos importantes. Sem ansiedade, mas com convicções claras e tenazes" (Evangelii gaudium, 223).

 

A opinião é do filósofo italiano Vincenzo Rosito, professor da Link Campus University, de Roma. O artigo foi publicado no jornal Avvenire, 31-05-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

 

 

 Tudo isto parece estar em sintonia com o próprio olhar hermenêutica de Francisco, quando, ao falar da superioridade do tempo sobre o espaço, escreve que "dar prioridade ao tempo é ocupar-se mais com iniciar processos do que possuir espaços".

 

"As finanças enfraquecem e é tempo de transparência e sobriedade na gestão econômica"

A atenta administração do patrimônio dos Institutos é uma prioridade que diz respeito a 200 mil consagrados dispersos pelo mundo, em crise de vocações, mas também de finanças. Mais de cem superiores religiosos se interrogaram nestes dias sobre a importância da transparência das regras, mas também sobre a oportunidade de modificar os hábitos e a necessidade de ter a coragem de encerrar obras insustentáveis. Difunde-se a consciência de não se poder mais ignorar ou delegar as problemáticas econômicas.

Se as regras são claras, em matéria de gestão econômica e financeira a sua atuação frequentemente não o é. Por isso, torna-se necessário um mais forte empenho, afim de garantir a transparência e evitar a tentação do poder, recordando que os pobres estão no centro da ação da Igreja. É a convicção difusa entre os religiosos que veem, reunidos nestes dias em Roma, as maiores cúpulas de mais de cem Congregações para a Assembleia semestral da União dos superiores gerais. 

A reportagem é de Ricardo Benotti, publicada por Servizio Informazione Religiosa - SIR, 27-05-2016. A tradução é de Benno Dischinger.

A atenta administração do patrimônio dos institutos é uma prioridade que diz respeito a 200 mil consagrados dispersos pelo mundo, em crise de vocações, mas também de finanças. Uma dificuldade que se situa na difusão a prática de unificar Ordens semelhantes por carisma e na oportunidade sempre mais concreta de abandonar estruturas históricas. Em diversos casos, e para famílias religiosas bastante grandes, a própria casa generalícia poderia em breve ser vendida para investir recursos alhures e alojar os confrades numericamente reduzidos em comunidades dimensionadas sob medida.

 

Fadiga do testemunho

A centralidade dos pobres na missão da Igreja solicita, aliás, que se repense os hábitos consolidados e se tenha coragem para realizar escolhas dolorosas. Numa mensagem ao simpósio internacional sobre a gestão dos bens eclesiásticos dos Institutos de vida consagrada e das Sociedades de vida apostólica, o Papa Francisco recordava que “não serve uma pobreza teórica, mas a pobreza que se aprende tocando a carne de Cristo pobre nos humildes, nos pobres, nos enfermos, nas crianças”. Uma “pobreza amorosa” que seja “solidariedade, partilha e caridade” e se exprima “na sobriedade, na busca da justiça e na alegria do essencial, para pôr em guarda dos ídolos materiais que ofuscam o sentido autêntico da vida”. 

Traduzir estas orientações na vida cotidiana, não é, todavia, coisa fácil e talvez seja menos cansativo viver o voto de pobreza no nível pessoal do que no nível institucional: “É mais difícil para nós dar semelhante testemunho quando se veem as nossas construções, às vezes centenárias ou pluridecenais.

Tais dificuldades, admite dom Ángel Fernández Artime, reitor maior dos Salesianos – é mais evidente quando se tenta atualizar as nossas obras para responderem aos desafios e às exigências de hoje, por exemplo, no âmbito da educação e da prevenção dos riscos”. 

 

Erros na administração

Numa carta circular da Congregação para os Institutos de vida consagrada e as Sociedades de vida apostólica sobre as linhas orientadoras para a gestão dos bens, se sugere definir quais obras e atividades levar em frente, quais eliminar, deixar ou modificar, e que novas fronteiras enfrentar.

Planificar as atividades, falar de prevenções e de balancetes não só nas obras, mas também nas comunidades religiosas, são praxes que devem ser consolidadas. Assim como a aplicação de sistemas de monitoramento nas atividades em perda, prestando atenção à sustentabilidade e abandonando a mentalidade assistencialista. 

Uma requisição também é direcionada aos ecônomos, afim de que prestem contas periodicamente aos superiores maiores e aos seus Conselhos, documentem as transações e os contratos e arquivem as práticas: “Não é raro, sabemo-lo por experiência, encontrar superiores locais ou provinciais que são, de fato, ‘prisioneiros dos próprios ecônomos’, os quais são verdadeiros detentores do poder”, observa o reitor maior dos Salesianos.

Não raramente, pois, “se cometem erros grosseiros, vendas inadequadas, trufas nas assinaturas de acordos ou contratos, não por má vontade, mas em geral pelo desejo de não danificar o próprio Instituto ou Congregação, ou também porque a gestão econômica não é o nosso forte e hoje é mais do que nunca um terreno delicado, complicado e perigoso”. É importante, portanto, ter “pessoas de confiança e comprovada fidelidade”, sem temer confiar aos leigos encargos de administração financeira.

 

Pobreza institucional

A deformação do clericalismo difundido na Igreja e entre os consagrados conduz frequentemente a considerar que o ser presbíteros seja uma honra e um status que carrega autoridade, poder no acesso a meios econômicos a manejar. “Também a Congregação, e não só os coirmãos em particular, deveriam fazer o voto de pobreza”, precisa o padre Heinz Kulüke, superior geral dos Verbitas: “Com frequência os membros vivem uma vida simples, mas as estruturas em que residem e que não querem modificar de nenhum modo, custam uma fortuna”. 

A solicitude e o cuidado pelos pobres podem ser, neste sentido, “um empenho comum” que ajuda “a formar uma comunidade religiosa e a dar-lhe vida”. O número dos benfeitores está, além disso, em nítida diminuição e representa uma preocupação em muitos Países: “Esta lacuna requererá que se intensifique localmente a animação da missão, a transparência na destinação das doações, a coleta de fundos levada em frente de modo criativo e profissional e a busca de novos modos de aceder aos sustentos econômicos”. 

Enfim, uma admoestação aos religiosos que detêm contas privadas: “Todos os coirmãos sabem o que viola o nosso voto de pobreza e as nossas Constituições. Uma das tarefas dos líderes será, portanto, reconquistar a confiança dos coirmãos. E os coirmãos deverão ter a certeza de que, em caso de necessidade, a administração da Congregação estará presente para ajudar também com as finanças”.

Fonte: Site Unisinos

"Na data de hoje recebemos a notícia, por parte do Ministro Geral, da ereção da Província São Maximiliano Maria Kolbe do Brasil o que fez com que nós, agradecidos pela surpresa, prorrompêssemos em júbilo e exultação". Com essas palavras o Custódio Provincial da época, Frei João Benedito Ferreira de Araújo escreveu a todos os frades da Custódia a alegria da ereção canônica da parte do governo geral da Ordem da nova Província Brasileira de São Maximiliano.

O processo para que se chegasse à data que hoje comemoramos, nasce no momento em que a Província mãe de Varsóvia decide abrir uma missão como um gesto concreto de gratidão a Deus pela beatificação de Maximiliano Kolbe. Por caminhos que vemos claramente a mão de Deus, se chegou e eleger esta terra brasileira, onde já havia três circunscrições para sediar a nova missão – nascia assim a missão tendo como patrono o Bem-aventurado Maximiliano Maria Kolbe. No ano 1983 esta missão, após nove anos de existência foi erigida como Custódia Provincial.

No Capítulo Ordinário Custodial de 1999 a Custódia, reconhecendo-se amadurecida para dar mais um passo, desta vez com ousadia ainda maior, aprovou a moção pedindo para ser erigida a nossa província. Tal pedido foi aceito pelo Capítulo Ordinário da Província Mãe de Varsóvia no ano 2001. Enfim se chegou à aprovação da Província que foi erigida há exatos 13 anos atrás pelo Ministro Geral com o seu Definitório.

Depois de apenas 42 anos de existência esta missão é hoje constituída como uma província. Entendemos que não somente chegamos ao termo de uma caminhada, mas um caminho ainda mais longo e árduo se nos apresenta pela frente: aquele de cunhar a identidade do franciscano conventual aqui no centro geográfico e político do nosso Brasil.

Esta missão, surgida como uma gratidão a Deus pela beatificação de Maximiliano Kolbe, é também a realização do desejo dele de ter “Niepolanów” espalhadas pelo mundo. A todos os frades da Província, nesse aniversário, estende os votos de um profundo senso de pertença à nossa Ordem que imite o nosso santo padroeiro e a São Francisco de Assis, nosso Pai fundador são os votos do Ministro Provincial, Frei Marcelo Veronez.

Abaixo fotos para recordar a caminhada destes 13 anos de vida provincial (missa do dia 31 de maio de 2003 no Santuário Jardim da Imaculada).

 

Terça, 31 Mai 2016 19:01

Trezena de Santo Antônio

TREZENA DE SANTO ANTÔNIO (Individual ou em família)

 

São as orações que se fazem em louvor a Santo Antônio nos treze dias antecedentes à sua festa. Esta devoção é muito antiga: teve origem em Bolonha, na Itália, no ano de 1617.

Uma senhora, necessitando de um grande favor dos céus, recorreu a Santo Antônio com insistência, por nove terças-feiras sucessivas visitou sua imagem na Igreja de São Francisco, e aí rezava com fervor. Alcançou de modo admirável o que desejava.

A notícia se espalhou e muitas pessoas necessitadas de graças e bênçãos seguiram seu exemplo de visitar a Igreja durante nove terças-feiras para rezar com fé, diante da imagem de Santo Antônio.

Como se multiplicassem as graças e milagres, essa prática se divulgou rapidamente. Mais tarde, o número das terças-feiras foi aumentando para treze, uma vez que o Santo passou para a eternidade no dia 13 de junho de 1231.

 

1º Dia - Santo Antônio, mestre do Evangelho

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.

PALAVRA DO SANTO: “São os pobres, os simples, os humildes, que têm fome e sede da palavra da Vida”.

ORAÇÃO: Senhor, a vossa palavra é o alimento de nosso espírito e a luz em nosso caminho. Abri nosso coração para acolhê-la, nossa mente para entendê-la e motivai nossa vontade para praticá-la. Por intercessão de Santo Antônio, Mestre do Evangelho, fazei que consigamos orientar nossa vida pessoal, familiar e comunitária com a verdade libertadora de vossa palavra. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

2º Dia – Santo Antônio, mestre da oração

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós alcançareis” (Mt. 21,22).

PALAVRA DO SANTO: “A pessoa reza quando adere a Deus no amor e, em certo sentido, fala com Deus de maneira familiar e devota”.

ORAÇÃO: Senhor, nós somos necessitados de mais vida e reconhecemos que vós sois a fonte de todos os bens. A vós recorremos na oração para nos manter em sintonia convosco. De coração arrependido, pedimos perdão de nossos pecados. De coração agradecido, vos louvamos pelas vossas maravilhas em favor da vida. Com Santo Antônio, mestre da oração, estamos em vossa presença como filhos. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

3º Dia – Santo Antônio, mestre da verdade

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Aquele que pratica a verdade, vem para a luz. Torna-se assim claro que as suas obras são feitas em Deus” (Jo 3,21).

PALAVRA DO SANTO: A verdade convence e “nossa linguagem é penetrante quando é nosso agir que fala”.

ORAÇÃO: Ó Santo Antônio, homem cheio de sabedoria, que através de teus ensinamentos, foste uma luz para a Igreja, ilumina o nosso caminho com a verdade do Evangelho e ensina a nossa sociedade a distinguir o bem do mal, para que jamais nos deixemos envolver pelas trevas do erro e da mentira. Por Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

4º Dia – Santo Antônio modelo de fé

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta-nos a fé!” Disse o Senhor: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá”. (Lc 17,5-6)

PALAVRA DO SANTO: “Para o cristão, crer em Deus não significa tanto acreditar que Ele é verdadeiro e fiel; significa sim acreditar amando”.

ORAÇÃO: Senhor, nós vos agradecemos pelo dom da fé que nos faz ver além das aparências as pessoas e os fatos. Fazei que nos dediquemos continuamente no crescimento da fé, pelo conhecimento da vossa palavra, pela oração e pela busca sincera da verdade. Que o exemplo de Santo António nos ajude a viver uma fé sincera e corajosa, forte e segura. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

5º Dia – Santo Antônio modelo de esperança

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “A tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade comprovada produz a esperança. E a esperança não decepciona” (Rm 5, 4-5).

PALAVRA DO SANTO: “A esperança é a expectativa dos bens futuros… Ao desesperado falta a coragem para progredir”.

ORAÇÃO: Senhor, como faz bem ter esperança e cultivar a esperança. Em vós nossas esperanças sempre encontram resposta. E a cada resposta que vem de vós, nasce uma nova esperança. Nós vos pedimos, Senhor, que nosso coração seja fortalecido pela virtude da esperança e que nosso olhar se fixe lá onde se encontram as verdadeiras e eternas alegrias. Com Santo Antônio, renovai nossas esperanças em Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

6º Dia – Santo Antônio modelo de amor

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “O meu mandamento é este: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Não existe maior amor do que dar a vida pêlos amigos” (Jo 15,13).

PALAVRA DO SANTO: “Existe um só amor para com Deus e para com o próximo. Este é o Espírito Santo, porque Deus é Amor”.

ORAÇÃO: Senhor, vós sois amor revelado na Trindade. Por amor nos criastes e por amor nos sustentais. No amor nos salvastes e no amor nos destes o primeiro e o maior de todos os mandamentos. Com Santo António, modelo de amor, possamos nos dedicar ao vosso serviço, no serviço dos irmãos. Senhor, que vosso amor se torne sempre mais a grande força transformadora do mundo. Por Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

7º Dia – Santo Antônio e Jesus Cristo

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Jesus Cristo é sempre e o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade. Não vos deixeis desviar por doutrinas estranhas” (Hb 13, 8-9)

PALAVRA DO SANTO: “Ele veio para ti para poderes ir a Ele”.

ORAÇÃO: Senhor, vós revelastes o vosso amor, vossa bondade, vosso perdão e vossa imagem em Cristo Jesus. Fazei que possamos reconhecê-lo e amá-lo, segui-lo e indicá-lo sempre aos nossos irmãos, pelo exemplo de vida, por nossas boas obras e pela nossa palavra. Por intercessão de Santo António, fazei que nossa fé seja sempre mais viva e nossa missão sempre mais corajosa e fiel. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

8º Dia – Santo Antônio e o Espírito Santo

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “O Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos lembrará tudo o que eu vos disse”. (Jo 14,26)

PALAVRA DO SANTO: “Em contato com o Espírito Santo, a alma vai, pouco a pouco, perdendo suas manchas, sua frieza, sua dureza e transformando-se totalmente naquele fogo aceso nela”.

ORAÇÃO: Ó Deus, vosso Espírito criou do nada todas as coisas; tornou-se a força dos profetas e a coragem dos mártires. Pelo Espírito Santo, vosso Filho foi concebido no seio de Maria e por ele nasceu a Igreja no mundo. Vosso Espírito fez de António o santo de todos os povos e o pregador de vossa Palavra. Que sua luz nos ilumine sempre e nos transforme, de pecadores que somos, em santos para vossa glória. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

9º Dia- Santo Antônio e Maria

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Maria, Tu és feliz porque acreditastes, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”(Lc 1,45).

PALAVRA DO SANTO: “O Senhor criou o paraíso terrestre e colocou nele o homem, para que o cultivasse e o guardasse: infelizmente, Adão o cultivou mal. Foi então necessário que Deus plantasse outro paraíso, muitíssimo mais belo: Nossa Senhora”.

ORAÇÃO (De Santo Antônio): Rainha nossa, insigne Mãe de Deus, nós te pedimos: faze com que nossos corações fiquem repletos da graça divina e resplandeçam de alegria celeste. Fortalece-os com a tua fortaleza e enriquece-os de virtudes. Derrama sobre nós o dom da misericórdia, para que obtenhamos o perdão de nossos pecados. Ajuda-nos a viver de modo a merecer a glória e a felicidade do céu. Amém!

PAI-NOSSO… AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI…

 

10º Dia – Santo Antônio e a Eucaristia

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6,35).

PALAVRA DO SANTO: “No altar, sob as aparências de pão e de vinho, está presente o próprio Jesus, vivo e glorioso, revestido daquela carne humana com que outrora ele se ofereceu e ainda hoje continua se oferecendo todos os dias como vítima ao divino Pai”.

ORAÇÃO: Senhor Jesus Cristo, que na Eucaristia nos deixastes o memorial da vossa Páscoa, concedeinos a graça de que este mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue realize a redenção e transforme a nossa vida numa comunhão sempre mais plena convosco e com os irmãos. Vós que viveis e reinais na unidade do Espírito Santo. Amém!

PAI-NOSSO…AVE-MARIA…GLÓRIA AO PAI

 

11º Dia – Santo Antônio e a Cruz

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Quem não toma a sua cruz e não me segue não é digno de mim (Mt 10,38)

PALAVRA DO SANTO: “O Cristão deve apoiar-se na Cruz de Cristo, como o peregrino se apoia no bastão quando empreende uma longa viagem… Dirijamos nossos olhares a Jesus, nosso Senhor, pregado na Cruz da Salvação”.

ORAÇÃO: Senhor, o vosso amor se manifesta de infinitos modos, mas o maior gesto de amor ficou selado na Cruz redentora de vosso Pilho. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus”. Senhor, a Cruz também foi assumida por Santo Antônio e anunciada como o grande sinal da Ressurreição. Dai-nos fé e coragem para tomá-la a cada dia e seguir-vos na doação pelos irmãos. Amém!

PAI-NOSSO…AVE-MARIA…GLÓRIA AO PAI

 

12º Dia – Santo Antônio e a missão

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Vos sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo… Que a vossa luz brilhe diante dos homens para que eles vejam as boas obras e louvem o Pai que está no céu” (Mt 5, 13-16).

PALAVRA DO SANTO: “O fiel Cristão, iluminado pelo resplendor de Cristo, deve emitir centelhas de palavras e exemplos para, com eles, inflamar o próximo”.

ORAÇÃO: Senhor, vós nos criastes sem nós, mas sem nós não nos salvareis. Como aconteceu com Santo António, fazei que entendamos a nossa missão neste mundo, junto a nossa família e a nossa comunidade. Que ninguém de nós passe por este mundo na indiferença e na omissão. Com vossa ajuda e a proteção de Santo António possamos produzir frutos de justiça e de paz, de fraternidade e amor, em Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém!

PAI-NOSSO…AVE-MARIA… GLÓRIA AO PAI

 

13º Dia – Santo António e à eternidade

SINAL DA CRUZ

PALAVRA DE DEUS: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus; crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu vos teria dito; pois eu vou preparar-vos um lugar” (Jo 14, 1-2).

PALAVRA DO SANTO: “Então teus olhos serão realmente saciados, porque verás aquele que tudo vê… Então tua alma será realmente uma rainha, ela que agora é uma escrava aqui no exílio; teu corpo ficará repleto de felicidade e tua alma será glorificada. Teu coração dilatar-se-á numa alegria indescritível”.

ORAÇÃO: Senhor, Deus da vida, vós nos criastes para vós, e o nosso coração estará inquieto até que em vós não repouse. Concedei-nos a graça de caminhar decididos rumo à Pátria celeste

 

para a qual nos dirigimos, sem esquecer o bem que nos cabe realizar nesta vida para obtermos a vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

 

 

TREZENA PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO - CIDADE OCIDENTAL

 

SANTA MISSA TODOS OS DIAS ÀS 19H

SQ. 13 Q. 05 - Igreja Matriz

Cidade Ocidental - GO

 

(31/05 - Terça-feira) - Santo Antônio e a devoção à Virgem Maria.

(01/06 - Quarta-feira) - Santo Antônio, modelo de misericórdia e humildade.

(02/06 - Quinta-feira) - Santo Antônio e o amor pelo Evangelho.

(03/06 - Sexta-feira) - Santo Antônio revela a misericórdia de Deus ao próximo.

(04/06 - Sábado) - Santo Antônio e o amor pela Eucaristia.

(05/06 - Domingo) - Santo Antônio e o amor misericordioso do Pai.

(06/06 - Segunda-feira) - Santo Antônio, o santo penitente.

(07/06 - Terça-feira) - Santo Antônio, defensor da justiça e da verdade.

(08/06 - Quarta-feira) - Santo Antônio, exemplo de oração e vigilância.

(09/06 - Quinta-feira) - Santo Antônio, pregador de misericórdia.

(10/06 - Sexta-feira) - Santo Antônio, missionário da Fé.

(11/06 - Sábado) - Santo Antônio impulsionado pelo Espírito Santo.

(12/06 - Domingo) - "Morte de Santo Antônio": a missão de um santo.

(09/06 - Segunda-feira) - Dia de Santo Antônio - Solenidade

 

Terça, 31 Mai 2016 17:09

Um dos seus sermões

UM DOS SEUS SERMÕES

O tentador aproximou-se de Jesus e disse-lhe: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães” (Mt 4,3). O diabo em circunstâncias semelhantes procede de maneira semelhante. Com a mesma tática com que tentou Adão no paraíso terrestre, tentou também a Cristo no deserto e continua tentando qualquer cristão neste mundo. Tentou o primeiro Adão pela gula, pela vanglória e pela avareza e, tentando-o, venceu-o. Ao segundo Adão, isto é, Cristo, ele tentou de maneira semelhante, mas no foi vencido no seu intento porque quem ele tentava então não era somente um homem, mas era também Deus! Nós, que somos participantes de ambos, do homem segundo a carne e de Deus segundo o espírito, despojemo-nos do homem velho com suas obras que são a gula, a vanglória e a avareza e vistamo-nos do homem novo, renovados pela confissão, para frearmos, com o jejum, o desenfreado ardor da gula, para abatermos, com a humildade da confissão, a altura da vanglória, para pisarmos, com a contrição do coração, o denso lodo da avareza. “Bem aventurados, diz o Senhor, os pobres em espírito”, isto é, os que têm o espírito dolorido e o coração contrito, “porque deles é o reino dos céus” (Mt 5,3).

Procure ainda observar que, assim como o diabo tentou de gula o Senhor no deserto, de vanglória no templo, de avareza no cimo do monte, assim também faz conosco todos os dias: tenta-nos de gula no deserto do jejum, de vanglória no templo da oração e do ofício, de tantas formas de avareza no monte dos nossos cargos. Enquanto fazemos jejum, ele nos sugere a gula, com a qual pecamos em cinco maneiras, como diz o verso: “antes do tempo, abundantemente, demais, com voracidade e com delicadeza exagerada” (São Gregório). ANTES DO TEMPO, isto é, quando se come antes da hora; ABUNDANTEMENTE, quando se excita a gulosice da língua e se quer aumentar um apetite fraco com temperos, especiarias e toda espécie de comida; DEMAIS, quando se come mais comida do que o corpo necessita; pois dizem alguns gulosos: temos que fazer jejum, então vamos comer para suprir de uma só vez tanto o almoço quanto a janta. Estes são como o bicho-da-seda que não sai da árvore em que está até não devorá-la completamente. O “bruco” (bicho-da-seda) é chamado assim porque é feito quase só de boca e simboliza muito bem os gulosos que são tudo, gula e barriga, e assaltam o prato como se fosse uma fortaleza e não o deixam se antes não o devoraram todo: ou se estoura a barriga ou se esvazia o prato! COM VORACIDADE quando o homem se joga sobre qualquer comida como se fosse assaltar uma fortaleza, abre os braços, estica as mãos, come com todo seu corpo; à mesa é como um cão que, na comida, não quer ter rivais. COM DELICADEZA EXAGERADA quando se procura só comidas deliciosas e preparadas com grande esmero.

Como se lê no primeiro livro dos Reis, sobre os filhos de Heli, que não queriam aceitar a carne cozida, mas só a crua, para poderem prepará-la com mais temperos e outras iguarias. Semelhantemente, o diabo nos tenta de vanglória no templo. Com efeito, enquanto estamos em oração, enquanto recitamos o ofício e estamos ocupados na pregação, somos assaltados pelo diabo com os dardos da vanglória e, infelizmente, muitas vezes feridos. Existem efetivamente alguns que, enquanto oram e dobram os joelhos e soltam suspiros, querem ser vistos. E há outros que, quando cantam em coro, modulam a voz, fazem falsetes e desejam ser ouvidos. Enfim, há também os que, quando pregam, elevam a voz como trovão, multiplicam as citações, interpretam-nas a seu modo, giram-se pra cá e pra lá e desejam ser louvados. Todos esses mercenários – acreditem-me – “já receberam sua recompensa” (Mt 6,2) e colocaram sua filha no prostíbulo. Diz Moisés no Levítico: “Não profanes a tua filha, fazendo-a prostituir-se” (19,29). Filha minha é a minha obra e eu a prostituo, quer dizer, a coloco no prostíbulo quando a vendo pelo dinheiro da vanglória. Por isso é que o Senhor nos aconselha: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechando tua porta, ora ao teu Pai que está lá no segredo” (Mt 6,6). Tu, quando quiseres rezar ou fazer alguma coisa de bom – e é nisto que consiste o “orar sem cessar” – entra em teu quarto, isto é, no segredo do teu coração, e fecha a porta dos cinco sentidos para não desejar nem ser visto nem ser escutado nem ser louvado. Com efeito, diz Lucas (1,9) que Zacarias entrou no templo do Senhor na hora do incenso. No tempo da oração ‘que se eleva à presença do Senhor como o incenso’ (Salmo 140,2). Tu deves entrar no templo do teu coração e orar ao teu Pai e “o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará” (Mt 6,6). Além disso, do alto dos nossos encargos, da nossa passageira dignidade, somos tentados a cometer muitos pecados de avareza. Não existe só a avareza do dinheiro, mas também aquela do querer ser mais do que os outros. Os avarentos, mais têm mais desejam possuir.

Aqueles que ocupam altos postos, quanto mais sobem mais querem subir e assim acontece que caem com numa queda muito mais ruidosa, já que “os ventos sopram mais nos lugares altos” (Ovídio) e “aos ídolos é que são oferecidos sacrifícios nas alturas” (4 Reis 12,3). Diz Salomão a propósito: “O fogo não diz nunca: basta!” (Prov 30,16). O fogo, quer dizer, a avareza do dinheiro e das honrarias não diz nunca: basta! Mas o que é que diz então? “Mais, mais!” þ Senhor Jesus, tirai, tirai estes dois “mais, mais” dos prelados de vossa Igreja, que se pavoneiam no alto de suas dignidades eclesiásticas e gastam o vosso patrimônio, por Vós conquistado com os tapas, com as flagelações, com as cusparadas, com a cruz, com os cravos, com o vinagre, com o fel e a lança. Nós, portanto, que somos chamados cristãos por causa do nome de Cristo, imploramos todos juntos, com a devoção da alma e ao mesmo Jesus Cristo, e pedimos insistentemente que ele, do espírito de contrição, nos faça chegar ao deserto da confissão, a fim de que, nesta Quaresma, mereçamos receber o perdão de todas as nossas maldades e, renovados e purificados, nos tornemos dignos de gozar da alegria da sua santa Ressurreição e ser colocados na glória da felicidade eterna. No-lo conceda Aquele a quem se deve toda honra e toda glória por todos os séculos dos séculos. Amém.

 

Terça, 31 Mai 2016 16:59

Pensamentos de Santo Antônio

PENSAMENTOS DE SANTO ANTÔNIO

1. A vida contemplativa não foi instituída por causa da ativa, mas a vida ativa por causa da contemplativa.

2. A fé se compara ao peixe. Assim como o peixe é batido pelas freqüentes ondas do mar, sem que morra com isso, também a fé não se quebra com as adversidades.

3. Quem está cheio das glórias do mundo se assemelha à bexiga que, cheia de vento, parece maior do que é; basta uma picadinha da agulha da morte e se verá o pouco que é.

4. Não é o temor que faz o servo nem é o amor que faz o livre; mas antes o temor é que faz o livre, o amor que faz o servo.

5. Em todo o corpo do homem o diabo não encontra nenhum membro tão conveniente para ser caçado, para espiar, para enganar, como o coração, porque dele procede a vida.

6. A paciência é melhor maneira de vencer.

7. Quanto mais profundamente lançares o alicerce da humildade, tanto mais alto poderás construir o edifício.

8. Jerusalém tinha uma porta chamada “Buraco da Agulha”, pela qual não podia entrar um camelo, porque era baixa. Esta porta é Cristo humilde, pela qual não pode entrar o soberbo ou o corcunda avarento. Aquele que pretende entrar por ela tem de se humilhar.

9. Maria não afugenta nenhum pecador, antes, recebe a todos os que se refugiam nela e, por isso, é chamada Mãe de Misericórdia: é misericordiosa para com os miseráveis, é esperança para os desesperados.

10. O coração profundo é o coração do que ama, do que deseja, do contemplativo, do desprezador das coisas inferiores. Quando te aproximas de tal coração com passos devotos. Deus é exaltado, não em si, mas em ti; a sua exaltação é a intensidade do teu amor, é a elevação do teu espírito.

11. Feliz aquele que arranca de si o coração de pedra e toma um coração de carne, capaz de se doer compungido das misérias dos pobres, de modo que a sua compaixão lhe sirva de consolo e este consolo lhe dissipe a avareza.

12. Oscula com a boca a própria mão quem louva o que faz.

13. Acredita o estulto no conselho da raposa, fiado em que o bem transitório e mutável seja verdadeiro e duradouro.

14. Não poderás levar os fardos de outrem, se não depuseres primeiro os teus. Alivia-te primeiro dos teus, e poderás levar os fardos de outrem.

15. O que o Senhor faz em nós com a nossa cooperação é maior do que tudo o que faz sem nós.

16. Assim como o vento que entra pela boca aberta não mata a sede, mas aumenta-a mais, o mesmo sucede com a vaidade da dignidade.

17. Assim como a flor, quando espalha o odor, não se corrompe, também o verdadeiramente humilde não se eleva quando louvado pelo perfume da sua vida de bondade.

18. A mentira reside na língua, o roubo na mão, as extorsões no coração.

19. Aquele que segue a outro no caminho, não olha para si, mas para aquele a quem constituiu guia da sua vida.

20. Antes de entrar um raio de sol em casa, não aparece dentro, no ar, o pó; se, porém, entrar um raio de sol, parece cheia de pó.

21. Todo enfermo diz: Amarga é a poção para os que a bebem, mas quando se afastar a enfermidade, então se gloriará.

22. O insensato, como um asno, ouve somente o som da palavra divina, mas o sábio percebe-lhe a força e leva-a ao coração.

23. Dizem que o filho da cegonha ama tanto o pai que, ao vê-lo envelhecer, sustenta-o e alimenta-o. Isso faz por instinto. Também nós devemos sustentar o nosso Pai nos seus membros débeis e doentes e alimenta-los nos pobres e necessitados.

24. A soberba, para não ser desprezada, procura encobrir-se na preciosa humildade.

25. Usa mais vezes os ouvidos do que a língua.

26. O hipócrita se assemelha ao pavão: ao ser provocado pelas crianças, mostra o esplendor das suas penas e, quando faz rodar a cauda, descobre torpemente o traseiro.

 

Pensamentos extraídos do livro “Ensinamentos e Admoestações”, da Editora Vozes; e “Obras Completas de Santo António de Lisboa”, Editorial Restauração, Lisboa.

 

Terça, 31 Mai 2016 16:52

Carta Apostólica

CARTA APOSTÓLICA EM QUE É PROCLAMADO DOUTOR DA IGREJA

Pio XII, para perpétua memória.

Exulta, ó feliz Lusitânia; regozija-te, ó feliz Pádua, porque a terra e o céu vos deram um homem que, qual astro luminoso, não menos brilhante pela santidade da vida e pela insigne fama dos milagres do que pelo esplendor da doutrina, iluminou e continua a iluminar todo o universo!

Antônio nasceu em Lisboa, a primeira cidade de Portugal, de pais cristãos, ilustres por virtude e sangue. Pode deduzir-se de muitos e certos indícios que desde os primeiros albores da vida, foi abundantemente enriquecido pela mão do Onipotente com os tesouros da inocência e da sabedoria.

Ainda muito jovem, tendo vestido o hábito monástico entre os Cônegos Regulares de Santo Agostinho, durante onze anos dedicou-se com o maior empenho a enriquecer a sua alma com as virtudes religiosas e o seu espírito com a sã doutrina. Elevado depois à dignidade sacerdotal por graça do céu, enquanto vai aspirando à vida mais perfeita, os cinco Protomártires Franciscanos em missão de Marrocos consagram com seu sangue os princípios da Religião Seráfica.

E António, cheio de entusiasmo por triunfo tão glorioso da fé cristã, sentindo-se inflamado de vivíssimo desejo do martírio, (vestido o hábito franciscano), dirigiu-se contente numa nau a Marrocos e chegou felizmente às praias africanas.

Vítima, no entanto, pouco depois, de grave enfermidade, viu-se obrigado a retomar a nau para voltar à pátria. Desencadeando-se então formidável tempestade, e sendo levado para uma e outra parte nas asas do vento e das ondas, finalmente, por disposição divina, é arrojado ao mais remoto extremo da costa italiana. Dali, desconhecendo o lugar e as pessoas, pensou em dirigir-se à cidade de Assis, onde então se celebrava o Capítulo Geral da Ordem dos Menores.

Chegado ali, teve a dita de ver e conhecer o Seráfico Pai São Francisco, cujo dulcíssimo aspecto o encheu de consolação e o incendiou de novo ardor seráfico. Tendo-se divulgado mais tarde a fama da celestial doutrina de Antônio, o mesmo Seráfico Patriarca, ao tomar dela conhecimento, confiou-lhe o ofício de ensinar Teologia aos seus frades, mandando-lhe este suavíssimo diploma: “A Frei António, meu bispo, Frei Francisco deseja saúde. Apraz-me que ensines aos frades a sagrada Teologia, contanto que neste estudo não extingas o espírito da santa oração e devoção, como na Regra se prescreve”.

Antônio cumpriu fielmente o ofício do magistério, e deve considerar-se o primeiro professor da Ordem Franciscana. Ensinou primeiro em Bolonha, então primeira sede dos estudos; depois em Tolosa e, finalmente, em Montpellier, onde igualmente floresciam os estudos.

Antônio ensinou a seus irmãos, recolhendo frutos abundantíssimos e, como lhe ordenara o Seráfico Patriarca, não deixou esmorecer o espírito da oração, antes o Santo de Pádua procurou instruir os seus discípulos não só com o magistério da palavra, mas ainda muito mais com o exemplo duma vida santíssima, conservando e defendendo especialmente o branco lírio da pureza virginal.

E Deus não deixou de lhe manifestar várias vezes quanto foi estimado pelo Cordeiro Jesus Cristo este amor que tinha à pureza. Efetivamente, enquanto Antônio estava rezando solitário na sua cela eremítica, todo absorto com o espírito em Deus e com os olhos voltados para o céu, eis que, de repente, num raio de luz lhe aparece o Divino Menino Jesus, cingindo-se ao colo do jovem franciscano, e com os seus bracinhos cumula de carícias o nosso Santo que, anjo em carne humana, arrebatado em suavíssimo êxtase, vai pascendo entre os lírios’ (Cant 2,16) junto com os anjos e com o Cordeiro Divino.

Os autores coevos dão testemunho da muita luz que brilhou na doutrina de Antônio, aliada da pregação da palavra divina, e com eles os autores mais recentes que unanimemente celebram com altos louvores a sua sabedoria e exaltam até ao céu a sua robusta eloquência.

Quem atentamente percorrer os “Sermões” do paduano, descobrirá em Antônio o exegeta peritíssimo na interpretação das Sagradas Escrituras e o teólogo exímio na definição das verdades dogmáticas, bem como o insigne doutor e mestre em tratar as questões de ascética e de mística – tudo o que, como tesouro da arte divina da palavra, pode prestar não pouco auxílio, especialmente aos pregadores do Evangelho, pois constitui rica mina de onde os oradores sacros podem extrair as provas, os argumentos oportunos para defender a verdade, impugnar os erros, combater as heresias e reconduzir ao reto caminho.

Ademais, como Antônio costumava confirmar as suas palavras com passos e sentenças do Evangelho, com pleno direito merece o título de “Doutor Evangélico”. De fato, de seus escritos, como de fonte perene de água límpida, não poucos Doutores e Teólogos e oradores sacros têm extraído, e podem continuar a extrair, a sã doutrina, precisamente porque vêem em Antônio o mestre e o doutor da Santa Mãe Igreja.

Sisto IV, na sua Carta Apostólica Immensa, de 12 de março de 1472, escreve o seguinte: “O bem-aventurado Antônio de Pádua, como astro luminoso que surge do alto, com as excelentes prerrogativas dos seus méritos, com a profunda sabedoria e doutrina das coisas santas e com a sua fervorosíssima pregação, ilustrou, adornou e consolidou a nossa fé ortodoxa e a Igreja católica”.

Igualmente Sixto V, na sua Bula Apostólica de 14 de janeiro de 1486, deixou escrito: “O bem-aventurado Antônio de Lisboa foi homem de exímia santidade…, e cheio também de sabedoria divina”.

Além disso, o nosso imediato predecessor Pio XI, de feliz memória, na sua Carta Apostólica Antoníana Sollemnia, publicada em l de março de 1931 por ocasião do sétimo centenário da morte do santo e dirigida ao Exmo. Sr. D. Elias da Costa, então bispo de Pádua e agora Cardeal da Santa Igreja Romana e Arcebispo de Florença, celebrou a divina sabedoria com que este apóstolo franciscano se dedicou a restaurar a santidade e a integridade do Evangelho.

Apraz-nos também recordar da mencionada carta do nosso predecessor as seguintes palavras: “O taumaturgo de Pádua levou à sociedade do seu proceloso tempo, contaminada por maus costumes, os esplendores da sua sabedoria cristã e o suave perfume das suas virtudes… O vigor do seu apostolado manifestou-se de modo especial na Itália. Foi este o campo das suas extraordinárias fadigas. Com isto, porém, não se quer excluir outras muitas regiões da França, porque Antônio, sem distinção de raças ou de nações, a todos abençoava no âmbito da sua atividade apostólica: portugueses, africanos, italianos e franceses, a todos, enfim, a quem reconhecesse necessitados do ensinamento católico. Combateu depois com tal ardor e com tão feliz êxito contra os hereges, isto é, contra os Albigenses, Cátaros e Patarenos, na época enfurecidos quase por toda a parte a tentarem extinguir no ânimo dos fiéis a luz da verdadeira fé, que foi chamado com razão “martelo dos hereges”.

Nem se pode calar aqui, pelo peso e importância que representa, o sumo elogio que Gregório IX tributou ao Paduano, depois de ouvir a pregação de Antônio e comprovar o seu admirável viver, chamando-o “Arca do Testamento” e “Arsenal das Sagradas Escrituras”.

É igualmente mui digno de memória que, a 30 de maio de 1232, onze meses apenas depois da sua morte, o taumaturgo de Pádua seja inscrito no Catálogo dos Santos, e que, terminado o solene rito da canonização, o mesmo Gregório IX, segundo contam, tivesse entoado em voz alta, em honra do novo Santo, a antífona própria dos Doutores da Igreja: Ó grande Doutor, luz da Santa Igreja, Bem-aventurado Antônio, amante da lei divina, rogai por nós ao Filho de Deus!

Foi este precisamente o motivo por que desde o primeiro momento se começou a tributar na sagrada liturgia a Santo Antônio o culto próprio dos Doutores da Igreja, e no missal, “segundo o costume da Cúria Romana”, se pôs em sua honra a missa dos Doutores. Esta missa, mesmo depois da correção do calendário, introduzida pelo Pontífice São Pio V em 1570, nunca deixou de se usar até

nossos dias em todas as famílias franciscanas e nos cleros das dioceses de Pádua, de Portugal e do Brasil.

Pela mesma razão de tudo quanto até agora temos dito, logo depois da canonização de Antônio, se impôs o costume de apresentar à veneração do povo cristão, na pintura e na escultura, a imagem do grande apóstolo franciscano, levando em uma das mãos ou perto um livro aberto, índice da sua sabedoria e da sua doutrina, e tendo na outra uma chama, símbolo do ardor da sua fé.

Por isso, a ninguém deve admirar que não somente toda a Ordem franciscana, em especial por ocasião dos seus Capítulos Gerais, mas também muitos ilustres personagens de todas as classes e condições tenham exprimido muitas vezes o vivo desejo de ver confirmado e estendido a toda a Igreja o culto de Doutor, desde há séculos tributado ao Taumaturgo de Pádua.

Estes desejos intensificados principalmente por ocasião do sétimo centenário da morte de Santo Antônio, em vista também das honras extraordinárias a ele tributadas, a Ordem dos Frades Menores, primeiro ao nosso imediato predecessor Pio XI e recentemente também a Nós, apresentou súplicas ardentes para que nos dignássemos contar a Antônio entre os Santos Doutores da Igreja.

E como para exprimir o mesmo desejo concorre também o sufrágio tanto de muitos Cardeais da Santa Igreja Romana, de Arcebispos e Bispos, de Prelados, Ordens e Congregações religiosas, como de outras doutíssimas personagens eclesiásticas e seculares e, finalmente, de mestres de Universidades, instituições e associações, julgamos oportuno confiar ao exame da Sagrada Congregação dos Ritos assunto de tanta importância.

Esta Sagrada Congregação, mostrando-se, como costuma, disposta a seguir as Nossas ordens, elegeu uma Comissão especial e oficial, para que fizesse exame cuidadoso da proposta. Pedido, pois, e obtido em separado e depois dado à estampa o voto de cada um dos comissionados, não faltava mais que interrogar os membros da Sagrada Congregação sobre se, dadas as três condições que o Nosso predecessor Bento XIV requer no Doutor da Igreja universal, isto é, santidade insigne, eminente doutrina celeste e declaração pontifícia, julgava que se podia declarar Santo Antônio Doutor da Igreja universal.

Na sessão ordinária celebrada no Vaticano a 12 de junho de 1945, os Eminentíssimos Cardeais encarregados dos assuntos da Sagrada Congregação dos Ritos, depois que o Nosso amado filho Rafael Carlos Rossi, Cardeal-Presbítero, Secretário da Sagrada Congregação Consistorial e relator desta causa, fez sobre ela o devido relatório, e depois de ter ouvido o parecer do Nosso amado filho Salvador Natucci, Promotor Geral da Fé, deram o seu próprio assentimento.

Estando assim as coisas, Nós, por Nossa espontânea e boa vontade, secundando o desejo de todos os Franciscanos e de todos os demais citados, pelo teor da presente carta, de ciência certa e com madura deliberação e com a plenitude do poder apostólico, constituímos e declaramos a Santo Antônio de Pádua, Confessor, Doutor da Igreja universal, sem que possam obstar as Constituições e Ordenações Apostólicas e qualquer outra coisa em contrário. E isto o estabelecemos, decretando que a presente carta deva ser e permanecer sempre firme, válida e eficaz, e surta e obtenha o seu pleno e inteiro efeito, que assim, e não de outra maneira se deva julgar e definir; como também, a partir deste momento, declaramos inválido e nulo tudo quanto porventura intente contra as preditas disposições qualquer pessoa ou autoridade por conhecimento ou por ignorância.

Dada em Roma, junto de São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 16 de janeiro, festa dos Protomártires Franciscanos, no ano de 1946, sétimo do nosso Pontificado.

 

Terça, 31 Mai 2016 16:39

Cronologia

 CRONOLOGIA

1195 - Segundo a tradição mais corrente, nasce em Lisboa, filho de Martim Afonso e Maria. De família “nobre e poderosa”. Batizado com o nome de Fernando.

1202-1209 - Durante aproximadamente sete anos, estuda na escola episcopal anexa à Catedral de Lisboa.

1210 (?) - Ingressa no Mosteiro de São Vicente, dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, nos arredores de Lisboa.

1212 (?) - Passa para o Mosteiro da Santa Cruz, pertencente também aos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. O mosteiro atendia a uma paróquia na cidade e a outra no meio rural, dirigia dois hospitais, dava hospedagem e tinha outros trabalhos pastorais e assistenciais.

1220 - É ordenado sacerdote. Como encarregado da hospedaria, recebe os primeiros franciscanos provenientes de Assis que o impressionaram profundamente. Pouco depois, estes são martirizados em Marrakesh, no Marrocos, e seus restos mortais são sepultados na Igreja dos Cônegos de Santa Cruz. Deixa a Ordem Agostiniana para ingressar na Ordem Franciscana, mudando de nome: chamar-se-á Frei Antônio. Pelo fim do ano, viaja a Marrocos. Apenas chega, adoece gravemente.

1221 - Na primavera, embarca de regresso a Portugal para tratar da saúde, mas um furacão arrasta a nave, e Frei Antônio desembarca na Sicília, sendo hospedado pelos franciscanos de Messina. Em maio, viaja para Assis, onde participa do famoso “Capítulo das Esteiras”. Encontra São Francisco, que havia renunciado ao governo da Ordem, e ouve suas edmoestações. Ao final do Capítulo, Frei Graciano, “Ministro e Servo” dos irmãos menores da Romanha, leva Frei Antônio consigo e o envia ao Eremitério de Monte Paolo, nos arredores de Forli, para celebrar a missa, fazer a limpeza e participar do ofício coral. Permanece ali uns quinze meses.

1223 - Em setembro, por ocasião da ordenação sacra de alguns irmãos, Frei Antônio revela sua doutrina bíblica, seu ardor e sua arte oratória. A partir deste momento, é destinado à pregação itinerante e à formação teológica dos irmãos. Pelo final do ano ou início do ano seguinte, recebe um bilhete de São Francisco, que o autoriza a ensinar a sagrada Teologia em Bolonha.

1226 - É nomeado “Custódio” dos frades menores da região de Limoges, guiando-os na difícil tarefa da evangelização, do trabalho pastoral e do combate à heresia. Dedica-se ainda ao ensino teológico e à redação de subsídios para a pregação. Entrega-se a uma intensa vida contemplativa.

1227 - No fim deste ano ou no princípio do ano seguinte, está novamente na Itália, exercendo o cargo de “Ministro Provincial” das regiões setentrionais.

1229-1230 - Pregação itinerante de Frei Antônio na Marca de Treviso e em Pádua, onde redige os Sermões dominicais, marianos e festivos.

1230 - Participa do Capítulo Geral de Assis, no fim do qual, com outros irmãos, se dirige a Roma para expor ao Papa os problemas da Ordem, que estava em plena crise de identidade, crescimento e adaptação.

1231 - Prega a famosa quaresma de 1231, que foi uma refundação cristã de Pádua. Pregação catequética diária e confissões em massa. Esta pregação-catequese foi o início de uma imponente evangelização da cidade e de seus arredores. Sua saúde está irremediavelmente comprometida. Em fins de maio, está em Camposampiero, onde completa alguns manuscritos e se dedica à contemplação. Ao meio-dia de 13 de junho, sofre um colapso. Quer regressar a Pádua, mas durante a viagem teve que se deter em Arcella, onde morre.

1232 - O Papa Gregório IX canoniza-o no dia 30 de maio, na catedral de Espoleto. É venerado com o título de Doutor da Igreja até 1568, tradição que é confirmada pelo Papa Pio XII no dia 16 de janeiro de 1946. Seu título litúrgico é Doctor Evangelícus.

 

Terça, 31 Mai 2016 15:04

Início da Trezena de Santo Antônio

 

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA E DO MUNDO INTEIRO

Natural de Lisboa (Portugal), onde nasceu a 15 de agosto de 1195, este santo franciscano ficou conhecido também como Santo Antônio de Pádua, porque faleceu na cidade italiana no dia 13 de junho de 1231.

Em mais de oito séculos, Santo Antônio ganhou milhares de devotos no mundo inteiro, especialmente no Brasil, Portugal e Itália.

Neste Especial de Santo Antônio, mostramos um pouco de sua vida por ordem cronológica e registramos algumas frases e ditos deste Santo franciscano. Publicamos a carta de Pio XII que o tornou Doutor da Igreja, um dos seus sermões e as orações da Trezena.

Em nossa Província temos duas paróquias e dois conventos dedicados a Santo Antônio; Convento - Paróquia Santo Antônio de Pádua na Cidade Ocidental - GO; Convento Santo Antônio em Valparaíso de Goiás - GO e a Casa de Missão e Paróquia em Tefé - AM.

No final do menu encontra-se a programação da Trezena da Paróquia Santo Antônio de Pádua, Cidade Ocidental.

 

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