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21 Março 2024

13 ANOS DE FALECIMENTO DE DOM AGOSTINHO

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         Celebramos no dia 20 de março deste ano o aniversário de falecimento de Dom Agostinho, no qual destacamos suas obras, ação e  doação a Deus

O evangelista São João  diz duas verdades importantes no capítulo 08, que são : O permanecer, perseverar na Palavra “'Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos” (Jo 8,31). E a segunda é o conhecimento da verdade, como fonte de libertação “conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (Jo 8,32)

        Dom Agostinho soube em sua vida guardar a Palavra, ele testemunhou essa Palavra vivendo e ensinando. Ele conheceu a verdade, dedicou-se a essa verdade, transmitindo-a a todos em sua volta, como sacerdote, como formador, como  teólogo, como Bispo e pastor,  como ministro, como  frade e irmão.

         Dom Agostinho nasceu em 1930, falecendo em 2011, com seus 81 anos de vida, estando no Brasil como missionário por 37 anos,  sendo dedicado 06 anos a Missão no Amazonas.  Umas das caraterística de Dom Agostinho era ser um homem silencioso, de espírito orante, homem de fé, zeloso pela vida Igreja. Por esse motivo, destaco alguns aspectos de sua  vida  que nos ensina  os valores religiosos:

 

01. A sua vocação

        Destaco que Dom Agostinho já com seus 14 anos em 1944, já conhecia a história de São Maximiliano, suas obras, seu martírio. Já está presente em sua adolescência este anseio pela vocação. Com 17 anos em 1947, Dom Agostinho desejou ser religioso, fez o pedido para entrar no Seminário em Niepokalanow, sendo recusado por duas vezes.

  1. Seu pedido foi recusado por não ter terminado o estudo ainda
  2. Seu pedido foi realizado em 1948, foi novamente  por ter 18 anos
  3. Ele refez novamente o pedido, foi acolhido por receberam sua carta no dia da festa de São Maximiliano 14 de agosto.

                  Dom Agostinho em sua carta de Páscoa de 2008, dirá assim sobre sua vocação:

“Escrevi para Niepokalanów para ser aceito no seminário menor. A resposta foi negativa, pois faltava-me um ano para completar o primeiro grau. No ano seguinte escrevi novamente, já com o documento. A resposta novamen te foi negativa. Desta vez o motivo seria a minha idade – havia completado 18 anos. Os cinco anos de guerra tinham interrompido meus estudos. Fui aconselhado a procurar outros seminários. Eu não admitia nem pensar em outros seminários! Escrevi uma terceira vez. A carta chegou em Niepokalanów no dia do aniversário de morte de Frei Maximiliano. Essa coincidência foi providencial. Acabei sendo aceito em regime de exceção. Tinha duas semanas para me apresentar no seminário. Aliviado, com- pareci pontualmente” (DOM AGOSTINHO – CARTA À COMUNIDADE DO JARDIM DA IMACULADA – PÁSCOA DE 2008).

      Dom Agostinho, soube persistir mesmo diante das negativas, pois tinha a clareza de sua vocação, seu chamado, ele testemunhou com coragem essa certeza vocacional.

   02) O seu estudo e Ordenação Sacerdotal

 A) Ele teve o Noviciado em 1950 e fez a sua Primeira Profissão religiosa em 1951;

  1. B) O seu estudo de Teologia ocorreu de 1955 à 1958
  2. C) Ele foi ordenado Presbítero em 1958.
  3. D) Ele fez o Doutorado em  

. Sobre a questão de sua formação e estudo ele escreveu assim em 2008:

“Os meus superiores me proporcio- naram ainda a oportunidade de aprofundar os estudos na Universidade de Lublin, coroado com o doutorado em Teologia. Nunca fui professor no seminário. Mas tive a graça de ser mestre de  noviços por sete anos” (DOM AGOSTINHO – CARTA À COMUNIDADE DO JARDIM DA IMACULADA -– PÁSCOA DE 2008).

03) O homem missionário:

                 Dom Agostinho  tanto em sua vinda ao Brasil em 1974,  como sua ida para o Amazonas em 2005, nós observamos um homem desprendido, consciente de sua missão, homem  oblativo ao Senhor. Em 1972 consciente do projeto da Missão, Dom Agostinho  escreveu a seu Ministro Provincial revelando sua disponibilidade à Missão.  Em seu pedido ele dizia : “Amadurecia em mim há muito tempo a vontade de apresentar a minha candidatura às missões. Este pensamento eu já tinha quando decidi entrar na ordem, apesar de não manifestar isso abertamente.” “Se a vontade de Deus para mim é a ceifa missionária, de boa vontade expresso agora minha prontidão para a ida à Ruanda ou qualquer outro país, segundo o critério do Ministro Provincial” (Carta ao Provincial, Frei Mario Pacsoski. 25.03.1972)

                  Em sua decisão de ir ao Amazonas, Dom Agostinho teve a sensibilidade de observar as necessidades na Evangelização no Amazonas, observando os diversos apelos a  CNBB. Ele se dispôs,  com coragem e doação a essa missão e dirá  assim numa entrevista a CNBB “Então, quando se aproximava o ponto final da minha responsabilidade pela Diocese, tomei a decisão de ir pessoalmente para a Amazônia a fim de ajudar um pouco em algum lugar necessitado” (Dom Agostinho).

 

03) Um homem de ação e obras.

 Destaco neste tópico as posturas, decisões e obras realizadas por Dom Agostinho no qual  o  revela   como um homem de grande  e importantes obras.

 O compromisso com a Missão: Ao chegar ao Brasil, enviou  cartas  as dioceses de Uruaçu, Paracatu e Januária, oferecendo os trabalhos missionários. Ao receber a resposta favorável de Dom Jose, Bispo de Uruaçu, logo se dispôs a missão, ao trabalho árdua, guardando a obediência a Igreja e o ardor missionário; 

  1. A busca pelo terreno da Imaculada- Se empenhou ardentemente desde agosto de 1975 a março de 1977, na busca do Terreno do Jardim da Imaculada.  Ao encontrar logo em   08 de dezembro  de 1977  abençoou, tornando logo  o primeiro Convento da Missão,  a sede da Missão, da Milicia da Imaculada, do Cavaleiro da Imaculada.
  2. Implantação da Revista Cavaleiro da Imaculada- Com 05 anos de sua presença no Brasil, em 1979,  já conseguiu  a  publicação do primeiro   “Cavaleiro da Imaculada”, com a primeira tiragem de 4.500 exemplares, impressos pelo sistema de mimeógrafo.
  3. Ereção da Custódia Provincial- Com dedicação de Dom Agostinho, já no nono ano da Missão no Brasil, a Missão  foi erigida a  Custódia Provincial, no dia 17 de outubro de 1983, sendo Dom Agostinho o primeiro Ministro Custodial.
  4. A benção da Pedra fundamental da  primeira Casa de Formação-  No décimo ano de sua presença ,   ocorreu a benção da Pedra Fundamental da Casa de Formação, em 14 de setembro de 1984,  no  Jardim da Imaculada. Dom Agostinho tabalhou ardorosamente pelas vocações

 Em 1989- tornou-se Primeiro Bispo da Diocese de Luziânia- Sendo escolhido   bispo da então erigida  Diocese de Luziânia, dedicou -se  15 anos (1989-2004) de sua vida ao trabalho árduo que exige uma nova a Diocese.

 Portanto, ao celebrarmos os 13 anos de falecimento de Dom Agostinho neste de 2024, rezamos a  Santa Missa colocando a intenção de sua alma. Destacamos que,   Dom Agostinho  conseguiu transmitir com seu testemunho, com sua vida  a figura de São Maximiliano,  o Santo das  duas coroas,  que se   consumiu no serviço, gastou a sua vida,  como ato de  doação, de consagração a Deus pela Imaculada. Nossa gratidão a Deus pela vida e obra de Dom Agostinho, Paz e Bem

 

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